10.11.2007

respostas a perguntas inexistentes (14)


Depois de se vir esticou dois dedos da mão direita, o indicador e o do meio, e caminhou com eles sobre a extensão branca da pele dela, desde um dos pés até um dos seios. Ela não se mexeu. Acreditou que para aqueles dedos o movimento do seu corpo seria um terramoto mortal. Ficou a olhar para os desenhos em relevo do tecto e segredou a si mesma que eram bonitos.

Eram os últimos minutos dum encontro casual, e ainda nenhum deles sabia se iam voltar a encontrar-se.

9 comentários:

Unknown disse...

E voltaram a encontrar-se?

Ivar C disse...

joana, não... não voltaram, pelo menos tanto quanto sei...

Maria Arvore disse...

Com tanta intimidade porque é que não foram para uma galeria de arte em vez de ir para a cama?... ;))

Ivar C disse...

maria árvore, aquele tecto ali, caso sejas de Aveiro, é do MN. :)

Fatyly disse...

Pois é...foi tão bom, mas quando se admira as artes do teto é levar com um bilhete de ida...

Patrícia Manhão disse...

Muito bonito....li-o 3 vezes já...mas acho que ainda o vou ler mais algumas.....é muito bonito.;)

Ivar C disse...

fatly, às vezes até nem é... há tantas formas de olhar pró tecto. :)

patrícia, o tecto do MN tb é bonito. :)

Hespéra disse...

Ás vezes os casuais ficam na história (não há a parte chata da relação, só a boa recordação)Desculpa o que é o MN?

Ivar C disse...

não deixas de ter razão, luz do amanhecer. o MN é isto: http://mercadonegro-aveiro.blogspot.com/