3.31.2009

conversa 1200

Ela - Que tens? Pareces cansado...
Eu - Tive um dia mau. Acordei com dores de cabeça, tive que ir fazer a escritura de transferência da hipoteca da minha casa, tive um furo no carro e não consegui fazer metade do que tinha para fazer hoje.
Ela - Para me responderes isso mais valia nem ter perguntado...
Eu - Porquê?
Ela - Não sabes que a uma mulher não se contam os problemas? Responde-se sempre que está tudo bem.

cabelo

A chinesa Xie Qiuping está na História por ter o cabelo mais comprido do mundo. Entrou para o Guiness Book em 2004, ano em que lhe mediram 562,7 centímetros. A Xie começou a deixar crescer o cabelo aos treze anos e nunca mais parou.

Estava a ler isto e lembrei-me da Rapunzel, aquela menina do conto homónimo dos irmãos Grimm que estava presa numa torre sem porta e que, às escondidas da bruxa que a prendera, estendia os seus longos cabelos para que um princípe pudesse trepar e visitá-la.
Estava aqui a pensar fazer uma pergunta à Xie mas, como nessa história a Rapunzel engravida do princípe, já não pergunto nada. Quer dizer que é possível...

pensamentos catatónicos (171)

Gosto muito de matrioskas, aqueles brinquedos russos constituídos por várias bonecas russas umas dentro das outras.
Quando eu tinha dezoito anos tive uma namorada que me ofereceu uma quando fizemos o primeiro mês de namoro. Em nome do enorme amor que sentia por mim, disse ela. Passado outro mês terminou comigo e passou a namorar com o meu ódio de estimação da adolescência. Aliás, acabou por casar com ele.
Na altura, entristecido pelo facto, olhei para a matrioska e pensei que as mulheres são mesmo assim: várias mulheres de que gostamos mais ou gostamos menos, dentro duma maior de que gostamos muito. Pensei também que esse ia ser um dos maiores problemas da minha vida: gostar muito da maior de todas. Foi mesmo.

3.27.2009

ai Alina, ai Alina...

Vender a virgindade está na moda. Agora é uma romena de 18 anos, chamada Alina Percea, que quer vender a dela. [ler no daily mail].
A Alina diz que tem um certificado do ginecologista a garantir que ela é virgem e que quer que a primeira vez dela seja especial, ou seja, receber 50 000 libras...

Eu cá acho muito bem, Alina, e digo-te mais: como não tenho 50 000 libras disponíveis assim de repente, candidato-me à segunda vez. Dou-te tudo o que tenho aqui na carteira. Deixa ver... hum.. hum... quatro euros, vinte e dois cêntimos e um talão de desconto para bróculos Bonduelle (400 gramas) no Continente. Pode ser? Tens é que me trazer um certificado do tipo que te vai pagar 50 000 libras a garantir que não és virgem...

conversa 1199

Ela - É verdade que tens umas cuecas com joaninhas?
Eu - Como é que sabes?
Ela - Não digo.

conversa 1198

Ela - Cada vez que passo por uma montra destas, que expõe manequins femininos com calças, lembro-me sempre do meu avô.
Eu - Porquê?
Ela - Ele, para mostrar que mandava lá em casa, costumava dizer: "cá em casa quem usa calças sou eu".
Eu - Ena... outros tempos.
Ela - E ele tinha a mania que só usava calças de algodão...
Eu - Eu só uso calças de ganga.
Ela - Então também só usas de algodão.
Eu - De ganga, eu disse de ganga.
Ela - A ganga é sempre de algodão.
Eu - É? Não sabia...
Ela - Isso quer dizer que não olhas nunca para as etiquetas, ou seja, não passas a roupa a ferro, ou seja, és tão machista como o eu avô.
Eu - Eu passo as minhas calças a ferro, só não olho para as etiquetas.
Ela - Não acredito.

conversa 1197

Ela - Não me mexas no cabelo.
Eu - Era só uma festinha...
Ela - Mas não me mexas no cabelo...
Eu - Mas porquê?
Ela - Por causa das glândulas sebáceas. As glândulas sebáceas produzem mais sebo quando se mexe nos cabelos...
Eu - Ah!

3.25.2009

conversa 1196

Ela - Ando mesmo tesa. Paga-me tu o café...
Eu - E quem te disse que eu não ando?
Ela - Eu não tenho onde cair morta, actualmente.
Eu - Bem, onde cair morto ainda tenho. Se eu morrer de certeza que caio num sítio qualquer. E tu também... onde cair morta ainda tens...
Ela - Nunca te ensinaram que há alturas em que não deves dizer piadas?

conversa 1195

Ela - Já te aviso que hoje estou de mau humor.
Eu - Então?
Ela - Estou de muito mau humor.
Eu - Mas o que é que se passa?
Ela - O que se passa é que gasto um balúrdio para viver num condomínio privado e o cortador de relva põe-se a fazer barulho logo às nove da manhã...

grunhidos



Tenho andado a treinar com afinco para participar no Concurso de Grunhidos que vai decorrer no próximo fim de semana em Ourique. Tenho provocado discussões com tudo o que é mulher e sinto-me em forma. Se eu ganhar espero que o prémio passe por um jantar com a vencedora do Miss Piggy...

3.23.2009

conversa 1194

Ela - Desde que o meu filho nasceu deixei de distinguir a palavra mamã e mama.
Eu - Porquê?
Ela - Como mamã não passo de uma mama...
Eu - Estás cansada?
Ela - Estou cansada de homens: É tão fácil ser homem, não é? Manda-se uma queca, os putos nascem e as mulheres que os aturem...
Eu - Talvez estejas com um depressão pós-parto.
Ela - Eu estou é com vontade de começar a correr e só parar na Nova Zelândia.
Eu - Não podes... tens pelo menos um oceano pelo meio...
Ela - E se te calasses, não era melhor?

assim de repente...

Às vezes é como se abdicássemos de tudo em nome de nada. É como se por causa disso a vida deixasse de ser isso mesmo e passasse a ser um esforço permanente. Às vezes é como se ser feliz fosse anormal e culpável. A vida a dois não é nunca como imaginámos no princípio e às vezes, só às vezes, é que nos apercebemos que é tão estranho odiar viver com uma pessoa que amamos.

Às vezes é como se fôssemos sempre a peça menos importante dum puzzle gigante que é o mundo. É como se a vida passasse por nós sem nos dar importância e seguisse o seu caminho em direcção a outras paragens. Abdicamos tão facilmente dela... em nome duma coisa que se chama Economia, em nome doutra coisa que se chama trabalho ou em nome doutra que se chama família. Nunca nos perguntamos para que é serve cada uma dessas coisas se não nos fazem felizes... e às vezes percebemos isso tarde demais.

Acho que às vezes a vida a dois não resulta mas não é por causa de nenhum dos dois. É simplesmente porque precisamos de reorganizar a forma como vivemos. Todos nós e não apenas esses dois. Precisamos perceber que a Economia nos diz para trabalhar mais a ganhar menos e que não a devemos respeitar, precisamos perceber que a religião nos diz que sofrer é uma forma respeitável de viver e não a devemos respeitar. Precisamos até de perceber, talvez, que o sucesso duma vida a dois não significa aguentar um casamento até à morte. Significa, se for necessário, saber acabar com ele sem acabar com uma relação.

conversa 1193

Ela - Eu sabia que não devia ter sido operada.
Eu - Mas correu alguma coisa mal?
Ela - Sim.
Eu - O quê?
Ela - Não posso ter sexo durante mês e meio.
Eu - Não me digas que nunca tiveste um mês e meio sem sexo...
Ela - Com o meu marido já, com o meu namorado não.

conversa 1192

Ela - Hoje tive um pesadelo horrível...
Eu - O quê? Estavas desempregada?
Ela - Pior. O rabo tinha-me crescido e as minhas calças não me serviam...
Eu (risos) - Quando acordaste foste beber um copo de água?
Ela - Não, fui ver-me ao espelho.

coisas que fascinam (83)

Os abraços não são todos iguais. Os abraços das mulheres ainda são menos iguais do que os abraços só por si. Tinha acabado de comprar o jornal para aproveitar dez minutos livres da manhã durante um café quando ela me chamou da mesa do canto. Não lhe reconheci imediatamente a face nem a voz mas reconheci-lhe imediatamente o abraço. Colocou-me a mão no ombro e depois deslizou-a até ao pescoço como se fosse o princípio de um beijo. Há mais ou menos quinze anos também eram assim, os abraços dela. Os dez minutos transformaram-se em cinquenta e acabei por não ler o jornal.

3.20.2009

conversa 1191

Ela - Estive a pensar... acho que a maior parte das minhas amigas casadas já se divorciou. Só eu, praticamente, é que não...
Eu - E isso quer dizer o quê?
Ela - Acho que quer dizer que sou parva....

conversa 1190

Ela - No hospital pediram-me o número de alguém de confiança para o caso de haver uma emergência durante a minha operação.
Eu - Uhm... e deste qual?
Ela - Fiquei na dúvida se devia dar o do meu namorado ou o do meu marido.
Eu - Uhm... e deste qual?
Ela - O da minha melhor amiga.

coisas que fascinam (82)



Estas duas últimas semanas têm sido particularmente difíceis. Ontem, a meio de mais um problema daqueles que parecem não ter fim, recebi um telefonema da minha filha a perguntar quando é que me ia ver porque tinha uma coisa para mim. Concentrado na merdice de um trabalho nem me lembrei que era dia do pai e disse-lhe que ia no fim de semana buscá-la. Uns minutos depois arrependi-me, larguei o que estava a fazer e fiz duzentos quilómetros de carro para ir jantar com ela a Aveiro. O que ela tinha para mim era este postal, este postal e um abraço longo. Por momentos, estas duas semanas que me têm tirado do sério dissolveram-se em pó...

3.18.2009

conversa 1189

Ela (deitada no sofá) - Está tanto calor. Apetecia-me um gelado...
Eu - Podemos ir ali ao café da frente...
Ela - Estou tão cansada. Podias ir tu...
Eu - E não queres mais nada?
Ela - Sim, um maço de tabaco.
Eu - É só?
Ela - Diz-me só onde guardas o vinho... Vou abrindo uma garrafa para respirar.
Eu - Na despensa. É tudo?
Ela - Antes de saíres abre a garrafa, por favor.

esta gaja anda na droga

Banco central norte-americano injecta mais 865 mil milhões de euros na economia...

Esta gaja anda na droga. Só pode. Passa a vida a injectar-se e nunca lhe chega. E é claro, a classe média é que lhe sustenta o vício. De qualquer maneira, e como drogada que é, talvez devesse mudar de veia. Esta coisa de se estar sempre a injectar na veia dos bancos e empresas de crédito não resolve nada, apenas aumenta o vício. Se por uma vez os governos se decidissem a injectar dinheiro na gaja através das pessoas que trabalham, talvez fosse mais justo e tivesse um efeito mais prolongado...

pensamentos catatónicos (170)

atirar pedras a satélites

No liceu tive uma paixão assolapada por uma miúda que nunca me ligou nenhuma. Eu nem sequer a conhecia mas, como quando tinha a coragem de a olhar directamente nos olhos durante mais de três segundos ela simplesmente me ignorava, nunca passei a fronteira da timidez que me impedia todos os dias de ir falar com ela.
Lembro-me que acabei por aceitar a derrota e, como uma embarcação desgovernada pelas ondas agitadas duma paixão adolescente, permitia-me apenas espreitá-la a espaços sem que ela o percebesse.
Numas férias ela desapareceu e não voltou. Percebi-o logo nos primeiros dias de aulas e, enfraquecido por uma onda mais forte desse mar revolto, houve uma noite em que nem um jogo de bilhar com amigos me apeteceu terminar. Saí do café sem responder às perguntas preocupadas dos meus companheiros como que à procura de algo que sabia que não podia encontrar. O meu melhor amigo saiu um pouco depois e encontrou-me lá afora a atirar pedras ao céu.

- O que é estás a fazer? - perguntou-me ele enquanto me tentava passar uma cerveja para a mão.
- A tentar acertar em satélites. - respondi num mistura de riso e choro.
- É por causa dela?
- Sei lá.
- Não vais acertar em nenhum satélite. Anda jogar...
- Se atirar uma pedra com muita força talvez a pedra caia ao lado dela, esteja ela onde estiver...

Atirar pedras a satélites é uma coisa estúpida, admitir que é o que se está a fazer ainda é mais e acreditar que uma dessas pedras pode cair ao lado duma mulher que nem sequer sabe que existimos é mesmo o cúmulo da estupidez. Mesmo assim ele percebeu o que eu estava dizer, sentou-se ao meu lado no chão e ficou em silêncio.
Às vezes acho que em adultos nunca arranjamos amigos como na adolescência...

conversa 1188

Ela - Queres fazer uma sociedade no euromilhões comigo?
Eu - Até é uma ideia...
Ela - Tens é que ficar tu com o original.
Eu - Eu fico... mas eu confio em ti. Por mim também podes ficar.
Ela - Tu confias mas eu não. De vez em quando jogo sozinha e nunca sei se acertei porque perco sempre o papel...
Eu (risos) - E é só por isso que queres fazer uma sociedade comigo?
Ela - Sim.

3.16.2009

conversa 1187

Ele - Eu ainda estou casado porque tenho pena da minha mulher.
Eu - Pena como?
Ele - Se eu a deixar ela vai ficar infinitamente triste e sozinha, pá...
Eu - Não sei... acho que ela deve sentir-se sozinha na mesma, se andas com ela só por pena...
Ele - Eu disfarço bem.
Eu - Ok... um dia destes ela é que acaba contigo e vai-te dizer que se sentia sozinha...
Ele - Não.
Eu - Sim.
Ele - Não.
Eu - Sim...

tomates anunciados na tv



Detesto sentir que estão a tentar fazer de mim estúpido. Aliás, de mim e de todos os que me rodeiam. O Continente do norte Shopping tinha ontem o preço dos tomates acompanhado da surpreendente frase promocional "anunciado na tv"
Quando eu era puto a mesma frase vinha em capas de discos de vinil do tipo "16 super éxitos" ou "Summer hits 89". Nunca pensei, no entanto, que alguém me tentasse vender tomates porque simplesmente os anuncia na tv. Muito bem, talvez um dia destes eu próprio me anuncie na tv e à noite, quando tentar engatar a miúda mais gira que estiver a beber uma cerveja ao balcão dum bar, comece por lhe dizer que estou "anunciado na tv"...

frigoríficos

Um frigorífico diz muito mais sobre uma pessoa do que à partida se pode pensar. É que o frigorífico que temos em casa não é apenas o sítio onde guardamos os alimentos para eles durarem mais tempo, é também o sítio onde penduramos fotografias, recados e desenhos improvisados. Além disso, por cima dele, é também onde vamos acumulando o desperdício dos dias: um bilhete de autocarro, um bilhete dum concerto ou um número de telefone apontado no flyer dum bar.
Apaixonei-me por ela no dia em que lhe conheci o frigorífico. Entre cerca de dez fotografias que presas por ímanes em forma de frutos exóticos, havia um bilhete escrito à mão que dizia: "o meu sorriso infeliz é uma represa de felicidade". Perguntei-lhe o que aquilo queria dizer e ela respondeu-me: "quer dizer que tu estás aqui".

3.13.2009

69

Este blogue é o sexagésimo nono mais lido, segundo o top weblog.com. Ora aqui está um número místico interessante para ser o mais lido... só não me lembro porquê...

conversa 1186

Ela - Nunca me levaste para a cama e nunca percebi porquê. Deves ser burro.
Eu - Mas tu querias mesmo levar-me para a cama?
Ela - Lá está, és burro. Eu nunca quis levar-te para a cama. Quis que tu me levasses a mim.
Eu - Pronto, admito. Sou burro... qual é a diferença entre ser eu a levar-te ou tu a levares-me a mim, é quem se deita primeiro?
Ela - Não. É quem se levanta primeiro...

conversa 1185

Ela - Os homens dão-me pena...
Eu - Porquê?
Ela - Ladram muito mas nunca mordem...
Eu - O que é que queres dizer com isso?
Ela - Isso mesmo que acabei de dizer.
Eu - Não percebi... às vezes tens a mania que és enigmática mas a mim parece-me mais que és insipiente...
Ela - Lá estás tu a ladrar...

cadelas de guarda

A the Guard Dogs, uma associação feminista suíça e francesa, atribui todos os anos prémios à indústria publicitária mais machista e aos comentários mais sexistas feitos por homens. Este ano as cuecas sloggi ganharam o prémio "Promoção da pornografia e da prostituição", a Renault ganhou o prémio "imagem mais sexista 2008" e os cafés italianos Lavazza ganharam o prémio "nudez gratuita que nada tem a ver com o produto".

O prémio da Sloggi deve-se a um cartaz em que o rabo duma mulher é mostrado em grande plano a sair duma espécie de embrulho de papel e que diz "em promoção nos seus pontos de venda".
A Renault, por seu lado, foi premiada devido a um anúncio em que
um casal lê na cama, com ele a folhear uma revista sobre o novo Clio e ela a folhear uma sobre bebés. Por baixo do anúncio, pode ler-se a frase "as coisas boas vêm aos pares".
Finalmente, os cafés Lavazza foram também distinguidos por exibir mulheres nuas para vender... café.



3.12.2009

conversa 1184

Ela - Fiz uma tatuagem no umbigo. Queres ver?
Eu - Sim.
Ela (mostrando-me) - É uma suástica.
Eu - Estás maluca? Tatuaste uma suástica no umbigo...
Ela - Mas não tem nada a ver com os nazis. A suástica foi usada por quase todas as culturas antigas e sempre com significados diferentes.
Eu - Pois... mas arriscas muito a andar com isso. Se eu não te conhecesse ia pensar que eras mais uma palerma dessas de extrema direita.
Ela - Ias mesmo?
Eu - Claro.
Ela - Não faz mal. É no umbigo por isso ninguém vê.
Eu - E quando fores à praia?
Ela - Vou comprar um fato de banho em vez dum biquíni...

élvio santiago, o homem que bloqueia, exclui... e deleta mulheres

O Élvio Santiago, um jovem da zona de Paços de Ferreira que se recusou a ser um mero carpinteiro de móveis de pinho e optou por uma carreira brilhante de artista musical, teve a coragem de pegar na música brasileira "Eu vou-te excluir do meu orkut" e fazer dela um grande êxito em Portugal. Depois, num rasgo explosivo de criatividade e imaginação, fez ainda uma outra música chamada "Eu vou-te bloquear no meu hi5"
Falo dele aqui porque aquilo me une ao Élvio é muito mais do que aquilo que nos separa. Estou, aliás, solidário com a sua incompreensão para com as mulheres. Principalmente para com as suas namoradas que, vejam só a descaradas, para além de saírem com os ex-namorados, ainda por cima não são virgens.




Eu vou-te excluir do meu orkut

Sei que as horas vão passando e cada vez te amo mais / Dedicando sempre um amor sem fim / Bons momentos de paixão e de felicidade / E eu sempre acreditei que o teu amor era verdade...
Eu até acredito que tu cada vez a amas mais mas, com esse cabelinho e esse medalhão ao pescoço, o mínimo que podes fazer é ficar na dúvida em relação aos sentimentos dela...

Tu sempre juraste a mim eterno amor / Que um dia casarias comigo e serias feliz / Mas tu mentiste e vi que estava errado / Um dia vi tu saíres com o ex-namorado...

O problema foi ela jurar que casava e seria feliz. Isso é impossível. Se ela só tivesse jurado que casava, ainda podia conseguir... mas assim... é claro que acabou deprimida e a sair com ex-namorado.

Eu vou-te deletar, te excluir do meu orkut / Eu vou-te bloquear no msn / Não me mandes mais scraps, nem emails, Power point / Me exclui também e adiciona ele...
Olha Élvio, se ela liga mesmo ao orkut e ao msn e se te anda a encornar com o ex-namorado, provavelmente já o adicionou a ele. Não precisas dizer-lhe. Mais ainda, provavelmente farta-se de gozar contigo pelo msn, pá. Lamento.

Eu vou-te bloquear no meu hi5

Tuas mentiras para mim eram verdade / E por ti me apaixonei tão loucamente / Pouco a pouco me empurraste para teus braços / Sem olhares que eu era ainda adolescente
Ai a sacana da mulher que não olhou que tu eras ainda adolescente. Ela olhar até deve ter olhado mas lá está, com esse medalhão de putanheiro nunca pensou que pudesse ser verdade.

Me juravas ser menina pura ainda / Acreditei cair na tua jogada/ Mas quando eu te toquei me apercebi / Que afinal não eras tão bem comportada

Ena, ela até pode não ser pura mas tu, deixa-me que te diga que tu, apesar de adolescente és um garanhão. Bastou-te tocar nela para perceberes isso?! Cool. Até podias abrir uma barraquinha na feira e adivinhar se as mulheres são puras ou não a troco de um euro...

Eu vou-te bloquear no meu Hi5 / Tuas fotos e mensagens vou excluir / Vou até mudar mudar o número do telemóvel / Para a tua voz eu nunca mais ouvir / Não entras mais no meu msn / Para um novo endereço eu vou mudar / Nem até na webcam eu nunca mais para essa tua cara eu quero olhar

Pronto, estás zangado porque ela não é pura. O que eu não percebo é porque é que tu, se só com um toque descobres logo se elas são ou não puras, andaste tanto tempo sem o saber. Nunca lhe tocavas? Realmente... parece-me que isso era mesmo só Hi5, telemóvel e msn... assim não vais longe...

Com mentiras e conjuras me enganavas / Por amor a ti me dei de corpo inteiro / Ao tocar-te vi que a tua pureza era falsa e eu não era o primeiro / Eu até que já andava a pensar de fazermos uma linda vida a dois / Mas por ti eu descobri que havia outro com quem há muito tu já tinhas relações / Para sempre sai fora da minha vida / Mentirosa, matadora de paixões

Fosga-se, tu não eras o primeiro? Isso realmente é lixado. Eu também não suporto isso mas sou mais fácil do que tu. Para mim, quando estou com uma mulher, tenho que ser um número ímpar, percebes? Primeiro, terceiro, quinto... se por exemplo descubro que sou o oitavo, também a bloqueio no Hi5 e no msn...

3.10.2009

conversa 1183

Ela - Se alguma vez uma mulher te disser que não pode sair contigo à noite porque anda numa fase em que só pensa em trabalho, ficas a saber que é mentira. Ela não quer é nada contigo.
Eu - Como é que sabes?
Ela - Acabei de dizer isso a um gajo...

advogados chateados



Este anúncio da Jiwani (fatos por medida) foi publicado no Massachusetts Lawyers Weekly, um semanário lido apenas por advogados, e enfureceu alguns desses leitores. À partida até nem parece ter nada de especial mas a intenção assumida da Jiwani, ao colocar a frase "um fato feito à medida é um afrodidíaco natural" e uma imagem em que uma mulher com um fato masculino puxa a gravata de um homem para o beijar, foi criticar o facto de naquela profissão e nos Estados Unidos uma mulher ter que se esforçar o dobro para conseguir o mesmo sucesso dum homem. A mensagem é que um fato masculino é meio caminho andado para esse sucesso...

coisas que fascinam (81)

Quando estamos tristes os pensamentos que temos são normalmente pesados. No entanto tornam-se mais leves quando os passamos para palavras. Normalmente começam a perder peso logo nos lábios mas, quando chegam aos ouvidos das pessoas de quem gostamos chegam a ser tão leves que ficam apenas a orbitar-nos como um planeta distante.
Hoje isto aconteceu-me com uma pessoa de quem gosto mesmo muito. Tenho a vida de pernas para o ar e num instante, só por lhe telefonar, ficou de pernas no chão.

coisas que fascinam (80)

Os sítios são sempre o que fica dum abraço prolongado, seja ele de despedida, de reconciliação ou simplesmente de amor. Quando abraçamos assim alguém, vamos sempre voltar a recordar esse abraço se passarmos no mesmo sítio, seja ele uma praia, uma avenida movimentada ou uma cave dum prédio.

3.09.2009

pensamentos catatónicos (169)

Tenho 37 anos, a caminhos dos 38, e hoje descobri que ainda me porto como uma criancinha quando me sento ao lado duma mulher bonita pela primeira vez, mesmo que seja por motivos exclusivamente profissionais. Perco a capacidade de raciocínio, perco a orientação, coro e falta-me o vocabulário.

conversa 1182

Ela - Costumas ser ciumento?
Eu - Não, nem por isso.
Ela - Devias ser.
Eu - Porquê?
Ela - As mulheres gostam de homens ciumentos que é para se poderem queixar que têm um homem ciumento e, ao mesmo tempo, sentirem-se realmente amadas.
Eu - Ainda bem que estás a brincar.
Ela - Não estou...

conversa 1181

Ela - Quando olhas para mim qual é a parte que mais gostas de ver?
Eu - Que pergunta... é melhor não te dizer...
Ela - É melhor não me dizeres, porquê?
Eu - Podes ficar chateada.
Ela - Pois posso... mas se não me disseres também fico.

conversa 1180

(no café)

Ela - Gosto muito de ti. Espero que nunca me desiludas como amigo.
Eu (olhando para a tv do estabelecimento) - Está bem, eu não desiludo. Agora deixa-me só ver este vídeo da Beyoncé...
Ela - Pronto, já me desiludiste...

tu és macaco...

Este sábado fui ao Continente do shopping Dolce Vita do Porto, ali pertinho do Estádio do Dragão. Acho o Estádio do Dragão bonito mas não gosto do nome, que me lembra uma enorme megastore chinesa daquelas em que se vende cuecas, rádios e copos de vinho na mesma prateleira.
Bem, se os Estádio onde joga o futebol clube do Porto não é uma megastore chinesa, aquele Continente é bem chinês, pelo menos na forma como trata e fala com os clientes. Na zona casa/lazer vi um cartaz enorme que dizia: "desconto de 50% no cartão de cliente em todos os conjuntos de louça menos a louça a avulso". Comprei um conjunto de 18 pratos e uma travessa e outro com seis chávenas e seis pires. Ao pagar reparei que ao segundo conjunto não tinha sido dado o desconto e a menina da caixa, depois de contactar a colega nº75 por telefone, disse-me que eu tinha razão e pediu-me para ir ao balcão de apoio ao cliente.
Também não gosto da palavra apoio, lembra-me um bocado a Santa Casa da Misericórdia mas pronto, lá fui. Na Santa Casa... ou melhor, no balcão de apoio ao cliente, apareceu-me um tipo que disse que eu não tinha razão porque no preço do produto não estava marcado o desconto. Expliquei-lhe que isso não me interessava porque, muito maior do que o preço era o cartaz que dizia que em todos os conjuntos de louça menos a louça a avulso havia desconto. No princípio fiquei zangado com a teimosia dele em não perceber português mas depois, quando o vi aos saltinhos entre mim e o cartaz para me tentar impedir de tirar uma fotografia, ganhei o dia. Não me ria assim há muitos anos. Pedi o livro de reclamações, fiz ainda uma queixa interna e fui-me embora a rir...
À noite telefonou-me uma senhora que me tentou explicar que um conjunto de canecas não é um conjunto de louça, um conjunto de louça é quando a louça é para jantar. Foi a primeira vez que tive que explicar a um adulto que "louça" é qualquer utensílio para uso doméstico na cozinha ou na mesa e "conjunto" é a reunião de várias partes que constituem um todo, logo uma embalagem de seis canecas e seis pires é um conjunto de louça. Semântica para lá, semântica para cá, a senhora não me deu razão e só lhe faltou chamar-me ignorante por eu não saber que um conjunto só o é quando a louça é para jantar. Lá está... um de nós fala chinês de certeza...
De qualquer maneira, o mais interessante é que estamos a falar de cerca de sete euros de desconto. Se os tipos do Continente tivessem pelo menos um pequeno conjunto de neurónios a funcionar assumiam o erro no cartaz, davam-me a porcaria do desconto e depois alteravam a frase. No entanto preferiram estar a discutir comigo meia-hora no local mais vinte minutos ao telefone para me explicarem que eu não sei o que quer dizer conjunto de louça.
Continente, tu és macaco...

3.07.2009

pedido descarado de ajuda

Concorri a um passatempo da UZO para ganhar um ano de chamadas grátis. O passatempo consiste em fazer um vídeo sobre o telemóvel que se tem. Os dez vídeos mais votados vão a uma final onde são avaliados por um júri. Este é um pedido descarado para que votem em mim... um ano de chamadas grátis dava-me tanto jeito...
O meu vídeo chama-se "às vezes" e podem votar nele aqui.

3.06.2009

japanese emo girls



Emo é uma abreviatura de "emotional" e, embora haja montes de definições na internet para o termo, o denominador comum passa por ser uma moda da adolescência que se caracteriza por apatia, vitimização e excesso de... emotividade. Esta moda tem também um impacto grande na forma como os e as adolescentes se vestem. Lembro-me de haver uma moda destas em Portugal quando eu era puto, mas chamavam-lhe góticos, punks ou similares. No Japão esta moda está actualmente ao rubro... com alguns exageros entre as miúdas a que eu não consigo deixar de achar piada.

conversa 1179

Ela - Estou ansiosa pelo fim de semana.
Eu - Foi difícil, esta semana?
Ela - Foi. Por acaso foi...
Eu - Mas aconteceu coisa?
Ela - Sim, o meu marido está de férias e fica em casa a semana toda. Só sai ao fim de semana...

3.05.2009

há sempre música no ar...

Hoje é noite de Couscous Prosjekt no Clandestino Bar, em Aveiro, a partir das 22:30.

conversa 1178

(a estacionar o carro em Aveiro)

Ela - Tens moedas para eu pôr no parquímetro? É que eu não tenho...
Eu - Também não tenho. Estaciona ali mais à frente.
Ela - Mas ali é proibido.
Eu - Pois é mas não tem parquímetro. A Polícia Municipal só te pode multar se não pagares o estacionamento. Não te pode multar por estares mal estacionada.
Ela - A sério?
Eu - A sério... e como a PSP anda em greve às multas.
Ela - Então a Polícia Municipal não serve para nada a não ser para passar multas.
Eu - Exacto.
Ela - Vê-se logo que polícia é uma profissão de homens...

viagens

A Larose lançou-me um desafio que, penso eu, consiste em falar das minhas viagens de sonho.

onde já fui: Áustria (Viena), Bélgica (Bruges), Espanha (Barcelona, Vigo, Corunha, Santiago de Compostela, Mérida, Salamanca e mais alguns sítios...), França (Paris, Bordeús, Lille e Dunquerque), Holanda (Terneuzen), Hong Kong, Inglaterra (Londres), Itália (Roma), República Checa (Praga), Portugal (Madeira e montes de sítios no continente)

viagens marcadas: Irlanda (Dublin) e Republica Checa (Praga)

viagens que gostava de vir a marcar: Cabo Verde, Angola, Moçambique, Butão, Laos, Mali e Burkina Fasso

crónicas de engate (3)

lugares

Lugares. É só um bar despovoado, aquele lugar onde ao balcão um homem petrifica o olhar num calendário perdido no tempo e vai bebendo um uísque morno e silencioso. Nos bancos envelhecidos estão sentadas memórias embriagadas de engates baratos e de amigos que já não o são. Talvez por isso, num monólogo regado pelo álcool, entenda agora que ter voltado àquele lugar não significa ter voltado ao seu coração. Aliás, acha que há muito tempo se perdeu nesse caminho de regresso.

Lugares de regresso. Os lugares não são só espaços definidos por coordenadas. Uma mulher é um lugar, um momento é um lugar, um regresso é um lugar. Até aquele copo de uísque é um lugar onde agora finíssimas lâminas de luz atravessam os buracos da persiana dum quarto no prolongamento dum bocejo matinal, e onde numa cama uma mulher com quem fez amor toda a noite lhe pergunta agora o nome. O nome? Não interessa o nome, pois não? Que não, responde ela: era só para saber.

Era só para saber e ele não lhes sabia o nome. Sabia-lhes o cheiro, sabia-lhes o toque macio da pele, sabia-lhes os seios e as vaginas, sabia-lhes os cabelos e os risinhos fazendo cócegas nos ouvidos. Sabia-lhes o preço. Sabia-lhe bem viver assim. Depois apaixonou-se debaixo dum guarda-chuva.

Um guarda-chuva é um lugar. Pelo menos ele lembra-se de um guarda-chuva ter sido um lugar, quando uma prostituta o abraçou e o protegeu do choro do céu numa noite só. Só. Os dois caminharam pela incerteza das luzes intermitentes duma avenida fria, depois pararam à porta de um prédio alto e de orgulho ferido que ela já conhecia e, dessa vez, ele quis saber-lhe o nome antes de se despedir.

Um nome é um lugar. Se nunca sabia os nomes das prostitutas que levava para a cama, porquê saber o o nome duma que o abrigou debaixo dum guarda-chuva? Porque há lugares onde queremos ficar e outros que só queremos visitar. Pelo menos é o que ele pensa agora enquanto pede mais um uísque. Mais um gole e uma gota de líquido arde-lhe na memória. Ela disse-lhe o nome e não se afastou. Depois abraçaram-se e nessa noite não fizeram amor.

O amor é um lugar. A chuva batia nervosa nesse lugar em que deram as mãos, depois os braços e depois o corpo e a alma. Como o corpo já ele muitas vezes fizera amor. Com a alma não. Lentamente fundiram-se numa bola de cuspo, de suor e de excreções libidinosas que corriam como um rio na paradisíaca paisagem dos corpos cansados. Depois adormeceram abraçados e a chuva também parou.

Lugares. Há lugares que gostávamos de voltar a visitar mas já não os encontramos no mapa. Ela foi-se embora de manhã como em todas as manhãs em que se tinha ido embora antes. Dessa vez não lhe levou dinheiro mas levou-lhe algo com mais valor: o nome.

pensamentos catatónicos (168)



Este pedaço de metal é o resultado do encontro de duas balas perdidas, uma francesa e uma russa, num fogo cruzado durante a Guerra da Crimeia (1853-56). As balas fundiram-se numa só peça o que, para além de curioso, é algo muito pouco provável.
Estava a ler isto e a pensar que se calhar somos todos uma espécie de balas perdidas, à espera de encontrar outra bala e de nos fundirmos também numa só peça. Também em nós, para além de curioso, isso é pouco provável.

3.04.2009

pensamentos catatónicos (167)



Comprei esta maravilha por 25 euros, ainda com as colunas originais de madeira. É um sharp SG 160H, um aparelho com leitor de discos vinil, cassetes áudio e rádio. Acho que é dos anos sessenta mas não tenho a certeza. Agora vou comprar umas borrachas novas para o deck de cassetes, substituir os conectores aúdio e comprar uma agulha nova.
Não tenho muito dinheiro mas já tenho uma colecção de antiguidades razoável. É um fetiche como outro qualquer e enquanto estava a fazer a primeira análise ao equipamento, estava a pensar em como este tipo de fetiches já me salvou tantas vezes de depressões emocionais. Em tempos de crise distraio-me com um rádio, uma televisão ou mesmo uma máquina de costura antiga e... lá vou aguentando...

antes ou depois?

Uma amiga minha pergunta se quando um homem e uma mulher decidem conversar sobre o seu futuro conjugal, devem fazê-lo antes ou depois de terem tido sexo. Eu acho que é sempre depois... não consigo contextualizar uma conversa deste tipo sem ter havido sexo anteriormente... mas isso sou eu...

carta de amor

Encontrei esta carta de amor no chão. Percebi que já não escrevo uma carta de amor há mais de vinte anos e fiquei com uma pedrinha na alma. Mesmo assim... é de mim ou, na altura em que eu andava no liceu, o pessoal tinha mais cuidado a escrever cartas de amor? Bem, se o destinatário percebeu tudo o que está ali escrito, dou-lhe os meus parabéns...


[clicar na imagem para ver maior]

Amt mt Issac
Eu amt mt e tu sabes disso, mas não me qero mostrar n vou te mandar mts cartas até descobrires qem sou. Eu sei que mt criança, mas tem que ser. Em cada carta vou te dar uma pista. Nao mostres a ninguem, eu sei toda que fazes. te amo sabias


pista - sou uma amiga tua
Quando soberes quem sou anda ter qomigo.

se beberes como um homem...



A DASL (Drug and Alcohol Service for London) fez um cartaz em que diz às mulheres para não beberem álcool porque podem ficar parecidas com os homens. Olhando para esta mulher concordo. Não me importo de parecer homem mas ia detestar parecer uma mulher que parecesse um homem...

conversa 1177

Ela - Achas que se eu esperar que o meu marido me peça o divórcio, arrisco-me a que ele nunca o faça?
Eu - Vou dizer uma estupidez mas digo na mesma porque acho que é verdade...
Ela - Diz...
Eu - Eu acho que os homens normalmente pedem o divórcio só quando já têm uma amante, as mulheres pedem mesmo que não tenham ninguém.
Ela - Estás a dizer que vou ter que ser eu a pedir o divórcio, não é?
Eu - Se te queres mesmo divorciar, sim. Não vale a pena esperar... mas pensa bem no que vais fazer...
Ela - Quando uma mulher já não dá uma queca há meses não tem nada que pensar... não concordas?
Eu - Não há como não concordar. Uma mulher e um homem, aliás...

conversa 1176

Ela - Às vezes ando tão farta da vida que me apetece acabar com tudo...
Eu - Tem calma...
Ela - Não te preocupes. Acabo com umas coisas mas não acabo com a vida.
Eu - E com que coisas é que tu acabas?
Ela - Pacotes de bolachas, chocolates, bombons... enfim, era melhor acabar com a vida.

conversa 1175

Ela - Às vezes fico cheia de vontade de ter sexo, outras vezes passo semanas sem me apetecer nada...
Eu - Já falaste disso com o teu marido?
Ela - Para quê? Com ele nunca me apetece...

conversa 1174

Ela - Queres boleia para casa?
Eu - Não é preciso. Tenho o carro perto da estação...
Ela - A estação ainda é um bocadinho longe. Eu levo-te até à estação, então.
Eu - Deixa estar, obrigado. Apetece-me andar a pé um bocado...
Ela - Acho que me estás a evitar...
Eu - Não estou nada. Apetece-me mesmo ir a pé.
Ela - Mesmo que não estejas vou ficar a pensar que sim...
Eu - Porque é que raio eu ia querer evitar-te?
Ela - Porque te dei uma seca esta noite com os meus problemas pessoais...
Eu (risos) - É um bom motivo, sim.
Ela - Estás a ver?

mulher made in portugal

Tenho para mim que o Telmo Miranda é um génio incompreendido, um poeta cuja universalidade da obra lírica não é facilmente percebida pelo comum dos mortais, principalmente quando tentamos associá-la à estética única da sua dança e do seu ritmo corporal.

É, no entanto, fácil reconhecer no rigor verbal de Telmo Miranda uma portugalidade que nos revela o que de mais profundo encontramos em poetas como Pessoa, principalmente na sua sede de um certo patriotismo ausente. Se Pessoa é saudosista dessa pátria, também Telmo Miranda nos revela esse desejo genuíno no versos que fazem da mulher portuguesa, duma forma paradoxal, por exemplo honesta e gaiteira...




cabelos soltos ao vento / beleza que faz encantar / quando passa na rua / o trânsito ela faz parar
com o seu olhar maroto / seu jeito de cativar / eles olham para ela / seus olhos ela faz trocar
seu corpo é modelo / como ela não há igual / ela deixa todos malucos / ela é made in portugal
com todas as qualidades / honesta e gaiteira / ela é com certeza / do continente, açores e madeira
ela é tão bonita / ela é genial / ela é com certeza / a mulher de portugal
ela é portuguesa / ela é portuguesa / ela é portuguesa / ela é portuguesaaaaaaaaaaaaaaaaaa

3.03.2009

no, we can't



A Luciana Abreu não venceu o festival RTP da canção e isso revolta-me. Estou aqui que nem posso. Passei a minha vida, com muito esforço, à espera de ver Portugal vencer pelo menos uma vez o festival da Eurovisão. Aguentei sentado no sofá músicas tipo a "Baunilha e Chocolate" do Tó Cruz, "Amor d'água Fresca" da Dina, "Como Tudo Começou" do Rui Bandeira, "Conquistador" dos Da Vinci ou, como diria o Saddam Hussein, a mãe de todas as batalhas: "Sobe, Sobe Balão Sobe" da Manuela Bravo. Foram anos e anos a depositar esperanças em projectos derrotados à partida e, quando finalmente aparece alguém com espírito de vitória, impedimo-lo de vencer por nós.
Com o título "Yes We Can" até um afro conseguiu ser presidente dos Estados Unidos da América. Porque é que raio uma miúda gira com mamas artificiais não havia de conseguir vencer o festival da Eurovisão? Claro que conseguia mas nós, em vez de a mandar a ela, mandamos um grupo com o nome singelo Flor de Lis. Epá! Poupem-me. Flor-de Lis... lá vamos nós ficar em último lugar e depois ler nos jornais que tivemos uma vitória moral...
Nesta altura vocês até podem pensar que eu estou a brincar. O problema é que não estou. O Festival da RTP é uma espécie de tortura medieval para quem está no sofá com febre e não tem forças para procurar o comando ou desligar a televisão (acho que só pessoas nesta situação é que conseguem ver aquilo) e a Luciana foi a única que conseguiu contornar a mediocridade do acontecimento. Tem voz, tem presença e até tinha uma música e tudo...

3.02.2009

respostas a perguntas inexistentes (55)

Nos casamentos há uma fase que é a fase da guerra fria. É a fase em que ambos, marido e mulher, são inimigos mas em vez da guerra preferem optar pelo silêncio contínuo. A fase da guerra fria é normalmente uma maneira inconsciente de salvar a vida e o casamento. O problema é que não salva nada, apenas prolonga o sofrimento.
Normalmente é nesta fase que surgem os "casos". Já que se sofre, há que diminuir esse sofrimento e a tentação cresce por todos os lados: num colega de trabalho, numa amiga do liceu que se encontra por acaso, num engate casual num bar nocturno...
Estou convencido que da guerra fria não há praticamente regresso possível. Por isso, para quem deseja uma relação mais ou menos duradoura, o melhor é evitar o silêncio...

conversa 1173

Ela - Estou possessa.
Eu - Porquê?
Ela - Hoje de manhã a minha filha acordou doente e, como de costume, tive que faltar ao emprego.
Eu - E chatearam-te no emprego?
Ela - Não é isso... o meu marido nunca falta ao emprego. Pisga-se logo mal vê que a miúda está doente.
Eu - Já falaste com ele sobre isso?
Ela - Já... acho que a única maneira é separar-me. Assim, quando for ele que está com a miúda, é ele que tem que faltar e pronto. Nem sequer há discussão...
Eu - Estás um bocado exaltada...
Ela - Cala-te tu também...

cristãs ninfomaníacas

Um grupo de mulheres cristãs criou um site sobre sexo chamado Christian Nymphos. Dizem elas que são mulheres com um desejo sexual excessivo pelos seus maridos e que, ao mesmo tempo, acreditam que Deus é filho da virgem Maria e se chama Jesus. Esse Deus, segundo a apresentação do site, quer que elas sejam umas loucas na cama. Por isso mesmo o site tem algumas sugestões para posições sexuais, jogos eróticos, etc.
Por mim tudo bem, gosto do conceito. Só não percebo como é que mulheres com tanto apetite sexual continuam a acreditar que Jesus nasceu duma gaja virgem. Será que a Maria, se estivesse viva nos dias de hoje, não ia também gostar de novas posições e jogos eróticos?