8.31.2007

riff

Ontem à noite, na jam session do Riff bar, apareceu um saxofonista que tocou com nomes como a Ella Fitzgerald ou o Frank Sinatra. Ganhei a noite. Amanhã à noite, no mesmo bar, passo som com uma amiga. Se puderem passem por lá. O Riff merece e tem sempre miúdas giras.

conversa 360 com o clube megatoques

Há uns tempos comecei a receber mensagens no telemóvel, sem mais nem menos, dum clube chamado megatoques. Sempre que as recebia limitava-me a apagá-las e não me chateava mais com isso.
No últimos dias comecei também a achar que o saldo do meu cartão se gastava mais depressa do que o normal. Ontem, por exemplo, depois de ter feito apenas três chamadas curtas durante todo o dia, à noite reparei que me tinham descontado mais de três euros. Telefonei para a UZO e expliquei isso mesmo, e que queria que me mostrassem, de forma detalhada, todos os gastos que eu tinha feito no último mês. Ela respondeu-me que eu tinha assinado um serviço de mensagens Megatoques e que, por cada mensagem recebida, eu pagava dois euros.
Hum... hum... eu não assinei nada, expliquei. Ela insistiu que sim e eu que não. Hoje, na internet, fiz uma busca por "clube megatoques" e mandei para lá um email. A conversa foi a seguinte:

Eu - Exmos. Srs.: Ando a receber no meu telemóvel, com o número 960XXXXXX, mensagens do clube megatoques. Na UZO fui informado que pago 2€ por cada uma. Eu nunca subscrevi tal serviço e não quero tal serviço. Serve o presente para o cancelar de imediato e exigir o reembolso de todo o dinheiro que me foi debitado até ao momento. Se não obtiver uma resposta já hoje, hoje mesmo apresento queixa na DECO (da qual sou sócio) e no Instituto do Consumidor. Muito Obrigado. IC

Eles - Exmo Senhor, Acusamos a recepção do vosso e-mail que mereceu a nossa melhor atenção. Vimos por este meio confirmar que os nossos serviços já se encontram cancelados para o numero 960XXXXXX e que os mesmos foram activados por erro do sistema. Solicitamos também que nos informe o seu NIB para efectuamos a devolução dos 20,00€ por transferência bancária. Com os melhores cumprimentos. Suporte Vibramóvel.
Eu -
Exmos. Srs. Agradecendo a atenção dispensada, solicito que façam a transferência para o NIB 0010 0000 XXXXX XX XXXX XX.

Neste momento mandei um email à UZO a pedir explicações. Não percebo como é que um "erro de sistema" é suficiente para a minha operadora deixar que eu passe a receber mensagens em que pago dois euros por cada uma. Supostamente, para que me debitem o que quer que seja, deviam ter a minha autorização. Não são só as mulheres que eu não compreendo. também não compreendo os operadores de telecomunicações.

Ah! aquele é o meu avatar Simpson. Acho que tem a ver. Se quiserem façam o vosso aqui.

conversa 359

Primeiro deixem-me rir, por favor: lol lol lol lol lol lol lol lol! Ouvi hoje esta conversa no comboio, entre dois tipos que iam sentados ao pé de mim. lol lol lol lol lol lol lol lol lol lol!

Ele1 - Ela não é mulher para ele. Eu bem o avisei mas ele...
Ele2 - Eu também lhe disse, ainda muito antes de casarem, que ela não era boa rês.
Ele1 - O que ela viu nele, eu sei muito bem... é o dinheiro.
Ele2 - Pois.
(uns dez segundos de silêncio)
Ele1 - mas eu mandava-lhe a trancada.
Ele2 - Pois, também eu.

namoradinha dum amigo meu...



Tinha que ser. Gosto duma mulher de quem não posso gostar. Quando entro numa loja sou gajo para escolher o único produto que tem uma etiqueta a dizer "vendido". Hum... hum... porque será que este paleio barato me lembra o Roberto Carlos? Ah! já sei.
Se bem que ele não é assim tão meu amigo quanto isso.
estou amando loucamente / a namoradinha de um amigo meu | sei que estou errado / mas nem mesmo sei como isso aconteceu / um dia sem querer olhei em seu olhar / e disfarcei até pra' ninguém notar / não sei mais o que faço / pra' ninguém saber que estou gamado assim / se os dois souberem /nem mesmo sei o que eles vão pensar de mim / eu sei que vou sofrer mas tenho que esquecer / o que é dos outros não se dever ter / vou procurar alguém que não tenha ninguém / pois comigo aconteceu gostar da namorada de um amigo meu / comigo aconteceu gostar da namorada de um amigo meu...

8.30.2007

católicos progressistas uni-vos!



A Lili Caneças fez parte do Cineclube Católico, que era o único cineclube de católicos progressistas que havia em Portugal. Hum... hum... O único? De certeza? Eu a pensar que havia milhares de milhões de cineclubes de católicos progressistas em Portugal, mas afinal só havia um. A propósito, o que é um católico progressista?
Hum... eu não sei mas tenho a certeza que o Robert de Niro sabe, porque deve ter sido por isso que olhou bastante para a Lili Caneças quando esteve em Portugal. Ou por isso ou porque tem uma mulher de etnia africana. Etnia africana... hum... hum... ena, será que há algum cineclube de africanos étnicos e progressistas em Portugal? Deve haver montes...

mousse de chocolate à La Bagaço

Divide-se as claras das gemas de seis ovos. Numa panela daquelas que têm um fundo todo especial para não colar, derrete-se alguma manteiga (pouca, mais ou menos 100 gramitas) e, depois, um chocolate de culinária. Quando o chocolate estiver derretido mistura-se as gemas dos ovos e mexe-se muito bem. Depois adiciona-se um copo de bagaço amarelo e seis colheres de açúcar amarelo. Mexe-se outra vez muito bem. Desliga-se o fogão e adiciona-se as claras em castelo. Mexe-se outra vez tudo muito bem. Vai ao frigorífico.

bicicletada



Depois disto nunca mais vou ter nenhuma hipótese com uma mulher daquelas que querem um gajo que tenha um mercedes, e ande sempre com um pente no bolso da camisa mesmo que já não tenha quase cabelo nenhum, mas pronto, não faz mal. A verdade é que eu não tenho mesmo um mercedes, tenho um carrinho pequenino de 1999 que cheira mal e anda aos soluços. Além disso, apesar de ainda ter cabelo, nunca me penteio. Também não uso camisas porque dão muito trabalho a vestir. Opto sempre por t-shirts ou sweat-shirts.
Portanto, lá vai disto: a Massa Crítica promove em Portugal uma iniciativa que tem lugar em 350 cidades em todo o planeta, e que dá pelo nome de bicicletada. Uma bicicletada, basicamente, é um grupo de pessoas a andar de transportes não motorizados, num percurso traçado urbano, cuja velocidade é ditada pelo mais lento (fixe!). As bicicletadas acontecem na última sexta-feira de cada mês, faça chuva ou faça sol, nas cidades do Porto, Lisboa, Aveiro e Coimbra. Acredito que se não estiver Sol nem chuva, tipo aquele tempo assim assim, também acontecem.
Eu sou capaz de aparecer em algumas, e nem é por causa das mulheres que usam calções de lycra e t-shirts justas quando andam de bicicleta. Não, não... é mesmo por causa... por causa duma cena fixe, como é que hei-de explicar? Bem, baixem aqui o pdf para saber mais... ou então vão ao blog do Nelson...
A propósito, lembram-se da Pipi? Vou andar de bicicleta e vou pedalando... minha bicicleta quase vai voando...

conversa 358

Eu – Queres vir a minha casa ver Os Simpsons?
Ela – Os Simpsons?! Já tens o filme em casa?
Eu – Já. Tirei-o da net. Tenho legendas e tudo.
Ela – O problema é que eu sei que tu não queres propriamente ver o filme.
Eu - Deixa-te disso. Anda lá.
Ela – Não. Hoje não vou. Se chegar ao fim de semana e me sentir sozinha, vou.
Eu – No fim de semana não vai dar. Ponho música no Riff no sábado e na sexta quero sair.
Ela – Preferes sair na sexta ou ver o filme comigo?
Eu – Dado que tens a possiblidade de ver o filme hoje comigo e parece que não queres, na sexta tenho que optar por sair. Senão a situação torna-se demasiado humilhante para mim...
Ela – Hoje não vou. Se quiseres liga-me na sexta que eu vou. Tens até lá para pensar.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

8.29.2007

respostas a perguntas inexistentes (12)


Ela pegava-lhe no queixo com a mão esquerda, com a delicadeza de quem pega numa taça de champanhe. Ele afastava-lhe a mão e envolvia-a com os braços. Depois beijavam-se durante vinte segundos.

Era só para o episódio duma série que passava à noite num canal pago de televisão, e tiveram que repetir a cena três vezes por capricho do realizador. Ao fim da tarde, quando se despediram e disseram "até amanhã" um ao outro, ambos acharam pouco os beijos de despedida na face.

conversa 357

Ela - Só vou jantar a tua casa se fizeres mousse de chocolate.
Eu - Está bem, eu faço.

canalizações

Ontem fiz um jantar em casa com um amigo e duas amigas.

1] Falou-se de canalizadores. Hoje de manhã a canalização da minha cozinha deu o berro. Tive que ir comprar uma nova e instalá-la.

2] Falou-se de emigrantes franceses que falam francês demasiado alto. Hoje, quando ia comprar a canalização, um emigrante bateu-me no carro por trás. Durante a discussão tive que lhe explicar que sou português e que podia falar português comigo.

3] Falou-se de Carla Bruni. Hoje, enquanto estava a mudar a canalização pus um cd dela a tocar em altos berros. A minha mini hi-fi engoliu-o e agora vou ter que a abrir. À mini hi-fi, não é à Carla Bruni...

4] A somar a isto tudo acordei adoentado, nem sei muito bem com o quê. Estou em casa a chá e só vou trabalhar à noite. A minha ex-companheira de vida telefonou-me a dizer que também está doente mas que dava para tomarmos um café. Eu é que não consigo, respondi.

crónicas da cidade que sopra | é só um segundo

Amanhã, no diário de Aveiro, mais uma crónica da cidade que sopra.

É só um segundo. A campainha já tocou duas vezes mas Alice continua a secar a sua pele devagar em frente ao espelho, abraçando-se num macio toalhão branco. Sabe que é a sua boleia para o trabalho quem toca insistentemente, sabe que é uma amiga que faz um desvio todos os dias para a ir buscar a casa, sabe até que ela ainda tem que deixar a filha mais nova na escola e que já está atrasada, mas ontem sentiu pela primeira vez na vida a cessação da sua menstruação. Depois não dormiu durante a noite, tentando apenas sonhar com o que já viveu. Acha que conseguiu. Agora está ali, acariciando-se num toalhão como se a cada carícia pudesse rejuvenescer. A campainha toca de novo, desta vez durante mais tempo que o habitual. Alice fecha os olhos. É só um segundo.

8.28.2007

conversa 356

Ela - Preciso de ajuda.
Eu - Está bem. Passo aí logo ao fim da tarde.

azul

1] Passar música a dois é melhor do que passar música sozinho. Ontem foi uma noite boa, embora a meio gás.
2] Se o dia de hoje tivesse uma cor, era a azul.
3] Gosto dos Cookie Crisp, da Nestlé, para pequeno-almoço.
4] Vou ligar candeeiros e uma torneira durante a tarde.
5] Ela disse que me telefonava e não telefonou. Não faz mal.

conversa 355

Ela - O facto de seres pai, para mim, faz de ti uma pessoa mais responsável, percebes?
Eu - Até percebo, sim. Ser mais responsável significa, por exemplo, que isso não chega para eu acreditar que tu gostas mesmo de mim.
Ela - O que é que precisas mais?
Eu - Preciso que acordes comigo de manhã, rabugento como o caralho, e não te chateies comigo por isso...
Ela - Mas isso é fácil. Eu gosto de ti...
Eu - Óptimo. Vamos ver... então.

8.27.2007

logo à noite...

De Cabo Verde: Lura, Mayra Andrade, Tubarões, Ildo Lobo, Maria de Barros e Fantcha. Do Mali: Amadou e Mariam e Ali Farka Touré. Do Brasil: Dj Dolores, Celso Fonseca e Bebel Gilberto. Do México, Lila Downs. Do Perú, Susana Baca e Merediith Monk. De Portugal, Amália Rodrigues.
Estes são só alguns dos nomes que logo vão estar presentes na deslocação das partículas do ar, no Clandestino bar, em Aveiro. Passem lá, se puderem, a partir das 22:30.

conversa 354

Ela - Comment pouvons-nous aller à Figueira ?
Eu – Depende. Figueira da Foz, Figueira de Lorvão ou Figueira Castelo Rodrigo?
Ela – de Foz. c'est de Foz, oui...
Eu – Sempre em frente. Quando vir uma tabuleta a dizer Figueira da Foz, é por aí.

françogueses

Tenho uma dúvida: Será que os emigrantes que vêm para Portugal, em Agosto, falar um francês ranhoso com mais potência e distorção que o João Loureiro quando era vocalista dos Ban, quando voltam para França costumam falar português nas ruas da mesma maneira?
Foda-se, leva-se com cada parolo...

conversa 353

Ela (pondo o café em cima do balcão) - Desculpe, está muito cheio. Eu tiro outro.
Eu - Não é preciso. Eu bebo esse.
Ela - Não. Eu tiro outro.
Eu - Não é preciso. A sério...
Ela - Eu tiro outro que sei que gosta do café curto.
Eu - Pronto... obrigado.
Eu (só em pensamento) - Não me lembro de lhe ter dito que gosto do café curto, mas está bem.
Ela (pondo o segundo café em cima do balcão) - Não quero que saia daqui a dizer mal de mim.
Eu - Não...
Ela (pondo um cinzeiro em cima do balcão) - E um cinzeiro limpo.
Eu - Não é preciso. Eu não fumo.
Ela - Ah! Deixou de fumar!
Eu - Nunca fumei na vida.
Ela - Mas às vezes fuma...
Eu - Não, nunca fumei na vida mesmo.
Ela (tira o cinzeiro)
Eu (só em pensamento) - Estava-me a confundir com outro, por isso é que estava tão simpática.

8.26.2007

conversa 352

Ela – Posso te fazer uma pergunta íntima?
Eu – Sim, claro.
Ela – Já alguma fizeste amor com uma mulher com cuecas comestíveis?
Eu – Cuecas comestíveis?
Ela – Sim.
Eu – Não, não fiz.
Ela – Eu tenho cuecas comestíveis com sabor a morango...
Eu – Hum... cuecas comestíveis são mesmo cuecas comestíveis? Tu tens as cuecas vestidas e podem-se comer, é isso?
Ela – É.
Eu – Eu, não sei porquê, não tenho grande vontade de comer cuecas. Mas tou mesmo a ver, em certos períodos do mês, o que seria uma espécie de cuecas de cabidela.
Ela – És um parvo.
Eu – Diz-me só uma coisa: tu andas normalmente com essas cuecas na rua?
Ela – Claro que não. Só as ponho antes de ir para a cama com um gajo.
Eu – Ah! Então andas com umas sempre atrás...
Ela – Sempre não. Às vezes.
Eu – E antes de ires para a cama dizes qualquer coisa do género: Vou só ali mudar de cuecas.
Ela – Não é assim. Tem que se criar ambiente.
Eu – Ah! Põe aí uma música fixe, acende o incenso e uma vela que eu vou ali mudar de cuecas.
Ela – Tiras a piada a tudo, tu.
Eu – Eu não tirei a piada. Até acho que pus alguma piada na coisa. Cuecas comestíveis... deve ser fixe é para desenrascar uma refeição rápida, assim antes de ir trabalhar... com uma cervejita.
Ela – Está calado.
Eu – Pronto, está bem. Eu calo-me.

conversa 351

(no gtalk)

Ela - You look very serious but with a very deep eyes, + like a little secret.
Eu – Why, on earth, are you the first one calling me serious? Congratulations.
Ela – Portuguese women are not sensible enough :))))))
Eu – lol, lol, lol. I can't answer that...
Ela – Wish I could tell you this face by face, next to you.
Eu – Well... for now I believe this way is enough.

el Valencia no gana en su campo al Villarreal desde hace tres temporadas

1] Amanhã, segunda-feira, no Clandestino bar, o dj Bagaço Amarelo faz uma parceria [pelo menos até meio da noite] com uma amiga que também colecciona música do mundo. Portanto, em vez de um dj, é um dj e uma djoa, ou djeia... ou uma coisa parecida. Esta parceria é para manter em ocasiões futuras, portanto o nível qualitativo das noites em que passo música vai melhorar.

2] Ena... ainda não acredito. O Beira-Mar ganhou hoje um jogo, e logo a um dos principais candidatos à subida. Já ganhei o dia. A noite ainda não mas o dia sim...

3] Apetecia-me pegar na voz dela e guardá-la num sítio qualquer. Só para a ouvir de vez em quando, mesmo que não dissesse nada de importante. É que cada vez que me telefona eu fico bem disposto. Bem... tecnicamente não é possível. Por isso... fico à espera que me telefone outra vez.

4] Se o Valencia ganhar hoje ao Vilarreal, na jornada inaugural da Liga Espanhola, partindo do princípio que o Marítimo ganha ao Boavista no Porto, faço 11 no totobola. A semana passada o onze deu 792 euros. Hum... se isto acontecer, e eu ganhar pelo menos 500 euros assim caídos do céu, faço uma jantarada aqui em casa para os habituais companheiros de jantares, mas com um vinho especial que eu cá sei. Há três anos que o Valência não ganha ao Vilarreal no seu estádio... espero um milagre, entonces....

conversa 350

Ela (abrindo o frigorífico) - Não tens leite...
Eu - Tenho, tenho. Está ali naquela prateleira.
Ela - Vê-se logo que és homem. Não guardas o leite no frigorífico.
Eu - Guardo, guardo. Mas só depois de estar aberto. Enquanto os pacotes estão fechados guardo-os cá fora. É normal.
Ela - Se fosses mulher, mal acabasses um pacote de leite abrias logo outro. Só tens meio gordo?
Eu - Só... já usei magro mas depois mudei para meio gordo.
Ela - Eu só bebo magro. Vê-se logo...
Eu - Que sou homem, já sei. Foda-se! bebe lá essa merda que já passa das cinco da manhã e eu quero dormir.

8.25.2007

conversa 349

Ela - O teu blog parece o blog dum putanheiro.
Eu - Isso é porque o meu blog é o blog dum putanheiro.
Ela - Tenho saudades de não seres um putanheiro.
Eu - Eu também.

love to love you baby

1] Hoje acordei com saudades da Donna Summer. When you are laying so close to me, there is no place I´d rather to be... aaaaaannnnhhhh! love to love you baby link rapidshare
2] Hoje acordei com saudades da XXXXXX. que já não vejo desde os dezasseis anos, e de quando fazíamos piqueniques no parque com caprisone e bolas de berlim.
3] Hoje acordei com saudades de não acordar com saudades de coisa nenhuma.

conversa 348

Ela - O teu problema é que não sabes mexer o rabo.
Eu - Não quero ir dançar.
Ela - Escreves aquelas coisas todas no jornal mas não sabes mexer o rabo.
Eu - Não quero ir dançar.
Ela - E também leio o teu blog das mulheres, todos os dias...
Eu - Mas eu não quero ir dançar.

pensamentos catatónicos (94)

Acho que o princípio da mão de obra escrava começou no criacionismo, quando Deus se lembrou de dar asas aos anjos mas não de lhes dar um órgão sexual.

8.24.2007

respostas a perguntas inexistentes (11)


Não fui eu. Ela entrou primeiro e eu senti-me despido no meio de tanta luz. Tive que entrar também e dei-lhe a mão. Espera aí, disse-lhe, e depois pedi-lhe para ir mais devagar. Mandou-me calar. Apertou-me com força os dedos e disse-me para fechar os olhos. Mas aqui está escuro, respondi com a voz trémula. Fecha os olhos na mesma, aqui nem o escuro deves ver. E entrámos.

lifeline


O jardineiro deu-me a ideia e eu acho que vocês merecem. Aqui está o último álbum do Ben Harper, num link rapidshare. Se puderem comprem-no. Se não puderem ouçam-no na mesma. Vale a pena. Despachem-se porque não acredito que o link fique activo muito tempo. A password para o descomprimir é www.hard-rock-cafe.blogspot.com.

não compreendo as mulheres do Quirguistão...

Não acredito. Estava a falar com uma miúda gira do Quirguistão, chamada Aida, e estava a tentar explicar-lhe que o nome dela me lembrava a Associação Industrial do Distrito de Aveiro. Ela chamou-me logo crazy guy. Que falta de sentido de humor. Nem as mulheres do Quirguistão eu compreendo... Phónix!

as sete maravilhas das minhas decisões

Tomei algumas decisões muito importantes na minha vida que me vão permitir não andar sempre deprimido. Vou passa a andar deprimido às terças e às quintas, só. Afinal de contas, às vezes, também é preciso, senão nem parecemos inteligentes.

1] Vou deixar de comprar as lâminas de barbear descartáveis mais baratas do supermercado (umas BIC amarelas), e deixar de as usar mais de cinquenta vezes cada uma até elas já nem serem capazes de cortar manteiga, para deixar de parecer um ex-combatente do Vietname com a cara toda cortada.

2] Vou deixar de fazer omeletas de atum só porque não me apetece cozinhar, deixar de beber (comer) leite condensado à colherada e vou substiuir o vermute da noite por chá diese verde mais ginseng.

3] Vou deixar de acumular a louça suja durante duas semanas, até ela já estar a cheirar pior que o suor do pessoal que trabalha nos restaurantes de fast food durante o Verão.

4] Vou passar a cumprimentar a minha vizinha de baixo todos os dias, mesmo quando ela tenta ser o mais trombuda possível, porque não tem coragem de me dizer que já não consegue ouvir as minhas músicas de tribos africanas todos os dias a seguir ao almoço.

5] Vou beber uma garrafa de Cheda tinto por semana, sozinho, enquanto leio um livro na minha varanda. Se puder dar um salto a Vila Flor este ano, substituo temporariamente o Cheda por Alto da Caroça.

6] Vou mandar umas chaves de casa e guardá-la no porta-luvas do carro, para nunca mais ter de chamar os bombeiros para me abrirem a porta quando levo o lixo ao contentor e me esqueço das chaves lá dentro.

7] Vou deixar de ter discussões estúpidas à noite sobre, por exemplo, as diferenças entre a Super Bock e a Sagres, a falta de condições para praticar hipismo em Aveiro, ou se a Nelly Furtado é mais bonita que a Britney Spears. Até porque, como toda a gente sabe, a Nelly Furtado é muito mais bonita.

conversa 347

Eu - Tens a certeza que queres fazer isto?
Ela - Não...
Eu - Olha, então não fazemos. Ficamos aqui só abraçados, está bem?
Ela - Está bem. E chega-te?
Eu - Chega e sobra, não te preocupes. Também não tenho a certeza...

quentes e boas

As quintas de jazz no riff bar são quentes e boas. São, são...

8.23.2007

conversa 346

Ele - Anda cá abaixo, por favor. Está aqui uma senhora que quer falar contigo.
Eu (desço)
Eu - Boa tarde. O que é que se passa?
Ela - Boa tarde. Eu sou professora no liceu XXXXXX. Disseram-me que o senhor consegue arranjar filmes antigos na internet. Eu estou a promover entre os alunos algumas sessões sobre História do cinema. Se me pudesse ajudar...
Eu - Quem é que lhe disse isso?
Ela - Foi a XXXXXX.
Eu - Ah! Tem alguma lista do que quer?
Ela - Não. A XXXXXX disse-me que até me podia aconselhar.
Eu - Há coisas que eu já tenho, de facto. A Viagem à Lua do George Melies e o Metrópolis do Fritz Lang até tenho aqui. Posso gravar-lhe já, se tiver um cd...
Ela - É preciso um cd?
Eu - Sim, claro. Senão como é que os leva?
Ela - Podia emprestar-me e eu devolvia...
Eu - Não posso. Tenho-os no disco duro do computador. Tem que me trazer um cd e tem que ter a certeza que pode ler Divx lá na escola.
Ela - É que a escola não apoia o que estou a fazer, percebe? Não queria gastar dinheiro...
Eu - Um cd custa menos de cinquenta cêntimos. Não vai precisar da escola para nada.
Ela - Não... vou primeiro falar no conselho directivo. Eles têm que pagar...
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

coisas de puto...

Devia ter vergonha de dizer isto, e até tenho, porque isto são coisas para menores de doze anos. É por isso que digo. Ufa... pelo menos ajuda-me a não pensar em mulheres durante alguns segundos por dia.

1] A jogar Travian fui promovido para dilpomata da minha aliança e já propus um novo membro para general, que foi aceite. Já ataquei uma aldeia e roubei alguns recursos com que aumentei de nível a minha cavalariça e criei dois cavaleiros trovão Theutate. A minha aldeia chama-se Bagaçólia.

2] A jogar Monsters ataquei seis lobisomens. Ganhei quatro batalhas e perdi duas. Treinei a minha agilidade e a capacidade de defesa do meu cão de guarda Tareco. O meu vampiro chama-se Bagaço.

3] A jogar itsagoal venci o último jogo, no estádio do hayabusa FC, por 1-2. Amanhã defronto os Aquilas Imperiales no meu estádio, o Bagaçólia Arena. A minha equipa chama-se Bagaço Amarelo FC.

respostas a perguntas inexistentes (10)



São os teus dedos dos pés. Não olho para terra por causa dos teus dedos. São dez, o que é uma verdade indiscutível, e são bonitos, o que também é. Já ouviste falar no filme amor e dedinhos de pé?

conversa 345

Ele – A tua amiga é qualquer coisa, pá...
Eu – Tem calma contigo, mas é.
Ele – Calma?! Qual é a tua?
Eu – Ela tem dezoito anitos, pá.
Ele – Já é maior de idade, não já?
Eu – Tu tens quarenta e dois e ela é pita. Além disso é minha amiga. Chega-te para lá.
Ele – Eu também sou teu amigo.
Eu – Já te conheço há muito tempo. Não a chateies, senão deixas de ser.

conversa 344

Ela – Hás-de me dizer o que é que tomas?
Eu – O que é que tomo?
Ela – Sim... fizeste directa a trabalhar e ainda consegues estar aqui comigo a esta hora da noite com esse ar fresquinho.
Eu – Não tomo nada. Ao teu lado fico sempre com este ar fresquinho porque me sinto bem.
Ela – E ainda por cima continuas mentiroso.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

8.22.2007

ymca

Tenho que partilhar isto que a minha irmã mais nova me mandou agora mesmo. Lol, lol, lol, lol, lol. Finlândia 1979.

conversa 343

[ao telefone]

Ela - O teu amigo deve ser parvo.
Eu - Porquê?
Ela - Mal tu te afastaste ele começou a chamar-me boazona, com aquele cheiro insuportável a vinho, e a encostar-se..
Eu - Não é parvo. Não sabe é beber, percebes?
Ela - Quem não sabe beber com aquela idade e bebe na mesma, é parvo. Tens cada amigo...
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

mais um cartaz...

eu quero ir

Eu quero ir ao Transcudânia no Sabugal, distrito da Guarda.

crónicas da cidade que sopra | andar ao contrário

Amanhã, depois dum curto período de férias, as crónicas da cidade que sopra voltam ao Diário de Aveiro.

Anda ao contrário. Um automóvel coxeia pelas artérias sinuosas da cidade, que vai acordando devagar em longos bocejos matinais, e pede-lhe que faça o menos ruído possível. É que o sono parece transferir-se lentamente dos edifícios para o condutor, que vai semicerrando os olhos enquanto as janelas vão abrindo os estores. Acabou agora mais um turno de trabalho numa fábrica qualquer, numa noite qualquer, por um motivo qualquer. Anda ao contrário dos outros, pensa. Adormece quando os outros acordam, acorda quando os outros adormecem. Às vezes até acha que só ri quando os outros choram e só chora quando os outros riem. Não sabe porquê.

8.21.2007

conversa 342

Eu – Olá...
Ela – Olá.
Eu – Que fixe! Estás a telefonar-me. Não estava à espera.
Ela – Pois. Olha, eu não deixei um sutiã vermelho em tua casa?
Eu - Não vi... mas... porque é que podias ter deixado? Não me lembro, assim... de te despires em minha casa.
Ela - Não, eu sei. Mas a última vez que lá fui levava um na carteira, acho eu, e desapareceu. Se calhar ficou noutra casa. Deixa lá.
Eu - Ah! Na minha acho que não ficou. Se eu tivesse visto um sutiã vermelho por lá, acho que não me esquecia...
Ela - Não reparaste que eu nem levava o sutiã vestido quando lá fui?
Eu - Não... quer dizer, sei lá.
Ela - És um totó. (risos)
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

mulheres...


cinco estrelas

Este blog é 5 estrelas. Obrigado Cristina.

conversa 341

Ela1 – Boa tarde. Está a falar com a XXXXXX. Em que posso ajudá-lo?
Eu – Boa tarde. Comprei uma placa da tmn de acesso à internet, há quinze dias, cujo cartão avariou ontem à noite. Há bocado telefonei para este número e uma colega sua disse-me para ir a uma loja tmn pedir uma segunda via. Agora estou aqui numa loja tmn em Espinho e estão-me a dizer que não me podem dar uma segunda via porque não tenho número de cliente.
Ela1 – E em que posso ajudá-lo?
Eu – Queria o meu número de cliente.
Ela1 – Mas isso não é possível. Há uma norma interna da tmn que não me permite dar-lhe essa infomação. Diga-me o número do seu cartão, por favor.
Eu – 96XXXXXX.
Ela1 – Com este cartão basta ter o PIN. Tem o PIN consigo?
Eu – Tenho e já o dei. A sua colega aqui na loja diz que o sistema não aceita o PIN.
Ela1 – Pode-me passar à minha colega, por favor?
Eu (passo o telefone à menina da loja)
Ela2 - ... mas este cliente já está em pós facturação. O sistema já não aceita o PIN. Tem que ser o número de cliente. (passa-me o telefone).
Ela1 – Tem que ter o número de cliente.
Eu – Isso eu já percebi. Ainda bem que também já percebeu. Até aí estamos de acordo. Mas eu comprei a placa há duas semanas, por isso ainda não recebi nenhuma factura. Por isso não tenho número de cliente.
Ela1 – Mas eu não lho posso dar.
Eu – Por favor, trate-me como uma pessoa inteligente, está bem? Eu estou numa loja tmn, por conselho da própria assistência técnica da tmn, para pedir uma segunda via dum cartão. Agora está a dizer-me que, por causa duma norma interna da tmn, não posso pedir o cartão. Pronto, então vou devolver a placa e quero anular o contrato que fiz com a tmn e quero o dinheiro de volta. Isso já é possível por telefone?
Ela1 – Pode é pedir a segunda via por telefone. Vai demorar dois a três dias.
Eu – Mas eu não aceito dois ou três dias, porque já estou chateado com a tmn.
Ela1 – Vou pedir com urgência para ver se demora só um dia. Diga-me o seu PIN, por favor.
Eu – 78XX.
Ela1 – Já está feito o pedido. Posso ser útil em mais alguma coisa?
Eu - Não. Muito obrigado. (desligo o telefone)
Ela2 (fazendo uma cara de quem tem vergonha de trabalhar ali) – Boa tarde.
Eu – Boa tarde.

8.20.2007

Ritinha e Catarina

A Ritinha e a Catarina são as bailarinas do Nel, cujo penúltimo cd se chama "Puta Vida Merda Cagalhões", e cujo último tem uma música que se chama "Vou dar uma regadela". Podem ver aqui.
Ritinha e Catarina, se por acaso lerem este blog, eu gostava de vos convidar para jantar, iniciar uma amizade e, talvez, quem sabe, algo mais sério. Contactem-me!

conversa 340

Ela - A quantas mulheres é que já disseste que gostavas delas?
Eu - Bêbado ou sóbrio?
Ela - Sóbrio.
Eu - Uma.
Ela - E bêbado?
Eu - Umas cem...
Ela - E aquela a quem disseste sóbrio, como é que reagiu?
Eu - Respondeu-me que se estivesse bêbada ia prá cama comigo. Sóbria não.

nervos

Páro o carro numa fila enorme de trânsito. Atrás de mim, um tipo numa carrinha de caixa aberta, começa a buzinar e a chamar-me nomes. Primeiro rio-me. Depois, como ele não pára nem a fila de automóveis anda, saio do carro. Não o quero agredir nem nada que se pareça, e até ainda me estou a rir um bocado enquanto me dirijo a ele. Só lhe quero perguntar para onde é que ele quer que vá no meio daquela fila de trânsito, e pedir-lhe que tenha calma. Está a começar a chatear-me e eu não lhe fiz nada. Ele fecha o vidro, mete marcha atrás e acelera, batendo na frente do automóvel que está a seguir.
No automóvel a seguir está uma condutora que sai imediatamente do veículo. Está nervosa e, ela sim, parece querer agredir o homem a quem eu ia simplesmente falar. Reparo que no carro dela estão duas crianças, aliás, uma criança e um bebé. Percebo porque é que ela está tão alterada. Que coisa estúpida. Tento acalmar os dois. Ele começa a chorar, ela começa aos gritos. Ele está com uma depressão nervosa, ela está com uma excitação nervosa. Foda-se. A fila entra em andamento e os carros têm que contornar os três veículos ali parados: o meu, sem dano nenhum, o do homem atrás de mim e o da mulher. Eu estou entre eles, virado para ela. Tem razão, digo-lhe eu, mas tenha calma. Ele vai dizendo coisas absurdas, tipo que eu tinha cara de quem o ia matar. Só tenho esta cara, respondo-lhe, e não o vou matar. Nem sei matar pessoas.
Chega a GNR. Um deles fala comigo. Explico-lhe o que aconteceu e ele manda-me embora, depois de colocar o meu nome como testemunha numa declaração amigável de acidente. Por favor tire o seu carro. E eu tiro. Ela era bonita, mesmo zangada era bonita, penso enquanto rodo a chave da ignição. E arranco.

8.19.2007

na praia

Hoje vou ler para a praia, comer uma tripa com ovos moles na praia, ouvir cânticos tribais das florestas do Ruanda (Twa) na praia, tomar banho na praia e ver miúdas giras na praia. Pronto... tudo na praia.

conversa 339

Ela – Mas a XXXXXX é melhor do que eu na cama?
Eu - Não é melhor nem pior. É diferente....
Ela – Diz-me a verdade. Qual é a diferença, então?
Eu – Sei lá. São diferentes, pronto. Ela mexe-se mais um bocado. Tu és mais parada. Nenhuma é melhor nem pior. São diferentes uma da outra. Só isso.
Ela – És pérfido, pá.
Eu – Eu? Tu também não passas a vida na queca com o XXXXXX? E se eu te perguntar se o gajo é melhor na cama do que eu? Não é fodido responder? O que é que tu me dizias?
Ela – Não sei.... são diferentes.
Eu – Não gozes comigo, caralho.
Ela – Ele não faz minetes como tu. De resto, se não se viesse demasiado depressa...
Eu (sem ser só em pensamento) – Foda-se!

conversa 338

Ela - Vens ter a minha a casa?
Eu - Não... estou no Clandestino e daqui vou pra minha casa.
Ela - Estás sozinho?
Eu - Estou com uma amiga e um amigo.
Ela - Quem é a amiga?
Eu - Não interessa.
Ela - Vais estar com ela?
Eu - Não. Antes fosse... mas acho que ela até está interessada noutro gajo.
Ela - Se fores já sabes que podes dizer na boa.
Eu - Eu sei... mas não é importante. Hoje não vou aí, está bem ? Não me apetece.
Ela - Ok, mas na segunda-feira começo a trabalhar. Vai ser mais difícil estares comigo à noite. Eu preciso de dormir muito, normalmente.
Eu - Tudo bem. Também acho que preciso de acabar com isto. Não me está a fazer bem.
Ela - Não te estou a fazer bem?
Eu - Não és tu. É a situação.
Ela - Olha, vou-me deitar, então. telefona se quiseres,
Eu - Ok. Beijos.
Ela (desliga sem dizer nada)

pensamentos catatónicos (93)

Esta é uma tragédia à Shakespeare... e é fodida, e eu não sei que fazer: uma mulher bonita e que, normalmente, seria capaz de transformar o meu objecto cardíaco numa máquina saltitante, gosta de mim. Eu não correspondo totalmente por causa doutra mulher que me parece não gostar assim tanto de mim. É uma merda que não consigo resolver a não ser, talvez, fugindo de Aveiro por algum tempo.

8.18.2007

5 - 1

1] Fui comprar uma garrafa de vinho para levar logo a casa duma amiga. Na fila deixei passar a senhora que estava atrás de mim, porque me pareceu que estava grávida. Não estava. Era só uma mulher gorda, e eu só percebi isso quando ela, mais vermelha que um pimento (dos vermelhos e não dos verdes ou amarelos), passou por mim. Também corei e calei-me.

2] O Beira-Mar só perdeu 5-1 em Vizela. Não vou pensar mais em futebol este fim de semana. Há coisas mais importantes.

3] Porque é que Portugal tem montes de filhos da puta que estacionam nos lugares para deficientes sem problema nenhum? Não sei, mas que tem, tem. Acabei de ver uma discussão, no Carrefour, entre o cabrão dum gajo e uma mulher que os estava a confrontar por ter feito isso. Ele dizia: "Mas você é deficiente? Tirei-lhe o lugar, foi?". De facto ela não era deficiente, pensei eu, mas ele era. Mental, claro. Nunca gostei de gajos que fazem tunning nos carros. Parolos, pá!

4] Uma mulher de cerca de um metro e setenta, lábios pintados de vermelho escuro, com uns calções azuis claros e flores azuis escuras, um sinal no seio direito que se via através do decote, cabelos castanhos claros e olhos verdes, passou por mim. Eu ia comprar pilhas para o telecomando do DVD e da mini hi-fi, ia... mas de repente esqueci-me. Ainda bem que hoje vou jantar fora e não vou utilizar nenhum destes electrodomésticos.

5] Depois de dormir com uma mulher uma noite, quando no dia seguinte se volta a casa e se vê a marca do corpo dela nos lençóis, fica-se inevitavelmente nostálgico. É por isso que é sempre bom ter discos da Yma Sumac em casa.

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1] Por falar em Yma Sumac e por o Beira-Mar ter perdido 5-1. Sabem que ela é do Perú?

passinhos de lã

A Boc foi hoje para o Chipre. Não me telefonou como prometeu, limitando-se a enviar um sms. O sms diz que não me vai esquecer, o que, traduzido à letra, quer dizer que nunca mais nos vamos ver. Ela não está a sofrer com o facto de nos termos separado. Eu também não. Ambos sabemos isso mas não o assumimos à frente um do outro. É só por isso que o índice ivariano desce para o 10. Não gosto de silêncios forçados. Não gosto quando duas pessoas não conseguem assumir que não gostam uma da outra o suficiente, e por isso se afastam em passinhos de lã. O tempo vai passar, e entretanto o meu objecto cardíaco é alimentado por outra origem. O 10 parece-me bem.

pensamentos catatónicos (92)

Há mulheres doces que se transformam facilmente em amargas.

coisas que fascinam (58)

Há mulheres que são doces. Doces ao paladar, mesmo. Quando as beijamos percebemos que são doces.

conversa 337

Ela - A Boc já foi embora de vez?
Eu - Acho que já. Hoje...
Ela - Ficaste com o contacto dela?
Eu - Fiquei num papel qualquer mas já nem sei onde é que o pus...
Ela - E ela ficou com o teu?
Eu - Ficou num papel qualquer também. Provavelmente já nem sabe onde o pôs.
Ela - Ainda bem. Estava a ficar farta dela.
Eu - Ainda bem que estavas a ficar farta dela.
Ela - Porquê?
Eu - Por nada. É bom sinal.

amar como Jesus amou

O José Cid é um músico de sessenta e cinco anos que se compreende bem. A ele e às mulheres, pelos vistos. Tem músicas que formam um eclectismo invejável para qualquer um, como por exemplo "amar como Jesus amou" e "como o macaco gosta de banana". Mas o que me impressiona mais nele nem é isso, é mesmo a relação fácil que parece ter com as mulheres.
Eu não vi o último concerto dele em Aveiro, mas quem viu diz que ele diz coisas como "os portugueses têm a pila maior do que os espanhóis". É bonito... bonito e patriótico. Também não tem nada contra os homossexuais (é um gajo tolerante, portanto) mas acha que heróico é um casal lutar neste sistema político de merda para sustentar os filhos. Não percebeo o que é que uma coisa tem a ver com a outra, mas ele percebe. É um homem que percebe tudo.
Nos anos 90 posou quase nu para a a capa duma revista, mas tem a certeza que se tivesse posado completamente nu tinha um números de fãs muito maior. É que tem um corpinho invejável.
Eu tenho inveja dele. Talvez porque não tenho um corpinho invejável, nunca vi as pilas dos portugueses nem dos espanhóis para poder comparar, nunca amei como Jesus terá supostamente amado, nem nunca nenhuma mulher gostou de mim como o macaco gosta de banana. Pelo menos nunca nenhuma me disse isso. Fico à espera. A entrevista dele, no JN, deve-se ler. Por mim podia ser o ministro da cultura.

hoje quero quatro coisas...

1] Quero saber que vou poder ir ao Transcudânia em Setembro.
2] Quero que o Beira-Mar ganhe em Vizela, na primeira jornada da Liga Vitalis.
3] Quero acreditar que os gémeos Kaczynski vão perder as eleições de Outubro na Polónia.
4] Quero que ela me telefone.

8.17.2007

mulheres que eu gostava de poder não compreender (56)



nome: Sally Nyolo
origem: Camarões
info: É uma das cantoras que eu costumo passar sempre quando ponho música em bares. Nasceu nos Camarões mas vive em França desde a adolescência, e fez parte do projecto Zap Mama. Muitas vezes é colocada nas prateleiras das lojas lojas de discos na secção de kizomba, facto que é uma injustiça. É bonita.

conversa 336

Ela - Pai, o que é sexy?
Eu - Sexy?
Ela - Sim... o que é uma pessoa sexy?
Eu - É uma pessoa bonita e para quem as outras pessoas, normalmente, gostam de olhar.
Ela - Ah! Eu pensava que era uma pessoa que abanava o rabo.
Eu (risos) - Sim, algumas pessoas sexy gostam de abanar o rabo.

conversa 335

Ela - Posso oferecer-te um gelado e comê-lo contigo na praia?
Eu - Podes. Ia propor o mesmo.
Ela - Ias-me oferecer um gelado?
Eu - Não. Ia propor que me oferecesses um.
Ela (risos) - Eu ofereço, mas tens que ir comigo para a areia ver o céu.
Eu - Fixe! parece-me bem.

[alguns minutos depois]
Eu - O problema de comer gelados na praia a esta hora da noite, é agora ter que andar com um copo e uma colher de plástico na mão por não haver caixotes do lixo.
Ela - Eu ponho na minha carteira. Dá cá.
Eu - Não, pá. Isto está tudo besuntado.
Ela - A minha carteira é só lixo, não faz mal.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

8.16.2007

conversa 334

(via mensagens do Orkut)

Ela- Porque será que nós dormimos na igreja, mas ficamos acordados num filme de 2 horas?
Porque será que é tão dificil falar sobre Deus, mas tão fácil falar sobre sexo?
Porque será que ficamos tão intediados quando lemos uma revista Cristã, mas achamos fácil ler uma Playboy?
Porque será que é tão fácil ignorar uma mensagem de Deus pela internet, mas tão fácil repassar as eróticas?
Porque será que as igrejas estão ficando cada vez menores, enquanto os bares e clubes crescem como nunca?
pense sobre isso....
você vai ignorar essa mensagem como todas as outras ou repassar?

O senhor disse:
"Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus."

Eu - Os bares ficam maiores e as igrejas menores porque nos bares o pessoal diverte-se e nas igrejas não. Eu prefiro bares e vou continuar a preferir.

Não leio revistas cristãs e também não leio a playboy.
Os filmes de duas horas, normalmente, também são mais interessantes do que um padre a falar sobre uma coisa que não existe.
Se ele me quiser negar diante do pai dele, porque está amuadinho, pode negar à vontade. Eu nem quero ir para o céu. Tenho vertigens...
Beijos, minha amiga, e pensa noutra coisa qualquer. ;)

datas

o brelogue original do bagaço amarelo agora é só para as datas dele. Dia 27 de Agosto o dj bagaço amarelo passa música étnica, tradicional, e também alguma que não sei o que é que lhe hei-de chamar, no clandestino bar. Dia 1 de setembro, no riff, para além de passar música, é exibida uma instalação vídeo, baseada na vídeo performance que fiz em Roma no ano passado: skhízein o elevador.

conversa 333

Ela - Conheço-te de vista de qualquer sítio.
Eu - É possível. Costumas fazer compras na loja chinesa do Bairro do Liceu?
Ela - Não... não é daí de certeza. É do Clandestino.
Eu - Então não é dum sítio qualquer.

8.15.2007

conversa 332

Ela - Sabes quem é que fez anos a semana passada?
Eu - Não.
Ela - Eu. E convidei-te para o jantar mas tu não apareceste.
Eu - Estás a brincar... já me lembro. Mas convidaste-me há tanto tempo... podias ter avisado um dia ou dois antes.
Ela - Com pessoas normais não costuma ser preciso fazer isso.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

conversa 331

Ela - O teu carro cheira mal, desculpa lá dizer-te isto mas nem parece o carro de um homem...
Eu - Eu sei. Eu não sou um homem desses que pensam em carros.
Ela - Ah é?! Em que é costumas pensar?
Eu - Em ti, por exemplo.
Ela - Conversa, conversa...
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

conversa 330

Eu - Dorme comigo hoje.
Ela - Leva-me a casa.
Eu - Não percebo.
Ela - Não estou preparada para dormir contigo. Acho que tu não estás preparado para dormir comigo.
Eu - Porquê? És sadomasoquista?
Ela - Não... não quero fazer isso. Quero mas... leva-me a casa, está bem?
Eu - Pronto, eu levo-te a casa.

8.14.2007

conversa 329

Ela - Mas achas a Boc bonita?
Eu - Se me perguntares se acho uma mulher qualquer bonita vou, quase sempre, dizer-te que sim. É difícil achar uma mulher feia, o que não quer dizer que todas as mulheres bonitas me atraiam sexualmente, percebes?
Ela - Mas a Boc atrai-te sexualmente?
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

coisas que fascinam (57)

Os sinais nas mulheres são sensuais. São, são...

conversa 328

Ela – Queres gloss para os lábios?
Eu – Que é isso?
Ela – É uma coisa que deixa os lábios brilhantes.
Eu – Andas sempre com isso na carteira?
Ela – Sim, é importante.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

8.13.2007

pensamentos catatónicos (91)

Ando numa fase da vida em que faço muitas asneiras. O pior é eu saber com antecipação que são asneiras e fazê-las na mesma. Sei que vou parar de as fazer, até porque sou emocionalmente monogâmico, só não sei quando. Existe a ideia generalizada que fazer um certo tipo de asneiras é bom. Não é bem assim. Quer dizer, não sei...

conversa 327

Ela - Estou há um mês em Portugal e conheço-te três dias antes de voltar para o Chipre.
Eu - Deixa lá, eu estou aqui há trinta e seis anos e também só te conheci agora.
Ela - Estava a sentir saudades de casa e agora...
Eu - Agora podes prolongar a estadia.
Ela - Não posso não. Talvez possas tu ir ao Chipre nos próximos tempos.
Eu - Tão cedo não devo poder. Mas se der... vou.
Ela - Não tenhas pressa. Ainda preciso de tempo para acabar a minha relação.
Eu - Não vais acabar por minha causa, pois não?
Ela - Não, não te preocupes. És o segundo homem que fodo em Portugal. Só não quero é ter relação nenhuma nesta fase da minha vida.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

falling in love again

1] Os dj's são todos uns parasitas. Usam o trabalho dos outros em proveito próprio, e pouco mais fazem do que carregar no play dum leitor de cd e subir ou descer os níveis numa mesa de mistura. Não há mal nenhum nisso. Eu passo música em bares e gosto muito. Faz-me bem. Só me sinto deslocado quando a conversa passa por uma espécie de grandiosidade dos dj's. Não percebo e afasto-me para beber uma cerveja.

Para que fique claro, os dj´s não fazem nada de excepcional. Os músicos é que sim. Os dj's pegam no trabalho dos músicos e passam-no para que as pessoas que frequentam determinados sítios o ouçam. Mais nada.Os músicos criam, os dj's não. Ponto final.

2] Por falar em dj's, passo muitas vezes a mesma música em versões diferentes. Estou a falar de Falling In Love Again, que ouço ora na voz sensual da Marlene Dietrich, ora na voz louca de Klaus Nomi. Gosto das duas, e deixo aqui o link rapidshare para poderem baixá-las. Failing in love again / Never wanted to / What am I to do? / Can't help it

3] A capital do Chipre é Nicósia e , tanto o turco como o grego são línguas oficiais do país.

obrigado Roma

Depois de ter eliminado o Freamunde, na primeira eliminatória da Taça da Liga, hoje o meu Beiramarzinho eliminou o Boavista. Obrigado Roma.

chipre

Todas as mulheres cipriotas que conheci até hoje subiram-me o índice ivariano. Também é verdade que só conheci uma, e foi hoje, noite de chuva de estrelas. Homens de todo o mundo, se nunca foram ao Chipre, vão! O índice ivariano sobe três valores e fica em dezasseis.


8.12.2007

patinhos

1] Uma chamada inesperada abre-me uma possibilidade, ainda que remota, de mudar de emprego. É algo que desejo, não porque esteja muito mal onde estou, mas principalmente porque nunca gostei muito de Espinho. Não acredito é que me proponham um pacote salarial atraente, nem um contrato de trabalho sem termo, coisas de que não abdico neste momento. Vou tentar.
2] Hoje soltei o meu espírito consumista. Comprei três patinhos amarelos de borracha para a minha casa de banho. Ia comprar um extractor de ar que vou instalar daqui a pouco e não resisti aos patinhos.
3] Uma conversa abre-me outra possibilidade, ainda que remota, de mudar de país. Moçambique, talvez. Vou conversar esta semana e ponderar muito bem esta questão.
4] Encontrei uma amiga nos corredores duma megastore de bricolage. Já não a via há anos. Tem a mesma idade que eu. Lembro-me de ter faltado às aulas uma vez, com ela, para fazermos um piquenique no parque. Foi um dos meus sonhos de adolescente, durante alguns meses. Agora está casada e tem dois filhos, mas também está cansada e triste. Não conseguiu disfarçar. Fiquei a pensar nela a tarde toda...
5] Para além do extractor de ar vou fazer mais umas obras aqui em casa: arranjar a canalização da torneira da cozinha, colocar mais prateleiras nos armários, mudar um interruptor, etc, etc... a ver se melhoro um pouco este buraco onde vivo.
6] Ontem pus muita coisa no lixo. Fiquei uns vinte minutos a falar com uma mulher que aproveitou alguma roupa da minha ex-companheira, que eu tinha deixado numa mala a uns dois metros dos contentores. É tal a desgraça que não nem me apetece contar. Não me queixo mais da minha vida. É só isso...

8.11.2007

conversa 326

Ela - Vou ali ao vizinho pedir um saca-rolhas... já venho.
Eu - Ainda não compraste um saca-rolhas?
Ela - Não... não te rias.
Eu - Por acaso hoje trouxe um canivete com saca-rolhas.
Ela - Foda-se!
Eu - Foda-se porquê?
Ela - Eu gosto de ir pedir ao vizinho. O homem é um pão.
Eu - Se é por isso podes ir na mesma.
Ela - Mas agora não vou parecer natural.
Eu - Mas... foda-se. Eu estou aqui e também sou um pão. Que conversa é essa?
Ela - Pois, mas eu gosto mais do pão ali do lado. Não leves a mal.
Eu - Não... não levo... queres ir convidá-lo para jantar?
Ela - Achas que ele vinha? O gajo anda com uma boazona que tem um mercedes sempre estacionado ali à frente. Se ele viesse eu não te convidava.
Eu (risos) - Deixa lá. Se a XXXXXX me tivesse convidado para jantar, eu também não estava aqui de certeza.
Ela - A XXXXXX? Agora andas com a XXXXXX?
Eu - Não, não ando. Só queria jantar com ela.
Ela - Bem, este é um jantar de espoliados no amor, não é?
Eu - Sim... brindemos a isso.


Lili Caneças ameaça abandonar Portugal e mudar-se para os Estados Unidos. A conhecida socialite anda decepcionada com a situação económica e social do nosso país e, mesmo aos 63 anos, está a considerar emigrar, pois acha que o panorama televisivo nacional é medíocre. Setembro será o mês da grande decisão. [in revista Certa, nº102, 1 a 12 de agosto de 2007]

Lili, eu percebo-te. A sério que percebo. Olha, aqui no Jumbo de Aveiro estão a aceitar operadores/as de caixa. Se quiseres...

dj bagaço amarelo

27 de Agosto passo música no clandestino bar, 1 de setembro passo música no Riff bar. Ambos em Aveiro, naturalmente. Passem por lá, se puderem. :)

garagem

O meu carro não cabia na minha garagem. Só hoje é que eu e a minha ex-companheira mergulhámos num mar de memórias que ali se agitava desde a nossa separação, há pouco mais de um ano. Nas ondas boiavam objectos tão diversos como fotografias, copos de cristal, livros, cd's, peluches, pratos da Vista Alegre, roupa da nossa filha, electrodomésticos de pequena dimensão, etc, etc. Primeiro molhámos apenas os pés, como quem tem medo que uma onda maior surja de repente, mas depois acabámos por mergulhar totalmente. “Queres isto para alguma coisa?”, “Olha, isto até me dá jeito”, “Ena... esta foto de quando éramos miúdos e fomos acampar”, “olha, está aqui a tua colecção de joaninhas”. Por fim a maré vazou totalmente, demos um abraço forte. Agora o meu carro já cabe na minha garagem.

8.10.2007

lua

Às vezes imagino a Lua como um berlinde, a rebolar-te pelo peito abaixo até se aninhar no teu umbigo. E tu nua. Vejo-a a chegar aí mas nunca sei a sua origem. Talvez os teus cabelos. O Verão tem este problema: imaginamos coisas absurdas que são próprias dele, mas não sabemos porquê. Bebe um copo, está bem? Talvez para a próxima.

castro da cárcoda

Gosto de castros, não sei porquê. Acho que tem um bocadinho a ver com a minha queda por jogos de estratégia tipo sim city e essas merdas, e também com os livros do Astérix, sei lá. Não consigo explicar muito bem. Sei que sempre que posso lá vou eu ver mais um castro. É só isso.
Há dois anos fui a Castropol, nas Astúrias, na esperança de visitar vários. O nome da terra era atraente. Lembro-me de ver vários turistas, junto ao mapa dum aldeamento dum castro junto à praia que já não existia, a tirar fotografias. Nem uma pedra para amostra, mas o mapa e a informação estavam lá. Os turistas também, eu incluído, a imaginar o que aquilo tinha sido.
Esta semana fui ao Castro da Cárcoda, em São Pedro do Sul. São Pedro do Sul é uma espécie de paraíso mesmo aqui ao lado de Aveiro, e só estou arrependido de não ter lá ido antes. O Castro da Cárcoda é, sem exageros, um dos melhores que já vi. Para além do aldeamento ser enorme, três casas estão praticamente em pé (após reconstrução) e a maior dos muros originais ainda estão bem delineados. Fantástico. Placas de informação é que nem uma para amostra. Turistas também não. A única coisa que consegui foi um desdobrável doméstico (impresso numa impressora caseira) que uma das muito simpáticas empregadas do Bioparque me arranjou. É tudo.

conversa 325

Ela – Tens a pele tão macia.
Eu – Olha que giro. Ainda há pouco tempo me disseram isso.
Ela – Quem é que te disse isso?
Eu – Hum... uma pessoa que não conheces. Já foi há algum tempo.
Ela – Estou fodida contigo. Vai-te embora.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

conversa 324

Ela - E gostas de belgas?
Eu - De belgas?! Não tem a ver mas até gosto. Pelo menos quando fui a Bruges até me passei. Era só loiras bonitas... A maior parte eram mesmo bonitas.
Ela - Estávamos a falar de comer no campismo. Eu estava a falar de belgas mas bolachas. Realmente só pensas em gajas, pá.
Eu - Ah! Sim... também gosto.
Ela (risos) - Nem te vou perguntar se gostas de francesinhas.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

8.07.2007

parece mesmo

1] Dos dez emails que enviei para tentar encontrar um sítio para passar os próximos dias com a minha filha, dois responderam-me. Escolhi o bioparque, em S. Pedro do Sul. Amanhã vou para lá.
2] Gosto da revista Blue Cooking. Ontem jantei com uma amiga e fiz uma cena altamente: filetes de pescada com laranja e pimenta. Aquilo leva laranja por todos os lados. Correu bem, até. Ah! não foi na Blue que vi a receita, mas gosto dela na mesma.
3] O gelado da Olá Carte d'Or frutos secos também é altamente.
4] Gostava de saber quando é que os filhos da puta do banco central europeu vão parar de subir [obg nanny] as taxas de juro.
5] Não sei se algumas mulheres gostam de foder propositadamente a cabeça a um gajo, assim com motivos que nascem do nada. Até acho que não é verdade, só que às vezes parece mesmo.

não posso

o índice ivariano sobe um valorzito, só que não posso explicar porquê. Está em treze.

conversa 323

[com a minha filha num hipermercado, em Aveiro]

Ela - Papá, tens dinheiro para me comprar este jogo de lençóis?
Eu – Para que é que tu queres um jogo de lençóis, filha?
Ela – Os meu lençóis não dão para jogar.
Eu (risos) – Filha, isso não é um jogo.
Ela – Mas aqui diz...
Eu – É um jogo, sim, mas jogo não é só um objecto de divertimento. A palavra jogo tem significados diferentes, e também quer dizer um conjunto de coisas que formam um todo, percebes?
Ela – Então isto não dá para jogar?
Eu - Não, filha, não dá... jogo é uma palavra polissémica. Tem vários significados.
Ela – Não deviam dar mais significados à palavra jogo, pois não papá? Inventavam outra palavra...
Eu – Tens razão filha, tens razão...

8.06.2007

sumólicos

Na sexta-feira passada, dia 3 de Agosto de 2007 ao fim da tarde, na IC2 a uns 50 quilómetros de Alenquer, um atrasado mental que conduzia um camião da Sumol com a matrícula L-445516 (ou uma coisa parecida, fiquei tão nervoso que já nem me lembro), picou-se com um Opel Corsa preto que tentou propositadamente albaroar e atirar para a berma.
Eu ia mesmo atrás e vi tudo. O Opel travou, o camião atravessou-se na estrada, deixando uma intensa marca dos pneus no alcatrão, e o condutor saiu para ameaçar fisicamente os ocupantes do carro que conseguiram fugir depois de serem obrigados a fazer uma manobra perigosa.
Por acaso eu conduzo devagar e mantenho sempre uma distância minima aos veículos da frente, senão aquilo tinha sido um acidente do caraças. A Sumol devia ter mais cuidado com os gajos que escolhe para condutores.

conversa 322

Ela - Gostava de sentir que não és uma pessoa egoísta que só pensa nela.
Eu - Não sou.
Ela - Não és com os teus amigos e amiguinhas. Comigo és.
Eu - Então não sou. A maioria vence.
Ela - A maioria nem sempre tem razão.
Eu - Hum... tu és uma minoria esclarecida, é isso?
Ela - É isso mesmo. E tu és uma maioria absoluta que não discute nada com ninguém.

conversa 321

Ela - Encontraste o meu anel...
Eu - Não encontrei não. Ah! é uma latinha pequenina?
Ela - Se chamas latinha ao meu anel preferido, realmente não podes compreender as mulheres.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

semáforos

Ando por aí. Chego a um cruzamento e só quando carrego no acelerador é que decido se viro à esquerda, à direita, ou sigo em frente. Gosto de fazer isso, embora às vezes gere um bocadinho de confusão no trânsito.
Hoje de manhã, num cruzamento alentejano, em vez de me decidir por uma das três hipóteses, voltei para trás. Estou em Aveiro durante um dia, por causa dum sms in(esperado), para resolver questões emocionais.
Não me importo de provocar confusão no trânsito, importo-me de a provocar no objecto cardíaco, onde os semáforos têm estado intermitentes. Pode-se passar, sim, mas com cuidado.

8.03.2007

conversa 320

Ela - Que bom ver-te. Como é que está a tua filha?
Eu - Está melhor do que eu. Eu vou agora de férias, daqui a bocadinho.
Ela - Se está melhor que tu, está bem. Tu estás com bom aspecto.
Eu - Tu também... e tenho saudades tuas. Quando eu voltar telefono-te e bebemos um copo, ok?
Ela - Ok... para onde é que vais?
Eu - Era para começar por Sintra mas neste momento não tenho a certeza que possa começar por aí. Não sei se amanhã estou no Alentejo, em Sevilha, em Vigo ou onde calhar...
Ela - Vás para onde fores, volta. Não me esqueço do copo e fico à espera.
Eu - Eu também não me esqueço.
Ela - Não faças asneiras. Ou melhor, faz.
Eu - Vou tentar.

vacances

1] Vou sair de Aveiro daqui a um cadito... se puder passar por aqui durante as férias, passo, mas não o vou fazer com a mesma frequência do costume. Fiquem bem.
2] Atropelei e matei um gato.
3] Almocei uma sopa e duas sandes de presunto.
4] Vi dois arrumadores de carros à pancada e passei por eles sem meter o nariz.
5] Vou comer um gelado dos grandes.

8.02.2007

237

Olhem... há exactamente duzentas e trinta e sete razões para fazer sexo. Foda-se! (só em pensamento), uma não chega?

conversa 319

Ela - Quem é que te deu estas plantas?
Eu – Como é que sabes que me deram? Posso tê-las comprado...
Ela – Tu nunca comprarias uma planta.
Eu – Já comprei plantas. Para oferecer, é certo... mas comprei.
Ela – Para ti nunca comprarias. São demasiado sensíveis para ti...
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

conversa 318

Ela – Estou preoupada com as tuas férias.
Eu - Porquê?
Ela – Tenho a sensação que é desta que te vou perder definitivamente.
Eu – Sabes que és a mulher que eu menos consigo perceber? Basicamente, e desculpa a linguagem, mas tu nem fodes nem sais de cima.
Ela – Nem eu me percebo.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

respostas a perguntas inexistentes (9)



As varandas são postos de vigia. E ele gosta de lá estar a procurá-la entre os transeuntes, como se procurasse o início dum incêncio numa floresta. Às vezes passa lá horas. Sabe que, se ela vive na mesma cidade, um destes dias acabará por encontrá-la.

conversa 317

Ele - Vocês até podem gostar um do outro mas não vão ficar juntos muito tempo.
Eu - Porquê?
Ele - É só um feeling.
Eu - Só um feeling?
Ele - Sim, mas aproveita lá... enquanto der.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

8.01.2007

conversa 316

Ela - Cortaste o cabelo?
Eu - Sim, ontem.
Ela - Fica-te melhor o cabelo grande.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

conversa 315

Ela - Não há mulheres difíceis, há mulheres mal fodidas.
Eu - E tu és o quê? Fácil e bem fodida?
Ela - Cala-te.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

crónicas da cidade que sopra | adão e eva na praia

Amanhã, no Diário de Aveiro, mais um crónica do gajo que não compreende as mulheres. Não sei se o Adão alguma vez compreendeu a Eva.

A noite prestou-se a fazer companhia a uma mulher magra ao balcão dum bar de esquina, e ela aceitou. Que não tinha mais ninguém, pensou, e ficaram ali as duas a conversar e a beber até de madrugada, altura em que noite saiu sem se despedir e a mulher tornou a ficar sozinha. A espuma da cerveja secou-lhe nos lábios, enquanto adormecia num banco de jardim, e um sonho qualquer secou-lhe lentamente a tristeza. Agora acorda e vê que aviões fazem dois riscos brancos no céu. Não sabe de onde vêm nem para onde vão. De onde vêm não interessa, mas para onde vão até gostava de saber. É o futuro que interessa e não o passado, pensa.