pensamentos catatónicos (339)
a dor de pescoço
Das dores de que falamos quando falamos de Amor, a do coração é a mais conhecida. O coração dói-nos quando o Amor também nos dói. Há também quem fale na dor que sente no peito, quando a palavra "coração" parece demasiado específica e pequenina para falar de Amor. Depois vem a dor de corno, quando o Amor que falhou partiu para parte incerta e nós nos zangámos com o mundo.
Quanto tu me faltas eu falo da dor de pescoço, uma dor de que ninguém fala não sei porquê. Talvez nunca tenha sido diagnosticada nos Amantes falhados apesar de, tenho a certeza, ser bastante comum. É a dor da falta da tua cabeça encostada ao meu pescoço, num abraço que sempre me pareceu o mais bem encaixado do universo. A tua cabeça encostava ao meu pescoço como a peça de um puzzle. Sabes aquela parte redonda que encaixa de forma perfeita na peça ao lado? Era isso... depois abraçava-te e ficávamos assim...
Às vezes, quando estou sozinho e me lembro de ti, vem-me essa dor de pescoço que é também a minha dor de Amor. As dores do Amor são sempre dores de uma parte qualquer do nosso corpo, porque é no corpo que o Amor carimba o tempo que passa.
Das dores de que falamos quando falamos de Amor, a do coração é a mais conhecida. O coração dói-nos quando o Amor também nos dói. Há também quem fale na dor que sente no peito, quando a palavra "coração" parece demasiado específica e pequenina para falar de Amor. Depois vem a dor de corno, quando o Amor que falhou partiu para parte incerta e nós nos zangámos com o mundo.
Quanto tu me faltas eu falo da dor de pescoço, uma dor de que ninguém fala não sei porquê. Talvez nunca tenha sido diagnosticada nos Amantes falhados apesar de, tenho a certeza, ser bastante comum. É a dor da falta da tua cabeça encostada ao meu pescoço, num abraço que sempre me pareceu o mais bem encaixado do universo. A tua cabeça encostava ao meu pescoço como a peça de um puzzle. Sabes aquela parte redonda que encaixa de forma perfeita na peça ao lado? Era isso... depois abraçava-te e ficávamos assim...
Às vezes, quando estou sozinho e me lembro de ti, vem-me essa dor de pescoço que é também a minha dor de Amor. As dores do Amor são sempre dores de uma parte qualquer do nosso corpo, porque é no corpo que o Amor carimba o tempo que passa.
7 comentários:
Bolas, pareces Ella a falar...
Olá! Só queria dizer-te que comecei a ler este blogue lá por volta de 2008 quando estive a viver um ano em Portugal, gostava imenso de te ler e foste uma grande ajuda para aprender português mas não sei por que chegou uma altura em que deixei de o fazer. Devo ter apagado os meus favoritos ou mudado de ferramenta para ler blogues. De qualquer maneira, há uns meses voltei a encontrar-me com este blogue. Hoje é que terminei de ler todas as entradas atrasadas. E hoje é que escreveste uma das entradas mais bonitas que já li por aqui. É por causa disso que resolvi parar um minuto e dar-te os meus cumprimentos. Parabéns por esta entrada e parabéns por voltar a escrever com mais frequência.
Ana
Gostei muito deste texto e descobri que já tive dores assim.
sinto nas mãos. entre dor, coceira e ausência. e, por vezes, se expande até o braço, que se estende em movimento para alcançar algo que já não está e retrai-se, de repente e dolorosamente, ao lembrar vazios.
Ella e o Gato, obrigado. :)
neets, que giro. obrigado por teres voltado. :)
redonda, acho que é uma dor comum... :)
luciana nepomuceno, obrigado. :)
A dor de cotovelo também costuma ser uma dor característica dos males de Amor...:)
Janita, quando somos novos, sim. :)
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