5.09.2008

anormal?

Somos todos normais, todos os dias e todas as horas, até um ponto em que o deixamos de ser. Um homem barricou-se no tribunal de Gaia e sequestrou uma juíza, sabe-se agora que o fez com uma pistola de alarme e porque não vê o próprio filho há meses. Será que eu sou o único que o percebe?
Regular o poder paternal em Portugal é urgente. As mulheres são (quase) sempre beneficiadas pela lei nesta matéria, prejudicando o pai e o próprio filho. Numa situação destas é normal que se deixe de ser normal, ainda que só por uns momentos. Eu talvez fizesse o mesmo se me impedissem de ver a minha filha durante meses, só que a pistola não seria de alarme.

17 comentários:

Pax disse...

Pena é que as crianças sejam, muitas vezes, usadas pelas mães para as suas "vingançazinhas" pessoais.

Anónimo disse...

eu sei que o coitado so se complicou mais, que infelizmente dificilmente conseguira que lhe vejaqm razao. porque o que fez foi certamente consequencia de lhe tirarem a razao. e sei que ha muito boas maes e tb sei que ha maes que nem dos filhos conseguem gostar, e por isso os usam neste tipo de guerra para ofenderem, neste caso os pais. lamento tanto ver que alguns filhos/criancas sao vitimas nestas guerras.

p.s. o exercicio a fazer é conseguir viver e nao cair nestas ciladas. os filhos soa sempre prejudicados, deixem essas maes com toda a sua responsabilidade (nao e facil eu sei)

Anónimo disse...

é verdade sim... nas questões do poder paternal... as mulheres têm quase automaticamente a primazia da tutela... nos tempos que correm valeria a pena alterar essa lei... cada caso é um caso, mas apriori e generalizando porque é que uma mãe é considerada logo, à partida, melhor educadora que um pai...?

Ivar C disse...

pax, sim, e pelos pais tb... :)

mi, esse exercício é certo... mas às vezes não é possível. :)

that´s all folks, pelo mesmo motivo que o pai, por exemplo, ganha mais no emprego a fazer exactamente o mesmo que a mãe, ou seja: nenhum. :)

Anónimo disse...

é dificil, concordo. pensar em nao magoar ainda mais a criancas deve ajudar. eles qdo chegar a altura vao perceber:)

Ivar C disse...

mi, yep... vão perceber... se não forem uns putos completamente descontrolados. :)

Pax disse...

Pelos pais também mas, como referes, quase sempre são as mães a serem beneficiadas, daí a facilidade do uso das crianças nas suas "vingançazinhas" pessoais.
Cada caso é um caso.
:)

Ivar C disse...

pax, sim. há uns tempos escrevi sobre isso, a propósito duma estatística publicada no DN. :)

redonda disse...

Este teu post deixou-me um bocadinho triste. Pelo que li numa notícia a juiza não era sequer a do processo, imagino que terá filhos e será filha de alguém. Imagina que era a tua filha (daqui a alguns anos, enveredava por essa carreira), que não só era ameaçada, como ainda deparava com toda esta simpatia por alguém que injustamente a ameaçou. Já tive vários casos de regulação do poder paternal, na grande maioria o pai não quer ficar com os filhos. Quando os dois o querem, penso que o importante é pensar no que é melhor para a criança, sem preconceitos.

Ivar C disse...

redonda, eu sei que há muitos casos em que o pai não quer ficar com os filhos, mas os que querem não podem pagar por isso, e acredita que é desesperante. o que digo não tem nada a ver com a juíza. tem a ver com o facto de eu entender o desespero dele. :)

Woman Once a Bird disse...

O desespero não justifica um acto destes, que claramente coloca em risco outrém.
Não conheço os meandros da justiça em relação a este tipo de situações. Mas será precipitado passar a ideia de que os pais, coitadinhos apenas querem estar com as suas criancinhas e são prejudicados por essas bruxas - mães - que as instrumentalizam a seu bel-prazer num intricado plano de vigança contra o pai. Também os há, pais, que arrastam estas questões em tribunal durante anos, apenas para prolongar o sofrimento da outra parte.
O divórcio geralmente é coisa feia; demasiado sentimental para ambas as partes ter uma visão racional e esclarecida da coisa.
Percebo que a primazia seja dada à mãe; não será o ideial em todos os casos, mas certo é que em grande parte deles justifica-se.

Woman Once a Bird disse...

A guarda conjunta também é uma opção. Conheço inúmeros casais que por ela optam sem qualquer problema. Um caso litigioso, geralmente a falta de razão não está apenas de um lado. Os rancores e a relação doentia muitas das vezes são mútuos e alimentam-se.

Ivar C disse...

woman once a bird, eu não passei a ideia, ou se o fiz foi sem querer, que os pais, coitadinhos apenas querem estar com as suas criancinhas e são prejudicados por essas bruxas (mães). Sei é que há pais que ficam sem permissão de ver os filhos sem motivo, porque isso vem nos jornais e porque conheço alguns casos. Se me acontecesse tenho a certeza não sei como reagiria mas bem não era de certeza.

Carla disse...

o que eu acho é que usar os filhos como arma em desavenças conjugais é muito negativo para as crianças...sei que a lei portuguesa é muito maternalista nestas situações e sei também que por muito racional que seja dificilmente reajiria bem se me impedissem de ver a minha filha
beijos

Ivar C disse...

carla, é isso mesmo... mas só quem tem filhos, se calhar, é que percebe. :)

MC disse...

Ora... Tudo é feito no "superior interesse da criança", não é?
Os pais (e algumas mães também) não percebem nada dos filhos. Os juizes e os politicos é que percebem. Dos filhos deles e dos filhos dos outros. Nasceram iluminados...
Ou então isto é tudo uma treta. Mas não deve ser!

Ivar C disse...

miguel, exacto. é tão fácil quebrar um laço emocional e genético, pai-filho, como ir jantar fora. Não percebo... :)