9.11.2017

sem título

Às vezes, muitas vezes, dou por mim a convidar o meu passado para um copo. Tristezas profundas transformaram-se entretanto em sorrisos patetas e a felicidade transformou-se quase sempre em nostalgia.
Alguns dos melhores Amores que tive nunca o chegaram a ser. Foram, por assim dizer, meios amores. Não porque não pudessem ter sido algo mais, mas apenas porque não aconteceu.
Quando um meio Amor nunca chega a ser muito mais do que isso, tendemos a pensar que algo falhou, mas hoje, nesse copo de vinho que partilhei com o meu passado, dei-me conta que não.
É que um meio Amor não é Amar pela metade. Talvez seja apenas Amar mais depressa e, portanto, em menos tempo. Quando acreditamos que a durabilidade é a principal qualidade de um Amor, arriscamo-nos a tentar esticar o que não é esticável.
Não é que isto seja importante. É apenas uma forma de me explicar a mim como os meios Amores foram inteiros.

2 comentários:

Rui Pi disse...

"Quando acreditamos que a durabilidade é a principal qualidade de um Amor, arriscamo-nos a tentar esticar o que não é esticável."

Demasiada sabedoria para uma frase tão pequena. Isto devia ensinar-se nas escolas... nas escolas da vida! É aquilo que muita gente se esquece, ou que muita gente procura e que, esquecendo-se, não percebe porque corre mal.

Ivar C disse...

Rui Pi, um abraço. :)