5.04.2009

respostas a perguntas inexistentes (57)

Alguém me perguntou se eu sei o que é que um homem procura numa mulher...

A resposta é fácil: nada. Nunca comecei uma relação de uma forma calculista, procurando ver se ela tinha estas ou aquelas características. Ou me apaixonei ou não me apaixonei e pronto, acho que o exame à pessoa ficou por aí.
Também acredito que posso andar anos sem me apaixonar por uma amiga de quem gosto muito e com quem estou quase todos os dias. Ao mesmo tempo até me posso apaixonar pela mulher que passa as minhas compras na caixa dum hipermercado e que não conheço de lado nenhum. Sei lá... se calhar é por isso que tantas vezes chegamos à conclusão que nos apaixonámos pela mulher errada... e tantas vezes alguém chega à conclusão que se apaixonou erradamente por nós.
Os amores têm a mania de ser esquisitos e egoístas. Ao mesmo tempo, sempre que o coração e o cérebro entram em competição por causa dum amor, tipo dois diabinhos em que um diz: "vai lá, vai lá..." e o outro diz: "não vás...", bem... o coração ganha sempre. É por isso que as paixões são uma forma prioritária de nos aleijarmos.
Sei muito pouco sobre isto. Sei que fiz várias tentativas nos últimos dois anos e meio de começar uma relação e houve sempre alguma coisa que falhou... até que encontrei uma pessoa por quem estive apaixonado quando era miúdo e que já não via há vinte e um anos. Talvez ter um passado em comum tenha alguma importância... talvez...

25 comentários:

Anónimo disse...

Esse alguém... sou eu -___-''' LOL . Deixando agora de brincadeiras, sim é a primeira impressão que a outra pessoa dá a outra, a chamada química que por vezes é difícil de explicar.

Ivar C disse...

pedaço de mim, e porque é que apesar da química a coisa às vezes não funciona muito tempo... também não se explica. :)

Icon disse...

paradigmas...

Ivar C disse...

icon, :)

cííí disse...

foste citado, desta vez não resisti mesmo :)

Anónimo disse...

A paixão nunca pode, de forma alguam, ser calculada ou imposta!
É uam coisa que simplesmente acontece!
Às vezes, basta um cruzar de olhares na rua ou numa simples caixa de supermercado para sentires aquelas borboletas no estômago!
Quanto mais nos concentramos em ter uma relação séria, mais a coisa se torna complicada, mais obstáculos colocamos no caminho e o que inicialmente achamos que era paixão, rapidamente esmorece no tempo...
Isto digo eu que sou gaja! =p

Beijinho! *

Ivar C disse...

cii, ena... muito bonito, o teu blogue. :)

Rolando Palma disse...

Depois de ler este post, apeteceu-me ver de novo aquele filme lacrimejante, que dá pelo nome de Ghost, o espírito do amor, só para contar o número de vezes que as personagens dizem " Amo-te".
Felizmente, tomei dois goles de Martini e a vontade passou-me logo, mas ainda cheguei a ficar assustado.
Adiante.
Gostei da tua alusão à menina da caixa do supermercado. Pessoalmente, acho mais sedutora a menina do video-clube, mas também a vejo pouco, que isto agora é só fazer downloads e esquecer os video-clubes.
Mas tens razão ainda noutra coisa. Às vezes, o tempo passa e quase que esquecemos certas pessoas. Depois, assim de repente, vem uma ventania forte, atira-nos areia para os olhos e quando os conseguimos abrir de novo... Tchan.. aí está ela, a tal colega-amiga-que-nunca-passou-disso... bem ali à nossa frente...
Depois... é história, ou então são os hormónios, as ferormonas, ou qualquer dessas coisas que pega mais que chocolate derretido...

O resultado é previsível.
Dor de barriga, insónias, nó na garganta.
Os cientistas chamam-lhe ... paixão.

Um abraço.

cííí disse...

obrigado :)

Icon disse...

Este post está mesmo muito bom. já o li várias vezes...

Missanguita disse...

Raios partam o coração... Era bem mais fácil ter só o cérebro... bem menos doloroso...

Pearl disse...

Realmente nada nos destempera mais que uma paixao, que pode ser demasiada e atrapalhar o amor!!

beijos

A "Anónimo" que implica com os ;) disse...

Gostei.. Fiquei rendida!

Anónimo disse...

"A resposta é fácil: nada... Ou me apaixonei ou não me apaixonei e pronto..." ADOREI!! ahahahah :-D

Mas é... Essa mania de ficar procurando coisas nos outros para poder "se preencher" não dá muito certo. Pois, depois que se descobre que não era nada daquilo, vem a frustração e o relacionamento se acaba, não restando nem mais amizade. E não olhar nem para a cara de uma pessoa a quem já se entregou de corpo e alma, é duro, heim!! :-((

O mais legal, a meu ver, é simplesmente "deixar rolar", sem tanta neura. Acredito na amizade precedente ao amor ou à paixão. Acredito que se pode transar sem se perder o carinho e a cumplicidade pela outra pessoa. Acredito que o amor supera todas as dificuldades, desde que haja maturidade e compreensão de um para com o outro. Enfim...

:-*

Anónimo disse...

E acredito que a gente ainda tem muito o que aprender sobre as coisas do coração ^^

Ivar C disse...

anNa, isso é verdade... mas eu nem é bem concentrar-me em ter uma relação séria, até porque uma relação séria só por si não me interessa nadinha. é no princípio achar que vale a pena tentar e passado pouco tempo... chapéu. :)

entremares, tens razão principalmente com as dores de barriga... e com as amigas-que-nunca-passaram-disso. :)

cíí. :)

icon, está normal... se calhar é isso. mas obrigado pela simpatia. soube-me bem. :)

missanguita, era mais fácil, sim... mas não tinha piada nenhuma, pois não?

pearl, a paixão não costuma atrapalhar assim muito o amor... só quando falta. :)

A "Anónimo" que implica com os ;) , obrigado... :)

giuovana, concordo que é uma sensação dura, essa de não olhar sequer para quem já esteve intimamente connosco... e nem é natural, acho eu. de resto, eu tenho que aprender é tudo... :)

Bichana disse...

Tens posts absolutamente fantásticos, de fazer cair o queixo...

Icon disse...

o teu normal é muito bom :)

SRRAJ disse...

Tens a certeza que o coração ganha sempre?

Ivar C disse...

bichana, mas este é normal... :)

icon, lol... obrigado pela simpatia. :)

srraj, no meu caso é em 100% das vezes... :)

Carlito disse...

Excelente post, parabéns.

Destaco o contributo de Giovana com o qual me identifico.

E admito uma dificuldade: onde fica a fronteira entre a paixão e o amor?

OK, sou gajo :)

Ivar C disse...

carlito, obrigado... olhas que elas também têm essa dificuldade. :)

Closet disse...

Talvez! Adorei este texto, vou coloca-lo em link n' omeucloset ;)
Eu conheci o meu marido aos 9 anos... e aos 21 reencontrámo-nos, assim meio perdidos, assim meio por acaso...e há 13 anos que estamos juntos! a vida tem destas coisas... e a paixão é um lugar estranho, muitas vezes como dizes "uma forma prioritária de nos aleijarmos" mas a que não estamos imunes:) bjs

Ivar C disse...

closet, fixe... obrigado. :)

Anónimo disse...

bagaço,

acho que tens um quê de poeta...mas espero que seja só o teu alter-ego...

agora nesta fase da M/ vida, já não me apetece nada falar do amor/ paixões( falo mm muito pouco , mas qd era mais nova falava mto )...não sei porquê...mas cada vez mais na vida só me apetece sentir as coisas sem as verbalizar...nesta fase sinto que quanto mais se verbaliza o amor está-se a violá-lo...é tão subtil, delicado

quanto mais olhamos de frente o amor mais depressa ele se encolhe e desaparece...(li isto algures e identifico-me plenamente)

NÃO PODEMOS OLHAR O SOL DE FRENTE, MAS SABEMOS QUE ELE NOS AQUECE.

bjs

Vénus