8.31.2012

conversa 1931

Ela - Não vais acreditar no que é que a minha sogra faz agora...
Eu - É o quê?
Ela - Passa a roupa a ferro do meu marido. Eu deixei de passar e ela faz-lhe isso.
Eu - E criticas a tua sogra?
Ela - Claro.
Eu - Não sei se é a ela que deves criticar. Talvez o teu marido tenha alguma responsabilidade nisso...
Ela - É sempre a sogra que se deve criticar. Ele é apenas filho dela...

au au

Eu a Raquel adoptámos um cão, ou melhor, uma cadela.
Na verdade não foi bem assim. A Raquel adoptou uma cadela e eu, mesmo resmungando muito, acabei por adoptá-la também. Sempre gostei de cães. Na verdade sempre pensei que um dia mais tarde acabaria por adoptar um, mas nunca a viver num apartamento. Precisava, por isso, que alguém que partilhasse a vida comigo partilhasse também essa responsabilidade. Assim é óptimo, a iniciativa partiu da Raquel e eu satisfiz a minha vontade indo apenas atrás dela.
Talvez seja uma coisa muito masculina, esta de deixar que a mulher tome a iniciativa naquilo que se quer fazer mas não se tem a coragem suficiente. É que isso é coisa que as mulheres têm a sobrar, principalmente quando falta nos homens.
A verdade é que adoptar um cão ganha ainda mais significado quando se vai a um canil municipal. Os animais ladram na nossa direcção como se estivessem a disputar entre eles a oportunidade de ter um lar. É um desfile de olhos tristes, aquele.
A Luna (o nome não é grande coisa mas já vinha assim baptizada) tem pulgas e um problema qualquer no pêlo que agora vamos tentar resolver com o tempo. Aquilo que ficou resolvido em menos de uma hora foi precisamente o seu olhar triste. Hoje de manhã levei-a a passear pelas ruas do bairro e, na segunda vez que passei em frente ao prédio, ela dirigiu-se para a porta e já não saiu dali, como se me estivesse a dizer que queria entrar. O respirar ofegante e a cauda a abanar diziam-me que ela estava contente.
Um vizinho que passou perguntou-me se eu a tinha adoptado. Menti, respondendo que sim. Na verdade foi a Raquel que adoptou. Eu apenas fui atrás.

8.30.2012

pensamentos catatónicos (279)

vinho

A Sílvia não me foi receber à porta, como é normal nela. Estava deitada no sofá, sem ligar nada às imagens que iam passando no enorme televisor sem som. Limpei, fazendo propositadamente mais barulho do que o normal, os sapatos no tapete da entrada, e então ouvi-a mandar-me entrar.
- Entra!
É-me difícil explicar o que a Sílvia significa para mim, talvez por significar tudo e nada ao mesmo tempo. Não somos propriamente amigos íntimos. Conheci-a, há já muitos anos, num jantar de aniversário de uma amiga comum. Depois acabámos por sair algumas vezes os dois. Íamos ao cinema, beber um copo a um bar qualquer ou, muito simplesmente, tomar café depois do jantar. Nunca, em vez alguma, senti um prazer especial pela sua companhia. Tenho a certeza que ela também nunca o sentiu pela minha. Mesmo assim, por qualquer motivo que nunca consegui explicar a mim mesmo, insistimos sempre em manter contacto um com o outro.
Já me senti totalmente apaixonado por algumas mulheres por quem, a partir de determinado momento, a coisa esfriou de tal forma que nunca mais as vi nem tive vontade de ver. Com a Sílvia, digamos assim, nunca tive uma relação quente, mas a verdade é que também nunca congelou. De vez em quando, sem nenhum motivo aparente, um de nós acaba por telefonar ao outro. Sem ser uma amiga do peito, é uma certeza da minha vida, e já tive momentos em que pensei que isso é mais importante do que qualquer outra coisa.
Foi assim que acabei por ir, mais uma vez, a casa dela. Tinha-me telefonado e dito, da mesma forma pragmática do costume, que sentia fome e não tinha vontade de cozinhar. Propus-me a passar em casa dela com uma garrafa de vinho, um frango de churrasco picante e uma salada de alface com tomate.
- Então, o que é que se passa? - perguntei enquanto abria a garrafa de vinho a custo, com uma imitação barata de um canivete suíço.
- Sinto fome. Não sinto mais nada. - respondeu ela ainda deitada no sofá.
- Mais nada?
- Mais nada. Não me sinto triste nem feliz, não me sinto apaixonada nem com vontade de me apaixonar. Tudo o que sinto tem estritamente a ver com as necessidades prementes do meu corpo: fome.
É isto que é estranho na Sílvia. Ela diz-me o que se passa com ela, de forma sucinta e resumida, e eu percebo-a tão clara e imediatamente que chega a ser assustador. Às vezes acho que é por sermos os dois tão parecidos que a nossa relação nunca aqueceu. Nunca discutimos, nunca discordamos. A vida a dois seria uma seca.
Fui à cozinha buscar dois pratos, dois garfos, duas facas e dois copos. Distribuí tudo na mesa da sala onde já estava uma toalha usada e com alguma nódoas antigas. Comecei por servir-lhe um copo de vinho que adivinhei ser necessário para que ela se conseguisse levantar e, finalmente, sentei-me à espera.
- Sentes-te só? - Perguntei adivinhando a resposta.
- Tenho-me sentido, mas apenas quando estou entre pessoas. No emprego ou na rua, por exemplo.
Ela levantou-se e veio para a mesa. Já tinha o copo vazio e servi-lhe outro. Vi-a sorrir pela primeira vez.
- Podemos jantar em silêncio, sem conversar? - Perguntou.
- Podemos.

8.25.2012

conversa 1930

Ela - Ser solteira aos quarenta tem uma enorme desvantagem.
Eu - Qual?
Ela - Todos os homens nessa idade são casados ou comprometidos.
Eu - Isso não é verdade. Tenho vários amigos da minha faixa etária que estão sozinhos.
Ela - Todos os homens interessantes, digo eu. Um homem que aos quarenta está sozinho, é porque é um bocó.
Eu - E tu não és uma bocó por estares sozinha aos quarenta?
Ela - Não. Eu só estou sozinha porque os homens da minha idade que também o estão é que são bocós.
Eu - Ainda bem que estás a brincar.
Ela - Pois estou, só não sei até que ponto.

8.24.2012

pensamentos catatónicos (278)

Balão

Uma criança de cerca de quatro anos de idade pisou-me hoje, no metro do porto, enquanto saltava sozinha num jogo qualquer próprio da infância. Ao seu lado ia a sua família, tão numerosa quanto silenciosa. O pai pegou-lhe delicadamente num dos braços e mandou-a pedir-me desculpa. A mãe gritou com o pai logo a seguir. "Não faças isso à menina", disse.
A criança ficou perdida, talvez com algum receio de vir pedir desculpa a um monstro de um metro e oitenta e quatro com um capacete de ciclista na cabeça. Olhava para mim de lado, com a mão pequena quase toda dentro da própria boca. Pisquei-lhe um olho. Ela voltou a sorrir.
Saíram algumas estações antes de mim e fiquei a vê-los pela vidraça. Lá fora as crianças dispersaram dentro dum certo limite, como se orbitassem num caos à volta dos dois adultos, que deram um beijo e se abraçaram num gesto notoriamente reconciliador. 
Os gritos são sempre surpreendentes numa relação, porque o são entre quem supostamente se Ama. São, assim, uma contradição em si mesmos. Quando aqueles dois pais começaram a namorar, suponho que há muitos anos atrás, ela não gritava com ele assim. De certeza. No princípio de qualquer relação, o próprio Amor trata de afogar esse tipo de impulsos. É com o tempo que eles vão emergindo de novo e passam a boiar entre beijos, doces trocas de olhares, abraços e sexo.
Os gritos por impulso são como pregos nesse grande balão de hidrogénio que é o Amor entre duas pessoas. Às vezes o balão acaba por cair. Outras vezes não. Por qualquer motivo olhei para aquele pai e para aquela mãe e, só em pensamento, desejei-lhes sorte. Que o balão não caia.

8.23.2012

conversa 1929

Ela - As sogras, as mulheres e os maridos constituem uma cadeia alimentar.
Eu - Uma cadeia alimentar?!
Ela - Sim, pelo menos no meu caso quando jantamos os três juntos. A minha sogra dá-me na cabeça porque acha que eu já devia ter filhos e nunca mais engravido, eu dou na cabeça do meu marido porque acho que ele devia mandá-la calar e nunca manda.
Eu - Então o teu marido está no fundo da cadeia alimentar e não dá na cabeça de ninguém. É isso?
Ela - É. Ele cala-se e bebe vinho.

respostas a perguntas inexistentes (217)

Éden

Nunca verbalizámos o Amor. A primeira vez que abri a boca para lhe dizer que a Amava ela tocou com o dedo indicador da mão esquerda nos meu lábios, encostando um ao outro como se os quisesse coser com um único ponto.

- Chiu!

Depois beijou-me e fizemos Amor.
A partir daí não precisou mais de usar os dedos. Quando eu falava em nós, tentando dar existência a essa primeira pessoa do plural, ela mudava de expressão. Passou a bastar-lhe o olhar para me silenciar.
Uma vez, por fim, explodi. Não com ela, mas com a situação. Foi como se as palavras que eu engolia há meses me tivessem provocado uma congestão. Vomitei-as, dizendo-lhe que a Amava. Só que o Amor nunca pode ser um vómito.
Depois beijei-a e não fizemos Amor.
Naquele tempo o corpo dela era o meu Éden, uma extensão de vales e montanhas perfumadas onde tudo, menos falar de Amor, me era permitido. E foi assim que fui expulso.

8.22.2012

respostas a perguntas inexistentes (216)

Voo

Na guerra de África, os helicópteros Alouette III eram a esperança dos soldados feridos em combate. Quando um homem caía atingido por uma bala, a primeira coisa que fazia era tentar ficar deitado de barriga para cima, a olhar para o céu na esperança de ouvir o ruído das pás de um destes anjos voadores. Se ele aparecesse, então o soldado estava salvo.
Talvez por isso, quando se sentiu cair sem forças, o primeiro-sargento Pires se tenha virado para bater com as costas no chão. Entre o som furtivo e quase compassado das balas, primeiro sentiu um calor abrupto na barriga, depois perdeu a capacidade de se mover. Tinha sido atingido e agora olhava para o céu, à espera duma réstia de esperança. Perdera o medo da guerra, ganhara o medo da morte.
Talvez por ironia do destino, um embondeiro angolano protegia-o do forte calor e da luz do Sol, acarinhando-o com um lençol de sombra fresca, como se ali tivesse crescido durante várias vidas humanas apenas para chegar àquele momento. Nesse ténue sopro de vida, o soldado viu a marca do seu próprio sangue desenhada no tronco daquela árvore imponente, pediu-lhe silenciosamente desculpa por estar ali e sentiu-se entregue à sua própria sorte.
O som das balas continuou mais alguns minutos, ou talvez horas. Não sabe bem. Depois ouviu uma frase que o fez sentir-se invasor: "Angola é nossa!". Mais um tiro, único e certamente cirúrgico. Silêncio. Aquele céu era estranhamente de um azul igual ao de Lisboa, e talvez o seu Amor, a mais de cinco mil quilómetros de distância, o estivesse a ver. Talvez.
Pires prometera total lealdade à pátria mãe, num juramento de bandeira em Mafra alguns anos antes. Prometera defender com a sua própria vida a causa nacional. Agora, perante o iminente beijo da morte, nada disso fazia sentido. Era só ela, cujo toque de pele ainda se lembrava como se tivessem feito Amor há alguns minutos, que contava.
As nuvens permaneceram quietas e indiferentes ao som das pás do Alouette, que mais parecia uma música encomendada pela vida. Alguns homens que nunca tinha visto puseram-no primeiro numa maca e depois na cabina. Sentiu que levantava voo. Levantava mesmo.

8.21.2012

chuva

Encontrei este anúncio quando pesquisava, na internet, a história duma das marcas mais emblemáticas de sempre para quem gosta de equipamento de fotografia e cinema vintage: a Bell & Howell. Em 1959, ano da revolução cubana, a Sabrina apresentava assim o novo projector de slides desta marca americana. Sinceramente, a esta distância temporal, não estou a ver quem é a Sabrina, mas percebo imediatamente a sua escolha para esta publicidade muito pouco subtil. É que os projectores de diapositivos não devem apanhar chuva. Só pode ser por isso...

a crédito

Quando eu era criança, a minha mãe fazia as compras lá para casa essencialmente na mercearia do senhor Orlando, perto do ainda existente café Convívio, em Aveiro. Ia lá praticamente todos os dias, enchia um ou dois sacos reutilizados pela enésima vez e depois pagava no fim do mês. Eu, nos dias em que tinha sorte, trazia um ou dois rebuçados de oferta. Desembrulhava o primeiro, enquanto o via a tirar o lápis detrás da orelha e apontar num caderno a despesa, e guardava o segundo no bolso.
Algumas vezes, enquanto a minha mãe fazia as compras lá dentro, eu ficava cá fora, junto aos caixotes da fruta e dos legumes, a brincar com a filha duma outra cliente que costumava ir lá à mesma hora. Não me lembro do nome dela, mas lembro-me que tinha o cabelo preto e comprido, olhos escuros e soltos como o voo duma borboleta. Costumava arrancar algumas uvas que dividia comigo e, apesar de ter na altura apenas uns seis ou sete anos de idade, foi ela que me ensinou como é que das uvas podíamos fazer passas.
Fascinava-me, aquela miúda. Aliás, como eu não tinha coragem de roubar uma única uva que fosse, foi com ela que comecei a perceber que as mulheres são demasiado corajosas para quem é do sexo fraco, e que os homens são demasiado cobardes para quem é do sexo forte.
O caderno do senhor Orlando seria, aos olhos de qualquer estudante de Economia dos dias de hoje, um produto financeiro de alta rentabilidade. Ali estavam promessas de pagamento da despesa mensal em alimentação de inúmeras famílias aveirenses, ou seja, de muito dinheiro. Esse produto financeiro seria, assim, nos dias que correm, alvo de especulação em bolsa e uma forma de cobrar juros pela demora no pagamento. O senhor Orlando, no entanto, limitava-se a abrir o caderno de vez em quando para informar os clientes em quanto é que ia a conta.
Com o tempo, todas as lojas pequenas como a do senhor Orlando foram substituídas por grandes superfícies comerciais. Simultaneamente, o caderninho onde se apontavam as despesas foi substituído por cartões de crédito. Ao contrário do senhor Orlando, os hipermercados não acreditam na palavra de pessoas como a minha mãe, por isso os bancos passaram a servir de garantia desse pagamento cobrando uma taxa a uns e outros.
Essa taxa chega, diz o grupo Jerónimo Martins, aos cinco milhões de euros por ano, por isso quer acabar com os cartões de crédito (e débito também) para despesas inferiores a vinte euros nos supermercados Pingo Doce. O senhor Orlando não faz ideia do dinheiro que deixou de ganhar por nunca ter cobrado taxa nenhuma aos seus clientes e eu, como não acredito que os supermercados Pingo Doce venham a ter empregados de caixa com um lápis atrás da orelha, nem acredito que uma mulher qualquer simpática venha a roubar uvas para dividir comigo, vou continuar a não ir lá.

8.20.2012

conversa 1928

(no café)

Eu - Está tudo bem?
Ela - Está. Porque é que perguntas?
Eu - Estás com um ar tão pensativo...
Ela - Sim, porque estou mesmo pensativa.
Eu - Alguma coisa que te preocupe?
Ela - Mais ou menos.
Eu - Posso ajudar?
Ela - Não. Estava a pensar como é que é possível que algumas mulheres usem roupa interior preta ou vermelha por baixo de vestidos quase transparentes. Fica tão mal...

respostas a perguntas inexistentes (215)

pickles

O Amor não chega, disse ela. E eu, que tinha acabado de sair do banho para lhe abrir a porta, pedi-lhe que entrasse, fosse ao frigorífico buscar duas cervejas e um frasco de pickles, e esperasse um pouco por mim enquanto eu me vestia. Algumas gotas de água escorriam-me pelas pernas formando pequenas poças no chão da entrada. A minha mão esquerda segurava a toalha de banho à cintura, a direita encaminhava-a para a sala de estar.
Vesti as calças do dia anterior e uma das t-shirts que estavam por cima na gaveta da roupa, atrapalhado e confuso por aquela frase que mais parecia uma pedrada: o Amor não chega. Quando entrei na sala, ela estava silenciosamente sentada numa cadeira, mesmo ao lado da mesa onde tinha posto duas cervejas, já abertas, e dois pequenos garfos apoiados num prato cheio de pickles.

- O Amor não chega para quê?
- Não chega, é só isso! - disse ela pegando numa das cervejas.

Conheço a Joana e o Carlos há mais de vinte anos. Acompanharam, como um casal amigo, todo o meu primeiro casamento. Depois do meu divórcio continuámos próximos e a ter encontros mais ou menos regulares. Sempre achei que tinham uma relação perfeita, forte. Nunca discutiam, nunca davam sinais de fragilidade. Agora estão a separar-se porque, segundo a Joana, o Amor não chega.
Durante as férias recentes que realizaram, disse-me ela, foi ele a escolher todos os restaurantes onde comeram, as praias onde foram, os museus que visitaram e até os filmes que viram. Durante esses anos todos que passaram, ela deixou-se anular lentamente por ele, e agora já não existia a não ser para o seguir para todo o lado e contemplar as suas opções do dia-a-dia.
Nem ele nem ela fizeram de propósito. Talvez tenha sido um processo natural em que nenhum dos dois se apercebeu de quão incompatíveis podiam ser com o seu próprio Amor. O que ela sabe é que percebeu durante as férias que não é feliz com ele. Ponto.

As férias são isso mesmo, uma espécie de saída precária da prisão. Saímos de trás das grades que encerram a nossa normalidade de horários impostos por quem nos paga um salário de sobrevivência, de quatro paredes brancas e inócuas dum escritório sem sentido. Experimentamos, por alguns dias, uma nova relação com o mundo e ficamos surpreendidos por percebermos que não somos apenas máquinas de transformar oxigénio em dióxido de carbono. Afinal, estamos vivos e devemos tentar ser felizes.
Foi mais ou menos isto que eu lhe disse. Depois bebi a minha cerveja, tentando aproveitar ao máximo esse prazer corpóreo que é comer pickles ao mesmo tempo. Ela riu-se. Já não é mau, ou melhor, é óptimo.

8.03.2012

férias

Vou sair daqui a pouco de Aveiro em direcção a um lugar qualquer que ainda não sei qual é. Nem eu nem os que vão comigo, a Raquel e os "nossos" filhos. A única certeza que tenho é que na próxima semana andarei pelo Algarve.
Não levo muita vontade de ligar o computador, sinceramente. Por isso não sei quando cá voltarei. Talvez para a semana também... 

8.01.2012

conversa 1927

Ela - Até nos tipos de pénis alguns homens são uma desilusão.
Eu - Nos tipos de pénis?!
Ela - Sim, não sabias que há dois tipos de pénis nos homens? Os shower e os grower...
Eu - Não, não sabia. Só tenho um.
Ela - Os grower são homens que têm o pénis relativamente pequeno mas que cresce bastante na altura da erecção, os shower são homens que têm o pénis aparentemente grande mas depois nunca cresce muito mais.
Eu - A sério?
Ela - A sério.
Eu - Não fazia ideia.
Ela  - Pois... eu fui aprendendo com as desilusões da vida.