2.28.2010

conversa 1439

Ela - Os homens só me decepcionam. A sério...
Eu - O que é que foi agora?
Ela - Convidei um colega meu do trabalho, com quem andava a engraçar, para ir jantar a minha casa. Convenci o meu ex-marido a ficar com os miúdos, desmarquei a visita duma amiga e comprei de propósito um tamboril. Enfim... preparei tudo.
Eu - E então?
Ela - Então jantámos e estava tudo a correr muito bem. Às tantas, como ele não avançava, eu descalcei-me, apaguei a luz da sala e acendi duas velas para criar ambiente.
Eu - Sim...
Ela - Depois disse-lhe que se ele se quisesse descalçar também estava à vontade e, como tínhamos a noite toda por nossa conta, perguntei-lhe se ele preferia sair ou ficar ali por casa a beber um copo de vinho...
Eu - E ele?
Ela - E ele perguntou-me se eu gostava de futebol porque estava a dar o Sporting - Porto na Sport Tv...
Eu (risos)
Ela - Ri-te, ri-te. A partir de agora, quando passar por ele no trabalho só lhe pergunto como é que está o Porto. Mais nada...

conversa 1438

(ao telefone)

Ela - Estou a precisar dum abraço.
Eu - Eu dava-te, se estivesse aí...
Ela - Davas-me o quê?
Eu - um abraço.
Ela - Ah! desculpa. Estava distraída a ler alto as legendas da televisão. Não preciso nada que me dês um abraço.
Eu - Estás a falar comigo ao telefone ou a ver televisão?
Ela - As duas coisas...

conversa 1437

Ela - Não percebo as pessoas que procuram relacionamentos na internet.
Eu - Eu percebo... são pessoas que precisam de conhecer outras. A internet é um meio como outro qualquer, na minha opinião.
Ela - Eu só fui uma vez tomar café com um gajo que conheci na internet e desisti logo. Nunca mais quis nada...
Eu - Porquê?
Ela - A falar com ele na internet até me parecia uma pessoa mais ou menos. Quando fui tomar café com ele apareceu-me um gajo de fato de treino roxo. Eu lá ia namorar com um gajo que veste fatos de treino roxos?

conversa 1436

Ela - Acho que os meus amores sempre foram um ciclo.
Eu - Um ciclo?
Ela - Sim. Apaixonei-me vária vezes, namorei várias vezes e fui viver com um homem várias vezes convencida que ia ser muito feliz com ele. Acabei sempre, por um motivo ou outro, por me cansar e voltar a ficar sozinha.
Eu - Foste sempre tu que tomaste a iniciativa de acabar uma relação?
Ela - Sim, acho que fui sempre eu.
Eu - Mas isso não tem que ser obrigatoriamente mau. Pelo menos tiveste alguns amores na tua vida. Há quem não tenha.
Ela - Sim, é verdade. Só que agora, com quarenta anos, começo a sentir que gostava de me apaixonar definitivamente e acho que não vou conseguir.
Eu - Porque é que achas isso?
Ela - Acho que os homens são todos...
Eu - Todos o quê?
Ela - Todos...
Eu - Todos o quê?
Ela - Todos muito iguais.

2.26.2010

respostas a perguntas inexistentes (72)

Nunca se tinha apercebido do verdadeiro motivo pelo qual liga tudo sempre que chega a casa: a televisão, a luz da sala e da cozinha, o computador e até o rádio da casa de banho. Até hoje, dia em que cozeu arroz branco, grelhou peixe e fez uma salada de tomate para duas pessoas. Depois pôs dois pratos, dois copos, dois garfos e duas facas na mesma mesa onde abriu uma garrafa de vinho. Acabou por bebê-la sozinha, a garrafa. Agora, com o pensamento afogado no vinho, é que se apercebeu que liga tudo sempre que chega a casa porque vive sozinha. Só isso.

conversa 1435

(no café)

Ela - Tens a tua certeira em cima da mesa...
Eu - Tenho. Quando estou sentado e ela está cheia, incomoda-me um bocadinho no bolso...
Ela - Pois... está tão cheia...
Eu - É só papelada e documentos. Dinheiro tem pouco.
Ela - Pois... admito que me está a apetecer espreitar.

la cabra, la cabra...

O caso está em tribunal. Dois tipos foram apanhados a violar uma cabra em Moçambique e agora, para além duma indemnização, o dono do animal exige que um deles case com ela. Com ela, a cabra. [ler no JN]
Eu estou contra esta pretensão do senhor porque me parece que o sujeito violado nunca quererá casar com o violador. Mas isso sou eu...

muito bem

França deu um passo importantíssimo na prevenção da violência doméstica, com que eu concordo plenamente. Os maridos violentos passam a ter que usar uma pulseira gps para que a polícia saiba se se estão a tentar aproximar ou não da vítima. Também foram endurecidas posições contra a violência psicológica, aquela que corrói a vítima por dentro, prevendo penas severas até três anos de prisão e multa de 75 mil euros em casos de "actos e palavras repetidas que resultam na degradação das condições de vida da vítima e que podem afectar sua saúde física ou mental". (ler no JN)
Por aqui podíamos copiar esta ideia...

2.25.2010

conversa 1434

Ela - A minha vida anda tão stressada que todas as noites preciso do meu momento zen.
Eu - Como é o teu momento zen?
Ela - A fumar um cigarro sozinha à janela.
Eu - Não sabia que os budistas gostavam de fumar à janela...
Ela - O que é que isso tem a ver?
Eu - O zen não é uma espécie de meditação budista?
Ela - Às vezes parece impossível ter uma conversa séria contigo.
Eu - Estou a  falar a sério...
Ela (levantando-se) - Oh! Cala-te!
Eu - Onde é que vais?
Ela - Fumar um cigarro à janela.

conversa 1433

Ela - Muitos divórcios dão-se porque aquilo que uma mulher procura num homem vai variando com a idade.
Eu - Vai? E como é que tu achas que varia?
Ela - Quando se é adolescente o namorado serve praticamente para tapar um buraco. Se ele for girinho chega e às vezes nem isso é preciso. Aos vinte começa-se a querer também uma certa postura e alguma cultura geral. Aos trinta, normalmente porque já se passou por algumas desilusões, o mais importante é a personalidade: se ele é meigo, atencioso e tal. Aos quarenta é tudo isso mais uma coisa: maturidade. Aos quarenta não há paciência para homens inseguros.
Eu - Ah! Interessante...
Ela - Acho que é por isso que são as mulheres que normalmente tomam a iniciativa de se divorciar. Até porque os homens exigem sempre o mesmo da mulher.
Eu - E é o quê?
Ela - Sexo.
Eu - Isso não é verdade.
Ela - É, é.

violência contra as mulheres na agenda da ONU

Em 1995 a ONU organizou a IV Conferência Mundial sobre a Mulher: Igualdade, Desenvolvimento e Paz. Agora, quinze anos depois, a sessão anual da Comissão da ONU sobre o Estatuto da Mulher assinala essa data com o peso enorme da estatística. E porque não se pode deixar passar de ânimo leve essa estatística, o esquerda.net fala nela.

2.23.2010

conversa 1432

[no restaurante com uma amiga. a empregada traz o cartão visa e o recibo para assinar num pratinho e põe-no à minha frente]

Ela - Já viste que a empregada trouxe o recibo do visa e deu-to a ti para assinares?
Eu - Sim... partiu do princípio que era eu a pagar.
Ela - Detesto estas gajas. Partiu do princípio que eras tu a pagar por seres homem.
Eu - Deve ter sido isso, sim.
Ela - Não lhe dou gorjeta só por causa disso. Estas gajas são mais machistas que muitos homens...
Eu - Tem calma, ela trabalha aqui e deve estar habituada a que sejam normalmente os homens a pagar. É só isso.
Ela - O cartão tem o meu nome. Ela podia pelo menos ter olhado para isso, não achas?
Eu - Acho que se quiseres levar a sério esse espírito feminista eu estou pronto a ajudar-te.
Ela - A ajudar-me como?
Eu - Vimos aqui todos os dias e pagas tu sempre, pelo menos até ela te dar a ti o recibo para assinar.
Ela - É melhor calares-te. Estou nervosa.

2.22.2010

perguntas matinais

Ontem os amigos foram todos dançar e ela ficou ao balcão do bar. Pediu mais um vodka com laranja. Ele também ficou. Pediu mais uma cerveja. Já tinham trocado alguns olhares mais doces durante o jantar que reunia os ex-colegas de liceu e, por isso, aquele posicionamento estratégico não era mais do que o passo final para dormirem juntos. Afinal, na conversa regada pelo bacalhau e pelas garrafas de alentejano, ambos se tinham apercebido da disponibilidade do outro. Divorciados e com filhos, portanto, disponíveis e preparados para não perder uma oportunidade.
Há sempre duas perguntas que um homem faz quando acorda de manhã numa cama com uma novidade: E agora? E depois? São as respostas a essas perguntas que o fazem sair de fininho ou então tentar abraçá-la para tentar mais uma sessão de sexo. E para ele, que costuma gostar mais do sexo fresco matinal do que do cansado sexo nocturno, há que responder imediatamente às questões que se impõem. E agora? Agora fica. E depois? Depois logo se vê.
Há sempre duas perguntas que uma mulher faz quando acorda de manhã numa cama com uma novidade: E depois? E agora? São as respostas que a fazem sair de fininho ou então beijá-lo para tentar mais uma sessão de sexo. E para ela, que costuma gostar mais do calculado sexo matinal do que do desesperado sexo nocturno, há que responder imediatamente às questões que se impõem. E depois? Depois quer continuar a sair com ele. E agora? Agora logo se vê.

conversa 1431

Ela - Tens um carro novo...
Eu - Não é novo, é usado.
Ela - Isso não é um carro de homem, é um carro de mulher.
Eu - Porquê?
Ela - É tão pequenino.
Eu - É poupadinho, neste momento é o que eu preciso.
Ela - Mas tu és tão grande. De certeza que cabes dentro do carro?
Eu - Caibo. Lá por ser grande não quer dizer que tenha que ter tudo grande, caramba.
Ela - Lá isso é bem verdade... já me aconteceu ser surpreendida com homens grandes e, digamos, carros pequenos...
Eu - Não era isso...
Ela - Deixa lá, vamos tomar café.
Eu - E vamos no meu carro pequenino ou na tua carrinha largueirona?
Ela - Já não estás a ter piada nenhuma...

a guerra das calças

tirado do blogue dias que voam
"Uma loja de pronto-a-vestir de Lisboa vende por semana centenas de calças compridas a mulheres de todas as idades, mas a maior clientela é constituída por jovens". Começava assim uma reportagem, publicada no ano de 1969, sobre as primeiras mulheres portuguesas a usar calças. Marcelo Caetano era então o primeiro-ministro de Portugal, herdando um país de conservadorismo salazarento. Tanto, que se punha a hipótese de haver um enquadramento legal que impedisse as mulheres de usarem calças: "A explosão do uso das calças provocou nas últimas semanas, em Portugal, certa controvérsia nos liceus, escolas e empresas, pois nem em toda a parte se sabe oficialmente da existência (ou não) dum dispositivo oficial sobre o assunto". Menos mal, o Ministério da Educação afirmava que não existia nenhuma regulamentação oficial que as proibisse. Havia apenas uma disposição dizendo que as alunas e professoras se deviam apresentar vestidas com dignidade e decência.

2.19.2010

coisas que fascinam (95)

Um amor imagina-se. Pode ser durante o intervalo dum filme no cinema, numa boleia dada por acaso ou numa estação de metro qualquer. Com a mulher que está sozinha na fila A, com a que estica o dedo polegar na nacional 109 ou com aquela que adormeceu com a cabeça encostada ao vidro da carruagem. Tanto faz, o amor imagina-se e isso é bom. Pelo menos é o que um homem pensa enquanto dissolve o açúcar no café da manhã, dissolvendo também os seus próximos dias no olhar da mulher que se sentou à sua frente. Ela é bonita e isso por agora chega, já que a imaginação não precisa de mais nada.

conversa 1430

Ela - Pus férias esta semana e aproveitei para mudar a disposição dos móveis da minha sala.
Eu - Fixe, de vez em quando também gosto de fazer isso.
Ela - O problema é que já mudei cinco ou seis vezes e hoje, sexta-feira, acabei por voltar a pôr tudo com estava dantes.
Eu - Isso quer dizer que gostas mais da maneira como já tinhas a sala. Não é grave.
Ela - É grave porque não me sinto bem como aquilo está mas também não encontro uma forma melhor. Os meus móveis parecem homens: nunca estão no sítio que devem.
Eu - Mas pelos vistos és tu que pões e dispões deles... portanto...
Ela - Isso é a única coisa que me faz sentir bem.

sou mãe graças ao pai do meu filho

Os sortudos dos lisboetas vão poder assistir gratuitamente amanhã, dia 20 de Fevereiro, a um grandioso espectáculo de comédia: uma manifestação com cartazes a dizer que as senhoras que o seguram são mães graças aos pais dos seus filhos. Sortudos, os lisboetas. Eu gostava de ir mas não posso.

A mim, por acaso, interessa-me sobejamente saber graças a quem é que cada mulher portuguesa é mãe. Acho importante, pronto. É por isso que agradeço à Esmeralda, senhora de grande etiqueta e frontalidade, que vai levar o seguinte cartaz:

2.18.2010

pensamentos catatónicos (197)

Acho que nunca se deve acreditar numa mulher que nos diz que está apaixonada por nós. Na verdade porque não devemos acreditar em nós próprios quando o dizemos a alguém. O amor é mesmo uma coisa em que as palavras não chegam. Tem que se passar aos actos.

conversa 1429

(ao telefone)

Ela - Não tens dito nada....
Eu - Tenho estado doente.
Ela - E já estás melhor?
Eu - Sim, estou a melhorar. Obrigado.
Ela - Óptimo, ainda bem. É que este sábado à tarde precisava que tomasses conta do meu filho.

2.12.2010

conversa 1428

Ela - Já te aconteceu gostar muito duma mulher e ela não te ligar nada?
Eu - Claro que já. Tantas vezes...
Ela - Lá está. Essa é a diferença entre os homens e as mulheres...
Eu - Qual diferença?
Ela - Um homem é capaz de gostar muito de várias mulheres, se uma não lhe liga nada passa facilmente para outra. Por outro lado, quando uma mulher se apaixona por um homem e ele não lhe liga nada, ela tem um problema para muito tempo.
Eu - Isso não é bem assim.
Ela - Mas é muito assim.
Eu - Mas isso está a acontecer-te agora?
Ela - Está.
Eu - E estás triste?
Ela - Mais ou menos.
Eu - Pensa assim: há muitos homens na Terra, ou seja, se foste capaz de te apaixonar por um, de certeza que és capaz de te apaixonar por muitos mais.
Ela - Pois... é isso que uma mulher não é capaz de pensar.
Eu - Mas percebes que eu tenho razão?
Ela - Percebo... mas perceber não me chega.
Eu - Tu és tão bonita. Tenho a certeza que dás a volta a isso num instante. Basta ires a um jantar com muitos gajos um dia destes.
Ela - Organiza um jantar desses e convida-me. Pode ser?
Eu - Mas acabaste de me dizer que não és capaz de te apaixonar duas vezes seguidas.
Ela - Mas posso tentar...

conversa 1427

Ela - Estou quase a fazer anos...
Eu - Pois estás.
Ela - Se por acaso me quiseres oferecer alguma coisa fala comigo primeiro, que é para não gastares dinheiro mal gasto.

conversa 1426

Ela - Vou passar este fim de semana todo na cama. Só me levanto para comer e para ir à casa de banho...
Eu - Andas assim tão cansada?
Ela - Não, arranjei um namorado da margem sul. Só o vejo ao fim de semana...

2.10.2010

conversa 1425

Ela - Já pedi ao meu patrão para ter férias durante o mundial de futebol.
Eu - Não me digas que queres passar as férias a ver futebol...
Ela - Claro que não, quero é ir de férias sozinha sem ninguém a chatear-me e nessa altura o meu marido não se importa nada que eu vá. O que ele quer durante um mês seguido é cerveja no frigorífico e o telecomando da televisão...

conversa 1424

(no bar)

Eu - Bebes uma cerveja?
Ela - Não posso.
Eu - Não podes?
Ela - Não. Fui há dias ao psiquiatra e ando a tomar antidepressivos...
Eu - Andas deprimida porquê?
Ela - Sei lá. Se calhar é por nem ter motivos para andar deprimida.
Eu - Isso não é um motivo.
Ela - É, é.
Eu - Não é nada. Senão andávamos todos deprimidos, ou porque tínhamos um motivo para isso ou porque não tínhamos...
Ela - Pois... e por acaso acho que este país anda mais ou menos assim.
Eu - Bebes o quê, então?
Ela - Pronto, pode ser uma cerveja. Só para te fazer companhia...

mulheres com garantia


Um embaixador árabe dos Emirados Árabes Unidos descobriu, já depois de ter assinado o contrato do casamento, que a noiva tinha barba e era vesga. Vai daí, pediu a um tribunal islâmico a anulação do contrato de casamento e exigiu à ex-noiva o pagamento de cerca de 92 mil euros, montante que diz ter gasto para presentear a ex-futura mulher com roupas, jóias e outras prendas. A mãe da noiva ter-lhe-á mostrado fotografias duma irmã, pelos vistos uma boazona de todo o tamanho, e o tipo acreditou até à última que era ela que estava debaixo da burka. [ler no JN]
Tendo em conta o sucedido, proponho que as noivas nos Emirados Árabes Unidos venham com garantia de dois anos. Um paralelismo com a política europeia nos electrodomésticos em que a mãe (vendedora), garante ao homem (consumidor) o bom estado geral da mercadoria (a filha) e o seu funcionamento durante esse período. Passados esses dois anos, a devolução não é imediata mas a mulher pode ser enviada para a fábrica para arranjar (fazer a barba, por exemplo).

pensamentos catatónicos (196)

Hoje de manhã os semáforos da avenida AEP, em Matosinhos, estavam avariados. Resultado: um trânsito caótico e agressivo, com os automóveis a procurar espaços que já não existiam. Desesperei e acabei por entrar no mesmo jogo, metendo o meu carro onde conseguia sem respeitar nada nem ninguém.
Acho que nas relações entre duas pessoas isso acontece de vez em quando. Somos um semáforo natural que dá luz verde, amarela ou vermelha àqueles que nos são mais próximos, para poderem esquadrinhar ou não as ruas de que somos feitos. Às vezes esses semáforos avariam e o trânsito emocional entre os dois congestiona. É o caos.
Há muito tempo que os meus semáforos não avariam mas mesmo assim pensei nisto...

limpem lá a Lua

Women of the future will make the moon a cleaner place to live

O homem chegou à Lua em 1969. Neil Armstrong e os colegas andaram pelo nosso satélite aos pulinhos, tiraram algumas fotografias e até lá deixaram uma bandeira dos Estados Unidos. Espero é que não tenham sujado muito a zona por onde andaram. É que para a Tomorrow's Lestoil, num anúncio publicado um ano antes, portanto em 1968, um dia que as mulheres lá cheguem é para limpar tudo e deixar a Lua a brilhar.

2.09.2010

conversa 1423

Ela - Gastei um balúrdio numas calças que não me servem...
Eu - Não as experimentaste antes de as comprar?
Ela - Experimentei, experimentei...
Eu - Então... não percebo...
Ela - Comprei um número abaixo do meu, assim obrigo-me a emagrecer nos próximos tempos. Sempre que me lembrar que dei quase cem euros por umas calças que não me servem, consigo abdicar da comida com muitas calorias.

pedido de casamento

Dave Morin é um dos gerentes do Facebook, ou seja, qualquer coisa como senior platform manager. Um destes dias decidiu pedir Brittany Bohnet, gerente de marketing da Google, em casamento. Não o fez por menos: encomendou um avião, um barco e uma noite de luxo nas Maldivas. Depois, escreveu o pedido com cocos na areia duma das praias.
Sobre o Dave e sobre a Brittany não tenho concretamente nada a dizer, mas este é um tipo de pedido de casamento que eu não queria que me fizessem. Não parece um pedido, parece mais uma espécie de cerco. Acho que ninguém gosta de cercos.
Por mim podiam-me pedir em casamento no café da esquina, à hora do almoço, entre um pastel de bacalhau e um gole numa cerveja. Depois sim, se houvesse dinheiro, é claro que não dispensava uns dias nas Maldivas...

2.08.2010

conversa 1422

Ela - Há tanto tempo que não te via.
Eu - Sim... por acaso tinha saudades tuas.
Ela - E como é que vão as coisas?
Eu - Quase tudo na mesma. Vai-se andando...
Ela - É como eu. Tirando ter mudado de emprego, de casa e de namorado está tudo na mesma.
Eu - Bem... no teu caso está tudo diferente.
Ela - Sim, mudei de casa e isso é diferente. Mudar de emprego, como estou sempre a recibos verdes, tornou-se normal na minha vida.
Eu - E o namorado?
Ela - Os namorados são mais uma espécie de contrato a prazo. Despeço-os sempre antes de acabar o primeiro...

alergia ao sabonete



Este é uma música de Black Metal, também de revolta, feita por mim e por uns amigos da Fanfarra de São Bernardo, contra as mulheres que obrigam os maridos e namorados a tomar banho todos os dias.

2.05.2010

pelos caminhos de Portugal

A vida de divorciado ou, neste caso, de casado pela segunda vez é assim: tem coisas boas e tem coisas más. Estou a ficar maluco com saudades da minha filhita, por isso este fim de semana vou fazer mais de mil quilómetros para a ver. Se puder passar por aqui ainda passo, mas não sei se consigo. Se não conseguir, bom fim de semana para todos vocês, incluindo aqueles que eu não sei que existem. Se conseguir, bom fim de semana na mesma.

conversa 1421

(no café)

Ela - Estás a ver aquele gajo sentado ao balcão a ler o jornal?
Eu - Sim...
Ela - Gostava tanto que ele gostasse de mim, mas tanto...
Eu - Conheces?
Ela - Não conheço pessoalmente mas sei quem é. Foi casado com uma colega minha.
Eu - E gostas assim tanto dele?
Ela - Detesto-o. É um convencido. Sempre que ele ligava para a empresa para falar com ela e eu perguntava quem era, ele respondia que era o Engenheiro não sei quantos...
Eu - Então porque é que querias que ele gostasse de ti?
Ela - Para o fazer sofrer, para o fazer sofrer...

2.04.2010

conversa 1420

Ela - Acho que a minha vida com os homens vida dava um filme.
Eu - Isso não é mau, pois não?
Ela - A parte má é eu ser sempre um actriz secundária.
Eu - Não me parece que sejas uma actriz secundária para a maior parte dos homens.
Ela - Se falarmos dum filme porno não, não sou, mas acho que nunca fui a actriz principal de um romance.
Eu (risos)
Ela - Ri-re, ri-te. Contigo então...
Eu - Comigo o quê?
Ela - Contigo foi uma curta-metragem.

conversa 1419

(no meu carro, depois de meter gasolina)

Ela - O que é que estás a escrever?
Eu - Estou a apontar os quilómetros. Encho sempre o depósito e quero fazer uma média para saber quanto é que o carro está a gastar.
Ela - Só mesmo um homem é que perde tempo com isso.
Eu - Não achas importante saber quanto gasta o teu carro?
Ela - Não. Acho que os homens deviam era andar com uma folhinha para anotar o desgaste que fazem às mulheres...

can we start again?

Hoje à noite há Couscous Prosjekt no Clandestino Bar, em Aveiro, a partir das 22:45, mais coisa menos coisa.

2.03.2010

conversa 1418

(ao telefone)

Eu - Está? Podes falar agora?
Ela - Agora não. Estou  a almoçar...
Eu - Eu também estou a almoçar.
Ela - Telefona-me daqui a meia-hora, quando eu estiver a trabalhar.

coisas que fascinam (94)

Acho que quando um homem gosta muito duma mulher telefona-lhe muitas vezes sem ter nada para lhe dizer. O que ele quer, na verdade, é ouvi-la, mesmo que ela também não tenha nada para lhe dizer. Por isso é que entre duas pessoas que gostam muito uma da outra há telefonemas marcados pelo silêncio. 

conversa 1417

Ela - Isto entre mim e o meu marido está mesmo muito mal.
Eu - Porquê?
Ela  - Sei lá, não o percebo. Para ele parece que está sempre tudo bem.

a ver mulheres nuas durante o trabalho

Um bancário australiano, do Macquarie Bank, foi apanhado a ver mulheres nuas no computador enquanto um colega seu fazia um comentário em directo para a televisão. (ler no JN)
O excerto do vídeo, que passou no canal de televisão Austrália 7, está no youtube e tem tido milhares de acessos. Este blogue envia ao visado um grande abraço de solidariedade neste momento difícil que está a passar. Imagino, por exemplo, que o gajo nunca mais vai conseguir ser levado a sério numa reunião de trabalho. Agora... garanto a todos que se eu passasse o dia a olhar para cotações da bolsa e ficheiros de Excel cheio de números, também tinha que ver umas gajas nuas lá pelo meio para não ficar maluco. Aliás, acredito que os homens com mais necessidade de ver gajas nuas durante o horário de expediente são os financeiros e os afegãos, coitadinhos, que quando saem à rua só vêem burkas a andar dum lado para o outro.

2.02.2010

conversa 1416

(ao telefone)

Ela - Vou comprar uma sapateira. Vens comigo?
Eu - Vou, claro. Levo umas cervejinhas e faço eu o recheio, pode ser?
Ela - Qual recheio?
Eu - A sapateira tem que levar um recheio. As patas comem-se só cozidas mas a carapaça convém levar um recheio...
Ela - Eu vou ao IKEA comprar uma sapateira para arrumar os meus sapatos.
Eu - Vais comprar um móvel só para arrumar sapatos?
Ela - Sim.
Eu - Nem sabia que isso existia... mas pronto.
Ela - Mas tu andas sempre com os mesmo sapatos. Uma pessoa normal tem vários pares e precisa de um móvel para os arrumar. Vens comigo ou não?
Eu - Pronto, até vou. Bebo a cervejinha por lá...

2.01.2010

conversa 1415

Ela - Sabes o que é que eu queria?
Eu - Ahn?
Ela - Ter outra vez vinte anos.
Eu - Porquê?
Ela - Para não sair de casa no dia em que conheci o meu marido.
Eu - Isso está assim tão mal?
Ela - Está.
Eu - Podias sair de casa na mesma, só não te enrolavas nem começavas a namorar com ele.
Ela - Isso ia ser difícil. O gajo era mesmo giro, beijava bem e falava melhor. Parecia um sonho...
Eu - E o que é está mal agora?
Ela - Agora ele está gordo e ter a Sport Tv lá em casa é o maior objectivo da vida dele.

conversa 1414

Ela - Conheces algum homem que lave a loiça?
Eu - Eu lavo a loiça muitas vezes.
Ela - E conheces algum homem que costume cozinhar?
Eu - Eu costumo cozinhar muitas vezes.
Ela - E conheces algum homem que aspire ou passe a ferro?
Eu - Eu aspiro e passo a ferro muitas vezes.
Ela - Mas limpar a casa de banho... conheces algum homem que limpe a casa de banho?
Eu - Eu limpo a casa de banho muitas vezes.
Ela - Credo. Deve ser uma seca viver contigo.