7.12.2007

conversa 282

Eu – O que eu não percebo é como é que duas pessoas que mantêm um relação íntima durante anos, depois não conseguem ficar sequer amigos quando essa relação acaba.
Ela – Mas isso é o que acontece normalmente.
Eu – Eu já verifiquei que é o que acontece normalmente. Mas não percebo. As pessoas dormem juntas, trocam carícias e experiências e, de repente, tornam-se super agresivas uma com a outra.
Ela – Pareces eu a falar aqui há uns meses. É como se amor só desse lugar ao ódio, normalmente, não é?
Eu – É...

25 comentários:

Unknown disse...

É verdade sim, na maioria dos casos, quando o amor acaba dá lugar ao ódio.

Ivar C disse...

joana, é verdade e é uma incongruência... :)

Anónimo disse...

Eu também não entendo. Ou é muito mais feitio, ou muita falta de civismo ... ou "ambos os dois".

Ivar C disse...

karla, mau feitio generalizado parece-me o termo mais adequado... :)

Ivar C disse...

:)

Patrícia Manhão disse...

Não é dificil de entender...a "linha" que separa o Amor do Ódio é muito ténue...mas não acho que seja ódio o que se sente depois do amor...depende de como acabou o amor... a qual das partes aconteceu...porque se o outro continuar a amar é fodido, não é?
Eu não me explico muito bem nesta matéria, falar de sentimentos é complicado para mim....e também não tive grandes experiências, mas sou adepta do seguinte:
- Deus queira que nunca me enganes, se me enganares, Deus queira que eu não saiba, se souber Deus queira que eu não me importe.
Eu sou um bocado calculista, eu sei.

Ivar C disse...

patrícia, eu sou ateu... e acho que as pessoas deviam pôr o respeito à frente dos ciúmes... :)

Proud Bookaholic Girl disse...

Talvez porque em alguns casos uma das pessoas acaba por sair magoada da relação e noutros deixa-se atingir o ponto de saturação e depois nem se quer ver a pessoa à frente. De qualquer forma, também me custa entender... :S

Elora disse...

Nunca percebi essa cena. Também nunca me aconteceu.

Patrícia Manhão disse...

Concordo totalmente, quando há amor tem que haver necessáriamente respeito, por isso não acho necessário enganar ninguém. Mas é preciso haver também hombridade para tomar a iniciativa de contar ao outro.
O que se vê a maior parte das vezes é o oposto.
Infelizmente.
O que eu penso dos ciúmes dava um "testamento".

Ivar C disse...

aisling, pois custa a entender, sim... :)

elora,´nunca te aconteceu acabar uma relação ou dares-te mal com o teu ex? :)

patrícia, se dava um testamento... podes começar a escrever... ;)

Anónimo disse...

Acho que essa passagem de amor para o ódio só acontece quando a mágoa é tão grande que não deixa as pessoas respirarem e/ou pensarem.
Mesmo assim acho que nada justifica essa mudança depois de uma partilha tão profunda.
Carla

Ivar C disse...

carla, mas antes da mágoa há um processo que tem que ser equilibrado e racional, precisamente em nome do bem estar de todos, não é? essa mágoa não é o primeiro passo... :)

Anónimo disse...

eu acho que a mágoa surge 1º, só depois de ultrapassada é que se consegue esse tal processo equilibrado que permite um convívio são entre duas pessoas que já se amaram
Carla

Ivar C disse...

carla, é por causa de eu não conseguir entender estas coisas duma forma simples que tenho este blog... e por causa disso que escrevo coisas que serpenteiam todo o meu lado emocional e cognitivo... mas a sério que queria entende-las assim... :)

Elora disse...

Bagaço: não. Não somos intimos mas damo-nos bem. Os que contam. Os outros foram coisas de miúda, perdi-os de vista, sem nunca nos termos dado mal no entanto.

Ivar C disse...

yep, elora, isso é bom sinal... :)

Fatyly disse...

Em primeiro lugar nunca entendi o ciúme, porque simplesmente nunca senti.
Também não percebo a raiva, ódio, descabelar de ambos quando terminam uma relação.
No meu caso, eu continuei a falar com ele normalmente, mas ele e toda a sua familia nunca mais o fizeram. No assunto das filhas era apenas SIM, Não, talvez...o mesmo monólogo de anos e anos.
Amigos? não, para mim passou ao estatuto de um cidadão do mundo, respeitado como respeito qualquer outro. Não fui ao hospital nem ao funeral, como não vou ao de todos que morrem.
Dez anos depois a familia dele tentou reatar comigo, ao que eu disse: tarde demais.
Mas conheço quem se separe, gladiam-se e anos depois voltam a encontrar-se e são muito felizes.
Acompanhei divórcios que nem te passa pela cabeça até onde foram capazes de ir e tantos nem sequer pensam nos filhos, os únicos que sofrem em silêncio com as guerras dos pais separados, onde até num simples bilhete, posto na mochila do vai-vem e agride violentamente.
O meu trabalho foi uma autêntica escola de vida!

Ivar C disse...

fatyly, percebo perfeitamente o que dizes. é isso que tenho visto também. este vou passar uns dias de férias com a minha filha, a minha ex-mulher e o novo companheiro dela, e todos os amigos se interrogam como sou capaz. acho que a resposta é fácil: sou amigo dela e a minha filha é mais importante que tudo o resto. é simples, não é? beijos. :)

Fatyly disse...

Digo-te que lamento profundamente nunca ter acontecido isso comigo, porque se nem quando casados ele ia comigo a lado algum, iria depois? Se nunca foi meu amigo, seria depois? Sempre tentei, como muitos tentam mas não consegui.
Mas acho gratificante, muito gratificante o que disseste, vais de férias, com ela, ele e a vossa filha porque continuas amigo dela, o que morreu entre ambos foi o amor versus relação, mas prevaleceu a amizade e aí SIM em prol do crescimento saudável da vossa filha.
É nisso que muita gente se baralha e é nisso que os da tua geração, porque a minha já era, deverão transmitir aos mais novos, para um futuro mais promissor.
Se em vez de andarem à purrada houvesse mais respeito versus liberdade e agarrassem no saquinho e "acabou" tudo seria muito mais fácil e... é SIMPLES SIM SENHORA!
Ninguém tem o direito de perguntar "como és capaz?", porque conheço muitos que procedem como tu porque entre ambos sempre houve dgnidade e respeito, o que falta na maioria de divorciados
Tiro-te o meu chapeú.
Beijos

Patrícia Manhão disse...

se calhar é....eu não conseguia ser tão "simples". Tenho muito mau feitio (mas sou civilizadíssima).
Mas admiro-te por conseguires...

p.s.-Pode ser que um dia destes poste qualquer coisa sobre os ciúmes ...

Anónimo disse...

Ou então julgavam q era amor. Acontecem, os erros de paralaxe.

Anónimo

Anónimo disse...

As coisas são simples, nós é que temos tendências a complicá-las e com isso construir a nossa infelicidade. E sim os filhos são mesmo o mais importante!
Carla

Ivar C disse...

fatyly, mais uma vez, não acrescento nada ao que dizes. ;)

patrícia, talvez conseguisses... a sério. ;)

carla, nem mais... :)

DrFox disse...

Houvesse mais respeito entre as pessoas e isso de ficar amigo após o fim seria normal.

Bem disse Aisling, muitas pessoas por falta de coragem, permanecem numa situação insustentável até saturar.

Depois que o respeito se vai, fica dificil.

[]'s