respostas a perguntas inexistentes (28)
Está a olhar para o ovo. Não acredita que ele tenha sido a causa da discussão. Ela entrou na cozinha enquanto ele o estrelava, olhou para a frigideira, disse-lhe que achava incrível ele ainda não saber que ela gostava dos ovos mal passados, depois que ia jantar fora. Sozinha, insistiu antes de bater com a porta.
Está a olhar para o ovo. A sua forma é perfeita. Está desenhado para resistir a fortes pressões e para quebrar quando é necessário. Era assim que ele devia ser mas não consegue. Já conseguiu. Agora não. Desliga o fogão e vai jantar fora. Sozinho, pensa enquanto fecha a porta devagar. O problema não está no ovo.
32 comentários:
O problema é mesmo não compreender as mulheres :)
moisesman, sim... os ovos um tipo entende. não falam... :)
O problema É do ovo.
Apesar da sua forma ser perfeita, enquanto intacto o ovo não é permeável... nada sai e nada consegue entrar...
É a sua capacidade de quebrar e se misturar que o torna tão especial.
Há lá coisa mais simples?
ia dizer qualquer coisa simpática a propósito do post... mas esse comentário machista...
provavelmente dirás "mulheres"=)
que texto tão triste!
the f word, depende da forma como se ve...
rafaela, lol... não leves as coisas tão a peito... eu não vi machismo em lado nenhum. :)
anónimo, não é só triste. :)
tudo isto por um ovo???!!!
:D
Nem a frigideira voou, nem nada!!!
"frakinhos", passava de ovo estrelado a ovo mexido...
quando não dá, não adianta adiar...
antes que chegue aquela altura em já voa coisas, em direcçao a cabeça de alguem!!!(ovos incluidos)
inté
será que o problema está na frigideira?
"moisesman, sim... os ovos um tipo entende. não falam... :)"
=P claro q nao levo
ceptic, lol lol. isto é ficção ahn? :)
ivone, eu só uso silampos. :)
rafaela, foi isso? já que foste tão taxativa em ver machismo aí, fico à espera que me expliques porquê. Para mim, no mínimo, seria uma espécie de comentário feminista a chamar burros aos homens, mas não é. :)
O homem e a mulher não precisam, sob a minha óptica, resistir a fortes pressões e quebrar quando necessário. Soou-me que, já a esse momento o que havia não era o pressionar e sim o oprimir, numa opressão que se há mesmo quando a presença é silenciosa. Este instante é o da ausência que se torna sufocante à mínima lembrança do outro. Arrepios tópicos e profundos... Toda vez que lhe leio sinto-me (re)aprendendo sob uma égide percuciente; levarei esses ensinamentos e os somatizarei alhures.
:)
Luiselza Pinto, obrigado. não tenho a ambição de ser professor nem o desejo de ser percuciente. que lê no fundo também escreve, aliás, acho que é por isso que se lê. se calhar somos todos mais ou menos iguais. :)
Estamos mestres e alunos, percucientes, ainda que silenciosos... A nossa única deliciosa e irremovível igualdade é que somos diferentes.
Luiselza Pinto, essa igualdade não é um pormenor e, acho eu, somos mais diferentes nas respostas e formas de procurar, do que nas perguntas e anseios. :)
A igualdade em sermos diferentes vai-se à minúcia de respostas e buscas diversas. Isso é plural; aprender com o outro. Novas retinas.
Luiselza Pinto, sim, isso é plural, aprender com o outro. Eu diria aprender o mesmo com consequências diferentes. :)
Sim! Aprender o mesmo para construções várias.
Luiselza Pinto, parece que estamos de acordo. Só que nunca o saberemos. :)
O saber tende, às vezes, a afogar-se na circularidade de si mesmo, em não indo ao diverso. Melhor, sob determinadas circunstâncias, intuir e caminhar, sem pressão ou opressão. Talvez surja uma nova maneira de se preparar o ovo!!!
Luiselza Pinto, ena! com a vantagem de que o objectivo relativamente ao ovo é sempre o mesmo: comê-lo. :)
:)
:)
LOL
"ceptic, lol lol. isto é ficção ahn? :)"
E???? o que tem de ser ficçao??
também nao estou a ver ninguem a mandar uma frigideira pelo ar....
mas que eu ia achar piada, ia!!
(desde claro, lá está, que eu não fosse o alvo!)
bom fds fui
lol, bom fim de semana, ceptic :)
Quando tudo o resto arde, qualquer coisa é combustível. Um ovo, um beijo não dado ou um dado. Quando tudo arde é tarde demais para estrelar ovos.
* (bom fim-de-semana)
Se a vida nos dá ovos, faz omeletes.
O problema está vocês. É bom teres consciencia disso.
Bagaço, não é por nada, e como disseste que querias começar a aprender crioulo: mas «ovo» em crioulo também significa «tomates» (não o legume-legume, mas o legume-anatomia). Para entenderes, eis a expressão: «cala-te, senão dou-te um pontapé nos ovos!» (kalá boka senon un ta dób un pontapé nês ove»
Não tem piada, eu sei. Foi só para desanuviar o ambiente. Aliás, adorei o texto.
Abraço
mariana, bom fim de semana também :)
mau feito, nem imaginas a consciência que eu tenho disso. :)
joão branco, nada mau para primeira aula. aqui não se chama ovos aos tomates, mas há um fruto a que chamam qualquer coisa como "colhões de galo". também não percebo... :)
"O problema não está no ovo."
Isso parece-me a nova versão do ovo de Colombo!
pedro, pois não, :)
Profundo! (e podiam perfeitamente inverter-se as posiições, ser ela que estrelava o ovo e ele que se vai embora)
redonda, pois podia, sim... :)
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