2.26.2008

casar pela segunda vez

Os portugueses não desistem e, mesmo depois duma primeira tentativa falhada, optam normalmente por casar outra vez. Em 2006 houve quase um divórcio por cada dois casamentos realizados e a duração média dum casamento foi de 14,5 anos. [notícia jn]
Apesar do número crescente de divórcios no nosso país, os padrecas católicos continuam a achar que se deve continuar a dificultar o divórcio mais possível, ou seja, as pessoas querem divorciar-se e querem mesmo, mas devem pagar muito e ter muitas dores de cabeça ao fazê-lo. É giro como os padrecas que, supostamente, não sabem o que é um envolvimento a dois e muitos menos uma queca, se atrevem a opinar sobre uma matéria em que são totalmente ignorantes. [notícia jn]

17 comentários:

Anónimo disse...

Bem, eu nem eu para comentar...
Nunca devemos falar dos padres e afins, sem compreender a fundo as motivações da santa madre igreja.
É histórico que eles sempre foram contra todo e qualquer meio anticoncepcional, divorcios e abortos. Mas isso tem a sua logica.."crescei e multiplicai-vos, e quantos mais forem, mais miseraveis serão...e mais influência nós teremos.."
E dizer que eles não sabem o que são relações, também não estou de acordo..sabem mais que nós..praticam a poligamia.. :))


( imperfeito )

Didas disse...

Estás enganado. Eles só não sabem o que é um envolvimento a dois porque se metem com as paroquianas todas, respectivos maridos e com os putos da catequese.

Anónimo disse...

o pior por vezes é educação cristã que este país leva a que tenhamos...e daí muitas vezes o divórcio ser visto como o "deus nos livre", as pessoas têm tão enraízado que é mau divorciar e mesmo não estando bem continuam os casamentos, aqules que eu chamo de "fachada"...Só se fazem mal a eles próprios e a quem os rodeia...
Abraço
Tixa

Etelvina disse...

até acredito que não saibam o que é um envolvimento a dois, agora uma queca.... já tenho sérias duvidas ;)

Anónimo disse...

o pessoal vive cheio de esperança q seja à segunda seja de vez.

Ivar C disse...

imperfeito, lol, por isso é que escrevi 'supostamente'. :)

didas, eu sei... mas não o podem assumir, portanto... :)

tixa, nem mais. :)

etelvina, todos sabem o que é uma queca, senão não aguentavam dar uma missa ao domingo de manhã tão calminhos, com aquelas beatas todas à frente. :)

Miguel Ferreira disse...

"não sabem o que é um envolvimento a dois e muitos menos uma queca"

a parte do envolvimento a dois creio que seja verdadeira... gora a da queca... custa-m a acreditar ;)

Ivar C disse...

mau feito, pois vive, é verdade. e depois à terceira, depois à quarta... :)

mike, pois... estamos de acordo. :)

SunGod disse...

caraças pah... eu k vinha aqui postar que os padres sabem perfeitamente o que é uma queca... já me estragaram a minha oportunidade diária de falar mal dos padrecos e afins... os tais da "santa madre igreja" que de santa só se for mesmo o nome porque de resto... xiiii! acreditem em quem passou 9 anos do seu ensino básico num colégio católico de freiras e que agora é agnóstico :P pensando bem agora não, eu realmente nunca fui muito dado às histórias da carochinha quanto mais às histórias biblicas... pff!

Anónimo disse...

Divórcio....ora bem, deixa lá ver...
Nós homens, sempre autistas, lacrimejamos memórias salazarentas, profanando sepulturas e fazendo erguer do pó esqueletos com fracturas visíveis resultantes de quedas de cadeiras. Tropeçamos em pregões de supostos homens abolastrados, que para seu gáudio, sentenciam grandes máximas sobre como dantes é que era fixe: mulher serve para foder e levar nas trombas sempre que necessário for!!
Elas, bem elas... espumam, ameaçam e esperneiam num estertor irracional. Outras, dengosas, desenham flores que escondem espinhos; outras engalfinham-se, espumosas e espumantes, em lutas de lama para ganhar o seu troféu que até é um zé ninguém que há muito perdeu a sua erecção, quer dorsal quer do "coisito".

Os dois juntos.. Desdenham, insultam, apregoam, autopromovem-se, atropelam-se, invadem, violentam-se, berram, pisam-se, humilham-se e tudo em nome da comunicação decente entre adultos!
Com raio podem viver juntos? Impossível!!!!


( imperfeito )

Ivar C disse...

sungod, mas está à vontade pá. para isso há sempre espaço neste blogue. :)

imperfeito, que visão aterradora do casamento, lol. ainda bem que há pessoas mais pessimistas do que eu. Olha, eu já fui casado e não é asim tão mau. Até é fixe, se gostares da pessoa com quem casas, claro. Tem calma. :)

Fátima disse...

Esta gente que é contra o divórcio revela muito pouca tacto pois que, deveriam já ter entendido ,que há pessoas que se casam porque sabem que têm a hipotese de se divorciar caso a coisa não dê certo. Isto no 1º casamento, porque depois do divorcio a grande maioria provavelmente opta por apenas juntar os trapinhos.
Ora, tirando esta "bóia" de salvação para casamentos falhados, deixam-nos completamente à deriva e isso revela no uma grande falta de inteligência. (Já nem falo na hipocrisia)

Ivar C disse...

fátima, de acordo. quando duas pessoas se divorciam é porque querem viver mais felizes. :)

Mefistofeles disse...

lolol
Bagaço, eu creio que a questão chave do post é o «supostamente», e não necessariamente no que respeita à «queca».Os padres sabem o que é um envolvimento a dois, pois então nunca ouviste falar das famosas governantas???!!!!
E com muitas mais vantagens...só convivem com o lado mais positivo da "união"...
É ou não genial? (ironia!)
M

Ivar C disse...

mefistófeles, tens razão, sim. e foi bom lembrar-me que as governantas têm um lado positivo. :)

mãe de dois disse...

Não acho que se deva dificultar os divórcios mas temos de convir que é um passo, por si só difícil de dar, não porque seja dificultado a nível burocrático (de comum acordo numa semana sai o divórcio)mas porque é sempre o resultado de uma relação que não resultou, de uma aposta perdida.

Admitir que qualquer coisa que acreditávamos fracassou nunca é um passo fácil.
Digo isto porque acho que o problema não está no divórcio mas sim no casamento. Acho que se encara o casamento muito de animo leve. Sabemos que nem tudo dura para sempre mas quando se toma uma opção como seja casar e constituir família (que é este o propósito do casamento na essência) deve-se fazer em plena consciência e, pelo menos naquele altura, temos de acreditar que é para a vida. Duas pessoas casarem-se já com a ideia subjacente que "vamos ver porque se não der vai cada um para seu lado..." só pode dar mau resultado.
O problema é geral e em muitas outras coisas da vida, não se pensa nas consequências, e não se pondera com a real importância dos compromissos. Eu casei com 20 anos mas embora nova tinha plena convicção que seria para a vida inteira. Pode não ser mas fi-lo a acreditar piamente nisso e não sou mulher de desistir de nada quanto mais da felicidade. E para ter esta felicidade não implica andar sempre nas nuvens e a fazer o que me apetece. Há outros valores que se levantam e por vezes fazer alguns sacrifícios é o caminho da felicidade.
Por vezes é inevitável e o que à partida se acreditava que fosse o caminho revelou-se ser uma ilusão e nesse caso o melhor é cada um procurar o seu. Mas deveria ser sempre uma situação de excepção.
Não quer dizer com isto que não se encontre então a outra metade depois de uma relação fracassada.
Alonguei-me um bocado, mas não resisti. Vim aqui parar por recomendação da minha querida amiga terramater e acho que fico leitora assídua.

Ivar C disse...

mãe de dois, não te alongaste demais e gostei de ler o teu comentário. obrigado. também concordo que às vezes as pessoas se metem em relações de ânimo leve e que ter filhos é um passo sério. por isso mesmo é que não se deve ver o divórcio como um final trágico. eu tenho uma filha e ela não sofreu com a minha separação, acho que porque ainda me dou bem com a mãe. saímos juntos, jantamos juntos, tomamos café juntos... só não estamos apaixonados. :)