2.15.2008

respostas a perguntas inexistentes (27)

Ela pensou várias vezes naquilo de que tinha mais medo: o ponto sem retorno. Achava que numa relação o ponto sem retorno era ter o primeiro filho. Se o tivesse nunca mais poderia afastar-se definitivamente do pai.
No entanto, o que mais lhe fazia confusão, era ter medo de atingir o ponto de retorno com um homem de quem gostava tanto. Talvez o medo fosse mais o de mudar a sua vida totalmente. Talvez... não tinha a certeza.

25 comentários:

Anónimo disse...

bagaço, eu não te conheço, mas pelo que leio, quase que afirmaria que o 14 de fevereiro te deixou nostálgico ...

Ivar C disse...

that's all folks, sim, é verdade. o 13 de fevereiro também, o 12 de fevereiro também... e por aí adiante... :)

Luiselza Pinto disse...

Eis aí uma interessante questão: mergulhar no que se gosta... Quando há um medo (Ou covardia.) subliminar de não mais ser capaz de retroceder. Às vezes a escapatória é vã; respostas a perguntas, muitas vezes, convenientemente inexistentes.

Ivar C disse...

luiselza pinto, "mergulhar no que se gosta... Quando há um medo". é possível gostar totalmente tendo medo? :)

Luiselza Pinto disse...

Tendo medo sim, é possível gostar totalmente; contudo, não covardia, já que esta é impeditiva do viver pleno. Quem não saltaria de um delicioso abismo passando-se amedrontado??? O medo não é impedimento para se mergulhar amplo naquilo a que se é afeto.

Ivar C disse...

luisela pinto, é uma perspectiva optimista, sim, e talvez seja a verdade. :)

Luiselza Pinto disse...

Se não houvesse uma certa dose de medo a vida seria muito linear...

Ivar C disse...

luiselza pinto, eu cá gosto de chegar ao ponto sem medo... mas esse é que é difícil. :)

Luiselza Pinto disse...

Desejo chegar de qualquer modo; nem sempre o que abraçamos mais facilmente será o mais profícuo e de maior prazer.

Ivar C disse...

luiselza pinto, nem sempre... mas às vezes sim. :)

Luiselza Pinto disse...

Às vezes... Prefiro as misturas mais complexas e difíceis; trazem sempre mais do inesperado. O esperado é uma reação, muitas vezes, delimitada pelo medo e/ou covardia de aprimoramento ante as mudanças. Ainda desejo chegar de qualquer modo... Mesmo que tenha que atravessar não ao medo (Isso cá é fácil.) e sim a covardia.

Ivar C disse...

hum... sim, mas é preciso passar pela covardia dos outros e/ou pela nossa. a nossa é a mais difícil :)

Luiselza Pinto disse...

Hummm... (Risos.) A minha covardia não é a mais difícil não. :)

Ivar C disse...

pois... mas a minha, se calhar, é... :)

Ivar C disse...

:)

Anónimo disse...

Bem...que questões complicadas que me fazem pensar. Eu estou na fase do medo :S Mergulhei de cabeça agora vamos ver se não me aleijo :S
Já pronunciamos a frase :"temos que ter uma conversa séria!". Este é o limiar do medo!

Bom fim-de-semana!

Ivar C disse...

lol, cristina, é na altura da conversa séria que eu, normalmente, começo a ficar muito ocupado e não dá para aparecer. :)

Joana Amoêdo disse...

Engraçado como nunca experimentei sensações dessas antes de ser mãe. Sensações como ter medo fosse do que fosse. Agora vejo que o medo pode ser um reflexo saudável.

Ivar C disse...

debbie harry, sim, acho que normalmente o medo é um método de defesa. :)

Carla disse...

o medo é como o minotauro - um monstro aprisionado num labirinto, mas que amedronta e controla. Lutar contra ele é construir os alicerces da felicidade.

Ivar C disse...

carla, pois é... mas construir os alicerces da infelicidade, também acontece. às vezes... :)

Carla disse...

às vezes? muitas vezes, aliás acho que somos mais eficazes nessa construção da infelicidade, do que ao contrário

Ivar C disse...

carla, pois é... daí o medo. :)

Sou... disse...

Vim aqui "parar" pelo nome do blog... que é assim... sugestivo!
Já ri, já gargalhei, já me fez pensar também. Acho a parte da "Conversa séria" muito mais intimidante que o medo... "Medos" servem para aprender, compreender, ultrapassar - A tal da conversa que tem como cariz a seriedade essa causa pavor! ;)

Ivar C disse...

sou..., se calhar concordo contigo. :)