o amor que fez de Mugabe um monstro
Parece que o ódio de Robert Mugabe (actual presidente do Zimbabue) pelos ingleses, se deve a uma história de amor. Em 1970, quando estava preso na Rodésia (actual Zimbabue), a sua mulher sofreu uma tentativa de expulsão da Inglaterra, onde estava exilada, devido ao fim da validade do seu visto. Mesmo preso, Mugabe fez tudo o que estava ao seu alcance para evitar essa expulsão: contactou três vezes elementos do governo britânico e nunca obteve resposta. Ela morreu em 1992.
A notícia do The Independent fala ainda duma relação muito forte entre ambos, atípica tendo em conta os hábitos africanos, já que ela tinha um papel intelectual e político activo, e também do filho que perderam em 1966.
É-me difícil, tendo em conta o Mugabe dos dias de hoje, imaginá-lo envolvido num amor tão intenso. Não percebo como é que alguém que já sentiu este amor por alguém é capaz de ser o responsável por tanta tortura e perseguição política, mas acredito que seja possível. Se calhar o amor é a 'matéria' que mais facilmente se transforma em ódio, quando desaparece dum momento para o outro e nos deixa juntar, ao sentimento de injustiça, o de impotência para ajudar. Agora é ele que é injusto, agora é ele que é potente. Até um dia destes...
9 comentários:
Diz-se que o amor e o ódio andam muito perto.
Quem sabe quantas histórias de grandes ódios não tiveram por trás grandes amores?
Muitas nunca saberemos.
i, grandes ódios depois de grandes amores, parece-me que sim... grandes amores depois de grandes ódios serão porventura menos. :)
Um grande amor ou revolta podem gerar ódio.
Mas quem odeia dificilmente terá, depois, capacidade para amar.
pois... mas agora parece que perdeu as eleições... eh eh... mas só parece... e com um bocado de azar ainda a recontagem dos votos vai avante... que venham os diamantes do suborno...
that's all folks, perder perdeu... vamos é ver se perder eleições conta par alguma coisa. :)
acho que são os dois feitos da mesma massa talvez pela intensidade, mas acho também, que nenhum amor é desculpa para odiar o objecto desse amor, mas talvez as coisas que se atravessam... de qualquer forma os fins não justificam os meios, digo eu =)
rafaela, acho que tens razão. pelo menos percebo o que dizes... :)
Há uma lei fisica que diz: nada se perde, tudo se transforma
me lembro do nome do fisico mas recordo sempre disto quando se fala de relações amor/odio.
von bitch. lavoisier... é o nome dele... e tens razão, é uma boa metáfora. :)
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