duo ele e ela
Ela disse à mãe que se tinha divorciado porque se sentia sozinha na relação.
Ela disse à melhor amiga que se tinha divorciado porque não davam uma queca desde as últimas férias, ia para seis meses.
Ela disse ao melhor amigo que se tinha divorciado porque precisava de espaço e tempo para ela.
Ela disse ao chefe que se tinha divorciado porque queria dedicar-se mais à sua vida profissional.
Ela disse ao amante que se tinha divorciado porque tinha um sentimento de culpa por ter um amante.
Ela disse a uma amiga, que nem era uma grande amiga, que se tinha divorciado porque estava farta daquele mono lá em casa.
Ela disse à colega de trabalho que se tinha divorciado porque não aguentava mais fazer o jantar e a cama todos os dias, enquanto o gajo lia o jornal e jogava computador.
Ele disse à mãe que se tinha divorciado porque ela não era a mulher indicada para ele, não sabia bem porquê.
Ele disse ao melhor amigo que se tinha divorciado porque ela era má na cama.
Ele disse à melhor amiga que se tinha divorciado porque ela já nem o ouvia.
Ele disse ao chefe que se tinha divorciado porque queria dedicar-se mais à sua vida profissional.
Ele disse à amante que se tinha divorciado para a amante não ter um sentimento de culpa por ir para a cama com um homem casado.
Ele disse a um amigo, que nem era um grande amigo, que se tinha divorciado porque ela não gostava do felatio.
Ele disse ao colega de trabalho que se tinha divorciado porque ela tinha insistido no divórcio e que isso o tinha deixado sem capacidade de trabalho.
22 comentários:
É sempre assim, não?
Os motivos variam de pessoa para pessoa, de momento ou circunstância, mas, independentemente do ângulo por que é visto, o facto e o resultado são os mesmos.
É curioso que li no jornal, a propósito disto "não aguentava mais fazer o jantar e a cama todos os dias, enquanto o gajo lia o jornal e jogava computador", que no divórcio irá passar a estar prevista uma indemnização em caso de desigualdade nas tarefas domésticas durante o casamento.
:)
i, sim... só que na prática não sei se vai dar em alguma coisa. espero que sim... isso tem mais a ver com as mulheres domésticas que abdicaram da vida toda por causa da família e, dum dia para o outro, se vêem sem nada. :)
tantas facetas de uma mesma história..
pois é, acho que todas estas razões contribuiram (em maior ou menor escala)...
Pelo que percebi nem é só nesse aspecto (embora esse seja terrivelmente injusto, sim). Há mulheres que abdicam da carreira em função da familia e mais tarde o lamentam (o que, desde que seja uma opção delas e não forçada, nem deveriam lamentar, mas isso já é outro assunto).
O caso, penso, nem se vai por só nesses termos. Tem mesmo a ver com sobrecarga de tarefas ao longo do casamento, sendo ambos empregados.
alisa, exacto... e tantas verdades. :)
carla, normalmente é capaz de ser isso.:)
i, não tenho a certeza que a opção seja normalmente uma opção livre... tem a ver com uma realidade que não é muito justa para ambos os géneros.
Quando estão ambos empregados, penso eu que a divisão de tarefas é mais normal. :)
Quando ambos estão empregados a divisão de tarefas é mais normal para mentes "normais" mas, como deves saber, essa "normalidade" ainda não é tão frequente assim.
Curioso, só o argumento apresentado ao chefe é exactamente igual:) ... A sério, diferentes verdades que, por vezes, se descobrem em tempos diferentes em conversas com pessoas com que se têm diferentes laços.
i, não tenho experiência suficiente... na minha vida toda só vivi com uma mulher... com homens nunca vivi. :)
mi, exacto... com os chefes os laços não são tão... emocionais. :)
Sortudo!
:)
i, não foi uma questão de sorte... e agora vivo sozinho.. :)
Queria dizer que foi sorte não teres vivido com um homem. Pelo menos desses que vão ter de indemnizar as respectivas por não ajudarem em casa :)
O resto, se for essa a tua vontade, também depressa resolves.
i, gosto de pessoas optimistas. :)
bagaço pode ser tudo isso em termos de desabafo a quem quer de amizades e conhecimentos que ela se cruze, mas pode ser todas essas razões....acho eu...nunca casei, nunca divorciei, mas n se conta tudo excepto e talvez a uma melhor amiga e olha lá...mas vai se dizendo aos pouquinhos
abraços
luadoceu, vai-se andando num labirinto :)
achei o texto fantástico.
E na volta, a maior parte dos argumentos são verdadeiros, não é?
há histórias com dois lados, e devem ouvir-se ambos. há as que só têm um. e há aquelas que têm tantos, tantos lados que não há figura geométrica capaz de lhe fazer justiça... é tudo tão relativo. somos tão confusos. tão voláteis...
moi chéri, acredito que isto se aproxima muito da nossa verdade. quando digo da nossa é de todos nós... :)
é... dependendo do estado de espírito, do interlocutor, às vezes até do estado do tempo, justificamos o que fazemos de diferentes formas, e todas elas são verdadeiras.. xiii se somos uns bichos estranhos...
moi chéri, se somos... homens e mulheres. :)
claro bagaço, homens e mulheres. Nenhum tem a patente da estranheza. está bem distribuida pelos dois géneros. ;)
moi chéri, :)
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