à segunda o amor não chega
Há cada vez mais recasamentos em Portugal, diz o Jn na sua edição de hoje, o que não me espanta nada porque há cada vez mais divórcios e, havendo mais divorciados, é natural que também haja mais recasamentos. O que me espanta mesmo, é saber que os homens lidam pior com a solidão do que as mulheres e, por isso, recasam mais e mais rapidamente.
Diz a notícia que homens e mulheres seguem caminhos diferentes após o divórcio: elas têm a tendência de ficar mais tempos sós (ou eventualmente com os filhos) do que eles. Outro dado curioso é que os recasamentos são menos em pessoas com um nível de escolaridade baixo. Curioso ou nem tanto, já que acredito que isso tem também a ver com a idade. As pessoas com uma escolaridade baixa tendem a ser mais velhas, penso eu, e isso afectará também a disponibilidade ou vontade de casar.
Desde que me separei que vejo o recasamento como um acto de coragem, mais até do que o casamento. Quando casamos pela primeira vez, somos ingénuos ao ponto de acreditar que vai correr tudo bem, principalmente porque o amor nos é capaz de cegar. Eu não sei se algum dia vou ou não encontrar uma pessoa com quem seja capaz de recasar, mas sei que se isso acontecer o amor não me vai cegar da mesma maneira. Terá que estar presente, sim, mas como uma venda translúcida. É que à segunda o amor não chega, é preciso que o lado racional também acredite na união. É só por isso que acho o recasamento mais difícil de acontecer, e também por isso que me espanta esta notícia.
19 comentários:
Tive esta conversa, esta noite, via msn! :)
Depois de me terem tentado convencer de que deveria colocar a hipótese de casar uma segunda vez, disse precisamente isso... Pode vir a acontecer, não sei! Do casamento retive pelo menos algumas aprendizagens que não me levarão a cair nos erros em que caí por ingenuidade! (Espero eu! ;))
Tb li há pouco tempo a questão do recasamento de pessoas com filhos... Eles casam-se mais com mulheres sem filhos. Elas casam-se mais com homens que já tenham filhos (estatísticamente falando, claro). Interessante... Esquisito, mas interessante.
Gosto da "venda translúcida". Tipo sombrinha. Deixa ver tudo, mas protege.
À boa continuação dos amores de Aveiro.
Fiz um comentário super comprido aqui e apareceu de repente escrito qualquer coisa como "acção duplicada" tente de novo; foi a 1ª vez que isso me aconteceu, acho...e agora não sei se repito o teor do comentário comprido (o que seria muito difícil porque até fiz uma citação em inglês e tudo) ou espere para ver se ele irá aparecer, quiçá até em duplicado :)
acho que essa falta do lado racional é que se calhar emperra a engrenagem dos primeiros casamentos...
sair de uma e meter-se noutra, acho mesmo um bocado assustador, talvez por isso é que a notícia também me surpreende
blackstar, nesse aspecto estamos iguais. :)
a outra, também não percebo a estatística. talvez seja casual. obrigado. :)
redonda, às vezes os comentários do blogger não funcionam muito bem. :)
carla, exactamente, se bem que nos primeiros casamentos eu até percebo. :)
Gosto do optimismo que carregas em relação ao nosso querido país. Pessoas com escolaridade mais baixa, meu caro, não quer dizer que sejam mais velhas, quer dizer que são mais pobres e com menos dinheiro para festas de casamentos. Infelizmente, esse país contínua a ter não sei quantos por cento de analfabetos 8que não vou verificar isso, agora) e é bom que se meta na cabeça que esses são cada vez mais novos... Pronto, era só porque há coisas que hoje me causam espécie...Desculpa.
anónimo, não precisas pedir desculpa. eu até sei muito bem que tens razão... quando disse que os mais velhos têm, normalmente, menos escolaridade, é porque de facto dantes quase ninguém estudava, mas eu sei que tens razão, e que este país está cada vez mais dividido entre ricos e pobres. abraço.
Casar pela segunda vez é o triunfo da esperança sobre a experiência.
:)
mrs noris, boa... essa vai já para os comentários que falam por si. :)
Recasar...recarregar ...reciclar...acaba tudo em ar e vai dar tudo ao mesmo, tentar remediar aquilo que já se foi :)...
Por mim recasaria se me apetecesse, desta vez não pelo sentimento em si mas pela festa :)...e quem fala a verdade não merece castigo :). De resto, o papelito não me diz nada, só para efeitos de IRS...ah e adoptar um novo nome ou não...bem, não vejo vantagens mas também não me incomoda por ai além. O busilis da questão está em encontrar a pessoa "certa" que nos leve a pensar nas coisas mais loucas, como recasar :)...e quando isso acontecer...porque não??? A vida é tão curta...se for importante para a outra pessoa, lá vamos nós. E se é a questão só do papelinho, não faz mal nenhum em assina-lo.
Penso que o facto de termos a experiência de um casamento falhado, nos custe mais a dar o salto para outro, por receio de novo falhanço. Felizes aqueles que arriscam :), penso que são mais completos do que o(a)s cobardes como eu ;).
Abreijos, hoje isto está mau e nem chocolate me apetece...
afrodite o chocolate é um apenas complemento da alimentação. não faz mal. devias tentar um bolo de arroz e um copo de leite, pelo menos. :)
Um dia conto-te a história do bolo de arroz com pronúncia Açoreana...teve piada.
Mas...está bem...vá...vou tentar...aiii ;)
afrodite, tenta há coisas mais difíceis. :)
Como por exemplo??? :)
afrodite, como por exemplo bola de carne transmontana. :)
Essa foi ordinária não foi? :)...a seguir vais-me falar no salpicão de não sei onde??? Ai ai ai ai o menino Bagacinho...
afrodite, uma coisa ordinária é uma coisa periódica. :)
Não me fales em periódica que me lembro de Quimica, a tabela períodica...grupo, bloco, período arrrghhh...lembraste-me um período (lá está a palavra horrivel outra vez) traumático da minha juventude...as aulas de Quimica...arrrghhh!!!!
afrodite, tu é que falaste. :)
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