10.21.2007

respostas a perguntas inexistentes (15)


É o último comboio da noite. Na estação, a débil luz dos candeeiros caiu desamparada no chão, onde alguns papéis sujos entram numa ébria dança com o que resta do vento. É engraçado, porque os bancos vazios e danificados lembram-lhe pessoas que não existem. Pergunta se não é estranho lembrar-se de pessoas que não existem. Os bancos não respondem. Os papéis que dançam também não e a luz dos candeeiros também não. Talvez nem a pergunta tenha existido. Não sabe.

6 comentários:

Fatyly disse...

São nesses momentos que tudo bate no mais profundo silêncio corrosivo!

Ivar C disse...

fatyly, ;)

Unknown disse...

lindo... e bom ler coisas assim:)
boa bagação!

Ivar C disse...

luis grande abraço... companheiro de estado. :)

L u i s P e s t a n a disse...

O que não existe também são os trabalhadores...pelo tempo que as obras já duram...

Ivar C disse...

luis pestana, acho que vais ter que esperar pelo menos mais um ano... :)