crónicas da cidade que sopra | um copo de água
Hoje estou a ter um dia tão complicado que estava a ver que não conseguia escrever a crónica de amanhã, no Diário de Aveiro. Quase nem tive tempo para respirar.
Respirar não é só inspirar e expirar, transformando involuntariamente oxigénio em dióxido de carbono, e cada segundo que passa em nada. Respirar é mais do que isso. É o que vem depois: sentir o gosto e o cheiro do pão quente a cada manhã, deixar que a música do rádio dance secretamente nos nossos lábios, acreditar que a luz do Sol invade a sala porque nos quer acariciar a pele. Pelo menos é esse o pensamento de Sandra, que não se lembra da última vez que respirou, e quem não respira é porque morreu. Sente-se só.
5 comentários:
Quanto à correria, lembra-te do que a tua filhota disse sobre as tartarugas.
A crónica...ficou fantástica e fez-e pensar. Vou ser repetitiva...mas és de facto um magnífico escritor.
Beijos
Como este paragrafo da crónica me diz tanto...
Adorei a frase "Respirar é mais do que isso." :)
fatyly, lembrar, lembro... mas às vezes é a correria que corre atrás de nós... :)
joana, sou eu a tentar convencer-me de qualquer coisa... :)
Gostei muito.
chapas, obrigado e um abraço. :)
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