3.17.2007

má onda

Esta noite fui a uma festa africana no BE (na Universidade de Aveiro). Estava lá uma caboverdiana de camisola verde que era capaz de fazer disparar o índice ivariano até ao 40, o que não é mau tendo em conta que o limite máximo é 20.
A má onda foi dois gajos tentarem-me assaltar quando fui à casa de banho a primeira vez. Estou eu com as mãos ocupadas a urinar e um gajo põe-me a mão no braço:

conversa 101
Ele – Dá-me 1 euro pá.
Eu (virado para o urinol) – Calma…
(acabo o que estava a fazer e eles empurram-me para a parede)
Ele – Dá-me 1 euro
Eu – Porquê?
Ele – Porque eu estou a mandar.
Eu – Isso não chega para eu ter que te dar 1 euro.
Ele (pondo-me a mão no peito) – Dá-me um euro. Quero beber uma cerveja.
Eu (afastando a mão dele) – Olha, é assim: eu vou sair daqui sem te dar nada. Se me tornas a tocar fodo-te a tromba, ok?
Ele – Iá, meu. Tava a brincar. Vai lá na boa… ainda me vais pagar uma cerveja hoje….

Saí e fui falar com um segurança.

conversa 102
Eu – Olha, estão dois tipos na casa de banho que me tentaram assaltar…
Ele – Eu sei… já os topei.
Eu – Já os topaste e não os expulsas? Não percebo.
Ele – Calma, calma…

Fui ter com o pessoal meu amigo e avisei-os do que se tinha passado. Pelo menos para ninguém ir sozinho à casa de banho. Depois, mais ou menos às seis da manhã, o inevitável acontece: uma cena de pancadaria das grandes em que os gajos estão envolvidos. Ouço um tiro mesmo ao pé de mim mas nem cheguei muito bem a perceber o que é que se passou. Uma amiga vem-me perguntar se estou bem e eu digo que sim, mas que é melhor irmos embora. Vou buscar o carro, subo com ele o passeio e paro mesmo na porta de trás do bar. Um amigo meu e três amigas entram e eu arranco. Decidimos acabar a noite com um chá na casa duma delas, e é lá que fico a saber que um tipo que eu conheço foi à casa de banho, resistiu quando o tentaram assaltar, e levou uma sova.
O pior de tudo isto foi que eu tinha mesmo acabado de conhecer a caboverdiana quando as coisas aqueceram. Dei-lhe os dois beijos da praxe mas nem chegámos a falar.
Só para as mentes mais retorcidas, e eu não devia ter que dizer isto mas digo para não haver bocas de mentecaptos que aparecem sempre nestas ocasiões, os gajos que me tentaram assaltar eram brancos.

4 comentários:

Teresa disse...

puuuuuuxa!
hoje em dia não se está descansado em lado nenhum! nem quando se "muda a água às azeitonas"!
também tive envolvida uma vez numa cena com tiros, mas foi na feira semanal da srª da hora :) na altura, "pernas para que te quero", melhor dizendo "joelhos para que te quero" pois gatinhei por baixo das bancadas, não fosse uma bala perdida tramar-me!
beijinhos e gosto de ver esse índice em ascenção ;)

Ivar C disse...

pois é teresa... o meu objecto é que já está habituado a convulsões... ;)

Anónimo disse...

coincidência, na mesma festa no BE na casa de banho um GUNA pediu-me 1 euro, respondi-lhe enquanto urinava que se me virasse para ele o mijava todo e não lhe dava dinheiro nenhum. Apanhei com dois murros uns pontapés, dei mais um ou dois e fui-me embora a sangrar,,, fui-me embora,,, falar com a caboverdiana é claro! acho que ela tem um fetiche por vitimas de assalto em WCs.

Ivar C disse...

falaste com a caboverdiana? então os murros não interessam...