crónicas da cidade que sopra | traços
Amanhã, no Diário de Aveiro, publica-se mais uma crónica do divorciado.
Um traço de giz no céu. Há dias que parecem uma débil cópia daquilo que deviam ser. Uma criança descalça limpa o ranho do nariz à defunta e suja saia da mãe, que vai estendendo a mão vazia e magra aos que passam. Ambas estão sentadas no chão e, ao tentarem evitá-las, os transeuntes quase que chocam no lado oposto do passeio. É uma espécie de jogo do empurra, a ver quem passa mais distante daquela nódoa social.
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