viagens
A Raquel gosta de viajar. Ainda bem, penso eu. Acredito pouco na capacidade de amar das pessoas que não gostam de o fazer, e como eu amo a Raquel quero que ela tenha essa capacidade. Por mim, é verdade, mas também por ela.
Viajar e amar é mais ou menos a mesma coisa. É percorrer locais que desconhecemos sem muitas vezes perceber se devemos virar à esquerda ou à direita, se é melhor descansar um pouco ou forçar o passo e o cansaço, se é melhor experimentar este ou aquele restaurante. Enfim, numa coisa e na outra estamos constantemente a optar e a arriscar.
É por isso que quem pensa que a opção de amar uma pessoa só serve para o fazer feliz está redondamente enganado. O amor está longe de ser só felicidade, embora esta seja a face mais importante dele. Quem viaja sabe que virar à esquerda numa rua desconhecida pode, a qualquer momento, ser uma experiência desagradável ou pelo menos monótona. E talvez esta seja a principal vantagem de quem gosta de viajar, saber que no Amor também há desolação e que é preciso saber ultrapassá-la.
Repito que a Raquel gosta de viajar. Ainda bem, penso eu.
9 comentários:
Encontrei este blogue há uns 2 ou 3 meses,por mero acaso, desde que deixei uma vez mais de compreender as mulheres e procurava as razões algures! Mas não há razões! É assim! Não existem! A partir daí não mais o larguei!
Passada esta chata apresentação resta-me apenas dizer que subscrevo este post por inteiro, e acrescento: "O amor não existe enquanto não for ultrapassada a primeira discussão!"
ac, obrigado. exactamente. :)
Bem, por acaso até gosto de viajar,
mas não me parece que haja relação entre a capacidade de amar e o gostar de viajar.
Imaginemos, por exemplo, como seriam as coisas na Idade Média e para a plebe. Provavelmente não gostariam de viajar, até porque não teriam muitas possibilidades de o fazer, mas mesmo assim deveriam viver (espero) paixões arrabatadoras e teriam capacidade de amar.
Poderá ser um problema é gostar-se de coisas diferentes, ou não, se também gostarem de algumas coisas ou pelo menos um do outro (deste extenso comentário, revelador do muito que sei sobre a natureza humana, poder-se-á concluir que definitivamente a psiquiatria é que não seria uma profissão adequada para mim :))
redonda, na Idade Média já se podia ou não gostar de passear. a noção do era passear é que seria, porventura, diferente. :)
Concordo em absoluto!
A Raquel é que sabe das coisas. Um dia destes tem que ensinar à malta =) Bonito =)
memyselfandi, nem imaginas no que te metes. :)
concordo e também gosto de viajar. As minhas viragens às vezes levam a ruas muito sombrias.
celeste, acho que já todos estivemos em Dark City. :)
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