respostas a perguntas inexistentes (22)
Queria que fosse quase sempre. Ela a ver a montra deprimente duma loja chinesa, com relógios amontoando as horas e um ou dois manequins tristes, sem cabeça, prolongando o silêncio dum domingo à tarde. Um dos manequins podia parecer o Prince. U don't have 2 be rich 2 be my girl U don't have 2 be cool 2 rule my world. Queria que pudesse ser essa a música a passar num qualquer rádio local, quando parasse o carro e lhe oferecesse boleia. Olá, está tudo bem? Sim. Mas podia ser outra. Outra qualquer que não falasse de amor. Já nem havia mais espaço para isso. E depois ela perguntava-me para onde é que ia. Para o mesmo sítio que tu. Sim, para o mesmo sítio que tu. A não ser que lá ainda se fale amor. Queria que fosse quase sempre. Como é que um manequim sem cabeça pode parecer o Prince? Eu não sabia, ela também não. E nós? Teríamos cabeça por estar ali dentro dum carro a falar de tudo menos de amor? Não, portanto é possível. Quase sempre. Quase, quase...
6 comentários:
Quase, quase, quase... não é o suficiente, não é o melhor, não é nada. É apenas quase. Pena.
Beijinho
sylvia, mais ou menos... é quase... beijinho...
Pouco amor e muita química :D
bia, isso é tão complexo. :)
Muito bom este texto. Poucos comentários, é certo...:)
~CC~
obrigado, ccf. :)
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