crónicas da cidade que sopra | nuvens de fumo
Amanhã, no Diário de Aveiro, nuvens de fumo.
No horizonte misturam-se os fumos das fábricas de celulose e dos incêndios fora de época, numa aguarela negra vertida com violência sobre o céu azul. É como se a cidade esperasse uma morte que tarda em chegar. Esse é só um dos motivos pelos quais um homem ainda está na cama à hora do almoço. O outro é que fingiu estar a dormir quando a companheira saiu de manhã para ir trabalhar, evitando mais um beijo cansativo, mais um "até logo querida" automático, mais um suspiro depois dela bater com a porta. Fingiu-se cansado e agiu como se ela fosse transparente. Depois perdeu a vontade de enfrentar o dia.
2 comentários:
Não recebi a crónica:(...mas por este pedacinho...instalada a rotina tudo se torna mais baço.
fatyly, ando com avida descontrolada e um problema nos emails.... já n mando há quinze dias.esta semana trato disso. :)
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