pensamentos catatónicos (186)
Liu Bolin é um artista chinês que se pinta de maneira a confundir-se com os elementos da paisagem urbana, conseguindo tornar a sua presença invisível. O tema não é novo, retratar a solição do indivíduo nas grandes urbes, mas a forma como o faz sim, é inovadora. A mensagem de Liu é tão política que foi um dos muitos artistas que viu o seu atelier fechado durantes os Jogos Olímpicos de Pequim. É como se o governo chinês se recusasse a aceitar a esfera individual de cada um dos seus cidadãos...
Estava a ler um artigo sobre ele e a pensar como isto também acontece no amor ou na falta dele: uma pessoa tornar-se invisível para outra mesmo que viva com ela. E tal como o governo chinês, também dentro de casa há normalmente uma recusa em aceitar de imediato a situação. É por isso que às vezes fingimos que na nossa vida não há problema nenhum...
7 comentários:
Onde está o Wally?
É.......................
Somos assim mesmo... as vezes nos tornamos invisíveis perante o mundo, as pessoas, a vida...
Esperando sempre que algo possa vir e modificar tudo...
Bjos
Não gosto do Comunismo. Mas, gosto do "ter em comum" :-)
rpm, :)
silvia gonçalves, exacto... e é um fenómeno estranho... :)
gigi, eu gosto do comunismo, sim, até porque gosto do "ter em comum". só não acho que o comunismo seja a experiência cubana, soviética, coreana ou chinesa... :)
"É por isso que às vezes fingimos que na nossa vida não problema nenhum..."
Assumir um problema custa muito (nem sempre somos capazes de o fazer) e dá muito trabalho...é mais fácil, mais cómodo, fingir que está tudo bem. No amor ou noutra coisa qualquer...
"Aceitar a esfera mindividual de cada um dos seus cidadãos"... Aí está a grande questão.Aceitar cada um como ele é.
zeni, pois é... e é algo que se aprende com o tempo. :)
nirvana, exacto. :)
Enviar um comentário