6.22.2007

abro os olhos pela primeira vez no dia

Abro os olhos pela primeira vez no dia, e ouço o vaivém das pestanas a tocar no lençol. O corpo ainda não moveu nenhum dos seus componentes. Nem um lábio, nem um dedo, nem um braço, nem uma perna. Só as pálpebras piscaram duas ou três vezes. Talvez quatro, não interessa.
Abro os olhos pela primeira vez no dia, e agasalho-me no silêncio opaco que dormiu a noite toda ao meu lado. Quieto. O rádio observa-me. O despertador também, a toalha pendurada na porta também, as gavetas abertas do camiseiro também.
Abro os olhos pela primeira vez . Conto os dias a partir de hoje, que o nascimento de Cristo não me interessa mesmo nada. Nem sei bem que é o gajo. Sei que este é o dia zero, e se a vida são dois dias zer0 tem que amar doi2. Talvez possam até sair esta noite.

5 comentários:

Elora disse...

Um destes dias ainda me vais pagar um vermute de limão.

Fatyly disse...

Ora bem!!!!

Ivar C disse...

um dias destes acho que não, mas uma noite destas... :)

fatyly, também queres um vermute? :)

Fatyly disse...

Muito obrigado mas detesto vermutes, cinzano, vinho, cerveja e outras, mas aceito de bom grado um simples copo de água:)

Ivar C disse...

fatyly, se detestas vermute, fazes bem, aquilo é mesmo veneneo. para ganhar uma úlcera não há melhor. só que sabe mesmo bem... a água... bem... também se bebe... :)