5.12.2014

respostas a perguntas inexistentes (277)

Não acredito no Amor para sempre. Acredito no Amor durante algum tempo, seja ele mais curto ou mais longo consoante diversas variáveis. A vida pode ser óptima quando finalmente nos apercebemos disso mesmo, ou seja, que o Amor da Disney não existe. O problema que eu tenho é que, apesar de não acreditar no Amor para sempre, desejo-o.
Para quem o deseja mas não acredita nele há várias formas de o prolongar o mais possível. Estou convencido que a melhor de todas é ter vida própria e dar espaço a que a pessoa Amada também a tenha. Vida própria e ciúmes dela, claro.
Os ciúmes não são assim tão maus. Se não se tornarem doentios até são um dos ingredientes obrigatórios do Amor. É por isso que os devemos sentir de vez em quando e, caso já não os sintamos, temos que fazer por isso. A vida própria de ambos é uma boa maneira de o conseguir.
Com vida própria temos sempre alguma coisa para contar à pessoa que Amamos. Onde estivemos, o que fizemos, o que aprendemos e conhecemos. Além disso, também temos sempre alguma coisa nova para ouvir. É uma revelação constante, sendo que essa revelação, logo antes do ciúme, é o principal ingrediente de um Amor longo.


13 comentários:

Varrendo Migalhas disse...

Isso e muito mais, manter a chama acesa por vezes não é fácil.

Mas eu gosto da frase " e viveram felizes para sempre."

AC disse...

Não acredito no amor para sempre, acho que isso é uma patranha que nos impingiram, isso e os finais felizes. O amor é bom enquanto ambos querem, enquanto é bom para os dois, enquanto nos faz felizes, quando se arrasta na rotina, nas obrigações, no tem que ser porque assim é, é chato e já não é amor...

Gosto do verdadeiro amor que é bom enquanto dura.

Beijoooo bagaço

redonda disse...

Como não acreditar no amor para sempre? Nem que fosse como no poema que será para sempre enquanto dure.
E parece-me que somos todos tão diferentes que também essa diferença se nota no amor, com ou sem ciúme, proximidade ou distância, etc.

Fatyly disse...

Tirando o ingrediente ciúme que já sabes da minha opinião, o que escreveste não será "um amor para sempre", uma vez que só se sabe quando um deles morre?
Conheço vários casos e o maior de todos que presenciei foi os quase 50 anos dos meus pais. Claro que tiverem os seus momentos menos bons, mas o amor prevaleceu sempre, porque o maior ingrediente, pelo menos para mim, é sempre o "gesto quase diário" que por mais pequeno que seja é sempre bom.

Mulher disse...

É por isso que há tanto divórcio. Porque as pessoas se anulam, vivem em função do outro e às tantas já não sabem quem são. Pode correr bem enquanto a pessoa não tem tempo para (ou não quer) pensar. Eu costumo dizer q é como se fosse uma mala de viagem. Pomos uma peça e outra e ah falta isto, vai também lá para dentro, até que a mala já não fecha, nem que nos sentemos em cima dela. ;-) E aí não há outra hipótese, há que seleccionar o que é mesmo importante levar connosco.

Anónimo disse...

não acredito no amor para sempre mas todos os dias tenho esperança de o encontrar, mas não acredito.
Qto aos ciúmes, a linha entre serem saudáveis ou doentios é muito fina e facilmente podem arruinar a relação e antes disso a própria pessoa, mas secalhar isso vem da confiança entre as pessoas e nisso eu também já não acredito.

Ivar C disse...

Maria Varredora Pau de Vassoura, à chama é que eu chamo Amor... :)

ac, é isso, sim. aliás, os finais nunca poderiam ser felizes. beijo. :)

redonda, eu não acredito, mas isso não é mau. é bom. :)

fatyly, mas eu acredito que há pessoas que são amigas para sempre e que, melhor ou pior, vivem juntos para sempre. o Amor é outra coisa... :)

mulher, é isso mesmo. a coabitação é um perigo por isso mesmo. :)

Adriana Isabel, concordo contigo. :)

Fatyly disse...

Não confundamos o Amor com a Amizade, sentimentos bem diferentes mas ligados quando amamos. Ou seja Um amor tem sempre a amizade/cumplicidade, mas na amizade não existe o Amor, a não ser o amor fraterno.
Expliquei-me bem?:)

Ivar C disse...

fatyly, muito bem. e concordo contigo. :)

Teresa Margarida Costa disse...

Difícil é mesmo isso. Não acreditar que exista, mas desejá-lo tão fortemente que até inventamos formas de o prolongar. Eu também sou assim e também uso essa estratégia, embora não consiga prolongá-lo tanto como eu gostaria :)

Ivar C disse...

Teresa Costa, Nunca é suficiente. :)

Anónimo disse...

"Romântica ao ponto de ter um dia acreditado em histórias com finais felizes, mas que o tempo se encarregou de lhe mostrar que nem sempre a princesa conquista o seu príncipe, e que contrariamente às histórias de encantar, os príncipes é que viram sapos."



http://hojeeutousozinha.blogspot.pt/

Ivar C disse...

M. pois... é mais ou menos isso. :)