7.07.2008

de pequenino se torce o pepino

A violência doméstica ainda é uma formalidade a ser cumprida em Portugal e, segundo um estudo recente da Universidade do Minho, não deixará de ser assim tão cedo.

1] 25 por cento dos jovens dos 15 aos 25 anos já foram vítimas de violência do namorado ou namorada.

2] as novas gerações começam a agredir-se cada vez mais cedo e chegam a tolerar a violência sexual, por considerarem que «relações sexuais forçadas não são o mesmo que violação, nem sequer são crime»

3] Os rapazes são os que agridem com maior gravidade (sovas, murros e pontapés).

4] normalmente «vítimas e agressores não percebem que a violência não é aceitável»

5] muitos jovens consideram que a «violência sexual no namoro não existe»

16 comentários:

Paula disse...

seria de esperar que à medida que a raça humana evolui as mentalidades evoluissem também...
apetece dar bolachas neles todos para ver se acordam!
(ups...já estou a ser violenta)

Ivar C disse...

paula, tens razão... quanto às bolachas na nossa espécie, por mim estás à vontade. :)

Unknown disse...

como eu compreendo.. as vitimas acham sempre que é "normal" a violencia.. e vão dando hipoteses ao outro...
além de alertar quem agride, é também necessario abrir os olhos a quem é agredido.. e isso por vezes também se torna muito complicado!
enfim..
...


*

Ivar C disse...

tania, alertar o agressor é que me parece pouco. :)

Maria Arvore disse...

O que quer dizer que jovem também pode ser sinal de conservador. ;)

E que a violência doméstica é aceite socialmente, com toda a normalidade... ;) A mentalidade tuga ainda não está no século XXI.

Osga disse...

o 5º ponto é BDSM.
O estudo não compreendeu essa pratica sexual :D

Jorge Bastos disse...

Nada me surpreende. O que me intriga é as pessoas (nomeadamente mulheres) serem ignorantes ao ponto de não perceberem que existe felicidade para além dos actos violentos praticados pelos seus parceiros(as).

Agarram-se ao que sentem e esquecem-se que há quem saiba amar mais e melhor...

Mais, esquecem-se da dignidade do ser humano.

Abraço.

Jorge Bastos disse...

Nada me surpreende. Acho estranho é que algumas mulheres sejam ignorantes ao ponto de não perceberem que há felicidade para além dos actos de pura cobardia praticados por alguns homens.

Mais, como é possível que não percebam que não se coloca um sentimento à frente da dignidade do próprio ser humano?

O melhor é mesmo levantar a cabeça e seguir caminho, pois ainda há homens que tem a real capacidade de «amar»!

iTec(A) disse...

O medo, faz com que uma pessoa anule a vontade própria!

E há toda uma necessidade de acreditar, que as pessoas podem mudar!

Nao entendo uns nem os outros! e Espero nunca vir entender...

ComoHacerElAmor disse...

Ñ posso comprender o homen que bate as mulheres... acredito qui es a causa de que e ele ñ tenha força para bater a um outro homen.

Ivar C disse...

maria árvore, o que quer dizer que jovem também pode ser sinal de ser estúpido. a violência doméstica é praticada por pessoas com um só neurónio... :)

osga, convém dizer que BDSM é "bondage, disciplina, sadismo e masoquismo". :)

jorge bastos, estou totalmente de acordo contigo. :)

ceptic, eu tb não entendo... mas acredito que há algo de cultural aqui. :)

comohacerlamor, essa é de facto uma das causas... o gajo que apanha no trabalho, em casa bate na mulher. :)

Anónimo disse...

Não posso concordar com o jorge bastos nem com a maria árvore.

Não acredito que na maioria dos casos se trate de conservadorismo. Muitas vezes é fruto da educação que têm hoje em dia, habituam-se a poder tudo, a ter tudo, a exigir tudo. Acontece uma primeira vez, a vítima não põe cobro à situação, e continua porque é o caminho mais fácil para descarregar frustrações e para manter o outro submisso à nossa vontade.

Por outro lado, não sei se já repararam, mas hoje em dia a juventude padece de outro mal: o anestesiamento. Passámos de uma geração de deprimidos, para uma geração que começa a desligar a ficha. Isso transforma algumas pessoas, em casos extremos, em sociopatas. Acho que nem é preciso elaborar mais..

Por fim, as vítimas têm logicamente responsabilidade, na medida em que permitem que continue a acontecer. Infelizmente vai-se tornando banal, os apoios são poucos, e a nossa sociedade ainda é, sim, demasiado conservadora. Existe demasiada inércia. Ainda se houve, também, demasiadas vezes a velhinha frase "se apanhou é porque fez por merecê-las". A vítima ainda é responsabilizada.

E tal como disse o/a ceptic, o medo anula não só a vontade própria, mas também qualquer resquício de amor próprio. Quando não valemos nada, não vale a pena lutar por nós - não o merecemos.

Ivar C disse...

samsara, é preciso ver que a violência doméstica não é só na juventude. este estudo é que é sobre a juventude. MAs tb acho que n é uma questão de conservadorismo... :)

Jorge Bastos disse...

Samsara, estamos aqui é para isso mesmo, dar opiniões. Ainda bem que discordamos em alguns pontos...é sinal que somos capazes de pensar por nós próprios.

Comum, estou certo, é que ambos encaramos com repulsa todos os actos de violência doméstica...

Agora, penso que o ser humano tem capacidade de lutar por si, principalmente nas situações mais adversas. Temos de acreditar em nós, no nosso valor e procurar felicidade onde ela existe!

Infelizmente, não é o que muitas mulheres fazem, já que insistem e dar oportunidades atrás de oportunidades a quem não as merece. Quando o «amor» se revestir de violência, não será de estranhar que eu seja presidente da Microsoft.

Cumprimentos.

Nota: comentei duas vezes, pois pensei que o primeiro comment não tinha seguido.

SP disse...

Concordo com quase tudo o que foi dito...

Samsara, não interessa qual tenha sido a nossa educação, e tretas semelhantes. Isso é tudo desculpas - ou então não somos animais racionais.
O ser humano tem a capacidade de pensar. Que a use. Eu sei que a educação pode ser importante, mas nunca é desculpa. Eu, por exemplo, fui católico, por causa da educação dos meus pais. Mas fui crescendo, fui começando a pensar por mim próprio, a construir a minha identidade (em vez de aceitar a imposta por outrém), e desde por volta dos 12 anos que sou ateu.

Quanto à responsabilidade das vítimas... Eu não sei como elas conseguem "aceitar", mas temos que ter em atenção as diferentes personalidades, as fragilidades da situação, etc.

Ivar C disse...

jorge bastos, gosto dessa postura de não aceitar o destino... concordo queós podemos e devemos mudar as coisas. de qualquer maneira, quando fores presidente da microsoft, n te esqueças de mim. :)

13, eu, graças a deus, também sou ateu. acho que tens razão mas, mais do que a personalidade das vítimas, é todo o contexto político e social a ter em conta... :)