respostas a perguntas inexistentes (19)
Às vezes lembra-se dela. Muitas vezes até. Deram um beijo para experimentar se era bom e não, não era. Na verdade não sabia a nada. Nem a um nem a outro, o que era óptimo porque assim, quando crescessem e casassem não iam andar aos beijos por tudo e por nada.
Ela também se lembra dele. Muitas vezes até. Ele soprou-lhe por entre os dedos quando, uma vez, a professora lhe deu cinco reguadas. De vez em quando ainda sente esse vento primaveril acariciar-lhe a palma da mão.
Há dias cruzaram-se na agitação domingueira dum centro comercial. Não se reconheceram.
14 comentários:
Longe da vista, longe do coração - lá diz o velho ditado. Agarramos as recordações com doçura, para nos lembrarmos que um dia já fomos miúdos... mas o resto vem depois!
Beijinho
cristina, às vezes é longe da vista mas perto do objecto cardíaco na mesma... :)
hum.. isso parece-me mais daquelas situações.. em que se passa.. olha-se.. reconhece-se.. mas faz-se de conta.. parar p quê?! falar do quê?!
são situações sempre um pouco estranhas.. sempre mais vale ficar c a boa recordação :)
isa, é a nossa imprevisibilidade que dita os reencontros. :)
Gostei imenso do texto. Lembra o tempo em sonhava acordada, com o menino da carteira em frente à minha. Mas nunca ousei beijá-lo. blhaacccc! :)
http://contoaqui.wordpress.com/
marta, lol... gostei do blhaaaaac! ;)
A vida é estranha...
bia, demasiado, às vezes... :)
cresceram e mudaram os ventos que os acariciava! Que pena!
carla
carla, ou eles é que mudaram... não sei. :)
Texto bonito de se ler:)
obrigado elisa... :)
Gostei muito... :)
obrigado xana... :)
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