pensamentos catatónicos (312)
É uma das coisas que mais me confunde, assistir ao ódio crescente entre pessoas que já foram amantes. Nunca assisto de forma impávida e serena, embora exemplos abundem. Um Amor que se transforma em ódio nunca foi Amor. Foi outra coisa qualquer cujo nome desconheço.
A única certeza que eu tenho é a da tristeza profunda. Sei que um abraço a sério nunca será um murro. Quando o é, então parte de alguém que nunca conheceu o gosto genuíno de um abraço. De alguém profundamente triste, portanto.
É que eu, que nem no arrependimento da violência acredito, ponho-me a pensar como será acordar um dia e descobrir que nunca se soube Amar.
6 comentários:
Não podia estar mais de acordo, também é das coisas que mais confusão me faz, há tanta gente que devia ler isto.
cláupi, :)
O ódio é uma desculpa, é uma tentativa de encontrar defeitos para que nos mentalizemos de que a outra pessoa nunca foi a certa, para que nos convençamos de que estamos melhor sem este amor. Nestes casos o ódio não é mais do que uma criação da nossa mente para que seja mais fácil aceitar/esquecer.
Outros casos há em que te dou toda a razão, nunca foi amor.
Seja qual for o caso, é triste :/
Mar, pois... eu estou a falar de ódio não assumido. :)
Nunca terá sido amor, estou plenamente de acordo. O amor não destrói. Mas já o sentimento de posse e o despeito causa danos terríveis. E isso ainda é mais triste.
Mulher, É exactamente isso. :)
Enviar um comentário