6.23.2009

conversas 1260

Ela - Como é que tu conseguiste apaixonar-te outra vez? Eu não consigo... separei-me na mesma altura que tu e nada...
Eu - Eu também demorei e, como tu sabes, foi um processo tumultuoso.
Ela - Não consigo sentir nada por nenhum homem. Quer dizer, sinto sempre assim um carinho especial cada vez que me envolvo com um, mas nunca é nada de grandes paixões nem que me dê vontade de repetir.
Eu - Então deixa-te estar. Isso não é mau. Mau é uma pessoa apaixonar-se por outra que não lhe liga nada...
Ela - Mas eu queria mesmo apaixonar-me mesmo que fosse para sofrer. Só para saber que ainda sou capaz.
Eu - Sinceramente acho que é diferente apaixonares-te aos vinte anos e aos quarenta. Se calhar ainda não percebeste isso.
Ela - É diferente como?
Eu - Aos vinte eu apaixonava-me cada vez que via um par de olhos bonitos, ou seja, de cinco em cinco minutos. Aos quarenta tens que querer. É um processo consciente em que tens que investir. Nos primeiros tempos só tens esse tal carinho especial e depois, com o tempo, é que isso se vai transformando numa coisa mais forte.
Ela - Então porque é que demoraste tanto tempo?
Eu - Não sei. Se calhar esse carinho especial não me acontece assim tantas vezes como a ti...

13 comentários:

Anónimo disse...

Mas é exatamente isso! Eu também acredito que a paixão não ocorre da mesma forma aos 20 e aos 40 anos (e olha que só tenho 25!). Aos 20, ainda temos muitas ilusões. Já aos 40, temos mais os pés no chão. E é verdade, tudo torna-se um processo lento...

Aos 20, queremos que tudo ocorra depressa, pois o tempo voa. Aos 40, aprendemos que certas coisas não podem ocorrer tão rápido quanto aos 20... Porque a vida já passou... Rápido demais.

É isso? Que moral tenho eu para dizer tudo isso se nem 30 anos eu tenho? Aff... LOL

Beijokas

Ivar C disse...

Gigi, estou muito perto dos 38 e penso como tu... :)

Anónimo disse...

Pelo menos vc está mais próximo aos 40 do que eu, LOL! ^^

Ivar C disse...

Gigi, acho que neste aspecto já estou nos quarenta há algum tempo... :)

Anónimo disse...

Esta conversa inspirou-me a escrever uma nova postagem, acabei de fazê-la, eheheh

Se quiser, dê uma olhadinha. Coloquei o link deste blog, inclusive.

Beijinhos!

Ivar C disse...

Gigi, vou já lá. :)

Paula disse...

acho que estou como a tua amiga...
:)

Salseira disse...

Eu tenho 38 anos.

Faz agora cerca de 7 meses iniciei um relacionamento que começou com uma grande dose de carinho mas nenhuma paixão.

Há 15 anos atrás não teria dado oportunidade ao relacionamento por não sentir essa paixão.

Felizmente, não tenho 23 anos mas sim 38. Esperei, vivi o carinho e o relacionamento com entrega e... a paixão chegou!

De facto, sentir esse carinho é condição essencial. A outra condição é... dar tempo ao tempo. :)

nada desta vida disse...

pois, tal e coiso... também tenho andado a pensar nisso, ainda não cheguei a descobertas, mas já andei por aí.

Ivar C disse...

paula, :)

salseira, é mesmo assim, sim. estou a chegar à conclusão que somos todos mais ou menos iguais. :)

subtilezas, :)

Larose disse...

EHEHEHE ...e aos 50 pensas muito seriamente que se o companheiro quiser vir viver lá para casa ....será que vou ter paciência????

LittleHelper disse...

Acho que a frase-chave é: "Mas eu queria mesmo apaixonar-me mesmo que fosse para sofrer."...

É a inevitável disposição para "sofrer" quando se olha para o lado e não se vê ninguém. Uma forma de dizer que é melhor "sofrer" acompanhado do que fazê-lo sozinho. Porque a solidão tem também os seus perigos.

O pior é quando não há equilíbrio no casal. Deixo aqui uma frase do filme Anything Else de Woody Allen "Em todas as relações há sempre um que fica com o maior fardo."

Ivar C disse...

larose, lol. :)

Little Helper, acho que sim, que a solidão é o maior dos medos e que a maior parte das pessoas prefere estar menos bem acompanhada do que sozinha... :)