só um
A última sessão do festival de cinema terminou à uma da manhã. Se andar depressa ainda chego a Aveiro antes das duas, pensei eu, e talvez ainda a veja no bar do costume antes daquilo fechar. O carro voou, a mente também. Estacionei numa zona proibida da beira-mar e caminhei a passos largos para o bar. Cruzámo-nos praticamente na entrada. Eu a chegar, ela a sair. Demos um abraço e ela foi-se embora. Amanhã tenho que me levantar cedo, disse. Fiquei com uma espécie de cheiro a orbitar-me que não consegui agarrar com a mão, mas tentei. Bebi um fino e falei com uns amigos. Só um.
Cheguei a casa com fome, muita fome. Foda-se! Esta semana nem tive tempo de ir ao minipreço. Nada para comer a não ser esparguete e três douradinhos da Iglo esquecidos no fundo do congelador. Já cozinhei, já comi. São duas e meia da manhã e daqui a quatro horas tenho que acordar para ir trabalhar outra vez. Bebo uma cerveja com o estômago já mais feliz. Só uma.
Tenho, em cima da banca, uma semana de louça acumulada para lavar. Tenho uma montanha de roupa para lavar e outra para passar. Tenho cotão que se esconde atrás das portas e debaixo das camas. Ainda sinto aqui um cheiro a orbitar-me mas não o consigo agarrar. Só um.
[update às 17:30]
já fui ao minipreço. :)
7 comentários:
Como eu compreendo a questão da louça acumulada. Se não arranjo rapidamente uma mulher residente vou ter que comprar uma máquina de lavar louça.
lol lol lol lol
era tão bom conseguirmos agarrar aqueles cheiros...e aquelas emoções? que parece que temos estrelas de foguetes a sair do coração?
era bom, era... ;)
Caro Bagaço Amarelo,
Peço desculpa pelo inconveniente, mas indiquei-o como elemento de uma cadeia que anda aí pelos blogues a dizer as suas manias. Pode ver no meu como funciona.
;)
Ah, já agora, comento o último post: esses cheiros, únicos, que não conseguimos agarrar, são a nossa perdição, porque impedem as narinas de perceber que há outros cheiros no ar...
Então uma maquinazita, não dava jeito?
vou ter em breve...
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