coisas que fascinam (172)
Das poucas vezes que tive problemas com os meu professores da primária ou do ciclo preparatório foi por causa das mãos. Sempre que pediam aos alunos para fazer uma rodinha e dar as mãos, eu recusava-me. Não era birra, era mesmo qualquer coisa de genuíno dentro de mim. Eu não gostava de dar as mãos. Ponto.
Claro que nos anos setenta e oitenta não havia qualquer tipo de compreensão para com estas manias, pelo que a coisa me valeu algumas reguadas e até expulsões com falta a vermelho. Uma vez a minha professora primária, já irritada, perguntou-me porque é eu não queria dar a mão a ninguém. Eu não soube explicar. Disse-lhe apenas que me fazia impressão. Apanhei.
À Helena, no entanto, dava sempre a mão. Corria com ela de mão dada pelo recreio todos os dias. Foi por causa dessas mãos dadas que experimentei o meu primeiro beijo que, aliás, não me soube a nada. Um dia a minha professora viu-nos assim e afastou-me dela. A lógica era que se eu não dava a mão quando me pediam, também não podia dar quando me apetecia.
Mesmo já mais crescido nunca fui muito de dar mãos. Às vezes acontecia e até gostava, mas a iniciativa nunca partia de mim e sim das poucas namoradas que tive na vida. Olhando agora para trás, creio que todas se queixaram disso pelo menos uma vez. Lembrei-me disso ontem, quando a passear em Matosinhos com a Raquel estiquei o meu braço e lhe dei a mão. Já aconteceu mais vezes com ela. Acho que é a primeira vez.
Claro que nos anos setenta e oitenta não havia qualquer tipo de compreensão para com estas manias, pelo que a coisa me valeu algumas reguadas e até expulsões com falta a vermelho. Uma vez a minha professora primária, já irritada, perguntou-me porque é eu não queria dar a mão a ninguém. Eu não soube explicar. Disse-lhe apenas que me fazia impressão. Apanhei.
À Helena, no entanto, dava sempre a mão. Corria com ela de mão dada pelo recreio todos os dias. Foi por causa dessas mãos dadas que experimentei o meu primeiro beijo que, aliás, não me soube a nada. Um dia a minha professora viu-nos assim e afastou-me dela. A lógica era que se eu não dava a mão quando me pediam, também não podia dar quando me apetecia.
Mesmo já mais crescido nunca fui muito de dar mãos. Às vezes acontecia e até gostava, mas a iniciativa nunca partia de mim e sim das poucas namoradas que tive na vida. Olhando agora para trás, creio que todas se queixaram disso pelo menos uma vez. Lembrei-me disso ontem, quando a passear em Matosinhos com a Raquel estiquei o meu braço e lhe dei a mão. Já aconteceu mais vezes com ela. Acho que é a primeira vez.
11 comentários:
A professora já não está atrás de ti. Podes dar a mão à Raquel sem medo. ;)
Bagaço tu és um romântico!É claro que não se deve dar a mão a qualquer pessoa...Há coisas para partilhar com apenas algumas pessoas!
Sobre as professoras,,,agora passou-se para o oitenta.
Quem é a Raquel?
(olha,olha Til dá a Bagaço oportunidade de brilhar),,quem é amiga?
Achei isto tão giro, é que eu detesto dar a mão, não gosto pronto. Estou apaixonada como nunca estive na vida e também com ele não gosto de andar de mão dada, percebi que ele ficou um pouco sentido por causa disso e então vá, de braço dado já não me importo :).Pensando agora nisso, eu detesto clichés e associados aos afectos menos ainda e aquela coisa de que se são namorados ou que se estão apaixonados têm de andar de mão dada, é para mim, só mais uma artificialidade, um costume e portanto rejeito, o meu amor, está-me em todos os poros, não nas mãozinhas dadas para inglês ver.
Não me lembro de quando andei na escola que alguma vez nos tivessem dito para fazer rodinha e darmos a mão...se calhar, como não me pareceu estranho, esqueci-o :)
olga, eu até gostava da minha professora. ainda guardo um livro que ela me ofereceu, assinado, quando acabei a 4a classe. :)
til, és amiga. :)
cláupi, então somos parecidos. :)
redonda, pois... se calhar só me lembro porque recusava. :)
Ainda bem. Todos temos o lado bom e o menos bom e ela não é excepção. Se calhar nunca encontrou ninguém a quem gostasse de dar a mão. :)
Porque a Raquel é especial, ora! :)
Beijinhos Marianos, Bagacinho apaixonado! :))
olga, por acaso... não andas longa da verdade. :)
maria eu, é... muito especial. :) beijinhos.
Há excepções há :)acreditem, ok eu percebi que a ideia do texto é dizer-se que quando se encontra a tal pessoa com ela até damos a mão coisa que não fazíamos antes, mas há quem encontre o seu tal e continue a não querer andar de mão dada, mas não se preocupem, porque eu não lhe dou a mão mas por outro lado o meu coração é todo dele e ele sabe e portanto a questão da mão dada está ultrapassada. Tenho que voltar a não comentar porque estou a destoar, este país não é para excepções ;).
O toque é uma coisa muito pessoal. Há pessoas que simplesmente não se sentem bem com o contacto com o outro e isso é bastante legítimo.
cláupi, neste caso somos todos excepções. cada um faz o que quer... :)
a maleta, sim, é verdade, mas eu gosto do contacto, de forma geral. :)
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