os senhores dos anéis
Às vezes ponho-me a pensar nas coisas que nós fazemos e que não têm sentido nenhum. Manter um casamento onde já não existe pinga de Amor, por exemplo, é uma delas. O absurdo chega ao ponto de haver quem mantenha o casamento sendo vítima de violência doméstica. E eu, que acho que o Amor tem sempre que estar primeiro do que qualquer relação contratual, não compreendo.
Um casamento é isso mesmo, para o mal e para o bem, um contrato. Como é também, ou devia ser, por exemplo, o programa eleitoral dum partido. No casamento está-se a contratualizar, sobretudo, um Amor. Não se está a abrir portas para que o cônjuge use e abuse da vida do outro. Casamos, assinamos um papel, trocamos anéis, beijamo-nos e a vida continua. Deve continuar, aliás, como era antes, com Amor e cuidado de parte a parte.
Às vezes ponho-me a pensar nas coisas que nós fazemos e que não têm sentido nenhum. É quando percebo, por um momento, porque é que os portugueses (ou a maior parte deles) são uns falhados no Amor. É porque são absurdamente capazes de manter um casamento sem sentido. Sem sentimento também. São os senhores dos anéis e de mais nada. Talvez seja uma questão de comodidade e de aparência. Talvez. Só isso.
Um dos piores casamentos que os portugueses (ou a maior parte deles) mantêm é com políticos estúpidos. Casam repetidamente com eles de quatro em quatro anos assinando um contrato, dizendo que sim no mais importante dos altares, fazendo a festa, trocando anéis. Depois encolhem-se perante a violência de que são vítimas diariamente. Sofrem todos os dias em silêncio e, quando finalmente parece que o martírio está a acabar, lá vem o agressor com as desculpas do costume. Promete que vai mudar, pede mais uma oportunidade, que a vida vai ser melhor, que vai deixar as más companhias. Por fim, que ainda sente Amor. Mas não, não sente.
A Democracia não se pode limitar a um casamento de quatro em quatro anos, depois dessas desculpas esfarrapadas, porque o Amor não se pode confundir com casamento nenhum. É por isso que os portugueses (ou a maior parte deles) falha no Amor e na vida, mas é também por isso que pode, duma vez por todas, acertar o passo em ambos. Divorciem-se pôrra! Casem com outr@. Agora que já nos levaram os anéis, só somos senhores de nós mesmos. Levantemo-nos.
Um casamento é isso mesmo, para o mal e para o bem, um contrato. Como é também, ou devia ser, por exemplo, o programa eleitoral dum partido. No casamento está-se a contratualizar, sobretudo, um Amor. Não se está a abrir portas para que o cônjuge use e abuse da vida do outro. Casamos, assinamos um papel, trocamos anéis, beijamo-nos e a vida continua. Deve continuar, aliás, como era antes, com Amor e cuidado de parte a parte.
Às vezes ponho-me a pensar nas coisas que nós fazemos e que não têm sentido nenhum. É quando percebo, por um momento, porque é que os portugueses (ou a maior parte deles) são uns falhados no Amor. É porque são absurdamente capazes de manter um casamento sem sentido. Sem sentimento também. São os senhores dos anéis e de mais nada. Talvez seja uma questão de comodidade e de aparência. Talvez. Só isso.
Um dos piores casamentos que os portugueses (ou a maior parte deles) mantêm é com políticos estúpidos. Casam repetidamente com eles de quatro em quatro anos assinando um contrato, dizendo que sim no mais importante dos altares, fazendo a festa, trocando anéis. Depois encolhem-se perante a violência de que são vítimas diariamente. Sofrem todos os dias em silêncio e, quando finalmente parece que o martírio está a acabar, lá vem o agressor com as desculpas do costume. Promete que vai mudar, pede mais uma oportunidade, que a vida vai ser melhor, que vai deixar as más companhias. Por fim, que ainda sente Amor. Mas não, não sente.
A Democracia não se pode limitar a um casamento de quatro em quatro anos, depois dessas desculpas esfarrapadas, porque o Amor não se pode confundir com casamento nenhum. É por isso que os portugueses (ou a maior parte deles) falha no Amor e na vida, mas é também por isso que pode, duma vez por todas, acertar o passo em ambos. Divorciem-se pôrra! Casem com outr@. Agora que já nos levaram os anéis, só somos senhores de nós mesmos. Levantemo-nos.
21 comentários:
Excelente metáfora!
E o mais dramático para mim (e outros como eu) é que essa maioria de portugueses teima em casar-me de quatro em quatro anos com esses políticos claramente propensos para a traição!
BRAVO!!!!!
Estou inteiramente de acordo!
exilado, também a mim, também a mim... :)
sendyourlove, obrigado. :)
Bagacito, os cônjuges devem, de facto, conjugar-se :O)
Este texto vai para o nosso blog porcalhoto... com a etiqueta "causas".
e divorciamo-nos, claro que sim!
e saímos de casa e tudo, que nós vamos à nossa vida onde nos deixem viver :)
(cada vez mais, todos os dias)
adoreeeei. E concordo com o comentário lá de cima: excelente metáfora!
são rosas, obrigado pela conjugação. só agora é que dei pelo erro. :)
menino da sua mãe, boa. :)
manteiga, obrigado. :)
De nada ;O)
são rosas, :)
Desculpa-me a expressão, mas somos uns conas! Não pegamos o touro pelos cornos e não tomamos o País para nós.
Além disso os movimentos civis resistem pouco, porque são constantemente minados pela imprensa e pelos partidos que pouco interesse têm que este estado se altere... :(
"Um dos piores casamentos que os portugueses (ou a maior parte deles) mantêm é com políticos estúpidos."
SOCORRO! TIREM-ME DESTE FILME!
Estou farto de levar em cima com a estupidez alheia.
EJSantos
Pois ...
Estatisticamente é pouco provável que seja sempre o resto do mundo a não saber escolher, e sejamos nós que temos sempre a solução. Engraçado como essa solução é sempre a que nunca foi escolhida, a que ninguem quer. Porque será ?
Deve ser porque o resto do mundo é burro. Nós somos os detentores da escolha inteligente... mas somos uns incompreendidos !
Cresçamos senhores !!
josh gottam, :)
ejsantos, :)
ana, o que acontece é que as variáveis que determinam o voto são bastantes mais do que o facto do eleitor ser burro ou não. Há bons livros do Chomsky que explicam isso, e a probabilística também... :)
Excelênte comparação . Mas o pior é que estes políticos não batem só em quem casa com eles, mas em todos nós.
maria, essa é a parte pior, sim. :)
Tiro o meu chapéu a esta verdadeira e belíssima metáfora!
Já estou levanta há muito e nem os bandalhos políticos me hão-de derrubar!!!!! CHEGA!!!!
fatyly, boa. :)
Bagacito, seu manganão... aproveitaste o comentário da Fatyly para lhe mandares um piropo...
são rosas, faço-o muito. :)
Vai muito para alem da metafora, acho que e mesmo literal. Excelente e concordo em absoluto
liliana costa, obrigado. :)
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