8.04.2009

pensamentos catatónicos (187)

Hoje vi uns miúdos a fazer uma escultura na areia da praia. Era uma espécie de cidade com edifícios, torres e estradas. Depois, antes de irem tomar banho, destruíram-na completamente. No princípio fiquei um bocado chocado mas depois cheguei à conclusão que todos fazemos mais ou menos o mesmo de vez em quando. Construímos uma forte relação com alguém e aí circulamos à vontade como numa cidade qualquer. É certo que às vezes viramos à direita quando devíamos virar à esquerda, outras vezes estacionamos quando devíamos acelerar mas, a conduzir melhor ou pior, gostamos sempre de viver nessa cidade, pelo menos até a destruirmos também. Talvez o amor seja uma espécie de escultura na areia...

18 comentários:

maestrina disse...

o amor... e a vida em geral!

Anónimo disse...

Estamos constantemente em construção e desconstrução. Natural. Nossas relações com as pessoas, no entanto, não poderiam ser diferentes. Talvez, uma necessidade.

Gosto de viver da forma que, após uma severa desconstrução, a construção ser ainda melhor. Sempre. Pois, sempre estamos a ganhar mais experiência para construir algo cada vez melhor, cada vez mais rico e mais bonito.

Com as relações amorosas não pode ser diferente!

Beijos

Princesa Bé disse...

oi

por essa ordem de pensamento, o amor é sempre mutável e temporal... achas que é impossivel imaginar a tal cidade, não de areia mas de betão?

a Trofa tem cozinheira disse...

sim...e dps TEMOS DE SER NOS A DESTRUIR!! nunca outros....dá mais gosto tas a ver?!

Solteira de Salto Alto disse...

Não suporto essa ideia, mas sei que é assim.

faça favor de ir ao blog vá

Bibendum disse...

E não é que tens toda a razão. Esta analogia está genial!

Ivar C disse...

maestrina, sim... aliás, é quase a mesma coisa, o amor e a vida em geral. :)

gigi, essa é uma perspectiva optimista de algo que parece inevitável. ainda bem que a tens. :)

princesa bé, já vi cidades de betão a cair... a questão é essa. :)

a trofa tem cozinheira, lol... dá mais gozo e mais dores de cabeça. :)

solteira de salto alto, lol... vou hoje. :)

bibendum, é uma analogia de praia... pelo menos não podia ser de casa de banho. :)

goti disse...

O percurso da nossa estadia na vida terrena, é feita com base numa construção diária, por vezes está tudo bem encaminhado e de repente vem uma tempestade severa ou menos severa que nos obriga a redireccionar a nossa construção noutro sentido, com outros objectivos, outras pessoas, etc.
No amor acontece o mesmo, estamos sempre em construção!!!
Beijos doces e alegres!!

entremares disse...

Sabes?
Acho que a GiGi está cheia de razão...fizeste-me lembrar aquelas imagens das dunas do deserto, em permanente mutação. Como dizer qual é o momento "perfeito" ?
Não existe. O vento pode mudar de direcção e as formas que ele provocará poderão ser ainda mais belas, mais estéticas.

Só podemos ter a certeza de uma coisa. Seja qual for a nova forma, depois da destruição/reconstrução... essa forma será sempre ÚNICA.

Um abraço.

GiGi disse...

Ahhhh, mas tem que ter! Senão, a gente desanima! eheheh

:-*

Didas disse...

Não lhes mandaste uns estalos?

Flor disse...

Talvez... Mas gostei da analogia!!:) O amor pode ser belo como uma escultura na areia e é trabalhoso tanto para construir como para manter. Quem optar por não a destruir não se pode esquecer que a areia seca e a obra acaba por ruir, para que isso não aconteça é necessária "manutenção". Como no amor, este não sobrevive por si só, dá trabalho, muito trabalho!!

Unknown disse...

Acho que o amor é do material que o quisermos construir. Se usarmos areia sabemos que inevitavelmente desabará mais cedo ou mais tarde. Mas também existe a pedra...um material mais difícil mas mais resistente. Ok...sou uma romântica...mas (ainda) é nisto que acredito =)

Ivar C disse...

goti, tens razão... vou fazer uma t-shirt a dizer "always under construction". :)

entremares, mais uma optimista... estou a ficar optimista também. :)

gigi, é verdade... anima e desanima, anima e desanima, anima e desanima... :)

didas, lol. :)

flor, essa do trabalho é verdade... e eu percebi isso demasiado tarde... :)

fabi, deixa lá... ainda bem que acreditas. eu também estou a tentar. :)

Sou eu próprio! disse...

Talvez nem exista amor...

Parabéns pelo Blog...

Já agora, nem eu consigo compreender as mulheres...LOL

Clara disse...

A atitude dos putos reflecte a nossa natureza humana: a destruição. E a destruição é precisa (nem sempre) porque é dela que advém a construção seja material, emocional ou espiritual.
É como ter de destruir para voltar das cinzas..
Abraços

stepmother disse...

Gostei desta métáfora! Nunca tinha visto as coisas desse ponto de vista, mas está muito muito bem visto!
Gostei deste blog, vou voltar, ok?
Beijo
raKel

Ivar C disse...

miguel baptista, obrigado... acho que é um mal, ou um bem, geral. :)

clara, a lógica da phénix na vida... :)

rakel, obrigado... :)