pensamentos catatónicos (132)
Guardo numa gaveta da cómoda do meu quarto papéis que sobrevivem aos meus dias, normalmente escondidos num bolso de trás das calças: bilhetes de comboio com moradas, pacotes de açúcar com números de telefone, talões do multibanco com poemas triviais, etc, etc. Foi num papel que já embrulhou um chocolate que li este texto:
Uma mulher afasta-se dum homem com a sensação de que é a única a fazê-lo, como se um dia pudesse voltar e ele ainda estivesse ali à espera. Normalmente não está.
Lembro-me de escrever isto. Tinha-me divorciado recentemente. Só não me lembro de ter comido o chocolate.
13 comentários:
É natural que nos lembremos mais facilmente das coisas que mais nos marcam.
No meio de tudo isso, o chocolate foi a coisa menos importante.
Perdeste o isqueiro
e estás perturbada
e digamos que tens razão
porque deixaste para trás
qualquer pertence da realidade
Hesitas se hás-de regressar ao seu encontro
mas talvez te percas exactamente aí
ao regressares
Olha melhor as estrelas
é noite
e estamos à ilharga do tempo
DANIEL MAIA-PINTO RODRIGUES
;O)
pax, é verdade.... também é bom perceber que os papéis perdem significado e os chocolates ganham.
gato aurélio, :)
É mesmo.
Então eu, que adooooro chocolate!
:)
pax, eu também adoro. :)
Chocolatrolatras anónimos!
E, pelo menos, nunca se pode fracassar ao comer um chocolate, pois não?
;)
pax, pode... mas é raro... uma vez arrotei em frente a uma miúda gira depois de comer um tablerone. :)
Lol, só tu!
Mas isso não foi um fracasso ao comer, foi ao arrotar...
:)
pax, eu acho sempre que arrotar é parte integrante de comer. :)
Nem sempre.
Acho até que se deve comer sempre sem arrotar.
E considero criminoso quem arrota mesmo sem comer...
;)
pax, também acho mal arrotar sem comer... não é bom. o arroto não sai em condições e pode desiludir os presentes. :)
E, pior ainda, faz com que o arrotador não volte a ser convidado nem para um aperitivo, quanto mais para um almoço!
:)
pax, exactamente.:)
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