9.19.2007

Gabriele Pauli, casa comigo



A Gabriele Pauli tem cinquenta anos e é bonita. Tem um grande defeito, que é pertencer ao CSU alemão (partido irmão da CDU, da Angela Merkel), e tem uma grande qualidade, que é estar sempre a criar polémica num partido conservador.

Desta vez lembrou-se que os casamentos deviam ter um prazo máximo de sete anos (obrigado Nélson, pelo link), alegando que há muitos casais que só permanecem juntos por medo da separação, por dependência financeira ou por terem vantagens fiscais. Diz ainda que os matrimónios a termo certo reduziriam os custos dos divórcios.

Ora... minha linda Gabriele. Eu até percebo onde queres chegar, mas... epá... a única coisa gira no casamento é que um gajo quando casa acredita mesmo que aquilo é para sempre, mesmo que depois não seja. Porque é que não se facilita apenas o divórcio, tornando-o mais barato e burocraticamente mais fácil? Definitivamente, os conservadores às vezes até tentam ter ideias progressistas, mas não chegam lá nem com açúcar...

Já agora, Gabriele, se passares por este blog e conseguires ler português, eu caso contigo se me aceitares. Tem é que ser para sempre. És tão bonita e decidida... a única coisa que exigo é uma cláusula tipo supermercado, ou seja, tenho quinze dias para testar o produto e, caso não fique satisfeito, devolvê-lo sem perguntas.

8 comentários:

Nelson Peralta disse...

Exacto, e ficas já a saber que nesta legislatura a proposta do BE para simplificação do processo de divórcio será novamente discutida no Parlamento.

Como mandam as regras, a proposta terá que ser diferente da discutida na legislatura transacta, mas mantém o essencial. E desta parece-me que ninguém segura a proposta :)

Ivar C disse...

Parece-te Nélson? Não sei porquê não acredito nisso. Basta ser de um partido da oposição que a maioria não vota nela... :)

Patrícia Manhão disse...

LOL....e após os 7 anos de "contrato a termo"....passa-se a efectivo?
LOL....

Fatyly disse...

"A simplificação do processo de divórcio" já é uma realidade do que há 20/30 anos atrás. Com bens e filhos menores os intervenientes poderão simplificar o processo em vez de lutas dantescas sem fim à vista.

Devo dizer-te que muitos casais separaram-se para beneficios fiscais - 90/91 e voltaram a casar porque a leis mudaram. Hoje e não havendo filhos menores, já é tudo resolvido apenas na Consevatória R.Cicil.

O meu divórcio foi resolvido em 10 meses, três dos quais por férias judiciais e com 2 filhas menores, decorria o ano de 1992 e longe, bem longe dos tais benefícios fiscais, mas em prol da minha própria sanidade mental.

A realidade da Gabriele Pauli pode não ser a mesma de qualquer português.

Ivar C disse...

lol, patrícia... passa-se a efectivo mas com possibilidade de o ser em part-time. :)

Ivar C disse...

fatyly, tens razão, mas o facto de estar melhor agora do que há vinte ou trinta anos atrás, não quer dizer que esteja bem. Até porque há vinte ou trinta anos atrás tínhamos saído há pouco tempo do regime do Oliveira... é preciso fazer mais... :)

Patrícia Manhão disse...

LOL....

Fatyly disse...

Claro que sim...mas para quem até se dá bem, a caducidade de um contrato ao fim de sete anos já imaginaste os gastos?
Se o nosso governo alinhar lá terá mais uma fonte de rendimento.