2.20.2007

talvez, pensa-se

Talvez, pensa-se. Depois pára-se num semáforo vermelho e esquece-se de arrancar no verde. Os automóveis que esperam atrás buzinam. Depois estaciona-se na baixa da cidade sem pagar, caminha-se sem sentir o chão e entra-se numa frutaria só porque cheira bem. Bebe-se um batido e folheia-se uma revista de som e de vídeo. Talvez, pensa-se. À noite toma-se um café sem açúcar e guarda-se o pacote no bolso do casaco. Mesmo assim mexe-se dezenas de vezes a colher, nem se sabe muito bem porquê. Talvez, pensa-se. Talvez.

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