7.02.2015

respostas a perguntas inexistentes (316)

o Amor por decreto

Todos desconfiamos, desde sempre, da capacidade que temos de Amar para sempre a mesma pessoa. Por isso é que inventámos o casamento, para nos obrigar a fingir que Amamos alguém mesmo quando esse Amor já acabou. 
Talvez a igreja católica romana tenha sido a primeira a perceber isto. De tal forma que nos diz que mentir é feio e depois nos põe num altar a prometer que vamos Amar para sempre o mesmo. Enfim, cria-nos uma armadilha da qual é difícil sair.
Torna-se proibido Amar para além do casamento e, ainda mais importante, torna-se impossível a felicidade.
Embora desconfiado, eu acredito que posso Amar para sempre a mesma pessoa, desde que ninguém me obrigue a fazê-lo. Se me sentir obrigado, nem que seja por uma questão de libertação pessoal, tentarei Amar outra. Libertar-me-ei das amarras do Amor por decreto.
É esse o grande erro da nossa civilização: o Amor por decreto. Torna-nos tristes, controláveis, zangados.

2 comentários:

Anónimo disse...

E é por essas e por outras que eu não me quero casar. ;)

Ivar C disse...

anónimo, também eu. :)