7.16.2015

monopólio

No Amor, joga-se como no Monopólio, até porque se há Amor, o que se pretende é o monopólio do outro. Não da pessoa, mas precisamente do seu Amor.
Andamos por aí de mãos dadas, felizes como dois anjinhos, mas depois da casa Partida podemo-nos afastar de forma cruel. Às tantas esticamos a mão na Avenida Todi, em Setúbal, e ela já vai na Rua Augusta, em Lisboa.
O que é que queremos receber e o que é que estamos dispostos a dar? Quase nunca é o mesmo. É por isso que vamos vivendo de acordo com a sorte dos dados, à espera que de vez em quando os dois parem na mesma casa e tornem a fazer Amor. Na rua Ferreira Borges, em Coimbra, por exemplo.
É claro que a vida tem a mania de ser um problema para o Amor. Todos gostamos de passear por aí, de vez em quando, livres como passarinhos. E ainda bem, para que às vezes nos apeteça ir juntos para a casa Prisão.

5 comentários:

Carolina Valadares disse...

engraçado este conceito de amor assemelha-se ao meu conceito de bom sexo :)

açoriana disse...

Fiquei a pensar no assunto... :)

Ivar C disse...

carolina valadares, pode ser... :)

açoriana, :)

Teresa Margarida Costa disse...

Nem sempre se pensa no que se quer e no que se está disposto a dar... 😉

Ivar C disse...

Teresa Costa, tens razão. é o que nos vai salvando. :)