pagar para ter sexo
Hoje recebi um email duma senhora, a propósito das crónicas que publico às quintas no Diário de Aveiro, mais concretamente por causa da crónica de hoje, penso eu. Pergunta-me se eu costumo pagar para ter sexo, já que falo tanto de prostitutas nas crónicas da cidade que sopra. Pede desculpa pela pergunta mas tem mesmo curiosidade.
É assim, o princípio da crónica de hoje:
O limite do colchão é a linha do horizonte. Um armário fechado e alguma roupa arremessada com força desenham o céu que cobre extensões de campos brancos. É assim, a paisagem de Helena, nua e deitada de barriga para baixo numa cama despovoada. Um dos seus olhos fecha-se de encontro ao lençol de linho, o outro mantém-se aberto e enquadra esta cenário pós-sonho. É álgida a manhã, e beija-a duma forma suave e aleatória. Às vezes nos pés, outras nas nádegas, outras nas costas, outras em qualquer zona do corpo estagnado. E é como se toda a sua energia se concentrasse na mão esquerda, que agarra o lençol como se ele quisesse fugir. Chora a espaços, Helena, criando um pequeno lago naquele ecossistema do quarto.
Não, não costumo. E parece-me óbvio que não. A propósito de curiosidade, parece que costuma matar gatos...
5 comentários:
Aiiiiiii.Não sei bem porquê, mas a mim parece-me que este blog solta uma parte de mim que eu procura manter na moita....E agora pergunto eu? Será que não existem por ai senhoras a querer ganhar uns trocos e ainda serem heroinas das crónicas das quintas? LOLOLOL
Crystal, acho que não era isso que a senhora queria, mas também estava feita, se fosse isso. da maneira que ando tinha que fugir sem pagar. ;)
Ora...
He,he,he
mas é claro que pagas, que é que tu pensas?
Tudo tem um preço na vida e... TUDO SE COBRA!
fausta, não pago não. Chamem a polícia, que eu não pago!
Enviar um comentário