coisas que fascinam (168)
Nunca devemos desprezar um Amor de baixa intensidade. Foi a tua mão que me ensinou isto.
Na verdade, à distância de alguns anos, é da tua mão que me lembro tantas vezes. A tua mão que me agarrou numa rua qualquer de Lisboa, como se fosse uma bóia salva-vidas atirada a um náufrago. Era tão fina quanto forte e às vezes suava. É do que me lembro. É da tua mão. Da textura e do suor.
- Não largues! - disseste.
Não larguei.
Já não me lembro muito bem de ti, para ser sincero. Nem tu de mim, estou certo. O que eu queria era que te lembrasses da minha mão da mesma forma que eu me lembro da tua. As mãos são a prova dos nove de um Amor de baixa intensidade ou, como se diz às vezes, de uma paixoneta. Quem não se Ama nem um bocadinho, não dá as mãos durante mais do que alguns segundos. E nós demos.
10 comentários:
Diria de 'alta intensidade', a baixa não chega lá...
Adorei o texto.
Adoro dar a mão, e curiosamente agora que penso, só dou a mão, a quem gosto mesmo.
Não falo de um simples toque, falo de dar e sentir a mão do outro.
...
gostei mesmo muito. :)
Um amor é sempre um amor. Só se dá a mão a quem se ama. Nenhum amor deve ser desprezado.
E ponto.
Matilde
Lindo. Deu para aquecer um coração gelado. :)
Grande VERDADE e são esses gestos que alimentam o lado bom da vida!
Tétisq, :)
Maria Varredora Pau de Vassoura, obrigado. :)
matilde, :)
olga, :)
fatyly, obrigado. :)
Deixaste-me a pensar, o meu namorado nunca quer dar a mão, diz que é uma chatice e que perde a liberdade de movimentos...
anónimo, pois... nem sei que te diga. :)
Das primeiras coisas que reparo nas pessoas são as mãos :)
estudante, já conheci quem tenha dito o mesmo. é giro. :)
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