6.02.2010

respostas a perguntas inexistentes (91)

Crescemos a acreditar que o amor é uma coisa que nos acontece. Provavelmente até há quem morra a acreditar nisso. Eu não acredito. Acho que o amor é uma coisa que fazemos acontecer. Ou não. No caso do não, coitados dos que morrem a acreditar neste mito.
Na verdade, ainda bem que o amor é uma coisa que fazemos acontecer. Se não o fosse não tinha valor nenhum. Era o mesmo que encontrar um maço de notas no chão ou tirar o totoloto. Não é assim. Na verdade o amor dá uma trabalheira enorme. É uma trabalheira de que gostamos, mas ainda assim uma trabalheira.
Acho que os que adiam continuamente o amor são os que acham que ele é uma coisa que acontece per si, e que por isso têm sempre a esperança que lhes pode acontecer outra coisa ainda melhor: um primeiro prémio no totoloto ou no euromilhões. Não acontece. O amor é uma opção. Ponto final. Decidimos que vamos amar esta pessoa e pronto, trabalhamos para isso. Claro que para tomar essa decisão é melhor ter em conta vários aspectos. O principal é que essa pessoa esteja disposta a amar-nos também.
Era só isto. Por favor não esperem que o amor vos aconteça.

30 comentários:

Anónimo disse...

Sim...mas o amor também nos acontece, não é por acaso que amamos uma pessoa em vez de outra.
E há amores ( que sem se fazer acontecer) são amores de uma vida...sempre para sempre.
Beijo x
P.S.

Anónimo disse...

excelente post. parabens

Cat disse...

Isto faz-me lembrar o texto do MEC.. Concordo que o amor é trabalhoso, exige esforço, dedicação, empenho. Mas, às vezes, acontece-nos. Acontece-nos e depois olha, há que investir nele. Mas é mais do que um investimento, do que uma decisão, do que uma coisa matemática. É bom sermos surpreendidos pelo amor :)

Cassandra disse...

Tens tanta, tanta, tanta razão! Se ficam sentados à espera que o cupido os atinja no rabo... vão esperar até as setinhas do dito terem GPS. Mais vale encomendar um/a "garoto/a de programa".

Poetic Girl disse...

Eu acho que ele não acontece por acaso, acontece porque as pessoas estão pre-dispostas a isso, fazem-no acontecer. Não digo que seja premeditado mas exige algum esforço de parte a parte, também se fosse fácil não teria o mesmo valor... bjs

Nuance disse...

Nunca tinha visto a coisa por esta perspectiva.
Este texto dá que pensar...

Unknown disse...

Pois :)

Anónimo disse...

Concordo plenamente, pois vivi o início dessa experiência e tenho lhe dado continuidade há 04 anos.

O amor não acontece sozinho, seria muito cômodo se assim fosse. É de fato uma escolha (ou opção) e também um aprendizado. Uma incrível vivência!

Que bom encontrar mais alguém que partilha dessa visão :-)

Beijos

Vera disse...

Amigo, pra ti. Um sorriso. É a única coisa que posso dizer sobre este post.
:D

Ivar C disse...

anónima, claro que sim... mas lá está: não é por acaso: :)

a mulher certa, obrigado. :)

cat. é bom, sim. :)

cassandra, lol. é isso mesmo. :)

poetic girl, exacto. :)

lápis, já não é mau, se dá para pensar. :)

tulipa, :)

gigi, exacto. não acontece sozinho... sem pessoas a fazer por ele não vale nada. :)

vera, obrigado. outro para ti. :)

Alexandre disse...

mai nada... dá uma trabalheira danada, mas daí... Não existem atalhos para algum lado onde valha realmente a pena ir... ab

Ivar C disse...

alexandre, exactamente. abraço. :)

Jacinta disse...

Eu acho que só existe essa ideia durante uma certa idade, depois vamos percebendo que, como quase tudo, o que vale a pena dá trabalho!

Malena disse...

Eu fiz com que o amor acontecesse! E deu um excelente resultado! Um resultado de mais de vinte anos! :)

deviousmind disse...

Sim, tens razão. Eu estou neste momento a virar mundos e fundos para o meu continuar a acontecer :)

GiGi disse...

Ô, Bagaço. Assunto polêmico!

Há inúmeras definições para amor, havendo as por conveniência, individuais, culturais, etc. Por isso mesmo, acho que não existe um único modo de viver o amor.

Há quem acha que ele acontece e vive assim. Há quem acha que ele é uma escolha e assim vive.

E vc deixou bem claro que o seu exposto não é uma verdade universal, mas o seu modo de vida. E há polêmica porque muitas pessoas não entendem isso...

Olga disse...

Trabalheira dá arranjar quem "esteja disposto a amar-nos também". Dá tanto trabalho que mais vale meter férias permanentes.

Anónimo disse...

Olha que lá em cima, diz-se que coitado é corno..eh eh. Mas sim, devo dizer que concordo contigo. =)

Andava desaparecida, mas estou de volta ao ataque..

beijo

Lolablue disse...

Concordo. Mas o ponto fulcral é mesmo a outra pessoa estar disposta a amar-nos também:(
E aí, não empenho que faça o amor acontecer

Lolablue disse...

Concordo. Mas o ponto fulcral é mesmo a outra pessoa estar disposta a amar-nos também:(
E aí, não empenho que faça o amor acontecer

Anónimo disse...

Acabei de levar uma chicotada psicológica. Vou ter de rever toda a minha forma de pensar :/

Fatyly disse...

Que coincidência...não é que nos meus 18/20 anos debatia-me com um amigo que pensava tal e qual o que descreves? Como é possível em gerações tão diferentes?!
Gostava tanto de mim e eu apenas sentia uma grande amizade, muito trabalhou para ir mais além e culpava-me de que eu "não estava disposta para o amar". Lembro-me de dizer-lhe: oh pá que porra, achas que eu não gostaria de amar uma pessoa maravilhosa como tu? Mas se aceitasse seria mentir e ir contra o que sinto! Portanto jamais fiz, faço ou faria, porque se fui tão magoada por não ter sido amada, não faria o mesmo a outra pessoa!
Veio para Portugal acabar o curso de juiz, hoje está em Angola, casado e bem csado, com uma data de filhos e há tempos encontrei-o porque veio a um congresso e depois de aquela festa tão genuina e como já sabia do meu caso, perguntou-me: então miuda és feliz? claro que sou! Quem é o felizardo? Felizardo? nenhum. Como é possível? porque meu amigo conforme te dizia "o amor acontece" e nunca "uma coisa que fazemos acontecer" e como te aconteceu contigo e com a X?

Isto é a mais pura verdade e hoje é masi uma era do descartável, relações fáceis, deslumbramento do momento, toca lá enfim e coisa e tal e no dia seguinte acordamos mais só do que estávamos.

"Era só isto e eu ESPERO mas NÃO DESESPERO":))))

Quando falar com eles hei-de mostrar este teu post:)

Ivar C disse...

jacinta, é que o que vale a pena dá mesmo trabalho. :)

malena, gosto de ler isso. :)

myann, também gosto de ler isso. :)

gigi, :)

olga, em férias também se pode trabalhar um cadinho. :)

areianegraemarbranco, lá em cima, num planeta sem fim... :)

lolablue, é sim... :)

anónimo, :)

fatyly, o que fazemos acontecer tem que ser impulsionado pela nossa vontade. beijinho. :)

Anónimo disse...

Sou "more and less" da mesma opinião. Acho que temos que fazer acontecer, sim ... mas muitas das vezes não é por fazermos mais ou menos que o amor vai aparecer lá no "meio". Quando decidimos amar alguém é porque já a amamos realmente, só estamos a confirmar um facto.
Gostei muito.

S.

MC disse...

As pessoas vivem como querem e chamam amor ao que quiserem... Há quem seja maltratado/a e chame a isso amor...

Eu acho que nós nos realcionanos com quem temos vontade de nos relacionarmos e é por isso que as relações acabam: alguém deixou de ter vontade naquela relação!

Nem há relações porque "é a vida", nem as relações acabam porque "é a vida". Há sempre algo, uma vontade que assenta nalguma coisa, que faz as coisas andarem nesse sentido...

As relações dão trabalho sim senhor... O Amor nem por isso. Quando lá chegas já nada é trabalho, é muito mais prazer em fazer algo pela pessoa que Amas...

Lizzie disse...

Nunca tinha pensado no amor dessa forma...sempre acreditei que me fosse acontecer.
Se calhar tenho mudar de perspectiva.

Gostei muito do blogue :)

pUnChdRuNk-LoVeSiCk disse...

acho que sou uma dessas pessoas que está sempre a adiar... passo a vida a descartar homens. acho sempre que não servem para mim

Anónimo disse...

Vou contrariar-te. Para mim aconteceu e à 1ª vista, inesperadamente.
Mas também é verdade que conheço quem decida "vou amar este/a".

redonda disse...

Não sei não, mas com isto é que não concordo nada.
Seria óptimo se pudessemos decidir, mas não me parece que seja assim.
Tem que haver magia.
Depois podemos é desistir ao primeiro contratempo ou decepção (se não forem enormes e demolidores) ou optar pelo descobrir e construir e amar.

calamity disse...

ópá,...não me apetece comentar :D nacionalizei e «prontos»!

abreijos