beijos e carne
Os teus beijos deixaram-me marcas na carne
Vendi as últimas unhas postiças na loja
(do vermelho translúcido de que tu gostavas)
para comprar uma garrafa de brandy barato, muito barato.
Crava-se-me no peito um grito,
como um bico enfurecido de jovem gaivota
A banalidade da vida surge como um punhal
e deixa um rasto de sangue morno nas paredes negras do cais.
(excerto do poema Ilhéus II, in”A Qualidade do Sangue”, de Fátima Araújo, Edições Mortas 1995)
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