10.14.2014

respostas a perguntas inexistentes (291)

O Amor é um pudim

Quase ninguém pensa no Amor que está a viver como o Amor que está a viver, mas sim como o Amor que quer viver a vida toda. Toda mesmo, até ao fim. É sempre um problema, porque uma vida toda não cabe no presente. É demasiado grande, e mesmo que às vezes custe perceber que é assim, ainda bem que o é.
É que o Amor é um pudim. Quando sabe bem, depois da primeira colherada não queremos que ele acabe nunca mais. À medida que o vamos saboreando vamos também sofrendo por ele estar cada vez mais pequeno.
Um Amor acaba, outro Amor começa. O sabor pode nunca ser o mesmo, mas a intensidade certamente que o é. O truque é saber aguentar o tempo entre um e outro pudim, como quando se vai lambendo os restos que ficaram entre os dentes. A imagem talvez não seja a melhor, é verdade. Ainda assim é a mais real, porque o Amor também é saliva, bactérias e restos de comida.
Dos pudins que se comem, no entanto, pode haver um que dure mais tempo do que o normal. Diria eu, pelo menos. Quando não se quer mudar, aprenda-se a cozinhar.

4 comentários:

AC disse...

O amor é um algodão doce. Peganhento qb, doce como se quer e cheio de cores coloridas. Derrete na boca e saboreia-se coração.

O mal do algodão doce é que se acaba depressa. Esvai-se num instante e depois só fica mesmo a sensação de cola nos lábios e nos dedos.

Beijoooo Bagaço

EJSantos disse...

"Quando não se quer mudar, aprenda-se a cozinhar."

:-)

Optimo. Sei cozinhar...

redonda disse...

Portanto, se aprendermos a cozinhar poderemos estar sempre a fazer um pudim que depois não acaba, certo?

Ivar C disse...

maria das palavras, eu compreendo. não me tenho é dado muito bem com isso. :)

ac, :)

ejsantos, óptimo. :)

redonda, eu, pelo menos, espero que sim. :)