6.30.2008

conversa 814

Ela - Tu sabes porque é que entre nós não deu certo, não sabes?
Eu - Sei.
Ela - E porque é que foi?
Eu - Porque a única coisa que tu querias de mim era sexo. Quanto te disse que queria mais do que isso puseste-te a andar.
Ela - Não.
Eu - Não?
Ela - Não. Quando me pus a andar devias ter vindo atrás de mim.
Eu - Ah!
Ela - Estava à espera que me telefonasses na noite em que te disse que não queria estar contigo e tu... nada.
Eu - Mas... se me disseste que não querias estar comigo...
Ela - Mas se tivesses insistido eu estava, percebes?
Eu - Não.
Ela - Não percebes nada... ou então finges que não percebes nada...
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

conversa 813

Ela - Já aviso que hoje estou mal disposta. É melhor não esperares muito de mim como companhia. Não me apetece falar muito...
Eu - Mas estás mal disposta porquê? Posso fazer alguma coisa por ti?
Ela - Vês? Já começas...

casas de banho da casa da música



Foi assim que acabou o concerto do duo Amadou & Mariam, esta noite, na Casa da Música: com o público a subir ao palco e a dançar entre os músicos. Sei lá... se algum dia arranjar uma namorada ela vai ter que gostar de Amadou & Mariam, senão somos incompatíveis.

Bem, e agora que já fiz esta pequena declaração de amor, gostava só de fazer três pequenas perguntas ao pessoal da Casa da Música:

1] Porque é que os bares funcionam tão mal? Preços como um euro e dez por um café não dão para ter mais pessoal a trabalhar? e num concerto destes o stock de cerveja acabar é normal? Hum... hum... cheira-me a incompetência.

2] Porque é que os urinóis são duma tanga qualquer made in USA? Nunca ouviram falar da Cerâmica de Valadares?

3] Porque é que os "seguranças" mais parecem miúdos que viram a série Knight Rider demasiadas vezes e agora se querem parecer com o Michael Knight? Se não fosse terem subido mesmo muitas pessoas para o palco, e eles terem perdido o controle, tinham havido pancada de certeza, pelo menos a julgar pelo bufar raivoso que senti em alguns...

6.29.2008

belos domingos

E porque hoje é domingo e esta música se chama "belos domingos", e porque hoje é dia de Amadou & Mariam na Casa da Música, e porque esta música é bonita e a letra é feliz, e porque me apetece. Les dimanches à Bamako c'est les jours de mariage... les hommes et les femmes ont mis les beaux boubous


conversa 812

Ela - Tens que mudar de registo.
Eu - Mudar de registo?
Ela - Sim, só te metes com as gajas erradas. Mete-te com uma normal, uma que queira o mesmo que tu.
Eu - Como é sabes que só me meto com as gajas erradas?
Ela - Porque sei. Eu própria sou uma gaja errada.

conversa 811

Ela - Se eu tivesse dinheiro gostava de ter um marido que fosse dono de casa. Eu trabalhava e ele fica em casa a tratar dos putos, das limpezas, cozinha, etc.
Ele - Era o que eu queria para mim... ser dono de casa.
Eu - Vocês drogam-se?
Ela - Eu até aceitava mas... não ganho o suficiente.

o geral e o particular

As mulheres no geral são um espectáculo, mas no particular...
Ouvi ontem esta frase, às duas da manhã no balcão do Clandestino bar, e concordei.

6.28.2008

conversa 810

(numa loja de artigos de praia)

Eu - Boa tarde, queria uma toalha de praia que tem uma mulher, nua da cinta para cima, com uma coisa cor de rosa na mão que eu não sei o que é, e uns golfinhos ao fundo.
Ela - Essa toalha mesmo não sei se tenho.
Eu - É que eu vi uma aqui assim o ano passado...
Ela - Às vezes temos toalhas com mulheres nuas... mas vendemos mais a adolescentes.
Eu - Pois... hum... hum... é para oferecer.
Ela (afastando-se) - Deixe-me ver...
Eu - Obrigado.
Ela (voltando com toalhas na mão) - Com mulheres nuas, de momento, tenho estas duas, mas nenhuma tem golfinhos nem coisas cor de rosa nas mãos...
Eu - Pois... é que eu queria mesmo essa.
Ela - Mas se é para oferecer a um adolescente, qualquer uma serve. Eles gostam de todas.
Eu - Para oferecer?
Ela - Sim. Não foi o que disse?
Eu - Ah! Pois... sim, sim. Levo esta... quanto custa?
Ela - Doze euros.
Eu - Ok...
Ela - Não preciso embrulhar, pois não?
Eu - Não...

coisas que fascinam (70)

Hoje há praia em Aveiro e amanhã há Amadou e Mariam na Casa da Música, no Porto. Não sei porquê mas dizer isto fascina-me. Parece que a vida é simples...

em defesa dos transportes públicos


Uma mulher de 29 anos transformou um autocarro num prostíbulo e foi presa. Não acho bem. Em defesa duma melhor e mais eficaz rede de transportes públicos que, de facto, melhore a qualidade de vida dos utentes, parece-me uma excelente ideia. Não era fixe apanhar o autocarro para ir trabalhar, todos os dias, e ser acompanhado por uma loira de olhos verdes nascida na Ucrânia com camisolas de alça compradas no Fabbi Luci? Claro que era. Aposto que a maior parte dos portugueses começava a deixar o carro em casa...

6.27.2008

casa com mulher

Estou a pensar comprar uma casa. A vendedora está a pedir quinhentos mil dólares. Eu estive aqui a ver e vou fazer uma oferta um pouco abaixo do que ela pretende: vinte e um euros e quarenta e dois cêntimos, mais dois rebuçados S Brás no valor de 5 cêntimos cada um. Se ela não aceitar vender por este preço peço para, pelo menos, alugar por um dia. Desde que o conteúdo se mantenha, claro.

conversa 809

Ela - Muda de calças.
Eu - Porquê?
Ela - Há um mês que te vejo sempre com essas e, assim aqui fechada no carro contigo, já se nota um bocadinho...

conversa 808

(ao telefone)

Eu - Sim?
Ela - Estavas a dormir?
Eu - Sim...
Ela - É meio-dia. Já passa, até.
Eu - Sim... deitei-me tarde. Podes ligar-me mais daqui a pouco?
Ela - Não. Vou é começar a ligar-te todos os dias de manhã.

6.26.2008

conversa 807

(no clandestino bar)

Eu - A tua amiga é mesmo bonita.
Ela - Qual?
Eu - Aquela que estava a falar contigo quando fui à casa de banho.
Ela - Se pensas que ta vou apresentar, tira o cavalinho da chuva.
Eu - Ela tem namorado?
Ela - Não... mas também não vais ser tu.
Eu - Era só para saber.
Ela - Já sabes, agora cala-te.

conversa 806

Ela - Vou-me separar...
Eu - Tu?
Ela - Sim.
Eu - Mas porquê? Não estava nada à espera de ouvir isso...
Ela - Eu sei que não.
Eu - Vocês parecem dar-se tão bem...
Ela - Opá, já não temos sexo há uns seis meses. Quando é assim é melhor acabar...
Eu - Ah!

a súplica da classe média

"A súplica de D. Inês de Castro", um quadro pintado por Vieira Portuense e cujo rasto se perdeu em 1807, vai agora voltar para Portugal, depois de ter sido comprado num leilão em Paris por duzentos e dez mil euros. O quadro, que representa a Dona Inês pedindo a Afonso IV que não lhe tire a tosse, é considerado uma obra fundamental para o património português e vai ficar exposto no Museu Nacional de Arte Antiga.
Eu apoio esta compra e vou mais longe: acho que devíamos fazer um quadro agora com "A Súplica da Classe Média", representando uma tipa qualquer da classe média portuguesa suplicando pela vida ao nosso primeiro-ministro, ou seja, pedindo-lhe que deixe de mentir descaradamente aos portugueses e vá à vida dele. Tenho a certeza que daqui a uns anos também será uma obra fundamental do património português...

6.25.2008

quinze metros de mulher

Filmado em 1958, este filme série B acabou por se tornar um clássico da ficção científica. Basicamente é a história duma mulher traída (a bonita Allison Hayes) pelo marido que, ao expor-se à radiação duma nave espacial que encontra por acaso, com um ocupante enorme lá dentro, acaba por crescer até aos quinze metros de altura. É com esse tamanho que aproveita para se vingar do marido e da sociedade em geral.
O filme é tão mau, tão mau, tão mau que vale a pena ver. A Allison Hayes era tão linda, tão linda, tão linda que quinze metros dela não lhe ficam mal. Claro que, quando estava ver o filme, pensei logo nas três maiores vantagens e desvantagens de ter uma namorada deste tamanho.

vantagens:
1] ela nunca nos pede para ir buscar qualquer coisa à prateleira mais alta da cozinha
2] nunca a perdemos de vista quando vamos fazer compras ao domingo.
3] é boa para limpar a humidade do tecto da casa de banho.

desvantagens:
1] a actividade sexual com ela deve ser difícil. Um minete, por exemplo, deve equivaler a um mergulho no rio Tejo.
2] nunca a perdemos de vista quando vamos fazer compras ao domingo.
3] se se distrai e rebola na cama pode asfixiar-nos imediatamente.

links rapidshare (baixar todos e descompactar na mesma pasta): 1,2,3,4,5

paramiloidose

Assinei esta petição a favor do Dia Nacional da luta contra a Paramiloidose, uma doença neurodegenerativa a que a vox populi chama normalmente doença dos pezinhos. Leiam e, se acharem bem, assinem também, por favor. O Bagaço agradece.

we can do it



É um ícone do feminismo americano durante a Segunda Guerra Mundial, este poster chamado Rose the Riveter. Foi usado para elevar a moral das mulheres que, pela primeira vez nas suas vidas, se tornavam parte integrante da força de produção americana, principalmente na indústria militar, para colmatar a falta de mão de obra provocada pela ida de soldados para os teatros de guerra na Europa e no Pacífico.
A mulher representada chamava-se Rose Will Monroe e foi uma das muitas que participou nesse esforço de guerra, trabalhando na construção dos bombardeiros B-29 e B-24 da Força Aérea Americana. Riveter vem de rivet (rebite), que eram os parafusos que prendiam as chapas do revestimento desses aviões, fundamentais na vitória dos Aliados. Era o que a Rose realmente fazia, de farda e posse musculada mas mantendo sempre, através do lenço na cabeça, um toque feminino.
Curioso é que foram precisamente aviões B-29 a lançar as bombas nucleares sobre Hiroshima e Nagasaki. Para os cerca de duzentos mil mortos mortos civis imediatos nesses bombardeamentos, mais os que morreram e sofreram pela consequente exposição à radiação, a Rose também contribuiu. Orgulhosamente, como se pode ver no cartaz. We can do it!

conversa 805

(ao telefone)

Eu - Telefonei só para saber se estás bem.
Ela - Estou. Porquê?
Eu - Deixei de te ver... nunca mais disseste nada. Pensei que te podia ter acontecido alguma coisa.
Ela - Estou bem. Agora desliga.
Eu - Estás chateada por alguma coisa?
Ela - Se calhar...
Eu - Mas o que é que se passa?
Ela - Descobre tu.

esta mulher é minha...

Esta notícia do JN, que fala dum atrasado mental de 28 anos que deu um murro fatal a um adolescente por causa dum pseudo-piropo qualquer a uma miúda (em Albergaria-A-Velha), revela um paradigma na forma como alguns homens vêem algumas mulheres. O que está por trás deste murro, para além do facto do agressor ser de certeza desprovido de qualquer neurónio, é um enraizado sentimento de propriedade: esta mulher é minha.

conversa 804

Ela - Já foste à praia este ano, não já?
Eu - Sim.
Ela - É que estás moren... vermelho.

6.24.2008

boneca



Neste site é possível comprar uma boneca bastante realista (também há um boneco). O fabricante garante uma proximidade de quase 100% na semelhança com a pele humana e também no comportamento. Por exemplo, cada boneca tem cerca de 100 sensores que a fazem mexer de acordo com o ritmo do cliente e emite um gemido suave quando penetrada. Até húmida fica, quando tocada numa zona erógena, e obedece a dezasseis comandos de voz (português incluido). Estava a ver o site e perguntei a mim mesmo se, com tanta perfeição, não terá uma enxaqueca uma vez por outra, ou se não amuará quando adormecemos logo a seguir ao acto sexual. É que se não o fizer perde metade da piada.

conversa 803

Ela - Numa relação o sexo é muito importante para ti?
Eu - Não é o mais importante.
Ela - Para mim também não...
Eu - Vá lá, concordamos em qualquer coisa.
Ela - Mas fora da relação é muito importante.

conversa 802

Ela - Tu no fundo não queres ter uma namorada nem uma relação a sério. Não queres ter nada.
Eu - Porque é que dizes isso?
Ela - Porque sei, pronto.
Eu - Mas como é que sabes?
Ela - Conheço-te muito bem.
Eu - Olha que estás enganada.
Ela - Não estou nada e tenho a certeza que, se um dia destes arranjares uma gaja, vais ter uma relação problemática.
Eu - Porquê
Ela - Porque tu no fundo não queres ter nada.
Eu - Há um problema que posso vir, de facto, a ter com uma eventual namorada...
Ela - Qual?
Eu - É ela achar que me conhece melhor do que eu.

pensamentos catatónicos (139)

Obedecemos cegamente aos sinais, a cada momento, sem perceber que é isso mesmo que estamos a fazer: obedecer. Vai por aqui, não vás por ali, cala-te, espera, não entres. É assim no trânsito, por exemplo, mas também é assim na nossa relação. Só há uma diferença: enquanto no trânsito os sinais são standard e todos nós os percebemos, na nossa relação somos obrigados a descodificar cada sinal novo, seja um silêncio, uma lágrima, uma prenda que se dá ou recebe, uma frase mais áspera ou um bilhete colado no frigorífico. Uma lágrima, por exemplo, pode ser um sinal de zanga ou de emoção.
Sempre que, conscientemente, desobedeço a um sinal de trânsito, passando por exemplo num semáforo vermelho, penso que talvez fosse importante começar a desobedecer também aos sinais numa relação, entendendo por exemplo uma zanga como uma declaração de amor. Mas não é possível, e só dou conta disso quando o semáforo já passou para verde.

6.23.2008

conversa 801

(no comboio, com uma senhora idosa)

Ela (apontando para o lugar à frente do meu) - Este lugar está livre?
Eu - Parece que sim.
Ela - Posso me sentar?
Eu - Por mim sim.
Ela (já sentada) - Este comboio vai pró Porto?
Eu - Sim?
Ela - Pára em todas as estações apeadeiros?
Eu - Não sei.
Ela - Caramba... não sabe nada, não tem a certeza de nada...

couscous night

Hoje é noite de couscous no Clandestino Bar, em Aveiro, a partir das 22:12.


6.22.2008

de um extremo a outro...

Duas espingardas caçadeiras calibre 12, uma pistola calibre 6,35mm, uma carabina 22, uma pressão de ar com 360 cartuchos calibre 12, seis munições calibre 12.7, 10 munições calibre 7 de 62mm, seis munições de 6,35mm, 20 munições de salva, uma besta, uma podoa, um machado, duas mocas artesanais, um bastão extensível e uma faca de mato. Era este o arsenal com que um fdp de Loures ameaçava a mulher em mais um caso de violência doméstica. Eu pergunto como é que duas pessoas chegam de uma situação de paixão a isto... pergunto mas não consigo responder.

6.21.2008

Vermelha de Tomate

A minha filha não me deixa contar-lhe histórias sérias para adormecer. Desde que se habituou a que eu estupidifique clássicos, não adormece enquanto não faço isso. Acabei de a adormecer assim:

Era uma vez uma princesa muito boazinha que, por ter caído num enorme frasco de ketchup quando era pequenina, tinha a alcunha de Vermelha de Tomate. A Vermelha de Tomate vivia num castelo enorme com a madrasta, que era uma rainha muito má, muito má, muito má.
A madrasta não gostava nada da Vermelha de Tomate mas coexistiam sem grandes problemas porque o castelo era tão grande que raramente se cruzavam. O único problema que tinham é que, apesar de grande, o castelo só tinha uma casa de banho, e como a rainha era muito vaidosa passava os dias a pentear-se no espelho dessa casa de banho. A Vermelha de Tomate andava sempre aflita dos intestinos e sofria muito com isso. Estava sempre a bater à porta e a pedir "deixa-me ir fazer xixi, por favor", ao que a rainha má respondia inevitavelmente "cala-te oh sua chata!".
Um dia, enquanto se penteava, a rainha má lembrou-se de perguntar ao espelho: "oh espelho mágico, há neste castelo alguém mais chato do que eu?", e o espelho respondeu: "a Vermelha de Tomate é chata como a potassa, mas tu consegues ser mais chata ainda". A rainha ficou furiosa, chamou o tratador de cavalos e mandou-o levar a Vermelha de Tomate para a floresta, matá-la e trazer o coração dela num saco de plástico dos supermercados Pingo Doce.
Já na floresta, o tratador de cavalos perdeu a coragem, até porque era um hippie pacífico dos anos sessenta, e mandou a Vermelha de Tomate fugir. Depois matou um periquito e levou o coração dele. Quando mostrou o coração do periquito à rainha ela ainda desconfiou mas, como não tinha passado da segunda classe, lá acabou por acreditar que a miúda estava mesmo morta.
A Vermelha de Tomate andou toda a noite pela floresta até que encontrou uma casa enorme onde viviam sete comunistas. Quando ela disse que se chamava Vermelha, eles deixaram-na logo entrar e ficar ali a viver, desde que ela fizesse as camas todos os dias e limpasse o retrato do Mao na parede.
Tudo correu bem até o espelho dar com a língua nos dentes e dizer à rainha má que a Vermelha de Tomate ainda estava viva. Imediatamente, a rainha transformou-se numa Testemunha de Jeová, enfeitiçou uma revista Despertai e foi anunciar a palavra de Deus à casa dos sete comunistas. Por azar eles não estavam lá porque tinham ido pró café discutir a queda do muro de Berlim. A Vermelha de Tomate, na sua inocência, folheou a revista e caiu desmaiada no chão. O feitiço da testemunha de Jeová só poderia ser quebrado com um beijo dum cantor de hip hop.
Quando os sete comunistas regressaram a casa e encontraram o corpo da Vermelha de Tomate desmaiado, ficaram muito tristes e puseram-no lá fora, no jardim, enquanto foram tratar da papelada toda na Junta de Freguesia para realizar o funeral. O Boss Ac passou por ali a cantar o "Baza baza, vai p'ra casa, casa. Abre a pestana tana" e achou que a Vermelha era muita gira. Deu-lhe um beijinho, ela acordou e bazou mesmo com ele.
Quando os sete comunistas estavam na Junta de Freguesia, repararam numa Testemunha de Jeová que andava a distribuir revistas por tudo quanto era gente. Convidaram-na para uma conversa no café sobre religião e materialismo dialéctico e foi aí que descobriram que, de facto, a Testemunha de Jeová era a rainha má que se tinha esquecido do feitiço para voltar a ser rainha. Ficou testemunha de Jeová para sempre...

conversa 800

Ela - As pessoas divorciam-se por tudo e por nada, hoje em dia.
Eu - Não concordo muito contigo. Acho que as pessoas se casam por tudo e por nada e por isso é que depois se divorciam muito.
Ela - Às vezes não fazem um esforço para salvar uma relação.
Eu - E porque é que deviam fazer? Desde quando é que manter uma relação é por si só um objectivo?
Ela - Desde sempre...
Eu - Desde nunca. As pessoas devem ligar mais à sua felicidade do que a formalidades sociais, acho eu. Eu sou feliz quando, por exemplo, abraço e beijo uma mulher que gosto. Sou feliz quando tomo banho na praia, quando janto com um amigo e bebo uma garrafa de Cabriz. Sou feliz quando a minha filha me abraça e quando a mulher que eu mais gosto no mundo me chama docinho. Sou feliz quando me sento na esplanada de um bar ou quando ponho música no Clandestino. Não sou feliz quando faço o IRS nem quando vejo televisão, por exemplo.
Ela - Isso quer dizer o quê?
Eu - Quer dizer que se uma relação me conseguir tirar o sabor da abraçar e beijar uma mulher, de quando tomo banho no mar, de quando a minha filha me abraça, de quando janto e bebo com amigos e a minha vida passa a ser fazer o IRS e ver televisão, não tenho nada que tentar salvar relação nenhuma. Nem por mim nem pela minha companheira e o melhor que se pode fazer a ambos é a separação.
Ela - Pronto. Já cá não está quem falou.
Eu - Por falar nisso, bebes mais um copo de vinho?
Ela- Sim...

6.20.2008

conversa 799

(no msn com uma americana)

Ela - Where u from?
Eu - Portugal
Ela - I've heard about it.
Ela - South America or Africa?
Eu - Lol
Ela - Lol?
Eu - Lol... you are funny...

pensamentos catatónicos (138)

A felicidade que se obtém num jogo de futebol é desesperadamente efémera. Grita-se e salta-se de alegria durante dois segundos, a seguir a um golo qualquer, e logo a seguir regressa-se ao que nos é ordinário.
Ontem estava a ver o jogo de futebol da selecção, na Praça do peixe em Aveiro, e percebi que os últimos dois anos da minha vida, emocionalmente falando, não passaram disso mesmo: alguns golos de futebol.

a mulher como gado

Todos os anos milhares de mulheres são vítimas de tráfico e obrigadas à prostituição. Portugal não é excepção e quem lê jornais diariamente sabe do que estou a falar. Na Suíça, país onde a prostituição é legal, calcula-se que vivem mesmo assim mais de três mil mulheres vítimas de tráfico (Público de 18 de Junho). Esta publicidade fortíssima, em que as mulheres são tratadas como gado, foi feita no âmbito duma campanha de sensibilização do Euro 2008.
Parece-me bem. Estou convencido que a melhor forma de combater o lenocínio é sensibilizar os 'clientes' para a questão, já que não acredito que um atrasado mental capaz de manter uma mulher presa para seu próprio proveito económico e sexual, seja sensível ao que quer que seja. Até mesmo relativamente aos clientes tenho muitas dúvidas. Talvez a melhor solução fosse matá-los...

conversa 798

Eu- Queres jantar comigo para a semana?
Ela - Quero.
Eu - Só assim, sem hesitações?
Ela - Sim.
Eu - Ena...

conversa 797

(durante o jogo de futebol Alemanha-Portugal, quando descobri que um jogador alemão se chama Schweinsteiger )

Eu - Namoravas com um gajo que se chamasse Schweinsteiger?
Ela - Sim, se ele fosse inteligente e atraente...
Eu - Tens a certeza? Imagina-te a chamar por ele no supermercado. Por exemplo: "oh! Schweinsteigerzinho, anda cá."
Ela - Tens razão. Não namorava.

força de campeões

Este blogue é apoiante oficial da selecção de futebol de Burkina Fasso que, na caminhada para o mundial 2010, lidera já o grupo 9 africano da fase de qualificação, com três vitórias em três jogos. No último jogo venceu a selecção do Burundi por 2-0 depois de, surpreendentemente, ter vencido a favorita Tunísia por 2-1.

6.19.2008

e ela disse que não...

O índice ivariano sobe mais um ponto, fixando-se agora no onze.

Esperei-a de tarde, à porta da fabrica,
ofertei-lhe um colar e um anel e um broche,
paguei-lhe doces na calçada da Missão,
ficamos num banco do largo da Estátua,
afaguei-lhe as mãos...
falei-lhe de amor... e ela disse que não.

Viriato da Cruz in "namoro"

conversa 796

Ela - Gosto de ver televisão assim... abraçada a ti.
Eu - Mas... a televisão está desligada.
Ela - Pois. Ainda melhor...

conversa 795

Ela - Eu acho que a ****** é mesmo a mulher da tu vida. Digo-te isto porque quando vos vejo juntos é a sensação que fica. Olha que eu não costumo falhar.
Eu - Desta vez falhaste.
Ela - Não gostas dela?
Eu - Tu sabes que sim... ela é que não quer nada.
Ela - Já ouviste falar em lutar por alguém?
Eu - Já. Detesto lutas.
Ela - Percebes que a podes perder por causa desse orgulho estúpido?
Eu - Não é orgulho estúpido. É mesmo achar que não tenho nada que lutar coisa nenhuma.

mulheres artistas que não compreendo (19)


Nan Goldin, Jimmy Paulette Taboo! In the bathroom, N.Y.C. 1991

Nan Goldin nasceu em 1953 nos Estados Unidos. Diz que fotografa directamente a partir da sua vida e, quem vê o seu trabalho, percebe imediatamente porquê. Nan recebeu a sua primeira máquina fotográfica aos dezasseis anos e, desde cedo, deixou de ter uma visão neutra nas imagens que capta. Em 1965 a sua irmã mais velha suicidou-se e as suas amigas e amigos passaram a ser uma espécie de família de substituição. Esse laço emocional, entre si e os que fotografa, nunca desapareceu. Por isso mesmo teima em afirmar que para ela tirar fotografias é uma forma de tocar alguém. E é mesmo.
Tirar uma fotografia é parar o tempo e por isso, na minha opinião, a fotografia faz muito mais sentido com pessoas do que sem elas. Não é que a fotografia de objectos não se deva fazer, mas essa vive quase só do espaço. O que eu gosto mesmo na Nan é ela alimentar-se constantemente de ambas as dimensões: espaço e tempo. Instantaneamente.

três

O Público de ontem traz um artigo sobre violência doméstica em Portugal, baseado em mais um estudo sobre o tema. Três conclusões tiradas:

1] A violência doméstica baixou nos últimos doze anos.
2] Mesmo assim mais de uma em cada três mulheres já foram vítimas deste tipo de violência.
3] A maioria das mulheres continua a comer e calar.

6.18.2008

maquilhagem

Todos sabemos o frustrante que pode ser passar ao lado duma grande carreira. Núria Madruga (quem é esta?) parece ter passado ao lado duma grande carreira de maquilhadora (tal como o Sócrates passou ao lado duma grande carreira política, agora que a Irlanda disse 'não' ao Tratado de Lisboa).
Eu estou solidário com a Núria. Também eu passei ao lado duma grande carreira de maquilhador, cuja progressão no funcionalismo público é, como toda a gente sabe: maquilhador de bonecas das lojas do trezentos, maquilhador de Barbies mas mesmo Barbies a sério, maquilhador de caloiros na Universidade, maquilhador da amiga que se vai casar, maquilhador da amiga que está a chorar na casa de banho dum café porque o marido lhe bate todos os dias e, finalmente, maquilhador do Fidel Castro (extremamente difícil porque tem que parecer que ele está vivo).
Mas nesta interessante notícia do Correio da Manhã, o mais importante (logo a seguir à carreira da Núria) é a legenda da fotografia dela com a irmã: Em dia de folga da novela ‘A Outra’, Núria levou a irmã ao El Corte Inglés. Eu, desde que percebi que a minha carreira de maquilhador me tinha passado ao lado, também passo a vida no El Corte Inglés... até porque não passei de maquilhador de bonecas das lojas do trezentos e lá há muitas, só que se mexem e falam e vendem coisas. É uma espécie de regresso nostálgico ao passado.

conversa 794

Ela - Então querido, como é que estás?
Eu - Bem... ena chamaste-me querido.
Ela - Faço isso a toda a gente.

respostas a perguntas inexistentes (40)

O fim do sonho é quando regressamos a casa depois de um dia de trabalho, tocamos à campainha para avisar que chegámos, rodamos a chave duas vezes e limpamos os sapatos num tapete que ironicamente nos diz "bem vindo". Não nos sentimos bem vindos e, por isso, ao entrar deixamos a vida lá fora, a raspar as patas na porta como se fosse um cão solitário.
O fim do sonho é quando, aquele(a) com quem vivemos, se mantém em silêncio em frente a um programa de televisão que não está de facto a ver mas, se lhe dizemos que vamos sair, pergunta-nos onde vamos com um ar inquisidor.
O fim do sonho é um prato e um copo já lavados no secador da louça e outro prato e outro copo ainda por lavar. É a luz erma dum candeeiro de mesa tacteando o silêncio dum livro e o sonmo atordoante do outro. É um copo de leite esquecido no microondas e um despertador que nunca mais toca.

6.17.2008

conversa 793

Ele - E a ******?
Eu - O que é que tem?
Ele - É bonita.
Eu - É.
Ele - E é simpática.
Eu - É.
Ele - E gosta de ti.
Eu - Gosta.
Ele - E então?
Eu - Então nada... falta qualquer coisa.
Ele - o que é falta?
Eu - Não sei o que é que falta mas sei que falta qualquer coisa. Chega para não me meter nisso.

conversa 792

(no café)

Eu - Ela é bonita mas, mais importante do que isso, é que tem je ne sais quoi qualquer...
Ele - O rabo?
Eu - Não. É muito simpática.
Ele - Ah!

(passado um minuto)

Eu - Mas o rabo também...
Ele - Pois...

pensamentos catatónicos (137)

O alarme de incêndio tocou nos escritórios do meu loca de trabalho. Ninguém ligou. Continuaram todos a trabalhar normalmente até alguém perguntar alto: "ninguém desliga o alarme?". Eu fui mais um dos que continuaram, impávidos e serenos, de mão no queixo a olhar para o monitor do computador.
Acho curioso que, ao tocar o alarme de incêndio, ninguém acredite que haja de facto um incêndio. Todos partem do princípio que é um pequeno problema técnico que será resolvido rapidamente. Nas relações também é assim: de vez em quando toca um alarme mas ninguém liga. Até ao dia em que se percebe que de facto há um incêndio.

6.16.2008

conversa 791

Ela - Tu tens na estante cd's dos Radiohead, Salif Keita, Amadou e Mariam, montes de coisas que eu não conheço e Roberto Carlos. És esquizofrénico de certeza.
Eu - Pois sou... mas não é por causa disso.
Ela - Então é porquê?
Eu - Sou teu amigo e também sou amigo de mulheres normais.

conversa 790

Ela - Desde os meus vinte e cinco anos que não sofro por causa de nenhum homem...
Eu - Ena! Isso dá onze anos sem sofrer...
Ela - Pois...a melhor técnica é uma gaja conhecer bem o homem de quem gosta. Fica logo a perceber que ele é desinteressante e passa à próxima.
Eu - São sempre desinteressantes, os homens de quem gostas?
Ela - Sim.
Eu - Eu sou desinteressante?
Ela - Sei lá. Nunca gostei de ti.

conversa 789

Ela - Ainda estás apanhado por aquela miúda de que uma vez me falaste?
Eu - Sim...
Ela - E ela nada?
Eu - E ela nada.
Ela - Desculpa lá mas essa tua amiga deve ser burra...
Eu - O problema é que sei que ela não é. Antes pelo contrário.
Ela - Então a burra sou eu, que ando aqui à tua espera sem me ligares nada.
Eu - Então os burros somos nós os dois. Tu esperas por mim, eu espero ela... e é assim.
Ela - Quando te fartares de esperar por ela, eu farto-me de esperar por ti... e no fim ficamos todos de mãos a abanar.
Eu - Muito provavelmente...
Ela - Então o burro és tu. Só tu.

6.15.2008

não foi isso que eu disse...



Por uma vez pensei que ia conseguir ouvir o nosso primeiro ministro a dizer uma verdade. E disse... mas depois disse que não tinha dito. Acabou por não explicar porque é que não fez o referendo ao Tratado de Lisboa depois de o ter prometido na campanha eleitoral.

o calhambeque, bi-bi

Nunca tinha falado com ela mas, como há uns dias trocámos uns emails de âmbito profissional, hoje lá decidimos tomar um café. É tão estúpido nunca falarmos um com outro sabendo perfeitamente quem somos, disse ela. Tinha razão. Encontrámo-nos no ponto de encontro dum shopping em Aveiro mas eu insisti para irmos tomar café à praia. Gosto da praia quando chove. Que não tinha carro, desculpou-se ela. Que eu tinha, respondi. E lá fomos.
A primeira cara esquisita que fez foi quando eu lhe pedi para esperar um bocadinho porque tinha que arranjar espaço para ela se sentar e, depois de tirar do banco da frente uma toalha de praia cheia de areia, umas sapatilhas com buracos na sola, um frasco de protector, três copos de plástico de café de máquina e duas latas de cerveja sem álcool, ela lá se sentou. A segunda cara esquisita que fez foi quando eu lhe disse que, lamentavelmente, não podia chegar o banco atrás porque está estragado e eu tive que o prender para não abanar. A terceira cara esquisita que fez foi quando reparou que o ponteiro do velocímetro não se mexia, me perguntou se isso não era perigoso, e eu respondi com um murro no tablier que o pôs a funcionar.
Com a minha sorte habitual, no café que escolhemos dos muitos que há nas praias de Aveiro, estava um amigo dela que já não via há muito tempo. Na hora de regressar ela perguntou-lhe se ele lhe dava boleia e ficou por lá. Eu regressei sozinho no meu calhambeque. Resumindo e concluindo, esta música do Roberto Carlos é uma ganda tanga.

conversa 788

Ela - Nunca me produzi para conquistar um homem. As mulheres produzem-se e põem-se bonitas por uma questão de competição entre elas.
Eu - A sério?
Ela - Achas que eu me ia produzir toda por causa dum gajo? Os gajos são fáceis...

6.14.2008

conversa 787

Eu - Queres dormir comigo hoje?
Ela - Não.
Eu - Porquê?
Ela - Não tenho sono.

6.13.2008

amor é fogo que arde sem se ver...

Definições de amor escritas num caderninho às duas da manhã, depois de comer uns crepes chineses...

Ela: O amor não é um sentimento, é uma capacidade.
Eu: O amor é um gajo estranho.
Ela: O amor é o gajo com que nos cruzamos na rua mas nunca falamos com ele.
Eu: O amor não sabe nada.
Ela: O amor ainda não bateu à porta e já está cá dentro.
Eu: Olha lá, és o amor só um bêbado normal?

lá vai Lisboa...

Lá vai Lisboa com seu arquinho e balão, com cantiguinhas na boca e amor no coração! Obrigado Irlanda. Porreiro, pá!

assim falou Bagastustra..

Então Bagastustra falou deste modo ao povo, dizendo-lhe:
- Anuncio-vos a super-mulher. A mulher é qualquer coisa que tem de ser ultrapassada. Que fizestes vós para a ultrapassar?

conversa 786

Ela - Tu eu eu temos que falar.
Eu - Se tens alguma coisa para dizer, diz...
Ela - Nós andávamos sempre juntos e dum momento para o outro...
Eu - Sim, sim... foste tu que te afastaste. Se quiseres dizer alguma coisa, diz, mas não tens que dizer nada.
Ela - Tu és muito bonzinho. Qualquer dia aparece-me um gajo bruto qualquer e eu vou com ele. É assim... mas gostava que tivesse sido contigo.
Eu - Acho que é melhor ter calma...
Ela - mas agora não sei o que fazer...
Eu - Escolhe: continuamos a ver este programa foleiro sobre a noite de Santo António, fazemos uns crepes chineses que eu tenho ali no frigorífico, vamos beber cerveja para um bar qualquer ou damos uma queca de despedida. Escolhe.
Ela - Crepes chineses.
Eu - Foda-se!
Ela - Não gostei da palavra despedida.

6.12.2008

eia avante... rapaziada, eia avante beira-mar...

A Câmara Municipal de Aveiro e o Sport Clube Beira-Mar parecem um casalinho de pequenas zangas. Discutem a conta do supermercado, discutem pelo canal que deve estar sintonizado na televisão da sala, discutem por tudo e por nada. Mas a verdade é que se amam. Ontem, numa estranha Assembleia Geral do clube, e segundo este blogue, decidiram também beber um copo a mais. Eu pensava que o beira-mar já tinha batido no fundo. Afinal não...

Comentário assinado por um Carlos Martins, sobre a surrealista participação do assessor do presidente da Câmara Municipal de Aveiro/sócio do clube. O comentário é oportuno, mas convinha que aprendesse a escrever 'assessor'.

Com acessores destes está o Presidente da Camara bem... mal.
Ou o homem estva grosso (o discurso era articulado) ou estava em missão.
Acredito mais na 1ª hipotese.
sobre este e outros assunto convem que a acessoria do presidente melhore.

Artur Albarran partiu o nariz

Desculpem lá a sinceridade mas... esta merda é uma notícia?

conversa 785

(ao telefone, às três da manhã)

Ela - Desculpa telefonar a esta hora. Estavas a dormir?
Eu - Não, não te preocupes. Sabe-me sempre bem ouvir a tua voz.
Ela - É que não sei onde pus a minha carteira. Podes ver se deixei aí em tua casa?
Eu - Hoje limpei a casa e não vi nada...
Ela - Epá... tinha lá os meus documentos todos.
Eu - Mas tu já não vens aqui a casa há alguns dias... uns seis ou sete.
Ela - Pois, mas só hoje, quando a polícia me mandou parar, é que dei pela falta dela. Se calhar já a perdi há muitos dias...

filho, leva-me para casa

Uma mulher que, mesmo bêbada, consegue ensinar uma criança de um ano a conduzir, tem que ser uma mulher com grandes capacidades para educar os seus filhos. Eu, por exemplo, só aprendi a conduzir aos dezoito e precisei dum professor especializado.

conversa 784

Ele - Já andas com a ******?
Eu - Não... isso está difícil. Para não dizer impossível.
Ele - A sério? Parecia mesmo que vocês os dois... ia dar certo.
Eu - Pois, até a mim me pareceu. O que é, de repente deixou de parecer.
Ele - Deixa lá, ela é muito má na cama.
Eu - Como é que sabes?
Ele - Hum... hum...
Eu - Tens aí dinheiro?
Ele - Algum.
Eu - Paga-me um uísque duplo sem gelo, por favor.

6.11.2008

conversa 783

(ao telefone)

Ela - Estou-te a ligar porque nunca mais me devolveste o meu livro.
Eu - Qual?
Ela - O Músico de Estaline...
Eu - Ainda nem o comecei a ler.
Ela - Não?
Eu - Não. Emprestaste-mo na sexta. No fim de semana andei nos copos, hoje é terça. Ia começar amanhã mas, se quiseres, levo-to aí a tua casa agora.
Ela - Vá, não é preciso.
Eu - Posso dar-to no próximo fim de semana?
Ela - Podes, pronto.

leitoras, leitoras... Badajoz à vista...

Esta segunda-feira, entre copos e música, conheci algumas leitoras do 'não compreendo' que me pediram para ir ver os seus blogues. Uma no mercado negro, outra no clandestino, outra perto das Pontes e outra numa festa particular. O que acontece é que não me lembro dos nomes dos blogues. Não é por mal, é mesmo porque quando saio à noite, a partir duma certa hora, ando no planeta Bagaço e não no planeta Terra. Peço que se lerem isto, me deixem nos comentários o url dos mesmos, ou então mandem por email para o departamento cultural. E obrigado pela simpatia. :)

pensamentos catatónicos (136)

Estava na fila do supermercado e, enquanto esperava, peguei numa revista cuja principal notícia da capa era a mulher do José Mourinho ter feito uma operação ao nariz. Olhei para os produtos que estavam em cima da passadeira da caixa: duas mangas, um quilo de arroz, três limões, um pacote de caril e uma embalagem de vinte e quatro cervejas mini. Senti-me momentaneamente deprimido e fiquei feliz por ter ali as cervejas.

conversa 782

Ela - Eu não conseguia ter uma relação com um homem que já foi casado.
Eu - Porquê?
Ela - Nem é ter sido casado. É ter sido pai.
Eu - Porquê?
Ela - Porque eu não tenho filhos.
Eu - E?
Ela - Para mim ter um filho vais ser uma experiência nova. Quero tê-la com alguém para quem também seja uma novidade. Para ti, por exemplo, já não seria...

devolve-me o anel

Estou muito triste. A minha namorada traiu-me e nem sequer teve coragem de mo dizer cara a cara. Fiquei a saber pela revista Caras que ela até quer ir para Inglaterra viver com o seu novo namorado, o Cristiano Ronaldo, e até já ostenta um anel de diamantes.
Pois bem, Nereida, tudo bem se me queres deixar, mas já que andas com o anel que o teu novo namoradinho te deu vê se me devolves o que eu te tinha dado antes, aquele de plástico que comprei numa barraquinha da Feira Popular quando andámos os dois uma tarde inteira nos carrinhos de choque.
Além disso, ficas a saber que te vou tirar do meu HI5, do meu Orkut e da minha lista de contactos do messenger. Até nunca mais!

igualdade...

Começo a ter um complexo de inferioridade muito grave por ser português. Até no que toca a ministérios inúteis os estrangeiros são melhores que nós. E acreditem que não deviam, porque ministérios inúteis é coisa que não falta em Portugal. Mesmo que um ou outro pudesse ter alguma utilidade, normalmente os ministros são rápidos a acabar com a esperança.

Na Itália, Berlusconi nomeou para ministra da Igualdade uma super-modelo chamada Mara Carfagna (na foto). Tenho para mim que um ministério da Igualdade é uma grande tanga, porque a igualdade deve ser promovida em todos os ministérios (Saúde, Educação, Segurança Social, etc), mas não consigo deixar de apoiar esta decisão do primeiro ministro italiano. Com uma ministra assim, até podiam criar em Portugal o Ministério dos Piqueniques ao Domingo que eu não importava nada, desde que a ministra piquenicasse comigo, claro.

O que me faz ficar triste, e com o tal complexo de inferioridade, é que em Portugal também já tivemos este ministério da tanga, quando o Guterres o decidiu criar numa noite de insónia, mas a ministra, em vez de ter sido a Elsa Raposo ou a Carla Matadinho, foi a Maria de Belém. Ora... quem é quer um ministério inútil com a Maria de Belém? Fosga-se, pá. Ela até era bonita, sim, mas não me venham dizer que justificava um ministério...

6.10.2008

raça de homem, pá

Há coisas que nos estão no sangue. Cavaco Silva sempre foi um tipo sem convicções, alinhado q.b. com o antigo regime. É daqueles tipos que antes de tomar uma posição fica a ver que rumo as coisas tomam, não vá ele aleijar-se. Raça de homem, pá.

6.09.2008

conversa 781

Ela - És mesmo tímido ou eu não faço o teu tipo?
Eu - Não é bem não fazeres o meu tipo...
Ela - É o quê? a idade?
Eu - Isso conta um bocado... não é tudo mas conta um bocado.
Ela - Já sabia. Os homens não gostam de mulheres mais velhas. São sempre as mulheres as mais novas.
Eu - Não é isso. Estás a exagerar. Não tenho problema nenhum em andar com uma mulher mais velha se gostar dela mas tu, embora bem conservada, tens cinquenta e quatro anos. Eu tenho trinta e seis...
Ela - São dezoito anos de diferença... não andavas com uma mulher dezoito anos mais nova do que tu?
Eu - Não.
Ela - Andavas, andavas...
Eu - Não andava. Poderia acontecer numa situação muito excepcional, mas garanto-te que é mesmo quase impossível.
Ela - Então estás a dizer que eu não sou uma situação muito excepcional.
Eu - Não, não és.
Ela - Obrigado.
Eu - Obrigado o quê?
Ela - Por tudo...
Eu - Foda-se! Pára com isto. Estás a massacrar-me.
Ela - Tu já me massacraste a mim...

conversa 780

Ela - Oh pai, o que é um homossexual?
Eu - Filha, lembras-te do pai estar apaixonado pela mãe?
Ela - Sim...
Eu - Agora o pai, um dia destes, apaixona-se por outra mulher, mas se se apaixonasse por um homem em vez duma mulher, era homossexual.
Ela - Um homossexual é um homem que se apaixona por outro homem?
Eu - Sim, ou uma mulher por outra mulher.
Ela - Ah! Pensei que uma mulher por outra mulher fosse mulherossexual....

mergulho no mar

Adivinhem quem vai dar agora o primeiro mergulho do ano no mar...

cansado do mundo

Um japonês esfaqueou várias pessoas porque estava cansado do mundo. Não sei muito bem o que é estar cansado do mundo mas, no entanto, tenho a certeza que para estar cansado do mundo é preciso primeiro ter a sensação de que o mundo se cansou de nós. Estranho é que o mundo que se cansa de nós é sempre aquele com alta densidade populacional.
Nos Estados Unidos um idoso foi atropelado e ficou ferido no chão sem que ninguém lhe prestasse qualquer ajuda, apesar da proximidade de muitas pessoas. Se calhar somos como os ratos e o mundo é apenas uma caixa onde começa a haver ratos a mais. Sempre pensei que um dos aspectos da evolução da espécie viesse a ser a nossa crescente capacidade de nos pormos no lugar dos outros. Enganei-me... cada vez o fazemos menos. Às vezes também me sinto cansado.

conversa 779

Ela - Deixa-me ver qual é o teu olho que gosto mais. Acho que é o direito...
Eu - És mesmo bonita, tu.
Ela - Não sou nada. Isso são os teu olhos.
Eu - O direito ou o esquerdo?
Ela - Os dois.
Eu - Então podias gostar dos dois.

conversa 778

Ela - Não me decepciones mais.
Eu - Está bem.
Ela - Está bem?
Eu - Está.
Ela - Não me vais perguntar porque é que me decepcionaste?
Eu - Não.
Ela - Porquê? Não te interessa?
Eu - Não. Estou cansado...
Ela - Cansado?
Eu - Sim. Nem uma relação a sério temos e mesmo assim passamos o tempo que estamos juntos a discutir.
Ela - Sabes porquê, não sabes?
Eu - Não.
Ela - Queres que eu te diga?
Eu - Não. Estou cansado...
Ela - Cansado?
Eu - Sim. Isto não vai dar nada. Já percebeste isso, não já?
Ela - Não me decepciones mais.
Eu - Oh! Não!. Outra vez não.
Ela - Outra vez não, o quê?
Eu - Nada, nada...

dezoito quilos de mamas


Maxi Mounds, stripper e actriz, conseguiu entrar para O Guinness como a mulher com as maiores mamas do mundo aumentadas por cirurgia. Cada uma das mamas da mulher já pesa nove quilos mas, devido à técnica utilizada para o efeito, ainda estão a crescer.

'Conseguir' é mesmo o termo a ser usado porque, acreditem ou não, ela esforçou-se para ter dezoito quilos de mamas no corpo.

Para além de acreditar que ir prá cama com esta senhora e morrer afogado deve ser mais ou menos a mesma coisa (imagino-a na posição sexual cowgirl comigo e ela a cair prá frente com o peso. Socorro! não consigo respirar), há mais uma série de desvantagens em ter as mamas deste tamanho:

1] Não pode ter sexo num Fiat 600 ou o carro ainda capota.
2] Não é aconselhável andar de autocarro no Porto à hora de ponta.
3] Não se pode sentar ao balcão de alguns cafés que conheço e ver o empregado do outro lado.
4] Não deve ser muito fácil apertar os sapatos.
5] Não pode dançar tango com o Marques Mendes.
6] Se algum dia for a um país islâmico e quiser usar uma burka para passar despercebida, não vai conseguir.
7] Numa balança normal nunca vai conseguir ver o seu próprio peso.

conversa 777

(eu a levá-la a casa de carro às duas da manhã)

Ela - Porque é que viraste para aqui?
Eu - Disseste para eu virar à direita.
Ela - Disse?
Eu - Sim.
Ela - Mas era à esquerda. Já sabes que eu não tenho sentido de orientação nenhum e mesmo assim não confirmas o que digo.
Eu - Pois... não te chateies. Tem calma.
Ela - Como é que hei-de ter calma? Estou com pressa...

olha os dedos!



Esta publicidade aos sorvetes pinguin, do conceituado realizador estónio Harry Egipt, não me deixa dormir de noite. Nem de dia, aliás. E o problema é que não percebo porquê. Ou é por eu não entender porque é que só aparecem mulheres (os homens também gostam de sorvetes) ou é por causa da quinta lambidela, em que o gelado está nitidamente a derreter e a sujar a ponta dos dedos da loira. Às vezes acordo a meio da noite a sonhar com essa lambidela e grito: - "Olha os dedos!". A sério que é isso. Porquê? Estão a pensar noutro motivo qualquer? Eu cá não imagino nenhum... nenhum mesmo. A sério...

6.07.2008

conversa 776

Ela - Podes ver o jogo de hoje comigo?
Eu - Não. Vou trabalhar...
Ela - Preciso que alguém me explique a regra do fora de jogo.
Eu - É fácil. Se no momento do passe para o jogador mais avançado duma equipa, ele ou colega em jogo estiver mais perto da baliza adversária do que o penúltimo homem da outra equipa, está em fora-de-jogo. Isso é para evitar que um atacante fique sozinho lá à frente à espera da bola. Ah! e o fora de jogo só é possível no meio campo defendido pelo adversário, claro está. Senão uma equipa punha os defesas todos lá à frente e os outros não podiam atacar...
Ela - Não percebi nada.

estado líquido

Um bar perto da estação com duas mulheres bonitas do outro lado do balcão. O cenário ideal para morrer. Mas não morro, que a cerveja injecta em mim um último fôlego de vida. É uma merda. Bebe-se para morrer e vive-se ainda mais. É a alma em estado líquido.
Uma cerveja é um sonho líquido, capaz de se dissolver no sangue do homem e abandonar o seu corpo em lágrimas. Líquidas também, claro. De tristeza e de alegria. Na parede um letreiro diz que não se vende álcool a quem aparente possuir anomalia psíquica. Não percebo: quem aparenta possuir anomalia psíquica não precisa de chorar? É que é alma em estado líquido.

conversa 775

Ela - A última vez que dormi na tua casa estava a precisar de ti e não me ligaste nada. Parecias parvo...
Eu - Mas tu dormiste com XXXXXX nessa noite e eu com a YYYYYY.
Ela - Pois, e agora o XXXXXX anda com a YYYYYY...
Eu - Mas nessa altura não andavam.
Ela - Pois não. Isso explica porque é que o XXXXXX não quis mais nada comigo.
Eu - Nem a YYYYYY comigo, deixa lá.

6.06.2008

não é importante mas quando vivemos sozinhos...

os guardanapos de papel podem ser substituídos por papel higiénico.
os sapatos podem ficar no meio da sala.
a louça pode ficar por lavar três dias.
o mesmo cd áudio pode tocar muito alto um dia inteiro
o jantar pode ser duas bananas esmagadas com leite quente e bolachas maria.
a televisão pode estar desligada durante quatro dias seguido.
podemos estar com gases sem apertar a barriga cento e trinta e seis vezes numa hora para não dar mau aspecto.
num filme em dvd podemos repetir a mesma cena doze vezes para ver a Cate Blanchett que é uma boazona

respostas a perguntas inexistentes (39)

Ainda agora há bocadinho não passaste por mim, não ajeitaste com a mão direita a carteira caindo a tiracolo, não limpaste o suor do pescoço com um lenço de papel daqueles que cheiram a uma merda qualquer. Não me disseste olá nem adeus.
Estou a explicar ao fundo vazio duma chávena de café que isso não passa duma enorme coincidência. Olha, digo-lhe eu, ainda agora mesmo ela não passou por aqui. Sabes? Acho que a chávena de café me está a ouvir com muita atenção. Só por isso é que se mantém em silêncio.

conversa 774

Ela - Achas que é por sermos estúpidos que gostamos um do outro?
Eu - Não sei. Sei que por gostarmos um do outro somos estúpidos.
Ela - Era bom que gostarmos um do outro chegasse...
Eu - Pois era, mas não chega.

6.05.2008

divórcio já

Na relação governo-governado, em Portugal, um dos lados não aguenta mais. Fartou-se das mentiras e dos actos diários de violência psicológica. Agora quer o divórcio já. Eu percebo. É sempre assim, quando numa relação um dos parceiros se torna arrogante.

pensamentos catatónicos (135)

Os escritores só escrevem porque não têm nada para dizer e assim, quando escrevem, ficam com a sensação que disseram alguma coisa. Pronto, era só isto que eu queria dizer. Ou não.

conversa 773

Ela - Quem é mais bonita entre mim e a ******?
Eu - Não sei... são as duas bonitas, até.
Ela - Se fosse ela a perguntar-te isto respondias-lhe que era ela.
Eu - Sei lá o que é que respondia.
Ela - Estás a ver?
Eu - Estou a ver o quê?
Ela - Nada, esquece.
Eu - Estás chateada?
Ela - Pareço-te chateada com alguma coisa?
Eu - Pareces.
Ela - Olha, acordou, o monstro.

conversa 772

(no café)

Eu - Estás bem?
Ela - Mais ou menos.
Eu - Estás com um ar um bocado abatido. Posso fazer alguma coisa por ti?
Ela - Não.
Eu- Vê lá... o que é que se passa?
Ela - Até podes fazer uma coisa por mim.
Eu - O quê?
Ela - Calares-te. Os homens sabem lá o que é chegar a esta fase do mês.

conversa 771

Ela - Olha, lá, tu já andaste enrolado com a ******?
Eu - Não.
Ela - Por acaso pensei que sim... e muita gente pensa.
Eu - Por acaso tentei. Ela é que não quis.
Ela - Acho que só falto eu. Nunca te fizeste a mim e isso é mau.
Eu (risos) - Se eu me fizesse a ti também me ias mandar dar uma volta.
Ela - Pois ia, mas assim, se não tentares, nem esse prazer posso ter.

há sempre alguém...

O índice ivariano torna a levantar voo, ainda que como uma borboleta oscilante, e sobe até ao nível dez. Há sempre alguém com capacidade para nos salvar a vida.

crónicas da cidade que sopra | está tudo bem, pelo menos parece

Amanhã, sexta-feira, regressam ao Diário de Aveiro as crónicas da cidade que sopra, depois de algumas semanas de ausência devido à minha vida pessoal. Aliás, as crónicas passam a sair mais à sexta. Está tudo bem, pelo menos parece...

É possível estar só no meio duma multidão? Talvez sim. A cidade parece um formigueiro excitado e, sem perceber porquê, Sandra sente-se a única formiga excluída de qualquer carreiro. Entre um relógio de pulso latejante e pressuroso, dois sacos de plástico cheios com algumas refeições para aquecer no microondas, uma carteira onde se acumulam os talões de multibanco duma semana inteira e, frias, algumas gotas de suor entre a espinha dorsal e uma blusa cansada, percebeu que nada fazia sentido quando se cruzou com o seu reflexo na montra dum pronto-a-vestir. Agora está ali, sentada nas escadas do que já foi um teatro, enquanto a cidade passa por ela desatenta. Está tudo bem, pelo menos parece.

6.04.2008

conversa 770

(deitados na cama)

Ela - Qual é a tua posição preferida na cama?
Eu - Deitado a ler um livro.
Ela - Oh! não me fodas.
Eu - Não, não fodo. Por isso é que opto por ler um livro.

conversa 769

Ela - Preciso dum homem que me aceite como eu sou. Para o bem e para o mal.
Eu - Qual é o bem e qual é o mal?
Ela - O bem não sei, o mal é eu ser difícil de aturar mas isso é porque tenho um problema nervoso.
Eu - Ah!

conversa 768

(no msn, com um leitora deste blogue)

Ela - Se eu for até Aveiro um dia destes posso convidar-te para um café?
Eu - Claro.
Ela - Então ainda vou pensar se convido ou não.

dating

Se nós coubéssemos num pequeno parágrafo a vida era mais simples. Não digo que fosse melhor, mas mais simples era de certeza. Estive a ler perfis de mulheres que procuram homens através de sites na internet feitos para isso mesmo e, assim amiúde, não consigo deixar de invejar pessoas que acreditam que podem conhecer o parceiro da sua vida com base numa apresentação de cinco ou seis linhas e uma fotografia tipo passe. Sinceramente, às vezes nem percebo bem o que querem. Aqui ficam três exemplos de engate surreal:

[mulher de 34 anos procura homem com 34 a 42 anos. Aveiro]
procuro conhecer muitos amigos. falar sobre nossas vidas, è assim saber cual e sua maior desejo neste mundo... Não há amor humano que não decepcione, pois ele não é mais do que uma porta para um amor maior

[mulher de 39 anos procura homem com 38 a 46 anos. Porto]
aquele-olhar ker apenas voltar a acreditar que a alegria existe, o amor existe
Um Olhar que pretende voltar a sorrir e a sonhar, um olhar que ker amar e ser amada
Sou Romantica ke fazer... ainda quero acreditar no Amor, na paixao
Kero escrever uma nova Página no livro da minha vida ... recomeçar e acreditar...
Quero voltar a sorrir e ver meu olhar brilhar Quero voltar a acreditar no amo

[mulher de 34 anos procura homem com 25 a 38 anos. Leiria]
tenho 33 anos, divorciada, um filho, moro sozinha, tenho casa propria, um bmw, tenho 158cm, sou loura, olhos cor de mel. muito independente, mas muito carinhosa. gosto de cinema, passear, ler, sobretudo conversar... aprender coisas novas. Tenho curiosidade em conhecer alguem sério, amigo, sincero e com grandes virtudes interiores, não me baseio apenas no aspecto fisico. quanto a mim sou relativamente magra, peso 53 kg, tenho um filhote com 3 anos a melhor coisa que tenho...

mulher no armário

Estava sozinho em casa quando li esta notícia no Sol que fala duma japonesa que viveu no armário dum homem sem ele saber. Fui logo ao meu armário ver se por acaso estava lá uma miúda qualquer para me ajudar a passar a noite mas, para além de alguma roupa suja, umas caixas com tralha por organizar há mais de um ano e algum cotão acumulado, não encontrei nada. Dormi sozinho.

6.03.2008

conversa 767

Ela - Preciso fazer-te uma pergunta.
Eu - Diz...
Ela - É que gosto muito dum gajo e ele disse-me uma coisa que eu não percebi...
Eu - Diz...
Ela - Como tu és homem talvez percebas o que ele quer dizer melhor do que eu.
Eu - Diz...
Ela - Ele disse-me que gosta muito de mim mas, como se divorciou há pouco tempo, não consegue assumir uma relação com ninguém agora. Diz que tenho que esperar...
Eu - Foi só isso?
Ela - Sim.
Eu - Não percebo a tua dúvida. Ele está a dizer que, como se divorciou há pouco tempo, não consegue assumir uma relação com ninguém agora. Se quiseres mesmo tens que esperar, senão partes para outra.
Ela - O quê? Não há nenhuma mensagem subliminar no meio disto?
Eu - Não me parece. Aliás... já passei uma fase igualzinha.
Ela - Que gajo mais sem piada.

conversa 766

Ela - Tu nunca te enervas?
Eu - Nem imaginas...
Ela - Nunca te vi nervoso.
Eu - Tu acalmas-me.
Ela - Tu a mim enervas-me.
Eu - Porquê?
Ela - És demasiado calmo.

conversa 765

Ela - Nunca fumaste, pois não?
Eu - Não.
Ela - A tua ex-mulher sempre fumou, que eu sei...
Eu - Sim...
Ela - É claro que a coisa tinha que falhar... já sabes, agora arranja uma gaja que não fume.
Eu - Não é por aí...
Ela - Acredita que é. Eu fumo e sou incapaz de beijar um gajo que não fume...

sei que sou o gajo mais deprimido do mundo e arredores quando...



1] Chego a casa às duas da manhã e fico vinte e quatro minutos a olhar para o decote duma apresen... um programa de televisão onde os telespectadores têm que adivinhar nomes de santos.
2] Encontro a minha amiga mais bonita do mundo e arredores e ela diz-me que me esqueci de telefonar-lhe.
3] Levo a casa a minha amiga mais fantástica do mundo e arredores e ela despede-se de mim com a frase: "vai para casa e não bebas".
4] Cruzo-me com a vizinha mais bonita do mundo e arredores, às duas da manhã, e desejo-lhe bom dia.
5] Dou três voltas com o carro à rotunda de Aradas até me decidir por uma saída.

a paz é mais forte que o amor

Ontem fui ver um filme esquisito ao cineclube de Aveiro, cuja excelente programação continua a contrastar com uma péssima qualidade de exibição. Infelizmente. Não vou lá mais vezes por causa disso...
Bem... de qualquer maneira, entre más focagens e piores enquadramentos, numa história sobre um triângulo amoroso houve uma frase que me ficou: "A paz é mais forte que o amor", dita por uma mulher quando desiste de fazer parte desse triângulo. Fiquei a pensar se a paz é mesmo mais forte que o amor ou é o seu oposto...

6.02.2008

pensamentos catatónicos (134)

Acabei de passar por uma mulher na rua 19, em Espinho, e pensar "ena, que mulher tão bonita!". Acompanhei-a com o olhar durante uns dez metros, sem ela perceber. Era alta e loira, magra, saia preta e sapatos altos, talvez excessivamente pintada, brincos relativamente grandes e um top branco. Atendeu o telefone e, com uma voz fininha a tender para o esganiçado disse "foda-se, puta que te pariu, mete-lhe o avental no cu!". Pois... estragou tudo.

conversa 764

Ela - Tenho que te apresentar uma amiga minha.
Eu - Porquê?
Ela - Também está divorciada e disponível.
Eu - É gira?
Ela - Não muito... mas é rica.
Eu - Ainda bem que me estás a dizer isso a brincar.
Ela - Eu não estou a brincar.

conversa 763

Eu - Acho que és uma mulher de coragem. A sério...
Ela - Porquê?
Eu - Uma pessoa que já casou três vezes e divorciou-se sempre, mesmo assim ainda diz que vai casar outra vez, no mínimo é perseverante.
Ela - Chegas a uma altura em que já casas como quem vai às compras. É a mesma coisa: chegas a casa e não gostas do que compraste, trocas e pronto.
Eu - Lembra-me de nunca casar contigo.
Ela - Não te preocupes. Tu és um produto daqueles que eu nem chego a tirar da prateleira. Não gosto da embalagem.
Eu - Bem, eu até pegava na tua embalagem. És muito bonita. Acho é que não ia gostar de a abrir...

conversa 762

Ela - Se calhar é melhor não nos voltarmos a ver.
Eu - Mas porquê?
Ela - Faço vinte quilómetros de carro para te ver e tu só me dizes que andas emocionalmente confuso.
Eu - Eu não ando confuso e vinte quilómetros de carro não é nada
Ela - Com a gasolina a um euro e meio o litro, ir e vir, quarenta quilómetros, faz as contas.
Eu - Quatro euros e tal...
Ela - Pois. Se não nos virmos mais não gasto mais dinheiro.
Eu - Já tomaste um café aqui em casa, já comeste duas fatias de pizza com polvo e já bebeste uma cerveja. Já compensa os quatro euros...
Ela - O café estava uma merda, por falar nisso...

às compras, às compras

A maior parte dos cachecóis de apoio à selecção nacional de futebol têm inscrita a marca dos supermercados modelo, o cartão de sócio da selecção é um cartão de crédito do BES, e o equipamento de treino dos jogadores tem o patrocínio da Sagres Zero. Não gosto da ideia. Estava a ler a notícia sobre a forma calorosa como a selecção foi recebida pelos emigrantes portugueses na Suiça, e estava a pensar que talvez pudéssemos mudar a letra do hino nacional para qualquer coisa como:

Heróis do Mar, Nobre Pooooooovo
Nação consumidora e endividada
Usai hoje de novo
Cartões de crédito em Portugal
Entre os corredores dos hipermercados
Oh pátria sente-se as dívidas
Dos teus egrégios trabalhadores a recibo verde
Que hão-de guiar-te à banca rota

Às compras, às compras!
Sobre o shoppings e sobre o comércio tradicional
Às compras, às compras!
Pela pátria comprar...
Contra as poupanças comprar, comprar....