9.30.2007

para aliviar a pressão duma noite de domingo

1] No blog oficial dos couscous prosjekt já é possível ouvir um set de cerca de vinte e sete minutos, para quem tiver curiosidade...
2] Descobri que tenho um pequeno problema: não suporto stresses pessoais e, quando os detecto ao longe, ponho-me logo a andar.
3] Gosto de hipopótamos. Só hoje é que me apercebi que são bichos engraçados.
4] Num restaurante onde vou às vezes jantar, em Espinho, há uma empregada que faz questão de ser ela a atender-me. Hoje ouvi uma colega dela a dizer: "olha, está ali o teu cliente". Ganhei o dia.
5] Não vou dizer o resultado do Beira-Mar este fim de semana. Faz de conta que nem sei.
6] O meu blog antigo está vazio. Vou aproveitá-lo para falar só da música que eu gosto. Apetece-me.
7] A Nana deixa no meu Hi5 comentários que eu não gosto, mas que gosto que deixe. Nem sei porquê. Percebem?

conversa 395

Ela - Já te conheço tão bem.
Eu - Não sei se conheces...
Ela - Conheço, conheço.
Eu - Olha que não.
Ela - Conheço, conheço.
Eu - Conheces um bocadinho mas não me conheces assim tão bem.
Ela - Conheço,conheço.
Eu - Vá, não me irrites.
Ela - Vês? Até já te sei irritar facilmente.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

dfgke r hbvr

Está a amanhecer. São sete e tal e eu estou a chegar duma noite na discoteca africana aveirese Axê Moi. Só me cabe dizer o seguinte:

1] As mulheres de Cabo Verde são bonitas.
2] As mulheres da Guiné são bonitas.
3] As mulheres de Cabo Verde e da Guiné não têm complicómetro.
4] Hoje apetecia-me viver num país qualquer africano.
5] O índice ivariano sobe para 16
6] Estou apaixonado por uma portuguesa mas a minha vida era mais simples se estivesse apaixonado por uma caboverdiana.
7] Isto parecem pensamentos simplistas. E são mesmo.
8] Vou dormir. Fiquem bem.

9.29.2007

conversa 394

Ela – Nem sequer faz sentido falar em esquerda e direita hoje em dia, percebes? O que interessa é ter bons gestores e uma economia saudável. O resto é mais do mesmo e o discurso é igual nos partidos de esquerda e de direita.
Eu – O resto é o quê? O modelo social?
Ela – Claro.
Eu – Começa por aí a diferença. Eu nunca chamaria resto ao modelo social que defendo. Até podia chamar resto ao administrador da Galp, mas não ao modelo social.
Ela - O modelo social que tu defendes ia transformar Portugal ia mais uma Albânia.
Eu – Olhe que não, olhe que não, olhe que não...
Ela – Sabes que em Cuba nem um restaurante privado se pode abrir? Achas que isso permite a um país justiça social? Que permite a realização pessoal de cada indivíduo?
Eu – Mas eu defendo a iniciativa privada tal como tu, percebes? Só que a iniciativa privada tem que ser apenas em alguns sectores e não em todos. Não posso concordar com a iniciativa privada em sectores no abastecimento de água, electricidade, na educação ou na saúde. Isso claro que não.
Ela – E quem é que paga depois isso?
Eu – Já ouviste falar em impostos?
Ela – Os impostos não chegam. Está mais que provado.
Eu – A mim ninguém me provou coisa nenhuma. Nem me importo de pagar mais impostos do que pago desde que esses sectores fundamentais daquilo a que tu chamas resto, e eu modelo social, sejam de acesso gratuito a todos.
Ela – Mas as coisas têm um custo, e tudo o que tem um custo tem que se pagar, pá.
Eu – Mas os impostos pagam isso. É o que te estou a dizer. Tem que ser assim. Ou tu concordas que um gajo, só por não ter dinheiro, deva ficar à porta dum hospital? Concordas com isso?
Ela – Concordo que esse gajo falhou na vida e devia ter feito mais por ele acima. A sociedade tem que ser assim: competitiva. Senão o país afunda-se e nós todos com ele.
Eu – Opá... nunca conseguiria dividir um apartamento contigo... a sério.
Ela – Nem eu contigo. Aí estamos de acordo.

uma frase tipicamente masculina...

Esta semana, Paula Nogueira, a quem agradeço, descreveu assim este blogue no Diário de Aveiro:

Não compreendo as mulheres é uma frase tipicamente masculina e que dá título a este blogue de Ivar Corceiro. Marcadamente masculino, mas não machista, o autor reproduz alguns episódios das suas experiências com o sexo feminino, sob a forma de diálogos ou relato de pequenos episódios, mas aborda também outros assuntos do seu quotidiano e da actualidade.
Um blogue interessante para ambos os sexos que, à sua maneira, podem ajudar o autor a compreender melhor as mulheres.

beijar uma mulher que fuma é como lamber um cinzeiro

As eleições no PSD deram, infelizmente, a vitória ao Menezes. Digo infelizmente porque a vitória do Marquito seria também, a breve prazo, o fim do partido. O Marques Mendes não é um gajo mediático, não é um gajo com potencial político nenhum, e ao escolher Macário Correia para seu porta-voz revelou isso mesmo. Nunca mais me esqueci do slogan que Macário escolheu para combater o tabagismo: beijar uma mulher que fuma é como lamber um cinzeiro. Eu não sei, nunca lambi cinzeiros, mas se me dessem a escolher entre as duas hipóteses, não hesitaria em escolher a mulher que fuma. A não ser, claro, que ela fosse do PSD.

conversa 393

Ela – Onde é que vais depois disto?
Eu – Vou para casa.
Ela – Queres que vá contigo?
Eu – Não. Hoje é melhor não, está bem?
Ela – Não é para...
Eu – Eu sei... e gosto de estar contigo só por estar... mas hoje preciso ficar sozinho, está bem?
Ela – Está bem. Mas estás fixe?
Eu – Estou.
Ela – Telefona-me a meio da noite se quiseres. Eu levanto-me e vou ter contigo.
Eu – Não vai ser preciso, mas obrigado por existires.
Ela – Gosto de ti, sabes?
Eu – Também gosto de ti. Até chego a ter pena de não... sei lá... de não estar totalmente apaixonado por ti.
Ela – Pois... é recíproco.

9.28.2007

uma dúzia de coisas boas

lista de coisas boas no meu dia de hoje:

1] Ouvi repetidamente o rainin in paradize, do último disco do manu Chao.
2] Bebi um café Buondi com muita espuma.
3] A menina do café é bonita e foi extraordinariamente simpática comigo.
4] Mudei de cuecas.
5] Mudei a pilha do telecomando da minha garagem.
6] Mudei de t-shirt.
7] Bebi um fino Super Bock com muita espuma e comi tremoços.
8] Sacudi o tapete do meu automóvel e encontrei uma moeda de dois euros.
9] Ela disse-me que tem saudades minhas.
10] Ajudei uma vizinha a carregar as compras até ao terceiro andar, porque no prédio dela o elavdor está avariado, e depois fomos tomar café.
11] Senti o cheiro do meu gel de banho Nike que me ofereceram há uns tempos.
12] Dei uma lanterna pequenina, que trazia no bolso, a uma criança que estava à minha frente na fila do supermercado, e ela disse-me adeus quando a mãe a levou ao colo. Depois fui comprar outra.

conversa 392

(dois adolescentes, hoje, no comboio urbano, sentido porto-aveiro, quando a composição parou em Ovar)

Ele1 - Aqui em Ovar há gajas muito boas.
Ele2 - Iá man. Temos que vir aí no domingo.
Ele1 - Em Estarreja também há gajas boas, mas em Estarreja são difíceis.
Ele2 - Iá, tás a ver? Vimos aqui e trazemos o Joca. Ele é que engata as gajas e nós comemoseas
Ele1 - Boa!
Ele2 - Se ele não vier, vamos ao shopping. Agora tem aqui um shopping.
Ele1 - Pois... e lá deve ter gajas.

a casa do divorciado depois dum jantar cool


mesa da sala: garrafa de Catedral Dão, dois copos de vinho, canecas de chá do fim da noite e uma taça de gelado de noz.


banca da cozinha: louça por lavar e travessa vazia.

há coisas fantásticas, não há?

Gosto de mulheres, é verdade, e quando digo que gosto de mulheres é no sentido mais amplo da coisa. Quando digo que gosto de mulheres não estou, definitivamente, a dizer que me apetece dar uma queca em cada uma que passa por mim na rua. Estou só a dizer que, se não existissem mulheres, a minha vida era dispensável. Gosto de todas as mulheres: das amigas, das avós, das mães, das filhas, das primas, das irmãs, das amantes, das transeuntes, das vendedoras de fruta ou peixe, das modelos de fotografia, das netfriends, das colegas de escola ou de trabalho. Gosto de mulheres. Ponto final.

Tudo isto tem uma desvantagem: as mulheres têm mais capacidade de me desiludir do que os homens. Se um homem amigo faz qualquer merda que eu não gosto, isso não me costuma chatear muito. Nem me costuma chatear não falar com um gajo qualquer durante, se for preciso, a vida toda. Aliás, neste momento, amigos homens mesmo a sério, tenho três, e nenhum deles vive em Aveiro. Com as mulheres é diferente, a todos os níveis, e é claro que algumas vezes a noite termina duma forma mais intensa quando se sai com uma mulher do que quando se sai com um homem. É normal que seja assim entre heterossexuais.

Gostar muito de mulheres não quer dizer que se goste de todas as amigas da mesma maneira. Há aquelas por quem nutrimos grande amizade, aquelas por quem temos uma amizade assim assim, aquelas por quem nutrimos paixão e amizade, aquelas por quem praticamente só sentimos paixão, aquelas que por quem temos apenas alguma simpatia. É assim e é normal que assim seja.

Eu não sei, neste momento da minha vida, qual é o meu futuro com as mulheres. Sei que não existe a mulher da minha vida e que não chega apenas encontrá-la por aí como numa história de príncipes. Sei que uma relação a dois é também uma construção e que, para essa construção ser sólida, tem que partir duma mulher por quem sinta amizade e paixão. Isso não chega, claro. Tenho que sentir um grau de compatibilidade razoável e tenho que sentir que ela sente o mesmo por mim. A partir do dia em que isso me acontecer, seja amanhã ou daqui a um ano, levarei a coisa a sério e serei de certeza monogâmico. Agora, naturalmente, não sou.

Em qualquer encontro casual que me aconteça, quando sinto que não passa disso mesmo, costumo pôr tudo em pratos limpos logo no princípio. Às vezes ando meses sem que nada me aconteça, e começo a ter vontade de trepar o edifício da segurança social de Aveiro, outras vezes parece que acontece tudo ao mesmo tempo. Nas últimas semanas aconteceu-me três vezes ligar-me intimamente a mulheres, por coincidência todas leitoras deste blog. Admito que me senti posteriormente desiludido com todos os casos. Não por causa de alguma instabilidade emocional que tenha surgido, até porque se há gajo que já andou emocionalmente instável por causa de mulheres sou eu, mas porque os efeitos colaterais baseiam-se sempre num princípio que não aceito: “tu comeste-me e agora não me ligas nada”. Ora bem, devo ser eu que tenho a mania de que a igualdade entre sexos é para levar a sério, e que quando um homem está com uma mulher é porque ela também está com ele. A culpa, se existe, é sempre de ambos. A essa culpa, no entanto, prefiro chamar responsabilidade.

De resto, como já disse, quando eu sentir que posso e devo ter uma relação vou mesmo ter, se conseguir. Neste momento anseio-a e até existe com quem gostasse de o tentar, mas para já não está ser possível. De qualquer maneira, não é por a ansear que o vou fazer com uma mulher qualquer (este qualquer não é no mau sentido). Agora, enquanto andar assim, livre como um passarinho, sei lá... há coisas fantásticas, não há?

9.27.2007

imagens dum divorciado à solta na sua casa antes de fazer xixi e ir prá caminha...


frigorífico: polpa de tomate, vinho para cozinhar, manteiga, uma refeição pré-cozinhada, algumas cervejas, compotas e mel e sopa para a semana


despensa: escadote e tábua de passar a ferro pendurados na porta, uma garrafitas de vinho, aspirador, cabos de áudio e vídeo num cesto de verga e mais umas cenas


entrada/corredor: televisão dos anos cinquenta (não funciona), dois rádios antigos (um funciona), máquina de costura antiga, máquina fotográfica antiga e uma caixa com moedas antigas. Tudo recordações de familiares.


armário no quarto da minha filha: brinquedos vários.


canto da sala: planta que uma amiga que já foi importante na minha minha vida, mas agora não me liga puto, me deu. Ainda uma mini-hi fi e uma televisão avariada.


vista da sanita: banco com livro e moleskine, patinhos amarelos na banheira.


parede da cozinha: flor que a minha ex-mulher me deu.


entrada: tartaruga sobre o intercomunicador.


cama: t-shirts em repouso até eu ganhar coragem para as lavar.


sala: quadro pintado pela minha amiga Carla Bandarra.


quarto da minha filha: casa de bonecas oferecida por uns tios, de que agora me fala todos os dias pelo telefone: - "oh pai! se quiseres brincar com a minha casinha não há problema!"


cozinha: madeira rasca a fingir que é mármore, máquina de café, chaleira eléctrica, facas, fruta e o comando da porta da garagem.

9.26.2007

conversa 391

Ela - Sabes qual é o teu problema?
Eu - Qual?
Ela - Com essa roupa pareces um puto dos skates...
Eu - Isso é verdade... mas não é o meu problema. O meu problema é outro.
Ela - Qual?
Eu - É ter que pagar a conta da água este mês.

partia kobiet

1] Na Polónia há um partido de mulheres. Eu, apesar de não compreender as mulheres, votaria sem dúvida nelas. Principalmente porque prefiro votar em quem não compreendo do que em gajos que compreendo que são mais mentirosos que o Pinóquio, que é o caso da maioria dos políticos portugueses...
O Partia Kobiet tem agora uma campanha adorável, onde algumas das suas políticas se exibem sem roupa, e que faz qualquer português roer-se de inveja. Já imaginaram se algum dia, no nosso país, por exemplo o Marques Mendes se decide a fazer o mesmo? Estou a imaginar... o Marques, o Alberto João Jardim, o Pacheco Pereira, o Menezes e o Arlindo Marques Cunha a segurarem, nus, num cartaz. Ui! eu cá ficava de baixa em casa...

2] Um senador colombiano quer multar em cerca de 3 mil euros e obrigar a trabalhos forçados quem for apanhado a cometer adultério. Eu cá acho bem. Dá mais valor ao próprio adultério em si, isto é, se uma gaja ou um gajo trai o parceiro habitual é porque vale mesmo a pena. Acredito que vai levantar a moral de todos os que forem assediados por homens ou mulheres casados. Notícia aqui.

3] Hum... sabiam que agora, se não forem a Madeleine McCann, podem ser notícia no jornal? Com esta técnica não há-de faltar material para fazer jornalismo interessante. Imaginem: "Homem fotografado na China não é Jerónimo de Sousa", "mulher fotografada no parque Eduardo VII não é Paulo Portas", etc, etc...

conversa 390

Ela - Tu não estás a ser justo comigo.
Eu - Pois não. Nem justo nem injusto. Não estou a ser nada.
Ela - Pois...
Eu - Pois...
Ela - E vais ser alguma coisa?
Eu - Gostava de ser engolidor de espadas mas tenho medo de me cortar.

crónicas da cidade que sopra | pequenos luxos e uma cerveja

Amanhã, no Diário de Aveiro:

Hugo fecha os olhos durante a última passa, antes de esmagar a beata com os dedos, num cinzeiro sonolento onde se estendem os cadáveres de todos os cigarros que fumou nos últimos dias. Talvez passe demasiado tempo ali, fechado naquele escritório de paredes brancas e, assim de repente, é como se aquelas beatas tivessem morrido contorcidas de dor, num longo e tortuoso exercício.

pac man

Terça-feira, 25 de setembro de 2007, fui vítima de bombardeamento. Acho que me posso considerar como tal, pelo menos, já que mantive conversas relativamente àsperas com três mulheres em simultâneo sobre a mesma temática. Hum... hum... definitivamente não compreendo as mulheres, e tenho a mania estúpida de ser sincero demasiado cedo (demasiado cedo é mesmo antes da caminha). Acho que tenho que alterar os meus timings.

Pode não ter muito a ver, mas o PAC MAN irrita-me de caralho, sempre a comer aquelas bolas todas com um som por trás capaz de me fazer puxar os cabelos. Quando me sinto assim... pressionado, lembro-me dele... coitado.

conversa 389

(com um tipo no clandestino bar que eu nunca tinha visto mais gordo, na última noite em que o couscous prosjekt passou música)

Ele - Gosto de vocês como se fossem da minha família.
Eu - Pois.
Ele - A sério, estás a duvidar?
Eu - Não, não... acredito.
Ele - Gosto de ti e da tua amiga como se fossem da minha família...
Eu - Epá... está bem. Agora deixa-me em paz.

9.25.2007

cartaz

conversa 388

(num cartório)
Ela - Boa tarde.
Eu - Boa tarde. Preciso fazer uma escritura de partilha mas quero primeiro fazer um orçamento.
Ela - Partilha de quê?
Eu - Duma casa.
Ela - É por divórcio e está hipotecada ao banco?
Eu - Sim. Aliás, tenho que fazer esta escritura para depois poder fazer outra de transferência de crédito.
Ela - Tem ai o valor em dívida, o valor calculado e o registo predial?
Eu - Sim...
Ela - O divórcio foi por mútuo consentimento?
Eu - Sim...
Ela (olhando a papelada) - Fica entre 800 e 900 euros. Tem que trazer uma certidão de divórcio e uma certidão predial dois dias antes, assim como os dados da sua ex-mulher.
Eu - Que dados?
Ela - Morada actual, bilhete de identidade e número de contribuinte.

(noutro cartório)
Eu - Boa tarde. Preciso fazer, porque me divorciei, a escritura de partilha duma casa. Quero fazer um orçamento antes...
Ela - Não fazemos orçamentos.
Eu - Não?
Ela -Não. Tem que vir cá dois ou três dias antes com a documentação toda. Nós depois telefonamos para fazer a escritura e, quando estiver feita, paga. Só aí é que sabemos quanto fica.
Eu - Ok... então vou a outro cartório. Boa tarde e, já agora, feliz Natal. Não a devo ver antes.

porca miséria

Quase todas as mulheres que não conhecem ter uma relação duradoura com um homem acabam por adoptar um gato, quase todos os homens que não conseguem ter uma relação duradoura com uma mulher acabam por adoptar um cão. Eu não gosto de gatos nem de cães, mas também adoptei um virtual pet que tem a ver com a minha relação com mulheres. Chama-se porca Miséria e está lá para baixo na coluna ao lado.

pensamentos catatónicos (100)

O maior erro que um homem pode cometer é acreditar que pode amar mais do que uma mulher ao mesmo tempo. O segundo maior é beber Heinekein em vez de Super Bock.

pouco mais

Os meus olhos cansados repousam em ti, e tu és pouco mais do que isso. És pouco mais do que a minha insónia repisando o chão da noite, és pouco mais do que um copo de cerveja vazio dançando na ponta do meus dedos, és pouco mais do que a minha cabeça encostada no vidro lateral do meu automóvel. Mesmo assim és tudo.

9.24.2007

conversa 387

(por sms já depois das três da manhã)

Ela - Já estás a dormir?
Eu - Estou.
Ela - Como é que respondeste? És sonâmbulo?
Eu - Bem pensado. Não estou.

as the monkey likes banana I like you

Uma miúda gira, tailandesa mas que vive actualmente na China, mais concretamente em Nanjing, deixou-me esta música no meu HI5.

Amanhã vou-lhe responder, claro, em princípio com a música do José Cid: "como o macaco gosta de banana eu gosto de ti". Também é romântica... ela não vai perceber mas eu traduzo-lhe para inglês: "as the monkey likes banana I like you". Hum... hum... se calhar é melhor não.

9.23.2007

conversa 386


Ela - Pai, as fotografias com a cara normal são uma seca.
Eu - São?
Ela - São. Eu acho que os cartões deviam ter as pessoas todas a fazer caretas.
Eu - Cartões como?
Ela - Aqueles que os grandes usam com fotografias e nomes à frente, tipo ser sócio do Beira-Mar e outros que não sei muito bem...
Eu - Posso tirar-te uma fotografia para um cartão desses?
Ela - Podes. Eu digo-te como é que gosto.
Eu (mostrando-lhe a foto na máquina) - Posso usar esta no teu bilhete de identidade?
Ela - Sim.

conversa 385

Ela - Já sabes se podes vir?
Eu - Já sei se posso ir aonde?
Ela - Jantar cá em casa na quarta... disseste que ias ver, por causa do trabalho...
Eu - Ah! Ainda não sei...
Ela - olha, tu esqueceste-te do jantar?
Eu - Não.
Ela - Esqueceste sim.
Eu - Não, não.

9.22.2007

frases que já ouvi hoje e gostei

1] É verdade, juro! Passou na televisão… uma galinha engripada contaminou o adão. [Terrakota]
2] Não tem trocadinho? (referindo-se a 19,91 euros) [empregada do feira nova]
3] A vida é uma espécie de bicicleta sem rodas quadradas, percebes? [amiga ressacada]
4] Vou ter com a minha mãe. [amiga sóbria]
5] Se eu algum dia comprar um computador portátil, tem que ser um daqueles que dão música. [anónimo, no Media Markt]
6] Opá, ontem fodi-me todo. Apanhei uma borracheira. Bem... tu viste porque estavas comigo. [amigo]
7] É verdade que podem chover brinquedos agora no Outono? [criança aí duns cinco anos]
8] Olhe, o senhor vai por ali, passa os restaurantes, e a cagadeira é logo a seguir, à direita. A seguir aos frangos. [anónimo explicando a outro anónimo onde é a casa de banho no Carrefour]

conversa 384

Ele- Sabes qual é o nosso problema?
Eu - Qual?
Ele- As mulheres andam sempre um passo à nossa frente. Pensam sempre em qualquer coisa mais distante.
Eu - Sim, se isto fosse um jogo de xadrez eram sempre elas a ganhar...
Ele -Exacto.
Eu - Nós, sempre que podemos comer uma peça adversária, comemos. Elas não, porque pensam logo nas cinco ou seis jogadas seguintes.
Ele - É isso. Nós só pensamos numa jogada de cada vez. Depois fodemo-nos.
Eu - Eu sei isso, pá. Eu sei...

(passado uns minutos)

Ele - Tu tiveste uma merda na vida que eu nunca tive, pá. Uma experiência única que é ter uma única companheira quinze anos e, mesmo depois do divórcio, falas dela como se fosse uma raínha. E já tens uma filha. Eu, olho para trás e não tenho nada...
Eu - Deixa lá. É por isso que não consigo atinar com nenhuma mulher... Às vezes parece que vai ser desta mas nunca é. Percebes? É como se tivesse um recalcado...
Ele- Ainda vais resolver isso antes de mim.
Eu - Olha que não.
Ele - Olha que sim.
Eu - Olha que não.
Ele - Olha que sim.

(passado uns minutos)

Ele - A XXXXXX é bonita...
Eu - Sim, é muito bonita até, mas ser bonita não chega.
Ele - O que é que te chega? És um gajo complicado, tu.
Eu - Foda-se! Complicado?! Se encontrar uma miúda bonita chegasse era fixe. Isto é só miúdas giras por todo o lado, pá.
Ele - Mas tens hipóteses com ela...
Eu - Não tenho nada. Ela não se chega à frente. Não diz que sim nem que não. Não simpatizo nada com essa merda de ser sempre um gajo a tomar a iniciativa. Ela nem fode nem sai de cima e essa merda começa a chatear-me.
Ele - Mas tem que ser um gajo...
Eu - Não tem nada.

9.21.2007

couscous prosjekt na TIME



Amanhã, sábado, 22 de Setembro, o Couscous Prosjekt passa som no Riff bar, em Aveiro, a partir das 22:30, mais coisa menos coisa. Segunda, dia 24, é no Clandestino bar à mesma hora. Consultem o site oficial ou comprem a TIME.

conversa 383

Ele - Opá. Sai dessa. Ela não é para ti.
Eu - Não sei... sei lá. Não é porquê?
Ele - Ela não tem nada a ver contigo. É exactamente o teu oposto.
Eu - Sim, eu sei isso. Só não sei se isso é importante.

conversa 382

Ela - Já percebi que tu e o XXXXXX não se podem ver um ao outro.
Eu - Como é que percebeste isso?
Ela - Ele passou a noite de ontem a falar mal de ti.
Eu - Ah! isso não quer dizer que a gente não se possa ver. Ver até nos vemos. Só não falamos um com o outro.
Ela - Homens...
Eu - Homens não. Porque é que eu hei-de falar com ele se não o gramo, nem ele a mim?
Ela - Por uma questão de educação.
Eu - Isso não seria educação. Seria hipocrisia.

frigoríficos

Na Lousã, mais concretamente em Catarredor, um gajo matou outro por ter simulado relações sexuais com um frigorífico. O arguido diz que interpretou esses gestos obscenos feitos pela vítima como uma ofensa à sua companheira, e que aquilo lhe ficou na cabeça o dia todo. Ficou-lhe na cabeça quando à tarde foi trabalhar na agricultura, e continuou-lhe na cabeça ao início da noite. Por isso mesmo foi a casa da vítima e levou uma catana, que nem era para usar, era mais para se proteger duma eventual agressão, mas acabou por matá-lo com dezasseis catanadas na cabeça depois duma amena conversa.
Desta notícia hilariante no JN de hoje, gostava de destacar as seguintes frases, em defesa do arguido.

A simulação de relações sexuais com um frigorífico foi ontem apresentada, no tribunal da Lousã, como o motivo que desencadeou uma reacção que viria a culminar com um homicídio.
Então, e há motivo mais importante do que este? Claro que não. Eu também o matava. Aliás, uma vez eu ia a passear no Rossio com a minha ex-mulher, na boa, sem nos metermos com ninguém, e apareceram dois gajos a simular relações sexuais com frigoríficos. Eu ainda os avisei, como sou um gajo calmo, para pararem com aquilo, mas eles não ligaram e continuaram. Peguei numa metralhadora G3 (que trago sempre comigo só para me proteger) e matei-os. Depois ainda veio uma senhora dizer que eles só estavam a carregar os frigoríficos para casa dela, mas claro que eu não acreditei.

Mas andei sempre a pensar naquilo", confessou [o homicida] ao colectivo. Admitiu que também consumiu drogas durante toda a tarde.
Ainda bem que não consumiu muitas drogas, porque as drogas alteram, às vezes, a forma como vemos a realidade. Às tantas nem levava a sério a cena repugnante que é um gajo simular relações sexuais com um frigorífico. Se ainda fosse com um ferro de engomar, ou assim... agora com um frigorífico? Phónix.

Dirigiu-se a casa da vítima, alegadamente para conversar, mas levou uma catana que tinha em casa. "Não era para usar. Mas como não sabia qual seria a reacção do homem, pensei levar a catana para me proteger".
Pois... isto percebo perfeitamente. É como eu com a minha G3...

Segundo contou ao tribunal, ainda estiveram sentados à mesa (onde terá pousado a catana) a conversar e fumaram mais "dois charros". A conversa "começou a azedar", na versão do arguido, a partir do momento em que a vítima lhe terá dito que a sua companheira "ainda poderia vir a ser a namorada dele"
Estão a ver? O gajo até estava numa de peace and love... fumar uns charritos na boa e ir para casa. Agora, o outro põe-se a dizer que a sua companheira ainda poderia vir a ser namorada dele. Epá, tem que morrer à catanada. Claro que tem.

obs: claro que, mais uma vez, a culpa disto tudo é duma mulher. Se não fosse ela, o arguido nunca sentiria que simular relações com um frigorífico pudesse ser uma ofensa.

9.20.2007

onde é que está?


onde é que está o wally divorciado?

mulheres que eu gostava de poder não compreender (58)



nome: Rani Mukherji
origem: Índia
info: É uma conceituada actriz de Bollywood. Tem 29 anos e é mesmo muito bonita. Também é minha amiga do HI5. É, é... bem... ela tem neste momento 940 amigos no HI5 mas a sério que eu sou o mais importante. Ela dise-me que não liga nada aos outros 939 (I don't connect nothing to the others 939). A sério... chuif... a sério... juro...

9.19.2007

Gabriele Pauli, casa comigo



A Gabriele Pauli tem cinquenta anos e é bonita. Tem um grande defeito, que é pertencer ao CSU alemão (partido irmão da CDU, da Angela Merkel), e tem uma grande qualidade, que é estar sempre a criar polémica num partido conservador.

Desta vez lembrou-se que os casamentos deviam ter um prazo máximo de sete anos (obrigado Nélson, pelo link), alegando que há muitos casais que só permanecem juntos por medo da separação, por dependência financeira ou por terem vantagens fiscais. Diz ainda que os matrimónios a termo certo reduziriam os custos dos divórcios.

Ora... minha linda Gabriele. Eu até percebo onde queres chegar, mas... epá... a única coisa gira no casamento é que um gajo quando casa acredita mesmo que aquilo é para sempre, mesmo que depois não seja. Porque é que não se facilita apenas o divórcio, tornando-o mais barato e burocraticamente mais fácil? Definitivamente, os conservadores às vezes até tentam ter ideias progressistas, mas não chegam lá nem com açúcar...

Já agora, Gabriele, se passares por este blog e conseguires ler português, eu caso contigo se me aceitares. Tem é que ser para sempre. És tão bonita e decidida... a única coisa que exigo é uma cláusula tipo supermercado, ou seja, tenho quinze dias para testar o produto e, caso não fique satisfeito, devolvê-lo sem perguntas.

notas sobre uma escola

A minha filha anda na escola de que, neste post do Divas & Contrabaixos, se fala e que, pelo menos quem tem filhos e é de Aveiro, deve ler.

No dicionário online da Priberam, a palavra escola quer dizer o seguinte:
estabelecimento de educação, público ou privado, no qual o ensino, geral ou especializado, é ministrado de forma colectiva e segundo uma planificação sistematizada;

Hum... deve haver algum dicionário onde a palavra escola quer dizer qualquer coisa como:
armazém de crianças, público ou privado, no qual elas são depositadas enquanto os pais estão a trabalhar;

conversa 381

Ela - Não tens vergonha de andar com buracos na camisola?
Eu - Não. Para ser sincero, não.
Ela - Se fosses meu filho.
Eu - Se fosse teu filho, pelos vistos, tu é que ias ter vergonha.

crónicas da cidade que sopra | um gesto seu silencia-lhe o corpo

Amanhã, no Diário de Aveiro:


Um gesto seu silencia-lhe o corpo. Sandra estica o braço varrendo instintivamente a fria superfície do lençol. Ele já não está ali. Talvez se tenha levantado e ido embora porque trabalha cedo, e lhe tenha deixado um bilhete qualquer; talvez porque seja casado e precisa acordar ao lado da mulher para manter um casamento que já não o é, e não tenha deixado bilhete nenhum; talvez porque para ele aquela tenha sido apenas mais uma casual noite de sexo, e tenha deixado apenas um número de telefone para uma eventual repetição. Ela não sabe, porque o seu corpo ainda nem se conciliou com a luz do Sol que perfura os buracos da persiana, desenhando-os na parede. Sabe só que ele não está ali, e isso chega para que os tímidos gemidos de prazer, que se lembra de ter dado durante a noite, se transformem agora numa lamúria silenciosa.

conversa 380

Ela - Vou-te fazer uma pergunta, está bem?
Eu - Está bem...
Ela - Arrependeste-te de ter casado?
Eu - De ter casado, sim. De ter tido a relação que tive durante quinze anos, não.
Ela - Isso quer dizer que não te casas outra vez...
Eu - Quer dizer que não o pretendo fazer, sim. Mas nunca se sabe. Quando uma mulher dá a volta à cabeça dum homem, dá mesmo. Isso já sei...
Ela - Está a ficar vento. Vamos a tua casa?
Eu - Vamos.

9.18.2007

coisas que fascinam (60)

Sou daqueles que param constantemente para deixar os peões atravessar a estrada. No entanto, não o faço por uma questão de civismo. Gosto de os ficar a ver a passar, protegido pela máscara do automóvel. É como se, por uns instantes, eu fosse uma espécie de Big Brother. Os peões quase nunca olham os automobilistas nos olhos, mas às vezes sim. Hoje parei na Lourenço Peixinho para deixar passar uma mulher que conheço de vista. Ela olhou para mim, sorriu e agradeceu. Foi só isso, mas isso foi muito.

digam olá


Digam olá à minha colecção de joaninhas. aquela ali no meio, com ar mais apatetado, foi a primeira que me ofereceram, e é de 1998. Começaram-me a oferecer joaninhas quando, nesse ano, comprei uma Renault 4L vermelha que ficou conhecida entre os amigos como "a joaninha". A 4L já se foi, os bonecos não.

parede de cozinha


Esta é a parede da minha cozinha. Fotografias do dia a dia juntam-se como se fossem peças dum puzzle. E são, de facto: amigas e amigos, a minha filha e a minha ex, coisas sem sentido aparente. Sempre momentos felizes de um puzzle sempre inacabado. Às vezes estou sozinho e fico a olhar para ali durante algum tempo. É uma forma de ter a certeza que há coisas que são mais do que um sonho.

pensamentos catatónicos (99)

Hoje apetecia-me mesmo ter uma namorada daquelas que nos fazem não pensar em mais nada e, mesmo quando estamos tristes, estarmos felizes. Mas não tenho, por isso vou trabalhar um bocado.

conversa 379

(no msn)

Eu - Estás muito bonita hoje. :)
Ela - Como é que sabes? Não me estás a ver.
Eu - Estás bonita todos os dias e hoje é só mais um dia.

9.17.2007

conversa 378

(ao telefone)

(1ª tentativa)
Eu - Então?
Ela- Vou ficar sem bateri...


(2ª tentativa)
Eu - Então?
Ela- Vou ficar sem bateri...

(3ª tentativa)
Eu - Então?
Ela- Vou ficar sem bateri...

couscous prosjekt cartaz

é só uma chávena

É só o fundo duma chávena com o resto do que já foi um café. Bebi-o enquanto estava quente, sabes? Tentei afogar nele a taciturnidade que se hospedou nos meus olhos quando, há uns dias, deixaste um cigarro silencioso a fumegar na concha a que chamamos cinzeiro e depois abanaste os ombros. Abanaste os ombros mas não foi um abanar qualquer. A atmosfera agitou-se e ventos fortes sopraram na floresta densa onde às vezes fazíamos amor. Depois os meus olhos choveram até o silêncio cobrir o cenário pós-tempestade, e deitar-se na manta morta como um lençol sobre um defunto.

É só uma chávena de café. Pouso-a na banca entre as chávenas dos cafés que bebi ontem, anteontem e nos dias anteriores. Acho que falam umas com as outras, provavelmente para gozarem comigo. Provavelmente porque estão cansadas de esperar que alguém as lave. Mas... se até o cigarro se cansou de esperar e morreu à fome negra na brancura da concha.

É só o fundo duma chávena de café. Agora só fazes o percurso do quarto para a porta da saída e da porta da saída para o quarto, como uma álgida locomotiva entre estações. Às vezes páras no apeadeiro da casa de banho e eu ouço da sala o teu silêncio feroz. Mas olha, o café é preto... e nele não posso ver o reflexo dos meus olhos. Nem sei se estou triste ou feliz. Provavelmente não estou nada. Nada mesmo. Na casa de banho tens um espelho, onde de certeza te estás a ver e onde de certeza estás qualquer coisa. Qualquer coisa não é mau, sabes? Quer dizer que existes.

É só o fundo duma chávena. Uma vez verti uma réstia de café no teu nevado corpo, tornando-me nascente dum rio negro que te serpenteou as montanhas e correu lentamente até desembocar num vale forraginoso. Contemplei a paisagem bíblica durante tanto tempo... depois sequei-te o rio até gemeres e adormeceres no Éden. E eu também. Nessa noite o leão dormiu com o cordeiro. Foi a última vez.

É só o fundo duma chávena de café, é só um rádio que fala pela trigésima vez da miúda que despareceu no Algarve, é só uma planta que rego com uma garrafa de água com uma tampa furada por uma garfo, é só um avião que risca o céu e onde eu não vou, é só uma lata de atum semiaberta no frigorífico, é só uma porta que esconde o cotão dos dias atrás dela, é só o Sol que ocupa noventa e oito por cento do sistema solar. Estás a ver? É só tanta coisa. É só que eu gosto de ti, e talvez possa salvar-te a vida se lavar as chávenas acumuladas na banca da cozinha e depois sair.

9.16.2007

filho duma grande vaca louca

1] Fui comprar pão. Quando estava a pagar o telefone tocou e eu, com a atrapalhação, atendi em alta voz. Uma amiga minha, em resposta a umas brincadeiras por sms no dia de ontem, pergunta-me: - "Então?! Vens aqui fazer-me um minete?", e ri-se. Toda a gente ouviu. Fiquei vermelho que nem um tomate, mas a senhora a quem eu estava a fazer o pagamento, também. Baixou os olhos sem saber o que fazer. Eu dei-lhe os cinquenta cêntimos, relativos a cinco pães, e respondi: - "Agora não dá. Estou a comprar pão". Foi pior a emenda que o soneto.

2] Hoje cheguei a Espinho às 15:31. Só consegui estacionar o carro às 16:06, por causa das festas não sei de quê que atraem mais gentinha que o Santuário de Fátima. Tinha sessão de cinema às 16:00 que, obviamente, atrasou.

3] Chego ao trabalho e ligo o msn. Tenho uma espanhola, com quem supostamente vou ter na próxima terça-feira a Salamanca, a mandar mensagens: "olah". Não respondo. Já lhe expliquei umas quatro vezes que olá, em português, não tem "h" em lado nenhum. Espero.... acho que está a fazer de propósito. Ela não fala inglês, por isso costumamos falar em espanhol. Desde que trabalhei em Barcelona que me desenrasco a escrever e falar espanhol, mas com erros. Ela não facilita e eu percebo que está a escrever duma maneira exagerada, até com algum calão. Começo a responder em português e ela pergunta-me se eu me esqueci que ela é espanhola. Que sim, respondo. Muitos parabéns, eu sou português. Bloqueio-a. Provavelmente já não vou a Espanha na terça, a não ser que me dê para responder a um email que entretanto recebi. Logo se vê. Por uma lado até acho que é melhor.

4] Vou tomar um café. A minha amiga brasileira, de quem gosto bastante, continua na sua senda de me levar para a igreja Brasa Portugal. "É só assistir a um teatrinho", diz. "Detesto teatro", respondo-lhe, "mas queria um café, por favor". Põe-me o café no balcão com um silêncio incomodativo. Insiste que um dia ainda me vai levar à Igreja."Tudo bem", digo para aliviar à pressão, "mas se possível no último dia da minha vida".

5] Sinto-me num dia com o sentido de humor abaixo do nível habitual, e até estive para chamar filho duma grande vaca louca a um gajo que parou mesmo à minha frente no semáforo verde hoje à tarde. Até chamei, para ser sincero, mas ele não ouviu. Ainda bem. É fim da tarde. O Beira-Mar venceu o terceiro jogo consecutivo, desta vez ao Penafiel, e já está nos lugares da frente da liga Vitalis. Recebo um sms duma amiga "só para mandar um beijo". Fico mais bem disposto. Vou beber um guaraná. Gosto de sms simples... só para mandar beijos.

conversa 377

Ela - Tenho que te apresentar a minha irmã.
Eu - Porquê?
Ela - Tem quase a tua idade e também está divorciada. Tem um filho e tudo.
Eu - Ena, fixe. É gira a tua irmã?
Ela - Não é feia mas também não é nenhuma brasa. É mais ou menos... é do teu campeonato.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

9.15.2007

mulheres que eu gostava de poder não compreender (57)



Nome: Dolores O'Riordan
origem: Irlanda
info: Nasceu em Limerick, na Irlanda, e é a voz dos The Cranberries , agora temporariamente parados (dizem eles). Nasceu no mesmo ano que eu, por isso é sem dúvida uma boa colheita, e é linda até dizer chega, e tem uma voz linda até dizer chega, e é tudo até dizer chega.... Vejam o site oficial aqui.

lá em cima há estrelas sem fim...

1] Em Agosto comprei uma Nikon na Worten do Gaiashopping. Duas semanas depois deixei-a cair e a lente partiu-se. Levei-a à loja que a mandou para a respectiva assistência técnica. Hoje fui lá e deram-me uma máquina nova. Vale a pena comprar Nikon e, o serviço pós-venda na Worten é bem melhor que, por exemplo, na Rádio Popular, onde deixei de ser cliente há cerca de três anos.
Só um conselho à administração da loja: as miúdas giras e simpáticas que trabalham na loja mereciam um uniforme mais giro que aquelas camisas vermelhas de bombeiro voluntário. Vejam, por exemplo, a Multiopticas. Aquilo sim, são uniformes.

2] Já com a máquina na mão dei uma volta pela FNAC e pela própria Worten. Na FNAC não comprei nada, mas na Worten comprei o Cru, do Seu Jorge, por €4,89. O sistema anti-roubo apitou quando ia a sair. Era a máquina fotográfica. Não percebi porquê não apitou quando entrei. Só quando ia a sair. Lá estive a mostrar a papelada ao segurança, para lhe provar que não tinha roubado nada, perante o olhar dos caramelos curiosos que iam passando e abrandando o passo. Acho que o pessoal gosta mesmo de ver este tipo de merdas, por qualquer motivo que me ultrapassa. De qualquer maneira, e como quem não quer a coisa, se a loira de camisa branca com um bordado cor de laranja que parou para ver a cena ler isto, mande-me um email. Para a próxima que eu for ao Porto podemos jantar.

3] Comi uma sopa da pedra e bebi uma cerveja na praça da alimentação. A mesma loira, do bordado cor de laranja, estava a comer uma sandes e a beber um Ice tea quase ao pé da Pizza Hut, com uma amiga de cabelo curto preto que tinha uma camisola azul de alsas. Pronto... é só isso.

4] À saída do Gaiashopping uma mulher pediu-me ajuda porque estava sem bateria no carro. Eu, e mais dois gajos porreiraços, empurrámos um Golf numa subida ligeira enquanto ela tentava ligar o motor, o que conseguiu dois litros de suor depois. Depois arrancou em alta velocidade e nem agradeceu. Um dos gajos que me ajudou largou logo: "a puta nem agradeceu, caralho". Eu ri-me mas dei-lhe razão. Só não tenho a certeza da profissão dela.

pensamentos catatónicos (98)

Nem parece que tenho 36 anos. Fui lá baixo tomar café, aqui no sítio onde trabalho. Uma mulher perguntou-me onde é casa de banho e eu atrapalhei-me todo. Podia ter disto qualquer coisa simples como: "é ali" ou "siga esta direcção" mas não... fosca-se. Tinha que inventar: "aquela casa de banho não está em condições... se quiser ir lá acima... é mais limpa. Não é pública mas se quiser ir, pode ir na mesma". Ela olhou pra mim com ar de quem está farta de levar com engates baratos e pediu-me de novo para lhe indicar uma casa de banho qualquer. Eu indiquei. Fosca-se... era mesmo gira. Hum... e não era um engate barato, era eu a tentar ser simpático.

conversa 376

Ela - Não vais sair?
Eu - Não. Apetece-me ficar em casa.
Ela - Nem parece teu...
Eu - Estive a beber uma cerveja com um amigo meu em Espinho. Estou cansado, já não saio.
Ela - Pois, mas não parece teu.
Eu - Mas tu queres sair?
Ela- Eu já saí. Cheguei agora a casa.
Eu - Então porque é que me estás a perguntar se eu quero sair?
Ela - Vinhas aqui... conversar um bocado.
Eu - Nesse caso, já me apetece sair.

9.14.2007

um quinto dos americanos não consegue encontrar o próprio país no mapa

Um quinto dos americanos não consegue encontrar o próprio país no mapa e a miss Carolina do Sul é que paga as favas... Está farta de ser gozada por não ter respondido muito bem à pergunta mas... o que é que ela ia dizer? Que um quinto da população americana é uma cambada de idiotas sem cérebro? Vontade não lhe deve ter faltado...

Apresentadora - Recent polls have shown a fifth of Americans can't locate the United States on a world map. Why do you think this is?

Miss Carolina - I personally believe... that US Americans are unable to do so because ahn... some people out there in our nation don't have maps and I believe that our education like such as south Africa and... the Iraq and everywhere like such as and... I believe that they should our education over here in the US should help the US, or should help south Africa and should help the Iraq, and the Asian countries,so we will be able to build up our future.

pensamentos catatónicos (97)

Marquei uma noite em Espanha, perto da fronteira, com uma mulher que não conheço de lado nenhum a não ser de conversas vagas na internet. Se correr bem, já sei que é uma noite de sexo e venho embora no dia seguinte. Se correr mal, já sei que é uma noite sem sexo e venho embora no dia seguinte. Estou a pensar se vou mesmo ou não.

conversa 375

Ela - Eu já não estou apaixonada por ele, percebes? Mas ele é a pessoa que eu mais gosto neste mundo.
Eu - Percebo perfeitamente. Toda a gente da nossa idade percebe isso...
Ela - Só que sinto a vida a passar e falta-me qualquer coisa, percebes?
Eu - Percebo perfeitamente. Toda a gente da nossa idade percebe isso...
Ela - Nem sei o que fazer, percebes?
Eu - Percebo perfeitamente. Toda a gente da nossa idade percebe isso...

9.13.2007

conversa 374

Ela - Pai, não podes entrar na cozinha, está bem?
Eu - Mas o que é que vais fazer?
Ela - É uma surpresa.
Eu - Pronto, mas não mexas nas facas em cima do balcão, está bem?
Ela - Não. Vou-te fazer um bolo. Mas como não sei fazer bolos, faço-te um iogurte com chocolate em pó e uvas...
Eu - Ah! Está mesmo a apetecer-me...

aniversário

Hoje, dia 13 de Setembro de 2007, a minha filha faz 8 anos de idade. Meti férias e pedi à mãe para ficar com ela desde ontem. Agora ela está na cozinha a brincar com um primo que tem e eu estou aqui na sala a ler jornais, a beber uma cerveja e a ouvir um disco do Ildo Lobo. Ouço-a a rir-se e isso faz-me bem. A minha filha faz-me bem. Só por existir, como diria o Palma. Para a História do dia em que ela fez oito anos ficam estas notícias:

1] Na Alemanha também há pessoas alucinadas. A Sonae inaugurou o primeiro shopping naquele país, mais propriamente em Berlim. Chama-se Alexa. Na inauguração, cerca de 5000 pessoas tentaram entrar ao mesmo tempo, à meia-noite, na loja Media Markt, provocando tumultos e alguns feridos ligeiros. Foram destacados 100 agentes para repor a ordem. Eu pensava que este tipo de saloios só existia em Portugal, mas afinal não. Ainda bem. Ufa! [notícia no Diário de Aveiro]

2] Não tenho vergonha que a selecção de futebol portuguesa perca jogos, embora torça sempre para que vença. Nem sequer tenho vergonha que não seja apurada para a fase final do campeonato da Europa de 2008 (ainda o pode ser e espero que o seja), mas tenho vergonha de ter um seleccionador que agride um adversário no fim do jogo. Isso tenho. [notícia em todos os jornais mas eu li no JN]

3] Já fui eleitor do PCP. Depois deixei de ser e passei a votar em branco por não me sentir bem representado por nenhum partido português. Depois ainda, passei a ser eleitor do Bloco de Esquerda. Jerónimo de Sousa diz, a propósito da visita do Dalai Lama a Portugal e da controvérsia que gerou o facto de poder vir a não ser recebido oficialmente no parlamento, que "não se pode ter relações económicas, políticas e diplomáticas com outros países e depois contrariar essa perspectiva com uma visita de circunstância." Tenho pena do PCP... mas tenho pena de mim também por já ter votado no PCP. A China é um país bem integrado no mercado capitalista internacional, é um país onde se explora mão de obra diversa e onde os direitos humanos não existem, é um país onde não se sabe o que é política ambiental, mas é vermelho e tem uma estrela de cinco pontas. Para o PCP isso chega, apesar da História e da actualidade. Não foi Mao que disse "todo o poder político está na ponta duma arma"? [notícia no Público]

4] Por falar em Dalai Lama, a "minha" Mayra Andrade foi hoje homenageada em Cabo Verde. O que é que o Dalai Lama tem a ver com a Mayra? Foi ao ser escolhida para um coro que cantou para ele, na Alemanha (o tal país onde a Sonae abriu um shopping) que começou a sua carreira. [notícia no Liberal de Cabo Verde]

cremes

estava aqui a pensar porque é as mulheres, às vezes, se enchem de cremes viscosos pelo corpo todo antes de se deitarem, ou seja, antes do sexo.

conversa 373

Ela – Este filme é espectacular. Queres ver?
Eu – Sim, por acaso quero. É um dos filmes que nunca vi mas sempre quis ver.
Ela – Fixe. Vai buscar aquele sofá porque eu só consigo ver filmes deitada.
Eu – Pronto... ok.
Ela – Já agora vai à cozinha fazer um chá. Eu ponho no pause...
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

9.12.2007

conversa 372

Ela - Mas tu costumas ir a blinddates?
Eu - Não costumo, não, mas admito que já fui a alguns.
Ela - Só por sexo?
Eu - Sim... só por sexo. Nunca é só por sexo mas, se não quisermos entrar numa análise detalhada sobre o que é solidão sexual e solidão emocional, podemos dizer que é só por sexo.
Ela - E correu bem?
Eu - Nem sempre, mas alguns correram bem e por isso já valeu a pena.
Ela - Nunca pensei que fosses capaz de fazer isso...
Eu - Nem eu... mas fui e para ser sincero até gosto. Levo sempre uma garrafinha de vinho e uma flor ou assim, e gosto de passar a noite na conversa com uma mulher que não conheço de lado nenhum. Sabe-me bem.
Ela - Mas aí é diferente ser mulher e ser homem. Eu não tinha coragem de ir a uma coisa dessas.
Eu - É capaz de ser verdade, e também admito que não pretendo continuar nisto por muito tempo. Aliás, neste momento parei.
Ela - Paraste?
Eu - Sim... porque talvez venha a ter qualquer coisa séria brevemente.
Ela - Com quem?
Eu - Não digo, está bem? E este talvez é mesmo um talvez muito grande...

crónicas da cidade que sopra | as maçãs do rosto

Amanhã, no Diário de Aveiro:

É a segunda vez esta semana que põe na mesa dois pratos. Dois pratos, dois copos, dois guardanapos, dois conjuntos de talheres. Agora que pensa nisso, também está a fazer comida suficiente para duas pessoas sem ser preciso. Desde que está sozinha que costuma ir almoçar à praça de alimentação dum centro comercial qualquer, onde as faces dos outros vão mascarando a sua solidão de alguém capaz de sorrir, mas hoje voltou a almoçar em casa e a fazer instintivamente almoço para dois.

9.11.2007

um gajo vê-se grego

Tirei esta passagem do livro que estou a ler:

E quando digo que sei muito, quero dizer mesmo muito. Sei nomes, datas. Centenas deles. [...]
O meu problema é usar isto tudo. [...]
É desconcertante.
Podia obviamente participar num concurso e ganhar uma viagem à Grécia. Para dois.
Mas não tenho namorada. Teria de viajar sozinho.
E o que é que eu ia fazer à Grécia?

Erlend Loe em "Naif Super"

conversa 371

Ele - Amanhã vemos o Portugal - Sérvia num café?
Eu - Não. Amanhã vou buscar a minha filha. Estou com saudades dela.
Ele - A XXXXXX também vai.
Eu - Estou numa fase em que a XXXXXX não me interessa mesmo nada.

sortelha 2


ponta da muralha a não sei quantos metros de altura. agora estou a olhar para isto e não sei como é que tive tomates para tirar esta foto mesmo à beirinha... um gajo às vezes é mesmo parvo.


Sortelha by night


divorciado a sujar-se enquanto come uma laranja, perante a cruel impassividade dum burro ao fundo.


entrada principal de Sortelha

às vezes o amor...

Eu tenho mesmo muito jeito para não amar mulheres que supostamente gostam de mim. Isso é mau, só por si, mas pior é também ter jeito para me apaixonar por mulheres de quem não posso gostar, ou porque têm companheiro ou porque simplesmente não me gramam nem pintado. Eu para ser sincero, também não gosto muito de mim pintado, pelo menos de verde, mas é uma questão de estatística isto que digo... e é verdade.

Estava aqui a pensar em como me dou mal com relações pontuais que não passam de alguns dias ou, às vezes, até de uma noite. No último ano não tenho tido outra coisa, e já nem sei muito bem o que é ter um relação mais ou menos estável. Se calhar nunca mais vou ter... e por isso tenho que me ir habituando à ideia.

Hum... o Sérgio Godinho deve ter sentido mais ou menos o mesmo que eu, pelo menos uma vez na vida. Senão não tinha cantado isto: Às vezes o amor / No calendário, noutro mês, é dor / É cego e surdo e mudo...

9.10.2007

conversa 370

Ele - Tu és o único tipo que eu conheço que tem mais amigas do que amigos, pá. E consegues manter amizades com mulheres que não passam daí.
Eu - Bem... às vezes não consigo assim tão bem como isso. Mas tens razão, dou-me melhor com mulheres do que com homens, normalmente. De qualquer maneira tenho alguns grandes amigos homens...
Ele - Sim... mas mesmo as mulheres com que te envolveste... ficaram tuas amigas.
Eu - Mais ou menos. Em traços gerais acho que há mais homens estúpidos do que mulheres estúpidas. Não gosto de pessoas que acham que podem resolver as coisas através da força, por exemplo, e os amigos que tenho são gajos que considero inteligentes nesse aspecto. Não tenho paciência para atrasados mentais que reagem com força a tudo, por exemplo. Nesse aspecto a convivência com mulheres é mais saudável, normalmente.
Ele - Mas estás a falar de experiências a um nível só intelectual.
Eu - Sim, estou. O que te estou a dizer é que me dou melhor a ter conversas de café com mulheres do que com homens, normalmente. Mas por exemplo, tu, o XXXXXX e o XXXXXX são homens com quem gosto muito de conversar e que considero meus amigos.
Ela - Sim... e se calhar é por isso que há gajos que não te gramam.
Eu - Admito que às vezes tenho um prazer fininho em perceber que irrito alguns gajos. Mas é um prazer de ocasião. Não passo a vida a pensar nisso. Mesmo no meu blog, recebo comentários de gajos irritadinhos até dizer chega, e isso dá-me um gozo especial.
Ele - Eu percebo...
Eu - Esta cerveja holandesa é mesmo boa, pá. Vai mais uma?
Ele - Só mais uma.

curtas no Riff

Esta noite começam as noites de curtas no Riff bar, em Aveiro, lá para as 23:30. Hoje com uma retrospectiva de filmes bascos kimuak de 2003.
O programa kimuak dedica-se exclusivamente à promoção do cinema feito por realizadores nascidos no país Basco, desde 1997, e tem tido resultados surpreendentes. Será a primeira vez que serão exibidos filmes deste projecto em Aveiro.

Filmes de hoje:
7:35 de la mañana de nacho vigalongo
Ecosistema de tinieblas gonzález
Expreso nocturno de imanol ortiz lópez
Lepokoa de safy nebbou
las superamigas contra el profesor vinil de domingo gonzález
El tren de la bruja de koldo serra

conversa 369

Ela - Tens horas?
Eu - Só um bocadinho... tenho no telemóvel.
(tiro o telemóvel do bolso)
Eu - Duas e vinte e quatro.
Ela - Da noite ou da tarde?
Eu - Hum... Aqui no telemóvel não diz...

Sortelha 1

Passei o fim de semana em Sortelha, onde não há multibanco, no Iberfolk 2007. Vi os concertos dos No Mazurka band, dos Diabo a Sete e dos Mosca Tosca, fiz um workshop de danças tradicionais, fui ouvir o Marco Luna contar uma história e entrei em algumas danças colectivas. Toda a gente me avisou para ir preparado porque em Sortelha não há multibanco. Pois não, não há. Nem é preciso. Sortelha chega. Considero este fim de semana uma das boas coisas que fiz na minha vida. Vejam estas fotos. Talvez ainda ponha mais... ;)


vista geral de Sortelha, com o castelo ao fundo, tirada de cima da muralha que cerca a aldeia.


Concerto dos No Mazurka band.



aspecto parcial da muralha, tirada em cima da mesma. Admito que andei a ganhar coragem algum tempo para subir lá acima.

9.08.2007

chiribiriribiri

Este fim de semana vou para o iberfolk e, por isso, não terei acesso à net. Até domingo à noite fiquem com quatro buscas que vieram aqui dar. Bom fim de semana para vocês se não forem polacos.

videos de mulheres cheirando pes de mulheres
Hum... muito específico mas com gosto. Eu também é o que mais gosto, de ver vídeos de mulheres a cheirar pés de mulheres. Todas as noites, antes de me deitar, lá vai um vídeo desses. Só em dvd tenho mais de cem.

quero ver um rabo duma mulher
Tem mesmo que ser de mulher? É que se puder ser, por exemplo, dum gato, é mais fácil.

as mulher
As mulher são incompreensível

um dia me aconteceu gostar da namorada de um amigo meu
A mim também. Agora ele já não é meu amigo. Ela também não.

pensamentos catatónicos (96)

Tenho que começar a ler o que escrevo logo a seguir a escrever. Há bocado percebi que tinha escrito customamos em vez de costumamos. Ou então tenho que começar a dormir oito horas por dia.

coisas que fascinam (59)

Só havia um som de cada vez. E também um gesto. Ela abriu a carteira e procurou um maço de cigarros. Tive a sensação que o procurou durante mais tempo do que realmente precisava, talvez para justificar a piada que veio depois: que a carteira era a única coisa mais confusa do que a cabeça dela. Acendeu-o e fez uma bola de fumo que dançou no ar, como se fosse o génio da lâmpada. Se a pudesse esfregar talvez se desse um milagre, pensei. No entanto faltou-me a coragem. Pedi-lhe para ir ao frigorífico buscar mais uma cerveja. O milagre, mesmo assim, estava feito: à escala astronómica, onde a Terra tem quatro bilhões e meio de anos, os mamíferos apareceram há setenta milhões e os primeiros hominídeos há quase dez milhões, estar ali a vê-la a fumar um cigarro, naquele preciso momento, já era um pequeno milagre.

9.07.2007

Benfica - Beira-Mar

Alguém é capaz de me fazer compreender isto? Não é uma mulher mas também não compreendo...

mulheres russas

Recebi um email em alemão, duma Tanya Suvorova, com o seguinte texto:

Guten Tag .
Ich schicke hallo aus dem fernen Land Russlands. Mich rufen Tanya.Mir 28 Jahre. Ich lebe in der kleinen Stadt Medvedevo. Meine Stadtklein, aber altertumlich und schon. Meine Mutti, ihr 54 Jahre, meinBruder Sasha, ihm 14 Jahre und mein Stiefvater, ihm 50 Jahre.Ich liebe seine Familie sehr. Wir leben sehr eintrachtig, wir lieben,sich zusammen in die freien Tage und in die freie Zeit zu erholen.Meine Mutti arbeitet den Verkaufer im Geschaft, mein Stiefvater derMechaniker im Autokundendienst.Ich kann mich, dass ich das attraktive, gesellige und nette Madchenmitteilen.
Wahrend.

Fiz uma pesquisa pelo nome e facilmente descobri que se trata duma russian bride, ou seja, uma tipa que se inscreveu num site em que mulheres se mostram aos homens eventualmente interessados, como se estivessem numa montra. Traduzi o texto com a ajuda de alguns site na internet, porque de alemão não pesco nadinha:

Bom dia,
Escrevo da distante terra da Rússia. Chamo-me Tanya. Tenho 28 anos. Vivo na pequena cidade de Medvedevo. A minha cidade é pequena mas activa. A minha mãe tem 54 anos, o meu irmão Sasha tem 14 e o meu padrasto tem 50. Adoro a minha família. A minha mãe trabalha em ? e o meu padrasto em mecânica automóvel. Costumamos passar o tempo livre juntos. Posso dizer sobre mim mesma que sou atraente, sociável e boa amante.

Resposta,

Olá,
Escrevo da distante terra de Portugal. Chamo-me Bagaço e tenho 36 anos. Vivo na pequena cidade de Aveiro. A minha cidade é pequena mas tem um jardim com patos brancos e uma tartaruga. A minha mãe é agente secreta do SIS (a CIA portuguesa) e o meu pai lê o jornal todos os dias. Costumamos passar o tempo livre a jogar Spear of Destiny em rede mas o meu pai ganha-me sempre. Posso dizer sobre mim que sou muito atrente, inteligente, musculado, interessante e, acima de tudo, modesto. E depois?

conversa 368

Ele - Invejo-te. O meu casamento é uma merda, a minha vida é uma merda e eu não consigo mudar nada. Se não fosse o meu filho talvez mudasse mas assim...
Eu - Às vezes é pelos filhos que se deve mudar... mas tu é que sabes da tua vida. Já não te sentes apaixonado pela XXXXXX?
Ele - Não. Nem um bocadinho.
Eu - Pensa bem na tua vida. Não a desperdices. Nem a tua nem a da XXXXXX...
Ele - Estás a dizer-me para me separar?
Eu - estou-te a dizer para pensares bem na tua vida. Só isso... e já agora, na do teu puto e na da XXXXXX, que é uma mulher excelente e não merece viver num teatro.
Ele - Eu sei, pá.
Eu - Sabemos todos, não é? A falta de coragem é uma merda.

pensamentos catatónicos (95)

Os blind dates marcados pela net são só isso mesmo: encontros cegos. Normalmente só têm fins sexuais e acabam mal. Normalmente. Mas... como é que se resiste a uma morena de olhos verdes escuros? Alguém me explica?

9.06.2007

pressão

Hoje é dia de jantar com umas amigas. Estou a fazer arroz de polvo em tomatada. Três conclusões sobre esta aventura fantastique:

1] A cebola faz chorar.
2] O último disco do Jorge palma é bom para ouvir enquanto se cozinha (enquanto não se cozinha também). Sei que não sei, às vezes entender o teu olhar... mas quero-te bem...
3] Tenho que comprar uma panela de pressão.

festejos da Nossa Senhora

O couscous prosjekt já tem algumas datas marcadas, todas elas em Aveiro, mas é possível que brevemente venham a ser marcados set's também em bares doutras cidades. Vontade, pelo menos, não nos falta. Lembro que o projecto é de dois dj's [bagaço amarelo e moa bird] que gostam muito daquilo a que, normalmente, se chama música do mundo.
Couscous é um prato originário no Magrebe, que se faz com pouca água, e prosjekt é projecto em norueguês.

setembro, 22 || riff bar || Aveiro, Portugal || 22:30
setembro, 24 || clandestino bar || Aveiro, Portugal || 22:30
outubro, 22 || clandestino bar || Aveiro, Portugal || 22:30
outubro, 26 || riff bar || Aveiro, Portugal || 22:30

Mais ainda, no Riff bar, a partir da próxima segunda-feira, são exibidas curtas metragens seleccionadas pelo Bagaço Amarelo (e quem mais quiser) todas as semanas. Apareçam por lá. ;)

conversa 367

Ela - Olá!
Eu - Olá, Tinha aqui uma chamada tua...
Ela - Uma chamada minha?!
Eu - Sim...
Ela - Não te telefonei.
Eu - Telefonaste sim. Eu não atendi porque ia a conduzir.
Ela - Ah! sim. Isso foi à tarde.
Eu - Pois.
Ela - E estiveste a conduzir até agora?
Eu - Não. Claro que não.
Ela - E porque é que só agora é que me estás a ligar?
Eu - Só agora é que me apeteceu.
Ela - Então deixa lá. não era nada.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

9.05.2007

crónicas da cidade que sopra | triângulo de cheiros

Amanhã, no Diário de Aveiro.

O cheiro é o mesmo, e agora é como se os aromas duma fresca manhã primaveril invadissem lentamente os espaços dum fim de tarde invernoso. Lembra-se de ele lhe ter dito que ela cheirava bem e de o mundo ter parado. A Lua deixou de orbitar a Terra e a Terra deixou de orbitar o Sol. Depois fizeram amor.

O cheiro é o mesmo, e agora verte uma gota do perfume num dos pulsos, cheirando-a antes de a dissolver na pele que espreita pelo decote. Lembra-se dele na cama dum hospital à espera que a vida se despedisse do seu corpo, num último e suave sopro. Nesses dias o tempo construiu uma parede à sua volta, tijolo por tijolo, segundo por segundo. Depois ele partiu. Lembra-se que o último desejo dele foi beber um café. Só isso, como se aquele acto quotidiano fosse o mais importante das nossas vidas. Talvez até seja, pensa.

conversa 366

[no msn, devidamente traduzido]

Ela – É estúpido estarmos a falar aqui. Podias estar cá em casa a beber uma cerveja.
Eu – Estaria, se me tivesses convidado mais cedo. Estou em cuecas e tenho cerveja em casa. Lol!
Ela – Podes vir em cuecas e traz uma cerveja para mim. ;)
Eu – Não posso. Tenho medo.
Ela – Medo?!
Eu – Sim, os meus pais vivem na tua zona. Se me virem às três da manhã em cuecas na rua, com uma cerveja na mão, podem ficar precocupados.
Ela – lol
Eu – Mas uma cerveja para ti porquê? Não disseste que tinhas aí cerveja?
Ela – Disse que podias estar aqui a beber uma, mas terias que a trazer. Eu não tenho.
Eu – Hum... hum... hum... e querias que levasse uma para ti também...
Ela – Sim. Ou achas que era a ti que te queria ver?
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

couscous prosjekt

O dj bagaço amarelo juntou-se à dj moa bird e já não faz mais noites sozinho. Agora ambos dão pelo nome de couscous prosjekt.

avisos

Aos tipos que assaltaram o banco BPI em Viseu:
Tenham cuidado. A polícia anda atrás de vocês!

À polícia:
O BPI está farto de me roubar e ainda não vos vi a fazer nada...

9.04.2007

tagarela award


Este blog ganhou mais um prémio, que já está pendurado na parede (ver coluna do lado direito lá para baixo), atribuído pela totalmente insuspeita covinhas.
É o schmooze award, que quer dizer prémio da tagarelice. Ora... hummm... não é que eu seja tagarela mas... como é que hei-de explicar? hum... pronto, conversas é o que não falta aqui. :)

como quem não quer a coisa...

1] Nunca pensei vir a dar razão ao Cavaco Silva, numa questão que envolvesse um seu confronto de ideias com o José Saramago. Assim como quem não quer a coisa, digo eu, acho que o Saramago às vezes fala sem pensar.

2] Olho para os amigos que tenho da minha faixa etária, entre os 33 e os 38 anos, e quase nenhum teve filhos. É por isso que, nos dias em que fico com a minha filha me vejo aflito para arranjar mais crianças para ela brincar. Lembrei-me disto ao ler que o PS de Leiria quer mais 165 bebés por dia naquele distrito. Talvez querer não chegue, digo eu. Talvez o socialismo actual do Partido Socialista não chegue mesmo, acrescento como quem não quer a coisa.

3] Aceito discutir quase tudo menos uma coisa: o racismo. Porquê? Porque o racismo se sustenta precisamente no princípio da não discussão, ou seja, da divisão à partida. Para além disso, e assim como quem não quer a coisa, só há dois tipos de racistas: os ignorantes e os ressabiados. Na Suiça, o Partido do Povo, quer expulsar famílias inteiras de emigrantes que tenham feito declarações falsas ao Estado. Diz que acredita que os pais devem ser responsáveis por cuidar dos seus filhos e se não o conseguem fazer têm que acarretar com as consequências. Portanto, o Estado nem sequer tem responsabilidade nenhuma para com as crianças, digo eu. O Ueli Maurer, secretário geral do partido, é as duas coisas: ignorante e ressabiado. Eu também digo, assim como não quer a coisa, que tem cara de porco nazi.

um ano

Este blog faz hoje um ano. Um ano sem compreender as mulheres e a contribuir para a improdutividade nacional. Como agradecimento a todos os que vão passando por cá e contribuem para a minha felicidade, deixo aqui uma das minhas músicas populares ciganas preferidas, neste caso cantada por uma senhora da Moldávia que se chama Zinaida Kikina.
Por falar em Moldávia... hum... hum... será que as moldavas são giras?

conversa 365

Eu - O problema é que até tenho uma vida boa, percebes? Vivo em paz, faço o que quero às horas que quero sem dar satisfações a ninguém. Habituei-me a isto e agora tenho medo de me meter com uma gaja qualquer.
Ele - Pois, é como eu. Estou numa fase boa.
Ela - Pois, eu também estou a gostar desta fase.
Eu - O problema é quando aparece uma mulher que te tira do sério e só te apetece estar com ela, ou seja, não é uma gaja qualquer.
Ele - Mas já te apareceu?
Eu - Já.
Ele - A mim também.
Ela - A mim também.

conversa 364

Ela - Olha, deixa-me apalpar-te o rabo.
Eu - Como pediste, deixo.
Ela - Se eu não pedisse deixavas na mesma.
Eu - Não deixava não.
Ela - O que é que me fazias? Batias-me?
Eu - Tens razão. Deixava sim.

9.03.2007

conversa 363

Ela – Queixam-se mas não querem fazer nenhum. Se soubessem o que é trabalhar com uma folga por semana para ganhar 550 euros.
Eu – Até percebo o que dizes, mas não se deve nivelar por baixo e sim por cima, percebes? Se tu trabalhas seis dias por semana e e ganhas 550 euros, enquantos outros trabalham cinco e ganham 1500, não percebo porque é que, em vez de achares que é a tua vida que deve melhorar, parece que achas que é a dos outros que deve piorar.
Ela – Mas é por causa de pessoas que ganham 1500 euros a trabalhar cinco dias por semana, que eu ganho 550 a trabalhar seis, percebes?
Eu – Achas mesmo? Eu acho 1500 euros um salário que permite viver condigamente, mas não é exagero nenhum para ninguém. Se tu me falares de compras de submarinos, cosntrução de estádios de futebol, negociatas para o aeroporto da Ota, corrupção no futebol, etc, é uma coisa, pás. Mas a sério que não são os funcionários públicos que ganham mais de 100 euros que te andam a lixar a vida.
Ela – Se eles fossem para o desemprego já faziam o que eu faço.
Eu – Sim, faziam, mas era uma injustiça. Além disso, o que as pessoas não percebem, é que os desempregados são importantes no nosso sistema económico. Sem desempregados as empresas não tinham possibilidade nenhuma de entrar na lei da oferta e da procura relativamente à mão de obra. Já pensaste nisso? Talvez os desempregados devessem ser um cadito melhor tratados.
Ela – Vamos beber um fino? Entro daqui a uma hora.
Eu – Vamos.

conversa 362

Ela - Gosto que me trepem pelas pernas acima.
Eu - Ena. A sério?
Ela - Gatos. Estou a falar de gatos...

9.02.2007

conversa 361

Ela - Quanto é que calças?
Eu - Quarenta e quatro, quarenta e cinco...
Ela - Tinha que ser um número grande. É que já me pisaste duas vezes esta noite.
Eu (só em pensamento) - Foda-se!

um, dois, três...

1] O meu Beiramarzinho venceu mais um jogo, desta vez em Freamunde. Acabou com dois jogadores principais lesionados mas ganhou. Já está em terceiro na liga Vitalis.

2] Passei a tarde na cascata da Cabreira, na Silva Escura, em Sever do Vouga. A cascata é um autêntico paraíso, que fica a poucos quilómetros de Aveiro. Conheço pessoas que gostavam de ter uma casa de fim de semana em Sever do Vouga. Eu era mais ao contrário, por mim vivia lá e tinha uma casa de fim de semana em Aveiro.

3] Por falar em Aveiro, cada vez gosto mais da cidade. Ontem a noite no Riff correu mesmo bem e, para além de passar música, deu para ir trocando impressões sobre o que fazemos com alguns dos presentes. Mais datas surgirão em breve.

9.01.2007

discoteca africana

Aveiro tem uma discoteca africana excelente. Eu nem a conhecia. Conheci esta noite e o índice ivariano sobe quatro valores. está em 14.